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Pela primeira vez, o +Premiado Jornalista da Região Nordeste vem do Piauí

Christhian Sousa
Christhian Sousa

Christhian Sousa, repórter da Rádio Antares, de Teresina, foi o +Premiado Jornalista do Ano na Região Nordeste. Com as conquistas dos prêmios Crosp e NHR Brasil, ambos ligados à temática da saúde, o jornalista tornou-se o primeiro do Piauí a liderar o levantamento regional.

A segunda posição ficou com Hermes de Luna, da TV Correio, que venceu os prêmios BNB (Regional Paraíba) e Jornalista de Impacto (TV e Vídeo), enquanto Nathan Santos, do Portal Leiajá, completou o pódio ao vencer os prêmios ABP e Cristina Tavares.

Confira os +Premiados Jornalistas do Ano na Região Nordeste:

POSIÇÃO NOME PONTOS
1 º CHRISTHIAN SOUSA 70
2 º HERMES DE LUNA 60
3 º NATHAN SANTOS 52,5
4 º CARLA SUZANNE SILVA E LIMA 50
4 º RAFAEL CARDOSO SOUZA 50
6 º IRNA CAVALCANTE 47,5
7 º ANDERSON SANTANA 35
7 º AQUILA LEITE 35
7 º GEORGE OLIVEIRA 35
7 º HUGO MUNIZ 35
7 º RAPHAEL GUERRA 35
7 º SAMUEL ELI ARAÚJO PIMENTEL 35
7 º THIAGO LUCAS 35
14 º BIANKA CARVALHO 30
14 º CIBELE FABRÍCIA COUTO BARROSO 30
14 º DANIEL CARDOSO TEIXEIRA 30
14 º INÊS CAMPELO 30
14 º ISABELLE VASCONCELOS 30
14 º JORGE MORAES 30
14 º JOSÉ FÉLIX MAGALHÃES 30
14 º JOSÉ RIBAMAR JUNIOR 30
14 º JOSI SIMÃO 30
14 º RICHELLE BEZERRA 30
14 º SERGIO MIGUEL DO NASCIMENTO BUARQUE 30
14 º SUELY FROTA BEZERRA 30
26 º FRANCISCO FONTENELE 27,5
27 º BEATRIZ JUCÁ 25
27 º DEMÓSTENES NOGUEIRA 25
27 º EDNALDO MARTINS 25
27 º FERNANDO AMARAL 25
27 º GIL EDUARDO 25
27 º GLYNNER BRANDÃO 25
27 º HERLON MORAES 25
27 º JAIME AZEVEDO 25
27 º JOSÉ ANTÔNIO BARROSO GUIMARÃES 25
27 º KEVIN MUNIZ 25
27 º MARALICE FREITAS 25
27 º MATTEUS FERNANDES 25
27 º THAYANNE MAGALHÃES 25
27 º WALLACY MEDEIROS 25
41 º ALICE CRISTINY FERREIRA DE SOUZA 17,5
41 º ANA PAULA OMENA 17,5
41 º ARLINE LINS 17,5
41 º BRUNO GRUBERTT 17,5
41 º CAMILA QUEIROZ BEZERRA 17,5
41 º EMERSON MARTINIANO 17,5
41 º EWERTON LIMA 17,5
41 º FERNANDA SANTANA LIMA 17,5
41 º GABRIELLA LEAL BORGES 17,5
41 º HEBERT ARAÚJO 17,5
41 º JOSÉ REGINALDO DA SILVA 17,5
41 º LUANE FERRAZ DE SOUZA 17,5
41 º LUCAS FRANÇA 17,5
41 º LUIZ FELIPE DE OLIVEIRA LIBÓRIO 17,5
41 º MARÍLIA PARENTE 17,5
41 º PRISCILLA AGUIAR 17,5
41 º THIAGO EMMANUEL DOS SANTOS SOUZA 17,5
41 º ZUILA FRUTUOSO DAVID DUARTE 17,5
59 º ALEX REGIS 15
59 º CINTHYA DOLORES SANTOS MAIA LEITE 15
59 º DITO LOPES 15
59 º EMANOELA CAMPELO DE MELO 15
59 º MESSIAS VASCONCELOS BORGES 15
59 º NICOLAS PAULINO PINTO MENEZES 15
59 º REBECA SOARES 15
66 º ADAILMA MENDES 12,5
66 º ALDESON MATOS 12,5
66 º ALESSANDRA CASTRO 12,5
66 º ÂNGELO MORAES 12,5
66 º ANTÔNIO DE SOUSA 12,5
66 º BEATRIZ CAVALCANTE 12,5
66 º CAMILA FAÇANHA DA COSTA LIMA 12,5
66 º CARLA SORAYA 12,5
66 º CESAR LIMA 12,5
66 º DEBORA BRITTO 12,5
66 º FABIENE DE PAULA 12,5
66 º FÁBIO CABRAL 12,5
66 º FÁBIO LIMA 12,5
66 º FERNANDO NÍCOLAS MELO 12,5
66 º FRANCISCO TARCIO ARAUJO PEREIRA 12,5
66 º IGOR SILVEIRA 12,5
66 º JOSÉ REGINALDO AGUIAR 12,5
66 º LEONARDO DE BRITO MELO 12,5
66 º LILIAN MARQUES 12,5
66 º LYANA MARIA FRANÇA DA COSTA RIBEIRO 12,5
66 º MOISES ALBUQUERQUE 12,5
66 º REGINA RIBEIRO 12,5
66 º THAIS MESQUITA 12,5
66 º THIAGO GADELHA 12,5
66 º TIAGO LIMA MELO 12,5
66 º VALMA SILVA 12,5
92 º AMANDA NOGUEIRA 7,5
92 º DANIELE CAMPOS 7,5
92 º FLAVIA OLIVEIRA DO NASCIMENTO 7,5
92 º FRANCISCO DE ASSI 7,5
92 º GILSON MELO 7,5
92 º JOCASTA PIMENTEL 7,5
92 º LEO CAZUMBA 7,5
92 º MARA CRISTINA 7,5
92 º MONICA SILVEIRA 7,5
92 º NILTON CEZAR 7,5
92 º ROBERTA FARIAS 7,5
92 º SORAYA DOS SANTOS PIO MATOS 7,5
92 º THAYS LAVOR 7,5
92 º THIAGO ALCÂNTARA 7,5
92 º VICENTE COSTA 7,5

