A FSB venceu a concorrência para ser a agência de comunicação corporativa do Ministério da Infraestrutura, gerenciando uma verba anual de R$ 8,64 milhões. Ela somou 9,65 pontos, superando In Press (9,37 pontos), CDN (8,84), Informe (8,50) e Weber Shandwick (7,32). O resultado da licitação foi publicado nessa terça-feira (24/3), no Diário Oficial da União, abrindo prazo de cinco dias para que alguma das agências derrotadas entre com recurso contra as pontuações.
Já as agências Nova/SB e Apex vão dividir a responsabilidade pela comunicação corporativa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como vencedoras do Pregão Eletrônico nº 35/2019, “por menor preço”.
Caberá à Nova/SB cuidar das avaliações de percepção da imagem da Anac e pelas ações de relacionamento nos ambientes digitais, tendo, para isso, uma verba de R$ 741 mil. A Apex Comunicação Estratégica terá R$ 498 mil para produzir textos em língua estrangeira e vídeos de reportagem e animação, além dos infográficos utilizados pela Anac em sua comunicação. (Com informações do Janela Publicitária)
A licitação para o Ministério da Economia foi suspensa.
A Roche América Latina realiza, em parceria com a Fundação Gabo, a oitava edição do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde, que valoriza as principais reportagens sobre saúde na América Latina. As inscrições foram prorrogadas até 31 de maio.
Neste ano, o prêmio tem três categorias: Jornalismo de
Rádio, Jornalismo Digital e Cobertura Diária. São aceitos
trabalhos em português ou espanhol, publicados entre janeiro de 2018 e dezembro
de 2019. Os critérios de avaliação são: qualidade narrativa; tratamento
contextualizado e com domínio técnico do tema; foco socialmente relevante ao
setor de saúde; reportagem, investigação próprias e completas; independência e
valores éticos profissionais refletidos no trabalho; valor informativo próprio
e diversidade geográfica.
Pela primeira vez, a premiação terá uma menção honrosa em
cada categoria. Além disso, todos os trabalhos inscritos concorrerão a uma
menção em jornalismo de soluções, valorizando as propostas de resposta/solução
dadas por entidades, comunidades e instituições sobre os problemas da saúde na
América Latina.
O vencedor de cada categoria receberá um troféu, um
certificado e poderá escolher entre uma bolsa com tudo pago para participar de
um workshop da Fundação Gabo ou participar do Festival Gabo 2020.
Os finalistas receberão certificado, medalha e o livro Gabo Periodista.
O Pew Research Center divulgou resultado de uma pesquisa que analisou o índice de cidadãos desinformados sobre o coronavírus e a fonte de informação que utilizaram para ficar sabendo sobre as últimas notícias da pandemia. O levantamento, que entrevistou apenas norte-americanos, indicou que as pessoas que utilizam as redes sociais como principal fonte de informação estão mais desinformadas do que aquelas que se informam pela imprensa.
Cerca de 57% dos participantes que utilizam redes sociais
disseram ter encontrado conteúdos sobre a Covid-19 carregados de informações
falsas. Já entre os que se informam pela imprensa, o número de fake news
caiu para 37% dos entrevistados.
A pesquisa também perguntou aos participantes se eles sabem
a previsão das entidades de saúde sobre quando uma vacina estará disponível.
Entre o grupo das redes sociais, apenas 37% deram respostas que correspondem às
previsões de especialistas: um ano ou mais. Outro grupo que apresentou
porcentagem baixa nesta pergunta foi o de pessoas que se informam via TV local.
As outras fontes de informação apresentaram comportamento semelhante, com cerca
de metade dos entrevistados informando previsões compatíveis às dos
especialistas de saúde.
Primeiro, a gente entra na mata, corta um pedacinho de cipó oco, tampa as duas pontas, pede para o feiticeiro abençoar e passa a usar esse tubinho pendurado num barbante, em volta do pescoço.
