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sábado, julho 12, 2025

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Projeto Ama Llulla checa informações em línguas indígenas no Peru

Profissionais e veículos de imprensa peruanos formaram a Ama Llulla, rede de checagem de fatos para combater fake news. As verificações estão disponíveis em línguas indígenas, com o objetivo de levar informações para quem não fala espanhol no país.

A ideia é combater a onda de desinformação que aumentou por causa das eleições no Peru, que ocorrerão no próximo domingo. Jornalistas estão sendo processados por denúncias envolvendo candidatos.

Confira os detalhes do projeto em MediaTalks by J&Cia.

InfoMoney e XP realizam série de lives sobre um ano de pandemia

InfoMoney e XP realizam série de lives sobre um ano de pandemia
InfoMoney e XP realizam série de lives sobre um ano de pandemia

InfoMoney e XP organizam a série Super Lives – 1 ano de pandemia, que entrevista empresários, executivos de empresas, integrantes do governo, especialistas em saúde, economistas e investidores sobre os impactos da pandemia e as perspectivas para o pós-crise.

O primeiro convidado de série foi o ministro da Economia Paulo Guedes, que falou sobre os planos do governo para 2021, a agenda de reformas e como o Brasil pode sair da crise. A conversa foi mediada por Rafael Furlanetti, sócio e diretor institucional da XP; Giuliana Napolitano, editora-chefe do InfoMoney; Junia Gama e Paulo Gama, analistas de política da XP; e Caio Megale, economista-chefe da XP.

Entre os palestrantes confirmados para os outros dias estão Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central; Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan; Hamilton Mourão, vice-presidente da República; Carlos Brito, CEO da AB InBev; Miguel Patricio, CEO da Kraft-Heinz; Nathalia Pasternak, presidente do instituto Questão de Ciência; Edécio Cunha, chefe do laboratório de bioquímica do InCor; Pedro Jobim, sócio da Legacy; e Luiz Fernando Figueiredo, sócio da Mauá. As lives vão ao ar no canal do InfoMoney no YouTube.

Confira a programação completa.

Bombeiro assume autoria de incêndio a sede de jornal no interior paulista

Incêndio criminoso foi causado por homem em uma moto
Incêndio criminoso foi causado por homem em uma moto
Sequência do atentado contra o jornal Folha da Região, de Olímpia

A Delegacia de Polícia de Olímpia, no norte de São Paulo, divulgou em 1º de abril o nome do suspeito de incendiar a sede do jornal Folha da Região. No que pode até soar como uma pegadinha do Dia da Mentira, Claudio José de Azevedo Assis, integrante do Corpo de Bombeiros da cidade, confessou ter ateado fogo no sobrado onde também vive o dono do veículo, o jornalista José Antônio Arantes. O crime ocorreu na madrugada de 17 de março.

O militar se apresentou espontaneamente à delegacia, na tarde de 31/3, quando, segundo autoridades, assumiu a autoria do incêndio. A polícia civil já suspeitava que o ato teria sido uma resposta ao posicionamento do jornal em defesa de medidas científicas e legais para enfrentar a pandemia de covid-19.

Em depoimento à polícia, o bombeiro disse que o ato foi “uma revolta contra a imprensa, que não estaria ajudando no combate à situação de crise sanitária”. Ele completou ainda desconhecer que a sede do jornal era também a casa do jornalista e que estava mentalmente “transtornado” por questões pessoais.

Segundo o delegado, oito dias depois do atentado à sede do jornal, a irmã do bombeiro registrou seu desaparecimento. A partir de uma câmera de segurança, os policiais descobriram que o militar saiu de casa na madrugada do dia do crime com uma mochila, por volta de 4h10, cerca de 10 minutos antes do crime. De acordo com o delegado, o bombeiro afirmou ter agido sozinho.

Questionado pela Abraji sobre o motivo de não ter solicitado a prisão preventiva diante das provas, o chefe da investigação declarou ter havido “uma apresentação espontânea, além de ele ter a ficha limpa e residência e emprego fixos”.