Guilherme Amado lidera e Metrópoles garante 1º, 2º e 3º lugares no Centro-Oeste

Guilherme Amado, colunista do Metrópoles
Guilherme Amado, colunista do Metrópoles

Em mais um ano de muitos reconhecimentos para seus jornalistas, o Metrópoles, +Premiado Veículo de Comunicação de 2020, garantiu neste ano os 1º e 2º lugares no Centro-Oeste, além de três profissionais na terceira colocação, que curiosamente teve um empate entre nove jornalistas de seis diferentes veículos.

O primeiro lugar ficou com o colunista Guilherme Amado, vencedor de duas categorias do Prêmio Comunique-se (Colunista de Notícia e Jornalista Nacional Mídia Escrita). Na segunda posição ficou Saulo Araújo de Alcântara, que com a reportagem O crime da 113 Sul faturou o Grande Prêmio Policiais Federais de Jornalismo.

Completaram o pódio, empatados na terceira posição, Aline Massuca, Mirelle Pinheiro e Saulo Guimarães (Metrópoles), Ana Paula Lisboa e Renato de Souza Santos (Correio Braziliense), Giselle Barbieri (Record TV), Graciela Andrade (TV Morena), Luiz Claudio Ferreira (Portal EBC) e Mariana Tokarnia (Agência Brasil de Notícias).

