Iniciativa, inédita no País, tem apoio institucional de ABI, Aner, ANJ, Projor e Universidade Zumbi dos Palmares e parceria com Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e I’Max

Qual o perfil racial da imprensa brasileira? Quantos são os jornalistas negros e de outras raças e etnias que atuam nas centenas de redações do País? Qual o impacto desse perfil na produção jornalística nacional?

Essas são algumas das questões que o estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira, projeto da newsletter Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, em parceria com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e o I’Max, está propondo responder a partir da realização de um recenseamento racial nas redações, abrangendo os 61 mil jornalistas em atividade nas cinco regiões do País.

Esse recenseamento será iniciado no próximo dia 16 de agosto, com o envio de e-mail para todos os jornalistas de redação cadastrados no banco de dados do I’Max, com link para o questionário eletrônico de autopreenchimento. No caso dos profissionais, sobretudo de imagem (repórteres fotográficos e cinematográficos), que não constem desse banco, a participação poderá ser feita por meio de acesso ao endereço https://perfilracial.portaldosjornalistas.com.br/ (que só estará disponível a partir do dia 16).

O estudo abrangerá, além da pesquisa online por autorresposta, uma etapa complementar com entrevistas telefônicas com quem se dispuser a participar, para aferir de forma mais profunda questões raciais mais sensíveis e eventualmente presentes no dia a dia da atividade.

Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas e idealizador do projeto, diz que o grande esforço a partir de agora será motivar os profissionais, independentemente de raça, a participarem da iniciativa, pois quanto maior for a adesão mais consistente será o estudo: “É importante que brancos, negros e demais profissionais de outras raças e etnias participem respondendo ao questionário, pois essa, mais do que uma causa individual, é de todos e da própria sociedade. Foi por essa razão que decidimos fazer, antes de iniciar o trabalho de campo propriamente dito, uma campanha de informação, que começará a ser veiculada nas redes sociais no próximo dia 9, coordenada pelo publicitário Antonio Ferreira da Costa Neto, com a participação voluntária de nomes ilustres e representativos do próprio Jornalismo e de outras atividades em apoio à causa”.

Convidado a coordenar o estudo, Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, afirma que “ele é dirigido à totalidade dos jornalistas que atuam hoje no Jornalismo brasileiro, pois só a partir de uma participação massiva é que se poderá aferir o atual grau de diversidade presente na imprensa brasileira. Essa informação é valiosa para o planejamento de ações afirmativas na direção de maior diversidade e inclusão racial no Jornalismo, atividade essencial para a democracia, para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País e para o combate às injustiças seculares que afligem a nação”.

A iniciativa conta com o apoio institucional de quatro das mais importantes instituições voltadas para o Jornalismo brasileiro – ABI, Aner, ANJ e Projor – e da reconhecida Universidade Zumbi dos Palmares.

Fernanda Lara, CEO do I’Max, empresa responsável pela interface com as redações e os jornalistas, lembra que “este importante censo será realizado com a disponibilização de um questionário eletrônico que será enviado aos jornalistas de todo o País cadastrados no banco de dados da empresa e o período aberto para o preenchimento do questionário será de 16 de agosto a 30 de setembro de 2021”.

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