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quarta-feira, junho 18, 2025

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Pesquisa da Fenaj mostra como a pandemia afeta os jornalistas

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou nesta quinta-feira (18/6) os resultados de uma pesquisa sobre os impactos da pandemia de coronavírus nos profissionais de imprensa nas redações, com ou sem vínculo formal de trabalho. Cerca de 55% dos entrevistados declararam aumento de pressão acúmulo de tarefas, sobrecarga de horário e cobrança por resultados ocasionados pela pandemia.

Norian Segatto, do Departamento de Saúde da Fenaj, explicou que esse aumento de pressão está relacionado às reduções de salário e demissões, que atingiram boa parte das redações. Segundo os dados, houve redução salarial em cerca de 30% dos veículos, e demissões em 20% deles. Segatto disse que isso causa “sobrecarga para quem ficou, com consequente aumento da cobrança e pressão sobre os/as jornalistas”.

A pesquisa, que ouviu 457 profissionais de todo o País, indicou também uma contradição no que se refere à segurança dos profissionais: aproximadamente 79% dos participantes responderam que as empresas têm garantido condições de saúde e segurança para o exercício da profissão, mas apenas 17,5% consideram satisfatória a quantidade de equipamentos de proteção individual fornecida. Além disso, quase 48% dos entrevistados acreditam que as empresas poderiam melhorar as condições de trabalho durante a pandemia.

A presidenta da Fenaj Maria José Braga declarou que “a pandemia agravou a situação que já era grave e, principalmente, em relação às condições de trabalho e salário, porque pode não ser maioria, mas é indicativo o contingente de profissionais que teve o salário reduzido, que é gravíssimo para qualquer trabalhador e ainda mais para um trabalhador que não tem um alto salário, como é o caso do jornalista. Ao contrário do que a maioria pensa, a categoria é mal-remunerada e, em um salário já baixo, ter 25% de corte é muitíssimo grave”.

Com informações do Sindicato dos Jornalistas de SP.

Em cerimônia online, Cristina Tavares anuncia vencedores

Foram conhecidos na noite dessa terça-feira (16/6) os vencedores da 25ª edição do Prêmio Cristina Tavares. O concurso, destinado à imprensa pernambucana, é promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco. Pela primeira vez a cerimônia de premiação aconteceu de forma online, em cumprimento às orientações de isolamento por causa do coronavírus.

Confira a relação dos trabalhos premiados:

  • Criação Gráfica: Eduardo Mafra, do Jornal do Commercio, com Copa América
  • Fotojornalismo: Bruno Campos, do Jornal do Commercio, com Desgovernado
  • Ilustração: Thiago Lucas, do Jornal do Commercio, com Carnaval já está entre nós
  • Internet: Inácio França, do Marco Zero, com Suape pelo avesso
  • Radiojornalismo: Anderson Souza, da CBN Recife, com Mobilidade 4.0
  • Texto Reportagem: Sílvia Bessa, do Diário de Pernambuco, com Consumo de álcool cresce entre os jovens
  • Texto Série Especial: Raissa Ebrahim, do Leia Já, com Óleo no Nordeste
  • Videojornalismo: Bianka Carvalho, Augusto Cezar e Wagner Sarmento, da Globo Nordeste, com O recomeço dos venezuelanos
  • Jornalismo Cultural: Marilia Parente, do Leia Já, com A poesia e a consciência negra de Solano Trindade

Nas categorias estudantis, os premiados foram Leandro Santana (Fotografia), Camila Souza (Texto – Reportagem), Suzana Borba e Amaro Freitas (Videojornalismo) e Victor Dos Santos (Jornalismo Cultural).

Mariana Godoy deixa a Rede TV e pode assinar com a Band

A apresentadora Mariana Godoy pediu demissão da Rede TV nessa terça-feira (16/6), após cinco anos de casa. Ela apresentava o programa Mariana Godoy Entrevista e dividia a bancada do Rede TV News com Boris Casoy e Mauro Tagliaferri. A informação é de Flávio Ricco (R7).

