A Globo dispensou o comentarista Arnaldo Ribeiro, que participava do programa Seleção SporTV, apresentado por André Rizek. Segundo o Notícias da TV, a saída ocorre após reclamação formal da equipe da Central do Apito por uma fala de Ribeiro sobre a arbitragem do clássico entre São Paulo e Palmeiras, em 31 de julho.
O comentarista afirmou em live no YouTube que os juízes de futebol marcam faltas ou lances polêmicos baseando-se no que comentam os ex-árbitros da Central do Apito, formada por Sálvio Spínola, Sandro Meira Ricci, Paulo César de Oliveira e Fernanda Colombo.
“É assim que funciona o VAR no Brasil. Não tem interpretação do árbitro em campo. A interpretação é da câmera lenta, do ‘cara’ do VAR e depois de ele ouvir a Central do Apito”, declarou Ribeiro.
Após reclamação dos ex-árbitros à direção da Globo, a emissora dispensou o comentarista. Ao Notícias da TV, ele informou que não tem contrato fixo com o SporTV, e que suas participações no programa dependem da própria emissora.
Ribeiro esclareceu também que seu comentário não foi uma crítica específica à Central do Apito: “Critiquei o comando da arbitragem e os árbitros do VAR e de campo. Nenhuma crítica específica à Central do Apito. Pelo contrário. Respeito a opinião deles (incluindo sobre o VAR), o trabalho deles e todos eles pessoalmente. E, de novo, não é o foco do meu comentário. O foco é o quanto estão perdidos na utilização do VAR no futebol brasileiro. Essa é a discussão”.
Quando aceitei ser o primeiro ombudsman mulher num importante jornal carioca, após deixar o Estadão, sabia que teria de rever alguns conceitos e preconceitos em relação ao jornalismo dito popular. Minha raiz profissional sempre havia sido outra, mais sofisticada, mais voltada para um tipo de leitor que eu não iria encontrar no novo emprego. Um grande desafio, que enfrentei cheia de medos, inseguranças, mas também esperança numa nova proposta de trabalho, num novo tipo de fazer jornal que iria exigir de mim mais do que conhecimentos acumulados ao longo de décadas. Aconselhada pelos mais experientes nessa área, entrei nela com aquele cuidado de quem entra num galinheiro cuidando para não pisar nos ovos ou assustar as galinhas.
Já falei muito no Face sobre esse tão complexo cargo − ombudsman −, por isso não vou me deter nele. Mas uma das minhas tarefas, talvez a mais importante, era contribuir para mudar o que não estava bom e ajudar aqueles que haviam chegado para mudar o que precisava ser mudado. Trabalho não me faltaria. A começar pela formatação e ilustração das páginas de classificados, onde anúncios oferecendo vagas para médicos, advogados e professores saiam na mesma página dos prostíbulos oferecendo garotas de programa, “massagistas do sexo”, anúncios às vezes ilustrados por mulheres em poses eróticas com animais. Aquilo me chocara.
− Magda, tem um general na linha querendo falar com você. Está furioso. Diz que vai mandar tanques e bazucas para a porta do jornal até resolvermos o problema −, avisou a secretária.
Desde o começo de minha nova e difícil atividade fui surpreendida com a quantidade de reclamações de leitores e empresários sobre anúncios trocados, anúncios mal escritos e, pior, anúncios com números de telefones errados. Os dos prostíbulos estavam caindo em casas de famílias. Era o caso do general. Estava furioso e com razão. Há semanas ligavam para a casa dele perguntando o preço do michê.
Consegui acalmá-lo e fui atrás do miserável que havia feito aquela desgraceira. A agência responsável era de Copacabana e o anúncio havia sido escrito pela própria cafetina, “freguesa antiga e pontual, gente boa”. Pedi o endereço da freguesa antiga, pontual e gente boa. Ficava na Barata Ribeiro 200, um famoso pombal de pequenos aptos onde rolava de tudo para todos os gostos e taras. Um bordel que determinada fauna chamava de seu, com direito a documentários, filmes, avisos nos postes do bairro etc…
Me aprumei, ajustei a coluna, me dirigi ao tal endereço e muitos andares depois cheguei na “gerência”. Antes, passara por um corredor longo e estreito onde gritos e sussurros me diziam que estava no lugar certo. Abri a pesada porta de vidro esfumaçada e entrei. Fui recebida com um “as salas estão lotadas. Espera lá fora”. Mas o crachá me denunciou, mania de esquecer de tirá-lo quando na rua. Corre-corre, chama fulano, chama sicrana, ninguém sai, ninguém entra, o que foi, o que não foi, é a polícia????