Confira os +Premiados Jornalistas do Ano na Região Centro-Oeste:

POSIÇÃO NOME PONTOS
1 º GUILHERME AMADO 60
2 º SAULO ARAÚJO DA SILVA DE ALCANTARA 45
3 º ALINE CRISTINE TORRES MASSUCA 35
3 º ANA PAULA LISBOA 35
3 º GISELLE PEDROSO BARBIERI 35
3 º GRACIELA ANDRADE 35
3 º LUIZ CLAUDIO FERREIRA 35
3 º MARIANA TOKARNIA 35
3 º MIRELLE PINHEIRO 35
3 º RENATO DE SOUZA SANTOS 35
3 º SAULO PEREIRA GUIMARÃES 35
12 º ANA DUBEUX 30
12 º ANDREIA SADI 30
12 º LUISA MARTINS 30
12 º TEREZA CRUVINEL 30
16 º ALEXANDRE SILVA 17,5
16 º ALEXANDRE SOUZA 17,5
16 º AMANDA CIEGLINSKI 17,5
16 º ANA GRAZIELA AGUIAR 17,5
16 º ANDRE EUSTÁQUIO 17,5
16 º DINHO RODRIGUES 17,5
16 º FLAVIA LIMA 17,5
23 º ADRIANA FERNANDES 15
23 º GABRIEL LIMA 15
23 º LEANDRO COLON 15
23 º LILIAN BERALDO VEIGA 15
23 º REBECA BORGES 15

Eliane Brum leva título de +Premiado do Ano para a Região Norte

Eliane Brum leva título de +Premiado do Ano para a Região Norte (Foto: Lilo Clareto)
Eliane Brum (Foto: Lilo Clareto)

Pela primeira vez na história do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira a Região Norte tem o +Premiado Jornalista do Ano. E foi com direito a dobradinha.

Radicada desde 2017 em Altamira, no Pará, Eliane Brum, terminou a pesquisa na liderança nacional, seguida de perto por Katia Brasil, da Amazônia Real, na segunda posição. No recorte regional, elas ganharam no pódio a companhia de Elaíze Farias, sócia de Katia na agência Amazônia Real, e que ao seu lado também foi homenageada com o Prêmio Abraji de Contribuição à Imprensa.

Confira a seguir os +Premiados Jornalistas do Ano na Região Norte:

POSIÇÃO NOME VEÍCULO PONTOS
1 º ELIANE BRUM EL PAÍS BRASIL 160
2 º KATIA MARIA ALEXANDRE BRASIL AMAZÔNIA REAL 130
3 º ELAIZE FARIAS AMAZÔNIA REAL 75
4 º TARSO SARRAF O LIBERAL 60
5 º GISELLE LOUREIRO TV AMAZONAS 45
6 º EMERSON BARBOSA NEWSRONDONIA 30
7 º NAY JINKSS INTERNETLAB 25
7 º ROBERTA BRANDÃO INTERNETLAB 25
9 º LUCIANO ABREU TV AMAZONAS 20
10 º ANA GABRIELA REGIS CBN TOCANTINS 15
10 º BEATRIZ MENDES REDE TV RONDÔNIA 15
10 º DANIELA BRANCHES TV AMAZONAS 15
10 º FELIPE CORONA RONDONIAOVIVO 15
10 º LARISSA BALIEIRO PINHEIRO RÁDIO DIFUSORA 15
15 º RICARDO ALEXANDRE TV AMAZONAS 10
15 º SULAMITA ROSA TV AMAZONAS 10
17 º ANA CLAUDIA FERREIRA OLIVEIRA G1 RONDÔNIA 7,5
17 º DIEGO HOLANDA G1 RONDÔNIA 7,5

FIJ lança plataforma sobre cobertura da migração laboral

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) criaram o projeto Narrativas Migrantes, plataforma online que oferece ferramentas, dicas, atividades, podcasts e as melhores práticas para a cobertura de histórias sobre migração laboral. O site está disponível em espanhol, inglês e francês.