A Rede TV confirmou a saída de Mariana e informou que uma substituta será anunciada em breve. Segundo o colunista do R7, Mariana está próxima de assinar contrato com o Grupo Bandeirantes, para apresentar o programa matinal Aqui na Band, ao lado Luís Ernesto Lacombe. A Band ainda não confirmou a informação.

Editores adjuntos de jornal russo acusam Kremlin de interferência e pedem demissão

A equipe de editores-adjuntos do jornal Vedomosti, um dos principais da Rússia, pediu demissão nessa segunda-feira (15/6) em protesto ao anúncio de Andrei Chmarov como novo editor-chefe, que até então ocupava o cargo interinamente. Ele já havia provocado uma série de polêmicas com atitudes favoráveis ao governo de Vladimir Putin. Os jornalistas que pediram demissão acusaram o Kremlin de interferir na linha editorial do jornal.

Deixaram a publicação os editores adjuntos Boris Safronov, Philip Sterkin, Kirill Kharatian, Dmitri Simakov e Alexander Gubski. O Vedomosti (notícias, em russo) foi criado por um grupo que editava o hoje apenas digital The Moscow Times, em parceria com o jornal britânico Financial Times e o americano Wall Street Journal. É uma publicação de viés liberal, que aborda temas como economia, negócios e política.

Twitter vira campo minado para celebridades e jornalistas

J.K.Rowling

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Antes de as plataformas digitais nascerem, opiniões polêmicas já causavam danos pessoais a celebridades e constrangiam organizações cujos profissionais se expressavam sem alinhamento ao pensamento da companhia. Mas o advento das mídias sociais alçou tal risco à estratosfera, porque os efeitos negativos podem agora rapidamente ganhar dimensão planetária.

O pesadelo da autora britânica J.K. Rowling é emblemático. Um comentário feito pela criadora da série Harry Potter no Twitter há duas semanas desencadeou uma volumosa onda negativa. E fez refletir sobre cuidados que pessoas públicas precisam ter ao se posicionarem sobre questões sensíveis.

Rowling ironizou a forma como uma ONG dedicada a prevenir o suicídio na comunidade de transgêneros referiu-se a pessoas que nasceram com sexo feminino − chamando-as de “pessoas que menstruam“, em vez de mulheres. A reprimenda veio de Daniel Radcliffe, que encarnou Potter nas telas. Ele defendeu os direitos dos que declaram pertencer a um determinado sexo independentemente de como nasceram, ganhando adesão de atores, personalidades e ativistas.

Sob a ótica da gestão de crises, a reação de J.K.Rowling foi desastrosa. Um pedido de desculpas talvez estancasse a sangria. Mas justificativas frágeis e a arriscada ideia de buscar empatia revelando-se vítima de violência doméstica pelo ex-marido fez tudo piorar.

Na semana passada a reservada escritora teve sua intimidade exposta nas capas dos principais jornais britânicos. E não parou de ser enxovalhada nas redes.

A história tirou do ostracismo o ex-marido da autora, de nacionalidade portuguesa. E valeu ao tabloide The Sun reprovações pela capa da última sexta-feira (12/6). Entrevistado pelo jornal, o moço confirmou a agressão e sustentou que não se arrependia, para desespero de entidades que classificaram a manchete como apologia à violência familiar.

Jornalistas tuiteiros na berlinda − O episódio pode causar prejuízos à carreira de Rowling, pelo risco de boicote aos livros e a projetos futuros. Mas os efeitos são restritos a ela, que não deve ficar pobre se perder alguns contratos. Menos rica, talvez.

As coisas se complicam, porém, quando uma postagem afeta a corporação a que o autor pertence. E se agravam quando a corporação é uma empresa jornalística, dedicada a entregar informação isenta. Ou alinhada a uma posição ideológica que faz parte de sua história. Ou exclusiva.

A atividade dos jornalistas políticos britânicos nas redes sociais, sobretudo no Twitter, é intensa. De vez em quando há uma saia-justa. Nos bastidores o questionamento sobre a prática vem ganhando corpo.

A BBC é o alvo principal, por ser pública. Multiplicam-se os casos de profissionais da emissora criticados por postagens em suas contas.