No entanto, para o dono do jornal incendiado, José Antônio Arantes, a identificação do suspeito não trouxe segurança. “É difícil imaginar que uma pessoa treinada para salvar vidas possa cometer esse crime. O fogo poderia ter se alastrado. Você acha que um bombeiro não saberia disso? Que poderia ter matado uma vizinhança inteira? É inconcebível”, afirmou o dono do jornal. Arantes teme que o bombeiro possa ser acometido de um “novo surto psicótico”.

O jornalista não descarta a possibilidade de o crime ter sido encomendado por pessoas descontentes com a sua cobertura da pandemia, que poderiam voltar a atacá-lo.

Em nota, a Prefeitura de Olímpia manifestou repúdio à conduta do servidor público, que atuava na unidade local do Corpo de Bombeiros do Estado havia mais de 20 anos. “Diante da gravidade do fato, o município informa que irá afastar o servidor de suas funções e instaurar um processo administrativo para apurar a ocorrência, tendo em vista que, mesmo que tenha sido uma ação particular ocorrida fora do expediente, o ato é totalmente incompatível com os princípios do cargo público que o mesmo ocupa”.

Nas redes sociais, o bombeiro, além de se manifestar contra as medidas restritivas de combate à pandemia, se posiciona em favor do governo de Jair Bolsonaro e de medidas antidemocráticas, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

Postagem do bombeiro Claudio Assis no Facebook pelo fechamento do STF

Leticia Kleim, assistente jurídica da Abraji, que monitora alertas de ataques à liberdade de expressão afirma que o caso chama atenção de como as campanhas de estigmatização contra a imprensa, protagonizadas pelo poder público federal, podem resultar em ataques ainda mais graves que colocam em risco a vida e integridade física dos jornalistas, além de ameaçar o ambiente democrático.

* Com informações da Abraji

ND vê “motivos para comemorar” no dia em que Joinville chega a mil mortos pela Covid-19

Um dia depois de Joinville registrar sua milésima morte por Covid-19, a grande repercussão na cidade do norte catarinense ficou por conta da capa de sexta-feira (2/4) do jornal ND. Abaixo do número total de mortos (1.005) e de casos recuperados (70.865), o jornal trazia uma mensagem de otimismo, que ignorava o tamanho da tragédia: “Temos motivos para comemorar”.

A publicação, que pertence ao Grupo ND, o mesmo que retransmite a Record TV em Santa Catarina, é conhecida por adotar uma postura de amenizar os impactos da pandemia, destacando os “lados positivos” do drama.

No texto não assinado na página 3, o jornal seguiu contemporizando a marca simbólica: “Contudo, o cenário também pode ser visto de forma positiva, pois mais de 70 mil pessoas contraíram a doença e estão recuperadas”, destacou o texto, publicado ao lado da foto de um bebê de sete meses, a vítima mais jovem de Covid-19 na cidade. “O cenário em uma pandemia geralmente é de caos. O número elevado de mortes todos os dias assusta e, muitas vezes, deixa a população em pânico. Mas há formas de enxergar o problema positivamente”, completa.

Após a péssima repercussão gerada pelo caso, o ND publicou um editorial em sua edição de sábado (3/4), em que justificou seu posicionamento, porém sem reconhecer ter cometido um erro. O que houve, na visão do jornal, foi um problema de interpretação dos leitores. “A citação ‘comemorar’, que ganhou destaque na capa da edição, foi interpretada de forma equivocada em relação à marca das 1.005 mortes registradas no município. Os dados se misturaram, já que a matéria principal do jornal digital é clara em relação aos casos de pacientes que consideram um milagre sair da UTI”, diz o texto.

“Tivemos a intenção de mostrar aos leitores do ND Joinvile que, apesar do número expressivo de óbitos na maior cidade do Estado por causa da covid-19, hoje epicentro da doença, havia também um número significativo de recuperados e que esse dado é motivo para renovar as esperanças de quem ainda não está vacinado e corre risco de vida”, completou o editorial.