Depois enche a bateia de
cascalho do fundo do riacho. Urina em cima, “porque se não faz xixi, o olho não
vê a pepita de ouro, o xibiu (diamante) que tá na bateia”. Mais importante:
achou o diamante, coloca logo na boca e diz muito palavrão, “senão a pedra
escapa, cai na água e não se acha mais”. Só depois disso é que se guarda a
pedrinha ou a pepita no tubinho do pescoço.
Essas foram as
orientações que recebi (e, como foca que sempre fui, obedeci cegamente), quando
me tornei garimpeiro por um dia no Norte do Mato Grosso, já lá se vão 50 anos,
para contar a história no Estadão.
Nem lembro mais se o
texto chegou a sair, mas recordo a cara do peão que ensinou. Quando vi
pedrinhas de cristal de rocha na bateia e perguntei como distinguir o cristal
do diamante, ele respondeu: “Olha, seu moço, num se preocupe não, quando for
diamante ele brilha tanto, mas tanto mesmo, embaixo do Sol, que ninguém precisa
dizer que é ele, a gentesabe na hora”.
Essa foi a primeira
história. Diamante não rendeu, mas achei umas “palhetinhas” de ouro que
“ponhei” no tubinho que se perdeu com o tempo, neste mundo velho sem porteira.
O segundo causo foi anos
depois, na Prefeitura de São Paulo. Estava sendo cavado o túnel sob o
Ibirapuera e os ecochatos garantiam que o Ibirapuera ia afundar, o lago vazaria
para dentro do túnel e para mostrar que estavam errados o prefeito Jânio
Quadros entrou no túnel com os jornalistas.
A visita estava chata,
fiquei conversando com uns operários, um deles vindo de Minas, que descobrira
no fundo do túnel fôrmas (sic), as pedras negras que são sinal de
ouro de aluvião no fundo dos rios.
Houve uma aposta entre
os trabalhadores. O mineiro encheu o capacete de cascalho, lavou, achou três
minúsculas pepitas de ouro, comentei com o prefeito. O Jânio chamou o Aluane
Neto, da Jovem Pan, que chegara na boca do túnel de helicóptero, e virou
manchete: Encontrado ouro no túnel do Ibirapuera.
Jânio mandou mensagem
oficial para Brasília sobre a “descoberta”; criado o factoide, a imprensa só
falava no ouro. Táta Gago Coutinho, que assessorava o prefeito, mandou
as pepitas para o IPT analisar (era ouro mesmo, mas sem importância, muitos
córregos da região têm essas lasquinhas de ouro que não valem nada).
O importante é que a
história cresceu, os ecochatos foram esquecidos, o túnel foi concluído, o lago
não vazou, as pepitas ficaram em casa. Elas se perderam numa das muitas
mudanças que fizemos − foram tantas que, brincando, dizemos que somos
saltimbancos, não paramos em lugar algum.
A terceira história
relembrei no início do ano, quando, remexendo uma gaveta, Táta (que hoje é
minha mulher), achou um colar com uma bolinha de vidro e dentro, três pepitas
de ouro.
Foi no Norte do Canadá,
a caminho do Alasca, aonde íamos pesquisar para nossa tese em inglês (Birds
Migration from North America to Brazil), que resolvemos fazer turismo numa
mina de ouro que não funcionava mais.
Não funcionava como
mina, mas sim como polo turístico. Visitamos as máquinas enferrujadas, curtimos
o almoço “igualzinho dos mineiros do século XIX” e, de sobremesa, me entregaram
um saquinho de couro com cascalho, uma bacia de aço e disseram para lavar o
cascalho numa das torneiras enfileiradas numa espécie de longo cocho.
Achei três pepitas,
talvez duas gramas de ouro. Uma atendente sorridente veio “vender” seu produto:
“Beleza de ouro que o senhor achou, a gente pode fazer um pedantif,
colocar o ouro numa ampola de vidro, sua senhora vai ficar orgulhosa de usar no
pescoço o ouro que o próprio marido garimpou”. É claro que, turistas bobões,
mandamos fazer o colarzinho que foi achado esquecido, no fundo da gaveta.
