O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), em parceria com o programa De Olho na Rede, oferece o ciclo de cursos Estratégias em Comunicação Digital para Jornalistas, com quatro módulos, e um total de 20 horas. Profissionais sindicalizados têm desconto na inscrição, que vai até 14 de setembro.
O primeiro módulo será em 15, 17, 22 e 24 de setembro, das 20h às 22h, com o tema Comunicação digital para campanhas. O segundo, Planejamento de digital, ocorre em 6, 8 e 13 de outubro, das 20h às 21h. Já os terceiro e quarto módulos − respectivamente, Estratégias de utilização das redes sociais da internet e Assessoria de imprensa e presença digital −, serão em janeiro e fevereiro de 2021. É possível adquirir os quatro módulos por meio de um pacote especial, com 20% de desconto, ou comprá-los separadamente.
Paulo Itabaiana (esq.) e Wagner Constantino Martins (Crédito: Antonio Chahestian/Record TV)
A Record TV reestruturou sua área comercial. Wagner Constantino Martins assumiu a nova Diretoria-Geral de Comercialização em São Paulo. Ele era diretor comercial, cargo que será mantido, agora subordinado à Comercialização, e para o qual foi contratado Paulo Itabaiana.
Formado em Administração de Empresas, com MBA em Marketing pela FIA/USP, Martins já passou pela diretoria de Negócios na emissora. Itabaiana tem graduação e MBA em Marketing, por Mackenzie e ESPM. Ele foi diretor comercial da plataforma de mídia Teads, e trabalhou em empresas como Facebook, Globosat, Grupo RBS e Grupo Estado.
O evento Caminhada Luiz Gama, que exalta a importância e a história daquele que é considerado por muitos como o maior abolicionista do Brasil e patrono da abolição da escravidão no País, será virtual este ano. Desde 1931, uma caminhada desde o busto dele em frente à Academia Paulista de Letras, no Largo do Arouche, no centro da capital paulista, até seu túmulo no cemitério da Consolação é realizada em 21 de junho ou em 24 de agosto, respectivamente, dias do nascimento e morte de Luiz Gama.
Neste ano, a caminhada será virtual, em 24/8, em formato de vídeo produzido pelo produtor cultural Max Mu e pela gestora de projetos Marília Santos, no qual serão exibidos pontos históricos da cidade relacionados com a vida e a memória de Luiz Gama. Personalidades como João Acaiabe, Oswaldo Faustino, Naruna Costa, Max Mu, Ailton Graça, Eduardo Silva, Dinho Nascimento e Cyda Baú recitaram trechos de um texto escrito por Raul Pompeia sobre a morte de Gama, que serão exibidos com o vídeo da caminhada.
Haverá ainda uma série de debates sobre o legado de Luiz Gama em diversos setores até segunda-feira, dia da caminhada. Hoje (20/8), às 19h, nas redes sociais do evento, irá ao ar o debate Luiz Gama para Advogados; na sexta (21/8), às 19h, Luiz Gama para Escritores; no sábado (22/8), às 19h, Luiz Gama para Jornalistas; e no domingo (23/8), será exibido às 11h e às 19h o vídeo 190 anos de Luiz Gama e a liberdade de ser o que se é. Os debates serão exibidos também nos canais de YouTube de Jornal Empoderado e Jornalistas Livres.
Luiz Gama (1830-1882) foi jornalista, poeta, advogado e ativista, ícone da luta contra o racismo e o regime escravocrata. Foi um dos precursores do que é hoje o jornalismo investigativo, tendo sido responsável por denunciar a jornais diversas violações de leis e direitos cometidas por juízes e advogados contra negros e escravos.
O grupo ABC/Omnicom, que controla a CDN Comunicação, anunciou que Fábio Santos é o novo CEO da empresa. Ele sucede a Juliano Nóbrega, que deixará a agência. Manuk Masseredjian, que atuou como CEO até 2019, vai atuar como consultor da empresa e trabalhar ao lado de Fábio e Juliano na condução conjunta da transição.
Fábio é formado em Jornalismo pela ECA-USP, tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV e especialização em Ciência Política na FFLCH-USP. Lançou e dirigiu o jornal Destak, foi editor da revista Primeira Leitura e editor executivo da revista República. Atuou como repórter de política de O Globo e passou pela Folha de S.Paulo. Foi vice-presidente da CDN até 2016, quando assumiu o cargo de secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo. Atualmente, é sócio-diretor da agência NCC1701.
Silvio Navarro, que teve passagens por Veja e Jovem Pan, chega à Revista Oeste para ser o novo editor executivo da publicação digital. Ele começou nessa quarta-feira (19/8).