Dois renomados jornalistas que exerceram cargos executivos − Lionel Barber, que dirigiu a redação do Financial Times, e Will Lewis, ex-chefe da Dow Jones e Wall Street Journal − expressaram nos últimos dias preocupação com o problema durante uma conferência digital promovida pelo think-tank Centre of Study for Financial Innovation.

Barber acha que jornalistas devem ser mais cuidadosos no uso das mídias sociais, pois seus canais têm sido tratados como plataformas individuais, exibindo comentários e não notícias. Para ele, para evitar interpretações equivocadas, não é suficiente ressalvar que as opiniões são pessoais e não da empresa.

Já Lewis deplorou a postagem de matérias antes de chegarem aos leitores, observando que os que pagam pela notícia deveriam ser os primeiros a recebê-la. Ele foi duro, instando os jornalistas a cessarem com a prática, que vê como “imprópria”.

É um movimento que caminha na direção de criar regras para o uso de mídias sociais. Mas esbarra numa pedrinha chamada liberdade de expressão. Se encontrar um equilíbrio, o padrão estabelecido por organizações de mídia britânica que estão debruçadas sobre o tema pode inspirar outros grupos a seguirem o modelo.

Sleeping Giants Brasil alerta Folha e Gazeta do Povo sobre anúncios em páginas que disseminam fake news

O perfil Sleeping Giants Brasil, que vem alertando empresas sobre a exibição de seus anúncios em páginas que disseminam fake news, a partir da contratação de mídia programática, divulgou nessa segunda-feira (15/6) uma relação de marcas que ainda não haviam feito o bloqueio de suas publicidades nas referidas páginas.

Dentre as empresas citadas chamou a atenção o fato de os jornais Folha de S.Paulo e Gazeta do Povo terem suas imagens ligadas ao site Brasil sem medo, que tem como idealizador ativista de extrema direita Olavo de Carvalho. O site recentemente afirmou que o coronavírus não aumentou o número de mortos por causas respiratórias no Brasil e que a mídia brasileira estaria distorcendo o número das vítimas da pandemia.

Em nota encaminhada a nossa reportagem, a Folha explicou: “Todas as campanhas de marketing da Folha estão sendo direcionadas para uma lista de sites selecionados. O domínio brasilsemmedo.com não está nesta relação. Após alerta, a equipe técnica de nossa agência identificou uma falha que fez com que os anúncios de uma de nossas campanhas fossem direcionados a sites fora de nossa lista. Essa falha já foi corrigida”.

Já a Gazeta do Povo informou que, “se identificada a presença de notícias falsas intencionais ou de conteúdo criminoso, o plano de mídia será refeito e o site, bloqueado”. E completou: “A Gazeta do Povo reforça o seu compromisso com o jornalismo ético e com a apuração criteriosa, mas também ressalta sua defesa da liberdade de expressão. A empresa não apoia o boicote a veículos pelo fato de eles exporem opiniões divergentes às suas ou às de quem fez o alerta. O jornal acredita que a pluralidade de ideias e o respeito a visões divergentes são fundamentais para a democracia e o fortalecimento da sociedade”.

Jornalista filipina é condenada por difamação digital e pode pegar até seis anos de prisão

A jornalista filipina Maria Ressa foi condenada nessa segunda-feira (15/6) por “difamação digital” por causa de um artigo escrito em 2012 sobre as supostas relações entre um empresário e o presidente do Supremo Tribunal do país na época. Ela é diretora do site Rappler, onde o artigo foi publicado, que faz reportagens críticas ao governo do presidente das Filipinas Rodrigo Duterte. Maria pode pegar até seis anos de prisão.

O empresário citado no artigo denunciou a jornalista em 2017. O pedido foi negado, mas agora retomado e encaminhado à Promotoria, que decidiu levar a diretora do Rappler e Reynaldo Santos, autor do artigo, à justiça. Reynaldo também foi condenado, mas foi libertado sob fiança.

A lei de crimes cibernéticos nas Filipinas, que pune a difamação na internet, assédio e pornografia infantil, entrou em vigor em setembro de 2012, após a publicação do artigo. Mas a Promotoria explicou que, por causa de uma republicação do artigo para a correção de um erro tipográfico após o dia em que a lei passou a valer, o caso poderia ser julgado como possível difamação digital de acordo com essa lei.