Olhei a bolinha de vidro. O ouro dentro dela refulge ainda, continua brilhante, como continua, 36 anos depois, ainda brilhando, o nosso amor.
Luiz Roberto de Souza Queiroz
A história desta semana é novamente de Luiz Roberto de Souza Queiroz, o Bebeto, assíduo colaborador deste espaço, que esteve por muitos anos no Estadão e hoje atua em sua própria empresa de comunicação.
O presidente Jair Bolsonaro provocou na última quinta-feira (26/3) os repórteres que aguardavam entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. Ele questionou a presença dos profissionais de imprensa, referindo-se à medida de isolamento social, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, como forma de barrar a disseminação do coronavírus: “Imprensa, vocês estão aqui trabalhando! Tem que ficar em casa, pô! Quarentena, pô! Fica em quarentena em casa!”.
Contrário à recomendação de quarentena da OMS, Bolsonaro
também afirmou que foi criticado por sua postura, mas que os jornalistas também
estavam descumprindo o isolamento social: “Atenção, povo do Brasil, esse
pessoal aqui diz que eu estou errado porque tenho que ficar em casa. Agora eu
pergunto: o que que vocês estão fazendo aqui? Imprensa brasileira, o que vocês
estão fazendo aqui? Não tão com medo do coronavírus, não? Vão para casa! Todo
mundo sem máscara!”.
A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a
Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifestaram “indignação e perplexidade”
com a postura de Bolsonaro: “A triste provocação do presidente escarnece de
todos aqueles que colocam a saúde em risco para prestar um serviço essencial
aos brasileiros. Todos os representantes de veículos de comunicação, como
quaisquer outros de serviços essenciais, desejariam estar recolhidos em isolamento
com suas famílias neste momento de calamidade pública. No entanto, a imprensa
tem consciência de que deve, mais do que nunca, seguir no trabalho de informar
a população”.
As entidades reiteram que a imprensa nacional seguirá
“cobrindo todos os fatos relevantes para o País, atuando de forma
construtiva para que, juntos, derrotemos o novo coronavírus”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu nesta quinta-feira (26/3) a Medida Provisória que desobrigava o cumprimento dos prazos para resposta aos pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação (LAI). Pela MP, que o presidente Bolsonaro editou em 23/3, os órgãos da administração pública cujos servidores estejam em quarentena não tinham mais a obrigação de cumprir aqueles prazos.
“A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de
outubro de 1988, consagrou expressamente o princípio da publicidade como um dos
vetores imprescindíveis à administração pública, conferindo-lhe absoluta
prioridade na gestão administrativa e garantindo pleno acesso às informações a
toda a sociedade”, escreveu o ministro.
Pela LAI, órgãos da administração pública têm prazo de 20 dias para
responder a cada pedido de informações, com direito a prorrogação por mais dez
dias com justificativa aceitável.
O Projeto Comprova, de checagem de notícias, que reúne 24 veículos jornalísticos, volta a atuar, agora para monitorar e checar informações sobre a Covid-19, com o objetivo de barrar rumores, boatos e fake news sobre a pandemia. A iniciativa visa também a expandir o compartilhamento de informações verídicas e confiáveis sobre a doença.
Para Sérgio Lüdtke, editor do Comprova, a
cobertura que a imprensa vem realizando é muito boa, “mas o conteúdo de
verificação da desinformação que circula nas redes precisa ter seu alcance
reforçado”. Marcelo Träsel, presidente da Abraji, entidade que abriga a
iniciativa, afirma que o projeto ajuda as pessoas a saberem identificar
conteúdos falsos/duvidosos: “Queremos desbancar os boatos nocivos, mas também
instrumentalizar jornalistas e o público em geral para identificar as
características dos embustes e ajudar a filtrar desinformação de forma autônoma”.
Os 24 veículos que integram o Comprova são: O Povo, AFP, BandNews TV, TV Bandeirantes, Futura, Correio do Povo, Folha de S.Paulo, Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, GaúchaZH, Metro, Nexo, Nova Escola, NSC Comunicação, O Estado de S.Paulo, Poder 360, Rádio Bandeirantes, Rádio BandNews FM, piauí, SBT, UOL, Correio, Exame e A Gazeta.
