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quarta-feira, dezembro 31, 2025

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Justiça aprova nova recuperação da Editora Três

O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJSP, deferiu em 18/5 novo processo de recuperação judicial da Editora Três, que publica os títulos IstoÉ, Dinheiro, Dinheiro Rural e Motor Show (veja a íntegra da sentença). O pedido, que havia sido apresentado em 24/4, baseia-se na queda de arrecadação publicitária devido à pandemia do coronavírus e nas dificuldades de acesso ao crédito. Entre as novidades a serem enfrentadas na crise, diz que ocorre a tomada de espaço da mídia digital em detrimento da impressa.

A empresa já passou por esse processo antes: em 2008, saindo supostamente recuperada em 2016. Para entrar em recuperação judicial pela segunda vez, cita como exemplo empresas americanas para comprovar que não há limitação e defende a importância de manter as revistas do grupo em circulação.

“Nunca essa responsabilidade institucional e, por que não dizer, patriótica, da defesa incondicional da democracia, foi tão importante para o Brasil, que tem vivido nos últimos anos um viés de radicalização – tanto à esquerda, quanto à direita – que coloca em perigoso risco a manutenção dos direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros, entre eles os de imprensa livre e independente”. (Com informações do Conjur)

Uma das grandes preocupações, agora, é com a questão dos salários e pagamentos de frilas, que, pelo que apurou este J&Cia, já começam a sofrer atrasos. Um deles, ouvido por J&Cia, quando soube da nova recuperação judicial e confrontado com o atraso no pagamento que a empresa lhe deve, desabafou: “Caí na vala dos desesperados com crédito a receber e nenhuma perspectiva de que isso, um dia, aconteça”.

Daniel Bruin é eleito para o board da PRWA

Daniel Bruin

Daniel Bruin, sócio da XCom, foi eleito para o board da PR World Alliance, grupo que reúne 17 agências de 13 países. “Estamos muito felizes de anunciar a eleição do Daniel, é muito importante para a PRWA expandir a representatividade de nosso board para países de outros continentes”, afirma a holandesa Marianne van Barneveld, presidente do board da PRWA.

A XCom foi a primeira agência da América Latina e do hemisfério sul a ser aceita na aliança. Os próximos membros aprovados são a Minerba, da Argentina, e a Communications, agência mais tradicional da Coreia do Sul.

Portal dos Jornalistas e J&Cia lançam Prêmio de Jornalismo Inclusivo

Primeira edição do concurso contará com apoio da HBO e premiará reportagens que adotem o uso de linguagem inclusiva

Portal dos Jornalistas e a newsletter Jornalistas&Cia, com o apoio da HBO Latin America, abriram nesta quarta-feira (20/5) as inscrições para a primeira edição do Prêmio de Jornalismo Inclusivo. O concurso nasce com o objetivo de reconhecer trabalhos jornalísticos que alertem para a importância da inclusão, em seus mais variados tipos, para a sociedade.

Para marcar a edição de estreia, o tema escolhido foi Todxs Nós – Linguagem Viva e Inclusiva, que reconhecerá reportagens que adotem o uso de linguagem inclusiva. A escolha é uma referência à série da HBO Todxs Nós. Nela, Clara Gallo dá vida a Rafa, jovem pansexual não-binárie, que deixa a família no interior de São Paulo e muda-se para a casa de seu primo, Vini (Kelner Macêdo), na capital. Vini já divide o espaço com sua melhor amiga, Maia (Julianna Gerais), e ambos ficam surpresos ao descobrir que Rafa se identifica com o pronome neutro e não com o gênero feminino ou masculino. As descobertas e lutas retratadas na série de oito episódios são um convite à reflexão e um pedido de compreensão para muitos grupos que não se sentem representados pela dicotomia tradicional de gênero.

“Fazemos um convite para que jornalistas, mesmo que por um momento, deixem de lado os tradicionais manuais de redação e se permitam explorar toda a dinâmica que a linguagem oferece e potencializa”, destaca Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora. “Para nós é motivo de muito orgulho ter escolhido uma temática tão inovadora logo na estreia e, principalmente, poder contar com o apoio de uma das mais respeitáveis marcas de entretenimento do mundo, que é a HBO”.

Poderão concorrer reportagens nas categorias Áudio, Vídeo, Impresso e Online, publicadas entre 1º de outubro de 2019 e 30 de setembro de 2020, data em que se encerra o período de inscrições. Mais informações, regulamento e inscrições no hotsite da premiação: pji.portaldosjornalistas.com.br.