Maria, que recebeu diversos prêmios internacionais ao longo da carreira e foi considerada uma das personalidades de 2018 segundo a revista Times, declarou que a condenação “não era inesperada” e que vai “continuar resistindo aos ataques contra a liberdade de imprensa”. O ocorrido foi repudiado por diversas entidades defensoras da liberdade de imprensa. A ONG Anistia Internacional disse que “o histórico de direitos humanos das Filipinas continua, neste caso, a despencar”.

Esse não foi o primeiro “atrito” entre imprensa e governo filipinos. O presidente Duterte já ameaçou fechar a ABS-CBN, principal veículo jornalístico do país, por denunciar abuso de violência contra traficantes e supostos viciados em drogas.

Vale lembrar que as Filipinas ocupam o 136º lugar (de um total de 180) no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2020, feito pela organização Repórteres Sem Fronteiras.

Com informações da ANJ.

Políticos são a fonte de desinformação mais citada em pesquisa do Instituto Reuters

Crédito: Instituto Reuters

O Instituto Reuters, da Universidade de Oxford, divulgou nesta terça-feira (16/6) os resultados da pesquisa Digital News Report 2020, que estuda os meios de acesso à informação ao redor do globo. Neste ano, ela foi feita em 40 países. Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram estar preocupados com a desinformação vinda de políticos, 14% temem fake news de ativistas e 13%, de jornalistas e veículos de notícias.

No Brasil, o índice de pessoas que se preocupam com a desinformação de políticos é de 50%. O País junta-se a Estados Unidos, Filipinas e África do Sul como os que mais temem fake news de políticos. A pesquisa indica que a imprensa é uma das fontes mais confiáveis durante a pandemia do coronavírus (59%), atrás apenas de cientistas e autoridades de saúde. As redes sociais e os aplicativos de mensagens aparecem como as fontes menos confiáveis, com índices de 26% e 24%, respectivamente.

O estudo indica ainda que, em países com maior polarização política (como o Brasil), os participantes que afirmam seguir uma ideologia de direita tendem a culpar mais a imprensa pela desinformação. Além disso, o instituto pesquisou o principal canal de desinformação em cada país: em quase todos os 40 países, o Facebook foi apontado como o principal meio de desinformação. No Brasil, porém, o WhatsApp é o primeiro colocado.

Com informações da ANJ.

Liminar põe reportagem da RBS TV sob censura prévia

Uma liminar concedida pelo juiz Daniel da Silva Luz, da comarca de Espumoso, no Norte do Rio Grande do Sul, está impedindo a veiculação de uma reportagem da RBS TV. A matéria trata da concessão irregular do abono emergencial e o pedido foi feito por uma das pessoas citadas na reportagem.

O juiz ainda determinou uma multa de R$ 50 mil reais caso a decisão seja descumprida, mas vale lembrar que a Constituição Brasileira proíbe a censura prévia. A RBS TV informou que recorreria.

Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) declararam que estão acompanhando com preocupação a decisão judicial, que impede o pleno exercício do jornalismo pelo Grupo RBS.

ABI condena pedido de inquérito contra Ricardo Noblat e Renato Aroeira

O ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, anunciou nessa segunda-feira (15/6) um pedido à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar uma charge produzida pelo cartunista Renato Aroeira, e compartilhada por Ricardo Noblat.

O desenho mostra o presidente Jair Bolsonaro após terminar de transformar em uma suástica a cruz vermelha de um hospital, acompanhado da seguinte frase: “Bora invadir outro?”.

Em nota, a Associação Brasileira de Imprensa afirmou que Noblat e Aroreira contam, neste momento, com defesa incondicional da entidade. “É estarrecedor que o ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, anuncie a abertura de um inquérito policial contra o chargista Aroeira e o colunista Ricardo Noblat, devido a uma ilustração criada pelo primeiro e reproduzida pelo segundo, associando Bolsonaro ao nazismo”, afirma a nota assinada pelo presidente, Paulo Jerônimo.

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