* Com informações de Maurício Stycer, pala o Splash

Morre Henrique Neves, vítima de Covid-19

Henrique Neves
Henrique Neves

Após mais de um mês intubado em decorrência da Covid-19, Henrique Flávio Neves faleceu neste domingo (4/4), aos 50 anos, em São Paulo. Com passagens por Record TV e Fox Sports, ao lado de Luiz Guerrero e Lucas Litvay ele fundou e comandava desde 2016 a Ali Produções, especializada em criação de conteúdo audiovisual para o mercado automotivo.

Internado desde 20 de fevereiro na UTI, Henrique apresentou piora em seu quadro e foi intubado três dias mais tarde. Desde então, vinha sendo submetido a diversos tratamentos. Em 16 de março, após uma traqueostomia, apresentou uma ligeira melhora, mas não o suficiente para reverter a gravidade de seu quadro clínico.

A notícia de sua morte foi confirmada no início da tarde deste domingo pelo seu sócio Lucas, que vinha mantendo jornalistas e assessores informados sobre o caso. “Você foi um exemplo de amigo, de homem, de empreendedor, de sócio. Jamais vou te esquecer, Henrique Flávio Neves! Descanse em paz, meu amigo”, destacou o jornalista.

Pela Ali, Henrique participou de diversos projetos capitaneados pela Jornalistas Editora, responsável por este Portal dos Jornalistas e pelas newsletters Jornalistas&Cia e J&Cia Auto. Em 2020, em decorrência da pandemia, a produtora foi responsável por levar as cerimônias dos prêmios +Admirados da Imprensa Automotiva e +Admirados da Imprensa de Economia, do ambiente físico para o digital. Ambas as cerimônias, disponíveis no YouTube, foram extremamente elogiadas pelo público, jornalistas homenageados e empresas patrocinadoras.

Lucas Litvay (esq.) e Henrique Neves (dir.) na festa em homenagem aos 50 anos de carreira de Fernando Calmon (centro). O evento foi promovido pela Jornalistas Editora, com produção audiovisual da Ali.

Seu corpo está sendo velado na manhã desta segunda-feira (5/4), até o meio-dia, no Funeral Morumbi (Av Giovanni Gronchi, 1358). Respeitando os protocolos de segurança impostos pela pandemia, haverá limitação na sala e revezamento para que todos possam prestar suas últimas homenagens.

Depilar taturana e comer formiga frita – era bom ser repórter no Instituto Butantã

Lagarta (Foto: Eduardo Cesar)

Por Luiz Roberto de Souza Queiroz

Manhã tranquila na redação do Estadão, o telefone toca, o recado é breve: “Bebeto, vem pra cá; trouxeram uns candirus de Santarém e o peixe é vampiro mesmo, o estômago está cheio de sangue; não é lenda, não”.

O telefonema era do João Luiz Cardoso, diretor do Hospital Vital Brasil do Instituto Butantã, e com ele, no laboratório apertado, comprovei que a crendice dos índios, que não deixam mulher nadar pelada no rio Amazonas – tem que pôr calcinha -, tinha razão de ser.

A lenda é que o candiru, Vandella cirhosa, bagre minúsculo, comprido e fininho, entra na vagina das mulheres menstruadas para se alimentar do sangue e é impossível arrancá-lo depois que abre as espinhudas barbatanas laterais.

Candiru

Histórias do candiru eram muitas entre os índios, todo mundo tinha ouvido. Só na década de 1980, porém, quando um amigo arrancou uns candirus de um cavalo morto que descia de bubuia pelo rio e mandou num vidro com álcool para o Butantã, foi possível ter certeza de que o peixinho se alimenta mesmo de sangue.

Tempos depois, acho que em 1997, médicos de um hospital de Belém comprovaram a outra parte da lenda, ao retirar trabalhosamente e aos pedaços os restos de um candiru que morreu e apodrecia dentro da uretra de um pescador, cujo pilau consta que nunca mais funcionou.

