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quarta-feira, dezembro 17, 2025

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Dia do Repórter: Metrópoles lista sete livros-reportagem de impacto

Crédito: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Na lista estão obras dos brasileiros Eliane Brum, Daniela Arbex e Caco Barcellos, além dos americanos John Hersey, Bob Woodward e Carl Bernstein. A lista foi baseada em um post da Estante Virtual de 2019, que traz esses e outros títulos do gênero.

O Olho da Rua apresenta os bastidores de dez reportagens de Eliane Brum, com detalhes sobre entrevistas, personagens, locais visitados, e todos os dilemas e dores envolvidos nos temas dos textos, que fazem o repórter questionar sua própria jornada.

Rota 66, de Caco Barcellos, explica as origens e o funcionamento do sistema de extermínio “Esquadrão da Morte”, incluindo seus métodos e pensamentos. E o livro Todo dia a mesma noite, de Daniela Arbex, relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.

A lista do Metrópoles cita também a obra Hiroshima, de John Hersey, que conta a história de seis sobreviventes da bomba atômica que matou 100 mil pessoas na cidade de Hiroshima, em 1945; e Todos os homens do presidente, de Bob Woodward e Carl Bernstein, que conta o processo de investigação dos repórteres sobre o Caso Watergate e como conseguiram revelar uma poderosa rede de espionagem e sabotagem montada dentro da Casa Branca.

Por fim, o texto do Metrópoles destaca A menina da quebrada, de Eliane Brum, e Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex. 

PL que obriga Google e Facebook a pagarem por conteúdo chega ao Parlamento da Austrália

eis estrela nova campanha da Audi
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Após meses de tensão entre Google e Facebook e o Governo australiano, com direito a ameaças por parte das gigantes digitais de sairem do país, o conflito chegou a uma etapa decisiva. O Parlamento da Austrália deve votar esta semana em um projeto de lei que obriga Google e Facebook a pagarem pelo conteúdo jornalístico compartilhado em suas plataformas.

Jornais do país dizem que partidos de oposição mostraram-se a favor do PL, o que fortalece a posição do primeiro-ministro Scott Morrison. Algumas grandes organizações de mídia do País fecharam acordos diretos para entrar no Google News Showcase, como a Seven West Media, e a Nine Entertainment, dona do jornal Sydney Morning Herald.

Mais recentemente, o Google fechou contrato com a News Corp., do empresário Rupert Murdoch. O valor do acordo desta última, inclusive, não foi revelado, mas vale também para títulos nos Estados Unidos, como Wall Street Journal e The New York Post, e no Reino Unido, como The Times e The Sun.

Segundo o Financial Times, quando o Google foi lançado, em 1998, jornais e revistas respondiam ​​por quase um em cada dois dólares em publicidade em todo o mundo. Em 2020, de acordo com o GroupM, as editoras detinham apenas 8.3% da verba de publicidade, totalizando US$ 578 bilhões. Não é à toa que União Europeia, Reino Unido e Canadá, que já deram a partida na implantação de leis para as plataformas digitais, estão de olho no conflito na Austrália, cujos desdobramentos podem transformar a relação entre a indústria midiática e gigantes de tecnologia.

Leia mais detalhes do caso em MediaTalks by J&Cia.

UOL denuncia que jornalista de Minas Gerais ameaçou e perseguiu colegas de TV

Reportagem de Adriano Wilkson, do UOL, denuncia que o repórter Bernardo Lima, que se diz dono de uma webrádio em Minas Gerais, ameaçou, assediou, importunou e perseguiu jornalistas mulheres de emissoras de TV como Globo, Band e SBT. As profissionais relataram que, pelas redes sociais e telefone, Bernardo dirigiu ofensas e comentários inoportunos e recorrentes, e ameaçou publicar histórias falsas sobre elas.

Segundo a reportagem, os relatos das jornalistas ameaçadas mostram um padrão de comportamento: Bernardo entra em contato como a colega de profissão, mostra admiração pelo trabalho e insiste em se comunicar com ela até se tornar incômodo. Quando é ignorado ou bloqueado, passa a se comportar, segundo elas, como um hater e um perseguidor. As profissionais que relataram a perseguição do repórter optaram por não registrar boletins de ocorrência.