Ele traz também reportagens, artigos e trabalhos jornalísticos ganhadores de todas as edições do Concurso Mundial dos Meios de Comunicação sobre migração laboral da OIT. O projeto tem um grupo no Facebook no qual os participantes podem compartilhar experiências e conselhos, além de eventos, concursos e pautas. Para participar, clique aqui.

“O objetivo é ajudar jornalistas de linha de frente que cobrem tais histórias, muitas vezes com grande risco, a superar os obstáculos que enfrentam e, em última instância, ajudar a melhorar a cobertura de uma ampla gama de questões que afetam os trabalhadores migrantes”, diz texto publicado no site do projeto.

Sobre ele, Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ, disse: “Cremos que agora, mais que nunca, é fundamental o papel dos meios de comunicação na formação da percepção pública sobre a migração. Estamos encantados de lançar o projeto Narrativas Migrantes, que promoverá a informação sobre a migração laboral baseada nos direitos e oferecerá apoio e recursos chave para que os jornalistas produzam uma informação equilibrada que conte todos os lados da história da migração”.

Museu da TV, Rádio & Cinema terá sede física em 2022

Museu da TV, Rádio & Cinema terá sede física em 2022

O Museu da TV, Rádio & Cinema deve inaugurar sua sede física no primeiro semestre de 2022, em São Paulo. Com o objetivo de resgatar, preservar e lembrar a história dessas mídias no País, o projeto, idealizado pelo jornalista Elmo Francfort, existe desde agosto desde ano em ambiente virtual.

Segundo comunicado enviado por Francfort a amigos e parceiros, o espaço físico do museu será no bairro da Vila Mariana. A iniciativa tem o apoio do Centro Universitário Belas Artes, pioneiro no curso de Teledramaturgia no Brasil, e apoio institucional de entidades da área, como Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Brasil Audiovisual Independente (Bravi), Associação Brasileira da Televisão Universitária (Abtu), entre outras.

Os atores Vida Alves e Walter Forster, que participaram da primeira novela do País, Sua Vida me Pertence, fundaram a Associação dos Pioneiros da TV (Apite), em 1995, que posteriormente transformou-se na Pró-TV. A entidade tinha o sonho de criar o Museu da TV, Rádio & Cinema.

““Em meio à pandemia, o possível fim tornou-se um recomeço”, disse Francfort. “A Pró-TV chegou ao fim, mas o sonho saiu do papel. Do virtual foi ao real. Nasce o Museu da TV, Rádio & Cinema, vai para forma física, ampliando o acervo que tinha desde então. Escolhemos hoje (21/12), exatos 70 anos da telenovela, para divulgar em nossas redes o nosso presente a vocês”.

Com informações do Portal Comunique-se.

O adeus a Joezil Barros

Morreu em 21/12, em Recife, o condômino dos Diários Associados Joezil Barros, aos 84 anos, em consequência de uma infecção pulmonar. Com mais de 60 anos dedicados ao jornalismo, era graduado em Relações Públicas e Direito. Era ainda juiz classista aposentado e, nos últimos anos, chefe da assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Ao celebrar os 90 anos da Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP), entidade que presidiu entre 1971 e 1974, ele rememorou os primeiros anos de profissão. “Entrei no jornalismo muito cedo − tinha apenas 16 anos e sem qualquer formação acadêmica”, lembrou Joezil. Ainda adolescente, trabalhou como repórter policial no extinto Jornal Pequeno, “com a garantia de receber pequena quantia para o lanche”. Após a experiência no jornal, atuou na Rádio Olinda e na Rádio Clube de Pernambuco, empresa da qual seria o presidente, juntamente com o Diário de Pernambuco, anos depois. Além de comandar a AIP, dirigiu o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Recife e foi presidente da Fenaj, em Brasília. Ocupou ainda o Conselho Fiscal da ANJ por dois mandatos e do Conselho Fiscal da Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe).