O Butantã – onde naquele então ninguém sonhava que um dia teria que fazer vacina para a Covid – era o paraíso para o foquinha “repórter bichologista”, como me chamavam na redação.

Taturana assassina

Quando seringueiros do Pará começaram a sofrer e mesmo morrer de uma síndrome hemorrágica causada por uma lagarta do gênero Saturnidae, lá fui eu para o Butantã buscar a explicação científica.

Antes mesmo da entrevista, um entomólogo me deu luvas de borracha, uma tesourinha e uma caixa cheia de taturanas e disse que explicaria enquanto eu fosse depilando as lagartas, cortando os pelos urticantes, pois não havia tempo a perder. A ideia era macerar os pelos com a toxina, misturar o “suco de taturana” com água e injetar nos pobres cavalos do Butantã.

O processo, o mesmo usado para fazer soro antiofídico. Um nadinha de toxina é injetado, o organismo do cavalo reage, produz anticorpos, depois se injeta um pouco mais, mais ainda outra semana, até que o cavalo fica apto a neutralizar grandes quantidades de toxina. O animal é sangrado, o soro, separado e vira remédio para o humano que for picado por cobra – ou, no caso, queimado pela taturana.

Lagarta (Foto: Eduardo Cesar)

Acabei me encantando com as taturanas – “bichos sanfonados”, como as batizou a Táta – que, quando não matavam, acabavam se transformando em lindas borboletas, que ajudei a criar no Butantã. O problema é que na Amazônia o inseto comia folha de seringueira, mas aqui teve que mudar o cardápio, folha de nêspera… e não gostava muito.

A “taturana assassina”, segundo os jornais, revelou-se inócua no Sudeste. O Butantã recebeu alguns casos de queimaduras vindos do interior paulista, mas fora da Amazônia a toxina não provocava hemorragia. O contato com o bicho queimava, mas só isso – até hoje não se sabe o porquê.

Formiga frita

De outra feita me chamaram ao Butantã porque um sauveiro nos jardins do Instituto “garrou a sortá içá em penca”, na explicação da faxineira mineira do hospital. Ela contou para os médicos que, na roça, fritava a bundinha da içá, “prá mode cumê cu farinha”, e eu tinha curiosidade sobre o “caviar brasileiro”, como Monteiro Lobato chamava o içá torrado, prato comum no seu Vale do Paraíba.

O fato é que uma vez por ano sai do sauveiro a revoada de içás e de bitus. O bitu, saúva macho, é mero objeto sexual, serve para cobrir as içás e morre depois de transar. A içá, porém, tem o abdômen em formato de bola, qual miniatura de jaboticaba, cheia de ovos e guarda o sêmen recebido que por anos vai fertilizando os ovos que formarão uma legião de formigas.

O pitéu era tão procurado que no tempo de Anchieta os paulistas eram chamados de “comedores de formiga”, pois – é ele quem conta – na época da içá os índios largavam o trabalho e, igaçaba na mão, iam caçá-las.

Pois o doutor João Luiz convenceu a faxineira mineira a fritar as bundinhas das içás que os funcionários – eu entre eles – trabalhosamente separávamos da cabeça do inseto com tesoura cirúrgica.

Içá

Não posso dizer que gostei do resultado, porém, o “caviar” do Lobato era muito gorduroso. Afinal, ovo de galinha ou de formiga é rico em colesterol e cada bundinha de içá estourava na boca liberando a pasta de ovinhos microscópicos que, talvez por falta de tempero no hospital, que só tinha soro antiofídico, ficou muito sem graça.

O Butantã deu outras histórias, que nem renderam reportagem, como quando acompanhei inoculação de veneno de aranha armadeira em ratos, que reagiam com intenso priapismo – isto é, uma ereção de dar inveja até ao Casanova. O tal veneno só não acabou resultando num antecedente do Viagra porque, embora durasse até quatro horas, a ereção provocada era extremamente dolorosa, como afirmava um dos meus amigos cientistas que, desconfio, testou o efeito da toxina na sua própria “ferramenta”.