Ainda por lá, Arthur Piva foi contratado para a equipe de repórteres, após colaborações esporádicas relacionadas a conteúdos de dados. Cristyan Costa foi promovido de repórter e a editor assistente.
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O ministro das Comunicações Fábio Faria anunciou na semana passada a escolha do novo diretor-presidente da EBC, José Emílio Ambrósio, que deve ser nomeado nos próximos dias. Ele substituirá o general Luiz Carlos Pereira Gomes, no cargo desde agosto de 2019. Até maio, Ambrósio ocupava o cargo de diretor da Band, responsável pela área de Esporte e Operações. Antes, atuou por 11 anos, entre 1999 e 2011, como superintendente de Jornalismo e Esporte da Rede TV. Também passou 14 anos na Rede Globo, onde começou como editor e chegou a diretor de Operações de Jornalismo e Esporte. Indicado pelo secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, Ambrósio terá a missão “tornar o conglomerado de emissoras de TV, rádios e agência de notícias mais eficiente”.
Nomeado há dois meses, Faria comprometeu-se com o presidente Bolsonaro, que defende a privatização da EBC, a melhorar a gestão e a “enxugar” a empresa. Com a saída dada como certa, o general Pereira Gomes apresentou um novo plano de carreiras para a EBC no início de julho. Porém, em 11/8, os funcionários fizeram uma paralisação de 24h alegando que a proposta não levou em consideração os dez anos de negociação. A mobilização também foi motivada pelo projeto de privatização e por medidas de censura contra profissionais da empresa.
Morreu nessa terça-feira (18/8), em São Paulo, Laerte Fernandes, aos 83 anos. Ele estava internado há cerca de dois meses por causa de um AVC. A informação foi confirmada por Claudia Fernandes, filha dele, em um post no Facebook.
Nascido no litoral norte paulista, Laerte fez parte da equipe fundadora do Jornal da Tarde. Atuou como secretário de Redação e editor-chefe da publicação, trabalhando ao lado de Ivan Ângelo e Miguel Jorge. Passou também pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo. É lembrado por diversas reuniões que organizava em sua casa com jornalistas do Grupo Estado, políticos, cientistas sociais, ministros do STF e personalidades do mundo das artes.
Miguel Jorge, que trabalhou no Jornal da Tarde, contou ao Estadão que ele “cuidava do jornal durante o dia, sempre muito preparado, tinha uma maneira de agir com as pessoas muito afável, conseguia controlar bem tudo na redação, sem nenhuma prepotência, sobretudo na base da conversa. Ele era um homem da redação, sempre foi muito competente”.
O velório e cremação estão marcados para a tarde desta quarta-feira (19/8), no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes.
A nova edição da pesquisa anual do Ofcom (órgão regulador das telecomunicações no Reino Unido) sobre consumo de notícias apontou declínio de 49% para 45% na quantidade de pessoas informando-se via redes sociais no país. E reconfirmou a baixa confiança nelas em comparação aos canais tradicionais de informação.
O estudo indicou que as redes mais populares para notícias entre os britânicos são Facebook (76%), Twitter (37%), Instagram (31%), WhatsApp (30%), Snapchat (17%) e LinkedIn (10%).
Isso não é, no entanto, uma realidade global. O exemplo na Bieolorrússia, tomada por protestos contra a reeleição do presidente Aleksandr Lukashenko, está demonstrando como uma rede social pode ser usada para informar e mobilizar um país inteiro, contornando a censura estatal.
O curioso é que a rede em questão não é uma das que costumam figurar como líderes de acesso, e sim o aplicativo de mensagens Telegram. Nele roda o Nexta, um canal criptografado baseado na Polônia, que aproveitou a característica de transmissão segura de informações sob anonimato para se transformar na principal fonte de noticias no país desde que a conexão de internet foi severamente interrompida após as eleições de 9 de agosto.
O Nexta surgiu no YouTube há cinco anos, criado pelo então adolescente Stepan Putilo, para veicular paródias musicais de cunho político. Hoje são três canais − Nexta, Nexta Live e Luxta − que viraram uma poderosa máquina. A crise política ajudou a elevar o número de seguidores de 300 mil no início de agosto para mais de dois milhões. Não é pouco em um país com cerca de dez milhões de habitantes.
Organização de mídia do Século 21 − Em entrevista ao Euronews, Roman Potasetich, editor-chefe do Nexta, de 25 anos, descreveu o canal como “uma organização de mídia descentralizada do século 21, usando vários sites, sem um site ou página central”.