O projeto conta com profissionais dos veículos da coalizão,
que checam o conteúdo que lhes é enviado. É possível mandar informações para
análise pelo site
do projeto ou via WhatsApp (11-977-950-022). Atualizações sobre a
veracidade do conteúdo analisado são publicadas no próprio site e nas redes
sociais do Comprova. Os 24 veículos da coalizão também replicam as
informações em seus canais.
Com a pauta da imprensa dominada pelo coronavírus, coisas importantes vão ficando em segundo plano, incluindo as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Aproveitando a data, o Instituto Reuters da Universidade de Oxford publicou um trabalho sobre desigualdade de gênero nas redações. Vale fazer uma pausa na leitura sobre a pandemia e observar os resultados.
O estudo chama-se Women and Leadership in the News Media. Foram pesquisados 200 veículos online e off line (TVs, rádios e impressos
) selecionados entre os de maior audiência em dez países, dentre eles o Brasil.
Concluiu que mulheres representam 40% da força de trabalho no jornalismo, mas
ocupam apenas 23% dos cargos equivalentes a editor-chefe.
O Instituto destaca o Brasil como país em que o
número de mulheres nas redações ultrapassa o de homens, mas ainda assim eles
detém a maioria das posições de liderança editorial. Ficamos em sexto lugar
entre os dez pesquisados.
Podia ser pior. No Japão, nenhum dos veículos avaliados tem uma mulher em
cargo de chefia. Já na África do Sul o percentual é de 47%, com oito mulheres
como editoras. Nenhum dos países analisados tem mais mulheres do que homens no
comando.
Organizações offline, geralmente mais antigas e tradicionais, são as que
contam com mais homens na liderança − apenas 14% são mulheres. Já nos veículos
online o quadro se inverte. A presença delas
é duas vezes e meia maior, chegando a 37%.
O que acontece nas redações não espelha necessariamente a situação do país
em igualdade de gênero. A pesquisa descobriu que países como Alemanha e Coreia
do Sul, que figuram bem no ranking das Nações Unidas, têm poucas mulheres como
editoras.
Os autores observam que o jornalismo tem sua própria dinâmica interna em relação a progressão de carreira.
Refletindo experiências pessoais − E faz diferença se o profissional que edita é homem ou mulher? Para muitos especialistas, sim. O Instituto Reuters cita outros estudos tratando desse aspecto e defende a tese de que há uma importância simbólica e também de ordem prática.
Segundo o relatório, editores tomam decisões relevantes diariamente, que são influenciadas pelas suas experiências pessoais. Uma cobertura com olhar feminino seria capaz de espelhar melhor a sociedade em questões relativas às mulheres.
O tema da participação das mulheres no
jornalismo não é novo e vem sendo
observado no Reino Unido há anos. Um dos mais abrangentes estudos foi feito por
pesquisadores da Universidade de Stirling em 2016. Women, men and news: it’s life, Jim, but not as we know it, mostra a disparidade de gênero nas redações britânicas e nas páginas dos
jornais.
Assim como no Brasil, as escolas de jornalismo do
país, segundo essa pesquisa, formam mais mulheres do que homens. Mas barreiras
diversas impedem que elas avancem na carreira como os colegas.
A questão do uso de mulheres como fontes também
tem sido alvo de atenção no Reino Unido. Em setores como finanças e política a
tendência sempre foi ouvir profissionais homens.
Vários veículos implantaram programas para
equalizar opiniões femininas e masculinas. A iniciativa representa uma oportunidade para mulheres
ganharem visibilidade e também aumenta a empatia com as leitoras.
Mudanças à vista − Esforços para equilibrar a presença
masculina e feminina no comando de organizações de mídia começam a gerar frutos.
Dois notáveis exemplos recentes vieram do Financial Times e do The Times.
Desde janeiro o comando do periódico de finanças
está nas mãos de Roula Khalaf. É a primeira mulher a ocupar o cargo.