O priapismo interessou tanto que levantamos a história de um batalhão da Legião Estrangeira que fez uma festa, no Norte da África, com as rãs que a população local caçava nos brejos. O que não se sabia é que as rãs tinham comido cantárida (Lytta vesicatoria), um besourinho cuja ingestão também provoca priapismo.

A história não deu reportagem, afinal o Estadão da época era pudico demais para falar em ereção, mas fez sucesso a história que levei ao ar na Rádio Eldorado, falando do susto dos médicos franceses ao entrarem no hospital de campanha do deserto e encontrarem todos os soldados de “bandeira” levantada, como se fosse em continência.

Mas essas são histórias do passado. A última vez que precisei do Butantã encontrei o dr. João Luiz semiaposentado, cuidando dos efeitos de uma epidemia de queimaduras de água-viva em Ubatuba. Fez questão de me explicar que era lenda que o remédio é urinar em cima da queimadura, o melhor é usar vinagre, que, entre outras vantagens, vem numa embalagem melhor do que a urina. Crendice, disse ele, e já avançado tecnologicamente, pediu que lhe mandasse foto do estranho caroço epidérmico que crescia no meu peito e que estava dando um baile nos dermatologistas de São Paulo.

Mal recebeu a foto, diagnosticou: “É berne, que você pegou no meio do mato”. E explicou que, muito safada, a mosca do berne bota os ovos nas costas de outra e esta, por sua vez, deposita os ovos da outra na pele da vítima desinfeliz – que, no caso, era eu.

Expliquei que no meu tempo berne se curava “ponhando toicinho na ferida” e lá veio a explicação científica: “O tratamento não mudou; a feridinha é o orifício que a larva do berne abre na pele para poder respirar”. Quando você tapa essa abertura com toucinho, a larva se desespera, sobe para dentro do toicinho em busca de ar e você fica livre do parasita. Hoje, porém, não se mata berne como antigamente, explicou, é mais prático colocar um esparadrapo bem apertado em cima, esperar um tempo, a larva sobe em busca de ar, fica grudada… e você está vingado.

E não é que deu certo? Nada como se consultar com um “bichologista” mais sabido que eu.


Luiz Roberto de Souza Queiroz

A história desta semana é novamente de Luiz Roberto de Souza Queiroz, o Bebeto, assíduo colaborador deste espaço, que esteve por muitos anos no Estadão e hoje atua em sua própria empresa de comunicação.

Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

Folha de S.Paulo e ACNUR abrem inscrições para oficina de cobertura de refugiados

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Folha de S.Paulo promoverão uma oficina sobre questões relacionadas à situação de refugiados no Brasil, apresentando conceitos, dados, fontes de informações e exemplos práticos da construção de matérias relacionadas ao tema. A oficina será realizada na próxima quinta-feira (8/4), em formato virtual, via Teams, às 18 horas.

Participarão Luiz Fernando Godinho, oficial de comunicação da ACNUR; Fabiano Maisonnave, repórter da Folha em Manaus; Camila Geralfo, gestora de comunidade da ONG AVSI; e Mariluz Mariano, indígena da etnia Warao, promotora voluntária de informações aos venezuelanos.

Na oficina, a ACNUR trará algumas referências para a construção responsável de conteúdos humanitários e apresentará um calendário de pautas que a imprensa poderá explorar em 2021, tendo como base o Guia de Cobertura Jornalística Humanitária da entidade.

A oficina tem, ao todo, 50 vagas. Para inscrever-se, é preciso preencher este formulário. Serão selecionados, preferencialmente, profissionais e estudantes que atuem na Região Norte do País.