Guia promove reflexão e debate uso de linguagem não-binária

Para promover a reflexão sobre a inclusão e a representatividade de pessoas não-binárias na comunicação, a HBO acaba de lançar o Guia TODXS NÓS de Linguagem Inclusiva. Elaborado pela consultoria especializada Diversity Bbox, o manual traz informações que vão desde o uso de pronomes neutros até construções gramaticais com alternativas à utilização de pronomes masculinos e femininos.

“Comunicar-se de forma inclusiva significa ter a consciência de que a sociedade e o ambiente de trabalho são compostos por pessoas com diferentes características e identidades”, destaca Pri Bertucci, CEO da Diversity Bbox. “É uma garantia de respeito, valorização e acolhimento da diversidade humana”.

O Guia, que já está disponível para download na página do Prêmio de Jornalismo Inclusivo, também servirá como material de consulta e orientação para as Comissões de Seleção e Premiação do concurso.

A imprensa esportiva e o coronavírus (V)

Por Victor Félix, da equipe de J&Cia

Em contraponto a outras modalidades esportivas, os eSports estão em alta durante a pandemia. A grande maioria da imprensa esportiva detectou queda na audiência, teve que se adaptar ao home office, reinventar-se e alterar o conteúdo produzido, elaborando novos projetos para conseguir trazer informações sobre esportes, mesmo à distância, uma vez que as competições estão suspensas ou canceladas. Nesse sentido, os eSports são um ponto fora da curva.

Mesmo com competições presenciais suspensas e diversos eventos de lançamento e divulgação cancelados ou adiados, os games em geral avançaram, principalmente neste período de distanciamento social. Como consequência, a imprensa que cobre os eSports cresceu em audiência e no consumo de seu conteúdo.

Barbara Gutierrez

J&Cia conversou sobre o assunto com Barbara Gutierrez, editora-chefe do IGN Brasil e do Versus Esportes. Ela contou que o conteúdo produzido e a cobertura dos campeonatos de eSports não mudou muito, que segue sendo a mesma, com divulgação e análise de resultados, entrevistas, apesar de serem à distância. Mas percebeu uma mudança significativa nas coletivas de imprensa. Confira a íntegra da entrevista:

Jornalistas&Cia – Como o coronavírus afetou o cotidiano da equipe do IGN Brasil e do Versus? A jornada de trabalho foi alterada? Todos seguem trabalhando, mesmo remotamente?

Barbara Gutierrez – Nós colocamos toda a equipe em casa, desde o começo da quarentena. Garantimos que todos os profissionais tivessem acesso ao material adequado para a produção de conteúdo em home office. Porém, a jornada não foi alterada, continuaram as oito horas de trabalho. Atendemos a algumas demandas específicas, permitindo que algumas pessoas entrem mais tarde ou mais cedo por necessidade, mas no geral a jornada ficou a mesma.

No momento, não precisamos nos preocupar com a locomoção dos profissionais de suas casas até o trabalho, ou até um evento, que deixou de acontecer. Toda essa cobertura tornou-se remota.

J&Cia – Que tipo de conteúdo está sendo produzido? Ele mudou por causa do coronavírus?

Barbara – O conteúdo segue o mesmo, só que agora feito 100% online e remoto. Fazemos vídeos, alguns só com locução, outros com repórteres aparecendo à frente das câmeras; estamos fazendo lives, um dos recursos mais populares desta quarentena, focando no conteúdo que é de interesse do público. Como não há muitas novidades, por causa de adiamentos, suspensões e impactos na atividade de games como um todo, nosso foco tem sido o conteúdo baseado em SEO, ou seja, nas buscas do Google, naquilo que o público está buscando.

J&Cia – Na audiência, quais foram os impactos detectados?

Barbara – Inicialmente, observamos que as pessoas de games tradicionais estão consumindo menos conteúdo, enquanto que os que consomem eSports querem mais conteúdo. É interessante observar estes dois tipos de gamers: um, que é mais tradicional, consome por entretenimento, diversão, descontração, e não busca muito conteúdo sobre aquilo; e o gamer que gosta de eSports quer informações sobre as competições, acompanha os campeonatos ou uma livrestream de seu streamer favorito online, e lê também notícias sobre o assunto.

J&Cia – Diferentemente de outras competições esportivas – suspensas por causa do coronavírus –, os campeonatos de eSports seguem na ativa. Algumas modalidades, como futebol e automobilismo, estão promovendo competições virtuais, que servem como “solução momentânea”, suprindo a falta de esportes nessas categorias. Como vê essa novidade?