Nexta significa “alguém” no idioma local. Segundo Potasetich, o nome reflete a ideia de uma rede de milhares de bielorrussos compartilhando noticias, contando histórias que não seriam veiculadas na mídia estatal ou mesmo em veículos independentes, por temor de represálias. Ele assegura receber documentos e informações de dentro do próprio governo, transmitidos por funcionários de alto escalão insatisfeitos com os rumos políticos.
Não é só. O canal tornou-se uma ferramenta de mobilização para os protestos. Compartilha mapas mostrando onde a polícia está, indica locais para manifestantes se refugiarem, faz contatos com ativistas e advogados especializados em direitos humanos e orienta sobre como contornar os bloqueios da internet impostos pelo governo.
O Nexta, no entanto, não é uma unanimidade. Há questionamentos sobre a confiabilidade do conteúdo − fornecido pelos seguidores e não por jornalistas profissionais − e sobre quem financiaria suas operações.
De qualquer forma, ele coloca em evidência o valor das mídias sociais, tão criticadas por serem território fértil para a proliferação de fake news, como meio de expressão em sociedades onde não há liberdade de imprensa. A Bielorússia ocupa a 153ª posição no ranking da organização Repórteres Sem Fronteiras, que classifica o grau de liberdade em 180 nações.
Segundo reportagem do Voice Of America, dezenas de jornalistas foram detidos, agredidos e até deportados desde as eleições − o sindicato contabiliza mais de 80 violações. A candidata de oposição, Svetlana Tikhanovskaya, que teria de fato vencido o pleito, candidatou-se depois que o marido, Sergei Tikhanovsky, um popular blogueiro popular, foi preso.
Não se sabe como a história política vai acabar. Mas o canal mostrou o caminho das pedras para driblar barreiras usando a tecnologia, virando um exemplo do ciberjornalismo. E pode inspirar outros países que também vivem o drama da censura governamental, ainda que sem os filtros editoriais e garantias legais de uma imprensa livre de qualidade.
A Bayer anunciou a chegada de Malu Weber para assumir a posição de diretora Sênior de Comunicação Corporativa no Brasil. Ela ficará baseada em São Paulo, reportando-se diretamente ao presidente da Bayer no Brasil, Marc Reichardt, e representará o país no time global de comunicação corporativa da empresa.
As líderes de comunicação dos negócios da Bayer no Brasil passam a responder a Malu. São elas Daniela Barros (Crop Science), que até então estava interina na função de diretora de Comunicação Corporativa, Aline Pasetchny (Pharma), Lilian Torres (Consumer Health) e Larissa Battistini (Corporativo).
Ao longo de mais de 25 anos de experiência, Malu teve passagens por empresas como Johnson & Johnson, Grupo Votorantim e Grupo Globo (EPTV Campinas), liderando times de comunicação, com assento em boards de negócios globais, regionais e locais. Ela é formada em Jornalismo pela Unaerp, com pós-graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Comunicação Corporativa pela Syracure University/Aberje e Organizational Leadership pelo Briyah Institute.
O comentarista Octávio Guedes, da GloboNews, recebeu diversos ataques de bolsonaristas e sites apoiadores do presidente após um comentário dele na emissora em 14 de agosto. Guedes justificou o aumento nos índices de aprovação a Jair Bolsonaro com a frase “é o pobre, estúpido”, querendo dizer que a elevação da popularidade do presidente é reflexo da distribuição do auxílio emergencial às classes econômicas mais baixas do País.
Diversas fake news surgiram na internet após o comentário de Guedes, como “comentarista da Globo chama nordestinos que apoiam Bolsonaro de pobres estúpidos” ou “jornalista da Globo atribui alta de Bolsonaro a pobres estúpidos”. Embora o comentário possa ser considerado infeliz, não é verdade que Guedes tenha dito que bolsonaristas são pobres estúpidos. Há uma vírgula entre as palavras “pobre” e “estúpido”, que pode passar despercebida na verbalização. Quem Guedes chama de estúpido é o interlocutor, que não enxerga algo óbvio, e não os apoiadores de Bolsonaro.
O comentário dele é uma referência à frase em inglês “it’s the economy, stupidy” (é a economia, estúpido), que ganhou popularidade entre os democratas durante a campanha de Bill Clinton nos anos 1990. Ela queria dizer que o verdadeiro problema do Estados Unidos era a economia.
Em seu Twitter, o comentarista da GloboNews comentou o ocorrido: “Roubaram a vírgula, sequestraram a referência e extorquiram o contexto. O pobre virou estúpido”.