Uma das importunadas disse que Bernardo descobriu sua senha do Facebook e ameaçou publicar uma história falsa inventada por ele. Outra relevou que o repórter chegou a comentar com uma conhecida dela que gostaria de matá-la.

Há duas semanas, a repórter Lívia Laranjeira, da TV Globo, denunciou em seu Twitter uma mensagem que recebeu de Bernardo. Na ocasião, ele escreveu utilizando o perfil um veículo de comunicação que afirmava possuir:

Em 2018, o repórter admitiu ter falsificado a carteirinha da Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE). A reportagem do UOL teve acesso a uma troca de e-mails na qual Bernardo justificou a falsificação dizendo que precisava se defender pois estava “sendo vítima de difamação”. Desde então, a AMCE vem recusando todas as tentativas de credenciamento feitas por Bernardo. A entidade afirmou que recebeu diversas denúncias contra o comportamento do jornalista, mas que nada pode fazer justamente por ele não ser filiado.

Procurado pela reportagem do UOL, Bernardo afirmou por telefone em 9/2 que não se pronunciaria sobre o teor das denúncias. Procurado pelo WhatsApp, ele insistiu que não comentaria.

Leia a reportagem completa do UOL.

Jornalistas do Ceará estão há três anos sem reajuste salarial e outros direitos

Ilustração: Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce)

O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) denunciou em comunicado as condições precárias de trabalho dos jornalistas cearenses, há três anos sem reajuste salarial, Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e outros direitos.

A entidade reitera que, sem tais direitos, os profissionais estão “descobertos”, pois seguem na linha de frente, trazendo informações sobre a Covid-19 com risco de contrair a doença. Segundo o Sindjorce, a situação é provocada “pela intransigência dos principais conglomerados de comunicação do Estado”.

O comunicado afirma que a entidade “vem tentando negociar com os patrões durante todo esse tempo, mas só recebe desculpas evasivas e nenhuma proposta concreta para restabelecer os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da mídia”. O texto destaca que Sistema Verdes Mares, Sistema Jangadeiro e Grupo O Povo, os maiores empregadores de profissionais de imprensa, cortaram pelo menos 25% dos salários durante a pandemia.

Rafael Mesquita, presidente do Sindjorce e diretor de Mobilização da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), declarou que “os jornalistas do Ceará são colocados sob risco sanitário, sobrecarga de trabalho, multifunção e ainda são obrigados a utilizar recursos próprios para manter o trabalho em casa. Ao mesmo tempo, grupos como Sistema Verdes Mares, O Povo, Cidade e Sistema Jangadeiro mentem para a sociedade, afirmando que valorizam o jornalismo profissional. Na nossa avaliação, valorizar o jornalismo é garantir trabalho decente e remuneração digna para os profissionais da área“.

Projeto reunindo TVs britânicas monitora diversidade e inclusão nas telas e nos bastidores

Crédito: Aarón Blanco Tejedor / Unsplash

O relatório 2021 do programa Diamond, que monitora a diversidade e inclusão nas telas e nos bastidores da TV britânica, não trouxe boas notícias para três dos seis grupos pesquisados pela iniciativa. O trabalho abrange todos os gêneros de produção, como drama, comédia, infantil, factual e entretenimento.

Mulheres, negros e minorias étnicas diminuíram sua presença tanto nas telas como nos bastidores, mas continuaram com índices acima de sua participação na população e na força de trabalho do Reino Unido. O grupo LGB foi  o único a conquistar mais espaço no vídeo e nos bastidores, atingindo índices que representam o dobro de sua participação na composição da força de trabalho e da população do Reino Unido.

Maiores de 50 anos e pessoas com necessidades especiais, apesar dos pequenos avanços verificados, continuaram sub-representados nas telas e por trás das câmeras. O mesmo aconteceu com os transgêneros, só que para estes foi pior, pois viram sua participação diminuir ainda mais no vídeo.

No jornalismo, as mulheres permaneceram, como no ano anterior, sub-representadas nas telas, mas aumentaram a participação nos bastidores. Com os negros e minorias ocorreu o contrário: elevaram a presença nas telas e perderam espaço atrás das câmeras. A presença de negros e minorias diminuiu 1% nas telas das produções factuais e 3,1% nas de current affairs.