Barbara – É relevante perceber que, neste momento, os games – por muito tempo “negados” pela sociedade e julgados como algo “ruim” – passaram a ser uma alternativa para matar o tédio, divertir, e mesmo para cultura. Quem nunca ouviu as tradicionais reclamações familiares, tipo “para de jogar”, “só fica aí sentado”, “isso não vai te levar a nada”, “isso te faz mal”, estereótipos sobre os games enraizados em nossa sociedade, de que eles só fazem mal. Esse novo fenômeno é muito interessante e com certeza trará frutos para o universo dos games, que transcenderá a pandemia. Esse reconhecimento está aumentando, e nós ficamos muito felizes com essa oportunidade de mostrar para a sociedade que o jogo é muito mais do que um produto. É uma atividade social e educacional, possibilita a interação, ensina a ganhar e perder. Uma pena que isso veio em meio a uma situação tão calamitosa e triste. Estamos vendo uma revolução no consumo de conteúdo do público em geral também.

J&Cia – Qual é a importância dessa “alta” nos eSports e em jogos digitais em geral no que se refere à visibilidade e ao futuro desta modalidade esportiva?

Barbara – A maior importância é perceber que as pessoas estão começando a ver os jogos como um aliado, e não como um inimigo. Hoje, vivemos uma inversão de valores. Isso é muito importante para incentivar as pessoas a jogar, a praticar os eSports. As novas gerações, por viverem em meio a essa alteração na imagem dos games e dos gamers, podem conseguir ver os eSports sob uma perspectiva mais “natural”.

J&Cia – Quais são as principais vantagens e desvantagens do trabalho em home office?

Barbara – Cobrir o universo dos eSports e dos games faz com que estejamos em contato com milhões de informações que chegam a todo instante, principalmente nas redes sociais, vindas do Brasil e de diversas regiões do mundo. Por isso, acredito que as redações deveriam incluir ao menos um dia da semana em home office, pois isso ajuda a aliviar a cabeça, descontrair. No nosso caso, que trabalhamos com games e podemos jogar, creio que essa dinâmica deve ser ainda mais explorada, até porque sempre fui defensora do home office. Já implementei isso no Versus Esportes, e pretendo fazer também no IGN Brasil. Nesse contexto de pandemia, porém, em que estamos sem sair de casa há muito tempo, essa situação fica complicada. Quando trabalhamos com algo que amamos, como é o meu caso, é muito difícil conseguir separar o hobby do trabalho. Existe a questão do perfeccionismo, e daí surge a questão do esgotamento físico e mental, o burnout. E quando isso alia-se ao home office, as consequências são maiores, porque não se consegue separar vida e trabalho. O lugar onde você dorme e descansa é, literalmente, o mesmo lugar onde você trabalha nesse momento.


Confira as outras matérias da série

Globo desativa Central de Atendimento ao Telespectador

A Rede Globo extinguiu a Central de Atendimento ao Telespectador (CAT) e demitiu os funcionários do Rio e de São Paulo. O serviço funcionava por telefone ou e-mail, era uma ligação direta entre a emissora de seu público, e respondia a dúvidas sobre roupas, acessórios, maquiagem e produtos apresentados nos programas da casa. A informação é de Renata Nogueira, no UOL.

O CAT alavancava principalmente as novelas. Quando alguém ligava perguntando onde comprar isso ou aquilo, o CAT informava, e a moda estava lançada, pois eram muitas perguntas por dia, sobre os mais diversos assuntos e programas. Como uma central de fidelidade do telespectador, que se sentia acolhido pela programação. Um tipo de pós-venda do produto, para garantir a fidelização do consumidor. Também um termômetro da audiência, já que faziam um cadastro e sabiam onde estava qual tipo de pessoa – avaliação que hoje os algoritmos fazem, o que deve ter motivado a extinção.

Em tempos de lockdown para os programas de auditório, quando todas as empresas usam internet e telefone para fazer contato com os clientes, desativar um serviço que funciona pode representar mais perdas do que ganhos. Transformá-lo em exclusivamente digital é arriscado, pois exclui os idosos, que preferem o contato telefônico pessoal e devem ser uma parcela importante da audiência cativa, aquela que tem tradição de sintonizar a emissora.