Exposição sobre jornalistas refugiados no Brasil

A Folha e a ACNUR abriram em fevereiro a exposição Quem conta essa história: jornalistas refugiados ou refugiados jornalistas?, composta por fotos, textos e recursos audiovisuais. A mostra conta a trajetória e o processo de integração dos quatro profissionais Carlos, Claudine, Kamil e Victorios, que tiveram que deixar, respectivamente, Venezuela, República Democrática do Congo, Turquia e Síria em busca de proteção internacional no Brasil. A exposição segue em cartaz no Museu da Imigração, em São Paulo, até o final de maio. Uma prévia da exposição pode ser vista na página da ACNUR. 

Dia da Mentira antecipado rende críticas de jornalistas à Volkswagen nos EUA

Dia da Mentira antecipado rende críticas de jornalistas à Volkswagen
Dia da Mentira antecipado rende críticas de jornalistas à Volkswagen

Ganhou as manchetes mundiais uma campanha feita pela Volkswagen para promover seu primeiro carro totalmente elétrico nos Estados Unidos, ao aproveitar o Dia da Mentira para um “trote” nos jornalistas. A empresa anunciou a intenção de mudar seu nome para Voltswagen, em alusão à eletricidade. USA Today, Reuters e Associated Press publicaram a notícia, que chegou a ser confirmada pela assessoria de comunicação.

Mas a ação gerou controvérsia, por ter confundido a imprensa. Veja em MediaTalks como a história conseguiu ir tão longe, e quem descobriu que era um trote de 1º de abril.

Congresso em Foco defende “impeachment já!” de Bolsonaro

O Congresso em Foco publicou na quarta-feira (31/3) o editorial Chega de Bolsonaro, mortes e caos! Impeachment já!, no qual se manifesta pelo afastamento imediato de Jair Bolsonaro da Presidência da República. Reconhecido por dar espaço para opiniões de terceiros, o site escreveu que em poucas ocasiões publicou sua visão sobre acontecimentos.

Em 2018, o CeF havia publicado outro editorial justamente após a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais. O texto atual destaca que, à época, já “conhecia bem o personagem. O belicoso deputado federal foi muito bem pago pela população durante quase três décadas para oferecer em troca praticamente nada além de shows midiáticos, sangria de dinheiro público e acusações criminais (essas últimas, infelizmente, jamais tratadas pelo Judiciário com o rigor que exigiam)”.

Por considerar o atual contexto pandêmico o mais grave desde o início da crise, o Congresso em Foco diz ter-se visto no dever de manifestar-se sobre a situação: “Isso nos impõe agora o dever de externar um pensamento que os fatos confirmam mais e mais: o afastamento de Jair Messias Bolsonaro da Presidência da República é passo obrigatório e urgente para o País ter uma gestão minimamente eficaz da pandemia e afastar-se da insegurança jurídica causada por quem não tem limites para ameaçar a democracia, atentar contra a Constituição e transformar a nação num cemitério da racionalidade, da humanidade e do respeito ao outro”.

No texto, o site lançou as hasghtags #ChegaDeMortes e #HoraDeJairEmbora, ao lado de uma imagem com uma seringa com onde está escrito “impeachment”.

Comissão do governo britânico cobra mais ações para combater racismo online

Comissão do governo britânico cobra mais ações para combater racismo online
Comissão do governo britânico cobra mais ações para combater racismo online

O relatório final de uma comissão independente formada pelo Governo britânico para combater a discriminação reconheceu o crescente racismo online e cobrou ações das plataformas digitais e do próprio governo sobre a questão. O documento, porém, foi alvo de críticas por ter negado a existência de racismo estrutural no Reino Unido.

O texto recomenda também que não se use mais o termo Bame (Black, Asian, and minority ethnic), generalização que engloba todas as pessoas não brancas. O motivo é a diferença entre as realidades dos grupos. A comissão é presidida por Tony Sewell, que zombou de homossexuais quando o primeiro jogador de futebol britânico assumiu-se gay.

Leia mais em MediaTalks by J&Cia sobre a controvérsia envolvendo o relatório, o problema do racismo online apontado no documento e outras polêmicas em torno do tema no jornalismo britânico.

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