O acompanhamento, que vem sendo feito desde 2016, é apontado como o primeiro sistema de coleta de dados online a ter sido implantado no mundo para monitorar e apontar caminhos para aumentar a diversidade e a inclusão de uma indústria.

Participam cinco das principais emissoras britânicas − BBC, SKY, ITV, Channel 4 e Channel 5/ViacomCBS. Junto com BAFTA, ScreenSkills, Pact, ITN e S4C, elas mantêm a Creative Diversity Network, que conduz a iniciativa.

Esta última edição consolida dados coletados de 36 mil formulários preenchidos por participantes de produções televisivas. Desde a primeira edição, o Diamond já coletou mais de 1,9 milhão de contribuições.

Veja o artigo completo em MediaTalks by J&Cia.

A vitória de Meghan sobre o Mail on Sunday: estaria a imprensa sendo “algemada”?

Meghan Markle (Crédito: Samir Hussein/Getty Images)

Na última quinta-feira (11/2) foi anunciada no Reino Unido a vitória de Meghan Markle em um processo movido contra o Mail On Sunday por quebra de privacidade e direitos autorais. O motivo foi a publicação de trechos da carta enviada por ela ao pai em 2019, rompendo o turbulento relacionamento familiar.

A indenização não foi ainda definida. Mas surpreendeu o meio jornalístico o fato de o julgamento ter sido sumário, sem uma audiência que permitiria ao jornal defender-se usando testemunhas.

Entre elas estavam funcionários da equipe de comunicação do Palácio de Buckinghan que teriam ajudado a duquesa de Sussex a redigir a carta e validariam a tese de que ela sabia da possibilidade de o texto tornar-se público, o que derrubaria o argumento da defesa de que se trava de um assunto privado.

Advogados do setor de mídia manifestaram-se sobre a decisão, que pode estabelecer novos parâmetros para a publicação de documentos confidenciais, elevando o risco de indenizações milionárias aos que se julgarem atingidos. E com isso fazendo com que os jornais desistam de revelar segredos de celebridades.

Veja o artigo completo em MediaTalks by J&Cia.

Chega a quase 100 o número de jornalistas mortos pela Covid-19 no País

Quase 100 jornalistas morreram em decorrência da Covid-19
Quase 100 jornalistas morreram em decorrência da Covid-19
Relatório da Fenaj apontou quase 100 jornalistas mortos desde o início da pandemia

A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) divulgou um relatório que aponta pelo menos 94 jornalistas mortos pela Covid-19. A pesquisa foi realizada pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da entidade.

Do início da pandemia, em 2020, até o final de janeiro deste ano, pelo menos 93 profissionais morreram em decorrência da Covid-19. Depois da conclusão da pesquisa, a repórter cinematográfica Vanusa Torchi, de São Paulo também faleceu, elevando o número para 94.

Segundo o relatório, a situação agravou-se nos últimos meses, com um crescimento dos óbitos. Entre julho e agosto de 2020, as mortes na categoria mantiveram-se relativamente estáveis. Nos últimos dois meses de 2020 houve um crescimento acelerado, que explodiu em janeiro de 2021: 25% dos casos de mortes ocorreram nesse mês.

Amazonas e São Paulo são os dois estados com maior número de casos: 14 mortes em cada. Pesa contra o estado do Norte o fato de ter uma população dez vezes menor que o do Sudeste. Recentemente, inclusive, este Portal dos Jornalistas alertou para a explosão de casos de Covid-19 na TV Encontro das Águas, estatal ligada ao governo amazonense.

Rio de Janeiro, com nove óbitos, e Paraná, com oito, completam a lista dos estados com maior número de casos fatais na categoria. A Paraíba, com uma população quase idêntica à do Amazonas (4 milhões de habitantes), registrou cinco mortes de jornalistas.

O diretor do Departamento de Saúde e coordenador da pesquisa, Norian Segatto, disse que os números são assustadores, mas ainda podem estar subestimados.  “Não existe um mecanismo o oficial de registro dos casos e nem sempre a morte do profissional de imprensa é noticiada”, explicou.