Revista Saúde é Vital agora é Veja Saúde

A designer Laura Luduvig, que enfrentou ansiedade com a pandemia, estampa a primeira capa da revista Veja Saúde. (Crédito: Reprodução / Tomás Arthuzzi / Saúde)

O Grupo Abril anunciou em 15/5 o lançamento da Veja Saúde, que surge da união entre a Revista Saúde é Vital – publicação com mais de 36 anos de existência – e a Veja. A nova revista, mensal, abordará temas relevantes da área de Saúde, como prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças; alimentação; atividade física; bem-estar mental; cuidados com a família e com o ambiente.

A primeira edição trata sobre problemas emocionais e psicológicos causados pela quarentena e como preservar a saúde mental neste período. A partir desta quinta-feira (21/5), o portal da revista estará de visual novo, mais “ágil, responsivo e completo”, segundo a Veja, e trará conteúdos exclusivos, além de uma cobertura da Covid-19, que inclui reportagens, vídeos, entrevistas, artigos e episódios do podcast Detetives da Saúde. (Com informações do Meio&Mensagem).

Jornalismo automotivo perde José Luiz Vieira

José Luiz Vieira / Arquivo pessoal

Faleceu na noite dessa terça-feira (19/5), aos 88 anos, José Luiz Vieira. Um dos mais respeitados e pioneiros do jornalismo automotivo no Brasil, fez história à frente da extinta revista Motor 3, destaque na década de 1980 pelo aprofundamento técnico e pela produção de conteúdo com carros antigos e estrangeiros.

Há anos comandava ao lado da esposa, a também jornalista Vera Vieira, a JLV Consultoria. Além dela, deixa um filho e dois netos. Seu corpo foi cremado na manhã desta quarta-feira (20/5), em Vargem Grande Paulista.

Confira no vídeo o resgate que Marcos Rozen, do Museu da Imprensa Automotiva, fez da história da Motor 3 e de José Luiz Vieira para o site e canal FlatOut:

Polícia investiga pichações pregando a morte de jornalistas em MG

O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) e a Casa do Jornalista pediram à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar e identificar a autoria de pichações em um tapume do Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte (MG), pregando a morte de jornalistas. Uma das frases escritas era “colabore com a limpeza do Brasil matando um jornalista todo dia”.

O delegado Wagner Salles, chefe do Primeiro Departamento de Polícia Civil de Belo Horizonte, declarou que todos os esforços estão serão empreendidos para identificar o responsável pelas pichações, que, segundo ele, atingem a toda uma classe de trabalhadores e “também a democracia”.

Em nota, o Sindicato escreveu que “a escalada da violência contra jornalistas tem tomado uma proporção assustadora desde que os governos estaduais e municipais determinaram medidas de confinamento. Desde que foi decretado o confinamento na capital mineira, esse é o quarto caso de tentativa de intimidação do trabalho dos jornalistas. Repórteres de diversos órgãos de comunicação têm sido vítimas de tentativas de intimidação e ameaças durante a cobertura da pandemia. Todos os casos serão levados ao conhecimento das autoridades para que as agressões sejam coibidas. Basta de violência contra jornalistas”.

Com informações de Fenaj/SJPMG.

Guia gratuito dá dicas à imprensa sobre como enfrentar o coronavírus

Os professores Luiz Artur Ferraretto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Fernando Morgado, das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), do Rio de Janeiro, produziram o e-book Covid-19 e comunicação: um guia prático para enfrentar a crise, que serve para ajudar a imprensa na cobertura diária da Covid-19.

Em 62 páginas, os autores buscaram abordar temas como as diferentes nomenclaturas do coronavírus, fake news, falsos especialistas, manutenção de negócios em meio à pandemia, ética e responsabilidade dos profissionais de imprensa e home office. O objetivo é oferecer uma visão ampla e colaborativa sobre a cobertura da doença. À medida que os autores acharem necessário, versões atualizadas do guia serão publicadas, durante e após a pandemia.

Baixe o guia gratuitamente na íntegra aqui.

Jornal 140 faz live sobre disrupção digital

Rafael Sartori e Ricardo Braga, fundadores do Jornal 140, comandam nesta quarta-feira (20/5), às 17h, a live Como sobreviver na disrupção digital, em que debaterão a transformação e a aceleração de negócios. A iniciativa é uma parceria do 140 com a Unibes Cultural.

O evento online terá a participação do professor e estrategista Aloisio Sotero. Além de debaterem o tema, os três darão dicas sobre como garantir a sobrevivência de marcas e negócios em meio à disrupção digital.

A live será transmitida pelas redes sociais do Jornal 140 e da Unibes Cultural.

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