Tudo esclarecido, anúncios refeitos, promessas de não mais acontecer, essas coisas. No jornal, liguei para o general, que já chamara seu advogado e ex-comandados. Estava na reserva, mas ainda tinha força política em seu meio. Conversei com os dois, expliquei tudo que acontecera, mil desculpas, não precisa chamar os tanques nem trocar o número do telefone. Aproveitei e os convidei a visitar o jornal e conhecer o projeto do novo parque gráfico que seria construído em Benfica. Seria o maior da América Latina, um sonho que Roberto Marinho desmoronou ao construir o portentoso parque gráfico de O Globo na Baixada Fluminense.
A cafetina “gente boa” me mandou flores e um cartão de agradecimento.
Magda Almeida
A história desta semana é novamente uma colaboração de Magda Almeida. Carioca, hoje residindo em Porto Alegre, no Rio teve passagens por Jornal do Brasil (repórter especial e editora), Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo (repórter especial) e O Dia, onde foi ombudsman e criou e administrou o Instituto Ary Carvalho, braço social, cultural e de educação do grupo O Dia.
Nosso estoque do Memórias da Redação acabou. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para [email protected].
O Brasil chegou a ser a sétima economia do mundo há poucos anos, mas hoje seu PIB ocupa um tímido 12% lugar no ranking global. Além da avaliação econômica, países também podem ser analisados pela ótica do soft power, ou sua capacidade de influenciar tendências, cenários e mesmo os rumos da diplomacia internacional. Nesse quesito, uma avalição recente colocou o Brasil em modestíssimo 29%.
A imprensa internacional sempre influencia a percepção de pessoas em todo o mundo acerca das condições de cada país onde a cobertura está sendo feita, impactando também a decisão de investidores. E aqui não há muito a celebrar.
A imagem do Brasil na imprensa internacional foi predominantemente negativa no primeiro semestre de 2021, repetindo o cenário de 2020. Das 2.928 notícias veiculadas de janeiro a junho em 13 importantes publicações de nove países de Américas, Europa e Ásia, 58% apresentaram uma visão desfavorável em relação ao País. Daquele total, mais da metade (1.528) teve como foco a Covid-19, e desse universo 64% dos textos adotaram tom negativo.
É o que aponta levantamento conjunto da Imagem Corporativa e do SEE Suite, laboratório digital e de social media do Grady College of Journalism and Mass Communication/University of Georgia, dos Estados Unidos.
A Imagem Corporativa começou a aferir a ótica da imprensa internacional sobre o Brasil em 2010. De lá até 2015 as percepções dos jornalistas internacionais foram positivas em 65% das notícias, em média (novidade do Pré-Sal, crescimento econômico, investment grade, euforia em sediar o Mundial de Futebol e as Olimpíadas). A partir de 2015 a curva começou a se inverter, em função de problemas econômicos do País e da multiplicação de escândalos financeiros relacionados ao ambiente governamental. A tendência negativa permanece até agora.
(*) Ciro Dias Reis é presidente da Imagem Corporativa; Global Chair da PROI Worldwide; board member da International Communications Consultancy Organisation; ex-presidente Abracom
A TV Cultura terá em sua grade dois novos programas de esportes, o Revista do Esporte Debate, na próxima segunda feira (9/8), às 20h30, e a série documental Memória Esporte Clube, em 22/8, às 11 horas.
O Revista conta com apresentação de Mauro Cezar Pereira, do diretor Vladir Lemos e de Arnaldo Ribeiro.
Segundo Vladir, a aposta é na valorização da opinião: “A atração se debruça em episódios importantes do universo esportivo e do futebol, que estão acontecendo. Pega os assuntos mais quentes para tratar de forma mais aprofundada”.
Já o Memória, com 13 episódios em sua primeira temporada, cada um com duração de 30 minutos, será feito inteiramente com arquivos da TV Cultura.
Apresentada por Vladir, a série reexibirá grandes jogos e decisões do Campeonato Paulista, além de entrevistas históricas com celebridades esportivas, como os campeões do mundo Tostão e Djalma Santos, o atacante Reinaldo, do Atlético Mineiro, e o árbitro Dulcídio Wanderley Boschilia.