Também em janeiro, Emma Tucker assumiu a
chefia do The Sunday Times. Mas ao contrário da colega, não é pioneira. Entre
1893 e 1901 Rachel Beer, nascida na India, liderou a edição dominical do
jornal. Demorou mais de 100 anos, mas finalmente chegou de novo a vez de uma
jornalista.
Em tempos tão sombrios, pelo menos uma boa notícia.
Chega ao mercado editorial nesta sexta-feira (27/3) a edição de estreia da revista digital Oeste. Com uma equipe experiente no segmento de revistas, boa parte dela formada ou com longas passagens pela Editoria Abril, a publicação chega com perfil editorial “comprometido com a defesa do capitalismo e do livre mercado”.
Lideram o projeto, que também conta com um site de atualização diária, o diretor de Redação Kaike Nanne e o publisherJairo Leal, que também integram o Conselho Editorial, ao lado de Augusto Nunes e José Roberto Guzzo; este, a propósito, assina o texto de apresentação da nova plataforma:
“O site de notícias e a revista semanal Oeste, ambos disponíveis unicamente em formato digital, nascem com a intenção de propor ao público a oferta de três serviços: informação sobre fatos relevantes para a sua vida, como pessoas e como cidadãos, na política, na economia e nos acontecimentos centrais da atualidade; textos escritos por profissionais que têm paixão pelo desafio de entender a realidade; e o compromisso, por parte de todos os que escrevem aqui, de esforçar-se, no máximo de suas possibilidades, para saber do que estão falando na hora de escrever alguma coisa”.
Semanal, publicada sempre às sextas-feiras, Oeste terá conteúdo gratuito no site e revista exclusiva para assinantes por R$ 19,90 por mês, com 50% de desconto para quem assinar até 31 de março.
Integram ainda a equipe o editor-executivo Martim Vasques da Cunha, os editores Branca Nunes, Paula Leal e Wilson Lima (Brasília), e os repórteres Afonso Marangoni, Cristyan Costa, Gabriel Oneto, Pérola Stewart e Rodolfo Costa (Brasília).
Uma das grandes apostas da publicação é o time de colunistas. “Traremos aos nossos leitores importantes nomes do pensamento liberal no Brasil e no mundo”, destaca Kaike. “Alguns deles, como Theodore Dalrymple e Deirdre McCloskey, terão seus conteúdos publicados pela primeira vez em português em nossa plataforma”.
A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) emitiu nota de repúdio e indignação com o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro nessa terça-feira (24/3), em que atacou a imprensa nacional e orientou o povo brasileiro a desrespeitar as medidas de prevenção estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde contra o coronavírus.
Em rede nacional, Bolsonaro afirmou que a imprensa
brasileira foi responsável por espalhar uma “histeria coletiva que domina o
País e o mundo inteiro”, minimizando os perigos do coronavírus, as mortes
causadas por ele e classificando a pandemia como “gripezinha”. O presidente
também se posicionou contra o isolamento social, uma das principais medidas
estabelecidas pela OMS para barrar o contágio.
Em nota, a Fenaj afirmou que Bolsonaro “tenta, mais uma
vez, enganar a população brasileira com sua técnica de desinformação: dizer
mentiras como se fossem verdades e criticar quem produz informação verdadeira”.
A entidade lembra também a importância do papel dos jornalistas nesse contexto:
“Centenas de homens e mulheres jornalistas estão na linha de combate ao novo
coronavírus, ao produzir informação verdadeira sobre a pandemia e ao contribuir
para a difusão dos cuidados e das medidas que todos, individual e
coletivamente, devem tomar”.
A entidade também criticou a postura do presidente: “Ele deixou evidente seu desprezo pela vida do povo brasileiro, em especial, da população idosa. (…) Ignorando as informações da comunidade científica, Bolsonaro minimiza a pandemia e exorta a população a não respeitar o isolamento social, única medida que se mostrou eficaz na contenção da disseminação do novo coronavírus nos países mais afetados”.