A Repórteres Sem Fronteiras, em parceria com as fundações Rudolf Augstein e Schöpflin, está lançando o JX Fund, fundo de apoio destinado a jornalistas exilados, forçados a deixarem seus países em decorrência de guerras ou crises. O projeto fornecerá aconselhamento e assistência para desenvolver modelos sustentáveis de negócios fora de seus países.

Entre os primeiros profissionais beneficiados pelo fundo estão jornalistas do Novaya Gazeta, jornal investigativo russo especializado na cobertura de temas políticos e sociais, e outros dois veículos do país. Em um primeiro momento, a ideia era que o fundo ajudasse apenas os jornalistas russos, devido à pressão do Kremlin após o início da guerra na Ucrânia. Agora, o projeto também ajudará jornalistas de outras partes do mundo. A ideia é arrecadar um total de três milhões de euros. Até o momento, o fundo está com 1,5 milhão.

Para Christophe Deloire, secretário-geral da RSF, “é essencial garantir o futuro do jornalismo em nossos respectivos países, e também nos quatro cantos do mundo. Se o jornalismo russo, por exemplo, morresse, seria uma verdadeira catástrofe para o povo russo, mas também para os países europeus, para suas instituições e suas sociedades democráticas. É essencial continuar investigando e publicando relatórios sobre o regime e a sociedade russos se quisermos preservar a paz e a democracia futuras no país, mesmo que esse trabalho deva ser realizado do exterior, se necessário. É por esta razão que criamos, com os nossos parceiros, este fundo europeu para esclarecer as zonas cinzentas”.

Além do fundo, a RSF vem atendendo, por meio de seu Centro de Liberdade de Imprensa em Lviv, na Ucrânia, às necessidades dos jornalistas que estão cobrindo a guerra. A entidade distribui capacetes, coletes à prova de balas, manuais de segurança, além de apoio psicológico e assistência financeira e jurídica.

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