Thiago Tanji é o novo presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP
Terminada a apuração para definição da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), a Chapa 1, encabeçada por Thiago Tanji, foi eleita com 97% dos votos. A eleição, que mesclou votos presenciais e virtuais devido a pandemia, registrou 659 votos à favor da chapa única, além de 11 votos em branco e 10 nulo.
Thiago Tanji é o novo presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo para o triênio 2021-2024
Thiago, que é editor da revista Autoesporte, da Editora Globo, substituirá Paulo Zocchi, que comandou o sindicato por dois mandatos. Vale destacar que Zocchi liderou a entidade nos últimos 10 meses com a liberação sindical cassada pela Editora Abril, na qual trabalha. A nova diretoria assume o comando da entidade entre agosto de 2021 e agosto de 2024.
Comissão de ética
Com cinco candidatos para cinco vagas, os jornalistas elegeram a nova Comissão de ética que elegeu Eliane Gonçalves, Fábio Venturini, Franklin Valverde, Joel Scala e Rodrigo Ratier. Com a nova composição, Eliane Gonçalves ocupa a vaga deixada por Rose Nogueira. Os demais candidatos já integravam a Comissão de Ética.
Luiz Rila, que desde o segundo semestre de 2020 vinha atuando como diretor da MassMedia no Rio de Janeiro, entrou para a sociedade da agência.
Luiz Rila, que desde o segundo semestre de 2020 vinha atuando como diretor da MassMedia no Rio de Janeiro, liderando a equipe de atendimento do núcleo de Telecom, entrou para a sociedade da agência, ao lado de Ivson Queiroz (gestão de crise e análise política),Bianca Neves (projetos de relações com imprensa, análise de dados e inovação),Daniela Rezende (comunicação interna, conteúdo e relações com imprensa) eAlessandro Piva (tecnologia).
Rila construiu boa parte da carreira na grande imprensa, em veículos como Estadão, do qual foi editor executivo, O Globo, Veja e Época.
O YouTube anunciou nesta quinta-feira (5/8) os 50 jornalistas e as 40 redações nativas digitais selecionados para os programas Creators Programpara Jornalistas Independentes e Sustainability Lab para Redações Nativas Digitais. O Brasil tem como representantes dois profissionais de imprensa e três redações.
No Creators Program, foi selecionada Juliene Moretti, produtora de conteúdo com experiência em hardnews, comportamento e perfis. Segundo ela, “ter entrado no programa significa abrir a cabeça para explorar novos jeitos de fazer jornalismo”.
Também está na lista Diogo Rodriguez, cientista social e criador do projeto Me Explica, que foi incubado no programa para Jornalistas Empreendedores da Universidade de Nova York. Anteriormente, foi colaborador de Folha de S.Paulo, Estadão, editoras Abril e Globo, Vice, TV Cultura, entre outros.
No Sustainability Lab, os três escolhidos foram Alma Preta Jornalismo, que utilizará o programa para desenvolver trabalhos audiovisuais no YouTube; AzMina, que planeja alcançar novos públicos e consolidar um “novo braço rumo à sustentabilidade financeira” do jornalismo que pratica; e Canal Reload, que vai expandir seu trabalho de “descomplicar” notícias e democratizar a informação nas plataformas digitais.
A lista de inscritos continha representantes de 26 países, falantes de cerca de 20 línguas.
A Fundamento Grupo de Comunicação reforçou o time. ChegaramFabíola Capalbo, como diretora de Relações Públicas;Débora Quaglio, diretora de Marketing; eBárbara Mayumi, gerente de Atendimento.
Débora Quaglio
Fabíola acumula 15 anos de experiência, tendo atuado em segmentos de consumo, saúde, indústria farmacêutica e tecnologia, para organizações como Samsung, Reckitt Benckiser, Galderma, Aché, Cristália, Eli Lilly, Durex, Libbs, Teva, entre outras.
Bárbara Mayumi
Débora foi por 18 anos executiva de marketing do Grupo Santillana e atuou em mercados B2B e B2C, além de ter se tornado empreendedora no comércio eletrônico.
Bárbara atua há mais de dez anos na comunicação corporativa, tendo trabalhado para empresas como Euromonitor International, PepsiCo, Avon e BM&FBovespa (atual B3).
O estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira é um projeto da newsletter Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas.