Metodologia

A pesquisa da Fenaj foi realizada por meio de buscas em notas de jornais, informações coletadas com os sindicatos de jornalistas de todo o país e relatos vindos diretamente de amigos e parentes das vítimas. A Fenaj manteve no conjunto das vítimas alguns profissionais identificados como radialistas (que igualmente são profissionais da comunicação), por não ter sido possível confirmar o registro profissional de cada um.

A análise dos dados coletados também revelou a idade das vítimas. O maior número (23) estava na faixa etária de 51 a 60 anos, e outras 22 vítimas fatais da doença tinham entre 61 e 70 anos.

Na análise de gênero, os homens são maioria absoluta entre as vítimas, somando 91,4% do total. Entre as vítimas mulheres (8,6%), chama a atenção o fato de serem mais jovens. Metade tinha menos de 35 anos, três delas estavam entre 47 e 52 anos e em uma não se conseguiu ainda apurar a idade. Ou seja, foram mortes bastante precoces.

Para a Fenaj, o maior responsável por esses números é o governo de Jair Bolsonaro, por sua política genocida, que em vez de combater contribuiu para o avanço da pandemia no País. Mas também as empresas de comunicação têm sua parcela ao exporem trabalhadores a condições não seguras.

Norian Segatto lembra ainda que, infelizmente, há entre a categoria uma minoria de profissionais que compactua com a tese da “gripezinha” e ajuda a disseminar desinformações para a população. “Às famílias, amigos, colegas de trabalho de todas as vítimas da Covid-19, em especial dos trabalhadores da imprensa, nosso mais profundo pesar. Elas não são apenas números de uma macabra estatística, são pessoas, que viram ceifados sonhos, futuro, vida”.

Os números da pesquisa comprovaram o que a Fenaj já vinha afirmando: os jornalistas estão na linha de frente do combate à Covid-19, com a cobertura da pandemia, e por isso mesmo são vulneráveis. Esse é o motivo pelo qual a entidade orientou os Sindicatos de Jornalistas a solicitarem aos governos estaduais/municipais a inclusão da categoria entre os grupos prioritários para a vacinação.

Acesse aqui o relatório.

Chega a quase 100 o número de jornalistas mortos pela Covid-19

Quase 100 jornalistas morreram em decorrência da Covid-19
Quase 100 jornalistas morreram em decorrência da Covid-19

A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) divulgou um relatório que aponta pelo menos 94 jornalistas mortos pela Covid-19. A pesquisa foi realizada pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da entidade.

Do início da pandemia, em 2020, até o final de janeiro deste ano, pelo menos 93 profissionais morreram em decorrência da Covid-19. Depois da conclusão da pesquisa, a repórter cinematográfica Vanusa Torchi, de São Paulo também faleceu, elevando o número para 94.

Segundo o relatório, a situação agravou-se nos últimos meses, com um crescimento dos óbitos. Entre julho e agosto de 2020, as mortes na categoria se mantiveram relativamente estáveis. Nos últimos dois meses de 2020 houve um crescimento acelerado e explodiu em janeiro de 2021: 25% dos casos de mortes ocorreram neste mês.

Amazonas e São Paulo são os dois estados com maior número de casos: 14 mortes em cada. Pesa contra o estado do Norte o fato de ter uma população 10 vezes menor que o do Sudeste. Recentemente, inclusive, este Portal dos Jornalistas alertou para a explosão de casos de Covid-19 na TV Encontro das Águas, estatal ligada ao governo amazonense.

Rio de Janeiro, com nove óbitos, e Paraná, com oito, completam a lista dos estados com maior número de casos fatais na categoria. A Paraíba, com uma população quase idêntica à do Amazonas (4 milhões de habitantes), registrou cinco mortes de jornalistas.

O diretor do Departamento de Saúde e coordenador da pesquisa, Norian Segatto, disse que os números são assustadores, mas ainda podem estar subestimados.  “Não existe um mecanismo o oficial de registro dos casos e nem sempre a morte do profissional de imprensa é noticiada”, explicou.

Relatório da Fenaj apontou quase 100 jornalistas mortos desde o início da pandemia

Metodologia

A pesquisa da Fenaj foi realizada por meio de buscas em notas de jornais, informações coletadas com os sindicatos de jornalistas de todo o país e relatos vindos diretamente de amigos e parentes das vítimas. A Fenaj manteve no conjunto das vítimas alguns profissionais identificados como radialistas (que igualmente são profissionais da comunicação), por não ter sido possível confirmar o registro profissional de cada um.