Iniciativa, inédita no País, tem apoio institucional de ABI, Aner, ANJ, Projor e Universidade Zumbi dos Palmares e parceria com Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e I’Max
Qual o perfil racial da imprensa brasileira? Quantos são os jornalistas negros e de outras raças e etnias que atuam nas centenas de redações do País? Qual o impacto desse perfil na produção jornalística nacional?
Essas são algumas das questões que o estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira, projeto da newsletter Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, em parceria com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e o I’Max, está propondo responder a partir da realização de um recenseamento racial nas redações, abrangendo os 61 mil jornalistas em atividade nas cinco regiões do País.
Esse recenseamento será iniciado no próximo dia 16 de agosto, com o envio de e-mail para todos os jornalistas de redação cadastrados no banco de dados do I’Max, com link para o questionário eletrônico de autopreenchimento. No caso dos profissionais, sobretudo de imagem (repórteres fotográficos e cinematográficos), que não constem desse banco, a participação poderá ser feita por meio de acesso ao endereçohttps://perfilracial.portaldosjornalistas.com.br/ (que só estará disponível a partir do dia 16).
O estudo abrangerá, além da pesquisa online por autorresposta, uma etapa complementar com entrevistas telefônicas com quem se dispuser a participar, para aferir de forma mais profunda questões raciais mais sensíveis e eventualmente presentes no dia a dia da atividade.
Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas e idealizador do projeto, diz que o grande esforço a partir de agora será motivar os profissionais, independentemente de raça, a participarem da iniciativa, pois quanto maior for a adesão mais consistente será o estudo: “É importante que brancos, negros e demais profissionais de outras raças e etnias participem respondendo ao questionário, pois essa, mais do que uma causa individual, é de todos e da própria sociedade. Foi por essa razão que decidimos fazer, antes de iniciar o trabalho de campo propriamente dito, uma campanha de informação, que começará a ser veiculada nas redes sociais no próximo dia 9, coordenada pelo publicitário Antonio Ferreira da Costa Neto, com a participação voluntária de nomes ilustres e representativos do próprio Jornalismo e de outras atividades em apoio à causa”.
Convidado a coordenar o estudo, Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, afirma que “ele é dirigido à totalidade dos jornalistas que atuam hoje no Jornalismo brasileiro, pois só a partir de uma participação massiva é que se poderá aferir o atual grau de diversidade presente na imprensa brasileira. Essa informação é valiosa para o planejamento de ações afirmativas na direção de maior diversidade e inclusão racial no Jornalismo, atividade essencial para a democracia, para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País e para o combate às injustiças seculares que afligem a nação”.
A iniciativa conta com o apoio institucional de quatro das mais importantes instituições voltadas para o Jornalismo brasileiro – ABI, Aner, ANJ e Projor – e da reconhecida Universidade Zumbi dos Palmares.
Fernanda Lara, CEO do I’Max, empresa responsável pela interface com as redações e os jornalistas, lembra que “este importante censo será realizado com a disponibilização de um questionário eletrônico que será enviado aos jornalistas de todo o País cadastrados no banco de dados da empresa e o período aberto para o preenchimento do questionário será de 16 de agosto a 30 de setembro de 2021”.
A rádio CNseg, mantida pela Confederação Nacional das Seguradoras, com sede no Rio, comemora neste semestre a marca de 50 mil horas de programação, mais de 2 mil dias ininterruptos no ar e presença em quase mil municípios, desde a estreia, em outubro de 2016.
Além da veiculação na própria plataforma, o conteúdo é distribuído pela Agência RadioWeb para emissoras afiliadas no Brasil. Dados do primeiro semestre de 2021 indicam que as matérias produzidas alcançaram 1.202 rádios comerciais, comunitárias e educativas localizadas em 929 municípios. Desde setembro do ano passado, a rádio também está nos agregadores de podcast, com média de 300 downloads por mês. A pauta da programação é voltada para revelar os produtos e serviços do setor segurador.
Com isso, Solange Beatriz Palheiro Mendes, diretora executiva da CNseg, pretende disseminar a cultura do seguro: “A emissora alcança um público diversificado num país de dimensões continentais. O setor segurador nacional, cuja receita anual representa cerca de 6,7% do PIB, é estratégico quando falamos de educação financeira, sendo fundamental as informações estarem disponíveis com facilidade e em linguagem acessível”.