A análise dos dados coletados também revelou a idade das vítimas. O maior número (23) estava na faixa etária de 51 a 60 anos, e outras 22 vítimas fatais da doença tinham entre 61 e 70 anos.

Na análise de gênero, os homens são maioria absoluta entre as vítimas, somando 91,4% do total. Entre as vítimas mulheres (8,6%), chama a atenção o fato de serem mais jovens. Metade tinha menos de 35 anos, três delas estavam entre 47 e 52 anos e em uma não se conseguiu ainda apurar a idade. Ou seja, foram mortes bastante precoces.

Homens são a maioria entre as vítimas, com 91,4% do total de mortos

Para a Fenaj, o maior responsável por esses números é o governo de Jair Bolsonaro, por sua política genocida, que em vez de combater contribuiu para o avanço da pandemia no país. Mas também as empresas de comunicação têm sua parcela ao expor trabalhadores a condições não seguras.

Norian Segatto lembra ainda que, infelizmente há entre a categoria uma minoria de profissionais que compactua com a tese da “gripezinha” e ajuda a disseminar desinformações para a população. “Às famílias, amigos, colegas de trabalho de todas as vítimas da Covid-19, em especial dos trabalhadores da imprensa, nosso mais profundo pesar. Elas não são apenas números de uma macabra estatística, são pessoas, que viram ceifados sonhos, futuro, vida”.

Os números da pesquisa comprovaram o que a Fenaj já vinha afirmando: os jornalistas estão na linha de frente do combate à Covid-19, com a cobertura da pandemia, e por isso mesmo estão vulneráveis. Esse é o motivo pelo qual a Fenaj orientou os Sindicatos de Jornalistas a solicitarem aos governos estaduais/municipais a inclusão da categoria entre os grupos prioritários para a vacinação.

Acesse aqui o relatório.

“Direito ao esquecimento” é negado pelo STF

O Supremo Tribunal Federal negou na quinta-feira (11/2) o reconhecimento do “direito ao esquecimento”, no qual uma pessoa poderia reivindicar que os meios de comunicação fossem impedidos de divulgar informações sobre um fato verídico considerado prejudicial ou doloroso. Dos 11 ministros, nove votaram contra o direito ao esquecimento e um a favor. Luís Roberto Barroso não votou porque se declarou impedido.

Segundo a tese aprovada pelo plenário, “é incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como um poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais.

Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais, especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral, e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível”.

Na semana passada, o relator, ministro Dias Toffoli, votou contra o direito ao esquecimento, argumentando que é “incompatível com a Constituição”, e que impedir o acesso a informações verdadeiras e obtidas de forma legal fere a liberdade de expressão.

Acompanharam o relator os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Rosa Weber. O ministro Edson Fachin votou a favor do reconhecimento do direito ao esquecimento.

Abraji aponta aumento em ataques à imprensa em janeiro

Presidente Jair Bolsonaro lidera o ranking de ataques à imprensa, aponta Abraji
Presidente Jair Bolsonaro lidera o ranking de ataques à imprensa, aponta Abraji

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) contabilizou o número de ataques direcionados à imprensa em janeiro de 2021. O número dobrou em comparação ao mesmo mês no ano passado. O presidente Jair Bolsonaro foi responsável por 11 dos 26 ataques detectados.

Nos primeiros 31 dias de 2020, o número de ataques foi de 11. Isso demonstra uma piora no cenário em 2021, segundo a entidade. Neste ano, foram 20 casos de discursos estigmatizantes, quatro ataques e agressões, um processo judicial e um caso de uso abusivo do poder estatal.

Letícia Kleim, assessora jurídica da Abraji, declarou que “o crescimento dos discursos estigmatizantes resulta em um aumento de outras formas de agressão, até mais graves e diretas, contra profissionais da imprensa, porque servem de autorização e incentivo, especialmente quando se referem ao presidente e seus apoiadores. (…) O monitoramento dos ataques é fundamental para identificar essas ameaças e permite avaliar o impacto direto na proteção de nossas garantias constitucionais e os riscos à democracia brasileira”.

Leia mais sobre os ataques no site da Abraji.

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