Em 1992, foi eleito membro do Condomínio Acionário das Emissoras e Diários Associados. Ao ingressar no grupo de comando formado por Assis Chateaubriand, assumiu a presidência da antiga TV Guararapes e dos jornais O Norte (PB), Diário de Natal (RN) e Diário da Borborema (PB), bem como das rádios e estações de TV desses respectivos estados. Deixa a esposa, Neide Maria Pereira Marques de Barros; dois filhos, os jornalistas Roberto e Lydia Gomes de Barros, quatro netos e cinco bisnetos.

Por que os que mandam no mundo não se importam com a liberdade de imprensa?

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Eu queria ser mais otimista neste fim de mais um ano tão difícil para tanta gente.

No entanto, entristece escrevermos no MediaTalks sobre as estatísticas de jornalistas mortos ou presos em 2021.

A metáfora de “enxugar gelo” é a mais apropriada para classificar o esforço de entidades de defesa da liberdade de imprensa, que dia sim, outro também denunciam prisões, crimes e ameaças a jornalistas importantes, blogueiros pouco conhecidos e veículos de imprensa de todos os tamanhos.

Não são apenas estatísticas em relatórios da Repórteres Sem Fronteiras, Comitê de Proteção aos Jornalistas, Press Emblem Campaign ou Federação Internacional de Jornalistas.

São seres humanos presos, amedrontados ou que perderam a vida em situações como a de um jovem indiano assassinado por usar sua página de notícias no Facebook para denunciar clínicas ilegais.

Ou da jornalista iemenita grávida, morta junto com o bebê que esperava por uma bomba colocada no carro de seu marido, também jornalista.

Índia e Iêmen estão distantes da maioria de nós, assim como a China, campeã de maldades, que chega a merecer relatórios só para ela.

No entanto, o que une jornalistas de grandes veículos brasileiros vítimas de ameaças verbais, repórteres afegãos refugiados no Paquistão, coleguinhas mexicanos vítimas do crime organizado e expoentes  da mídia nicaraguense presos e exilados é o que os britânicos chamam de sense of duty.

Por que os que mandam no mundo não se importam com a liberdade de imprensa?

A expressão significa o compromisso de realizar a sua missão, seja ela qual for.

Todos sabiam do risco que corriam, como outros ainda correm.

Os relatórios das organizações adotam critérios diferentes para contabilizar jornalistas mortos e aprisionados, como examinamos em uma matéria no MediaTalks.

Alguns listam somente casos de repórteres ou fotógrafos profissionais. Outros somam pessoal de apoio, como produtores e fixers, e casos sem motivação comprovada.

Em 2021, todos os levantamentos registraram queda em mortes e aumento de prisões.

Para quem foi preso e não perdeu a vida, como o principal jornalista investigativo holandês assassinado no centro de Amsterdã pelo narcotráfico, a notícia é boa.

Mas não é boa para a sociedade. Mortes e prisões de jornalistas reduzem o ânimo para denunciar e a coragem para encarar riscos pessoais ou empresariais.

O impressionante é que parece haver uma anestesia generalizada.

Governos de países democráticos onde as violações se acumulam, como o México, pouco fazem para conter a violência ou se mantêm distantes de casos como o de Julian Assange.

Organizações como a Comissão Europeia ou países poderosos como EUA e Reino Unido ladram mas não mordem dirigentes autoritários que perseguem a imprensa até na antes segura Europa.

As raras exceções são quando há interesses em jogo.

Por que os que mandam no mundo não se importam com a liberdade de imprensa?

O Departamento de Estado americano está pressionando o presidente Andrzej Duda, da Polônia, para não sancionar uma lei de mídia aprovada pelo Parlamento a toque de caixa  que pode fazer mudar de mãos (e possivelmente de orientação editorial) o principal canal de notícias do país.

Não é o primeiro veículo de oposição ameaçado no mundo. Em Hong Kong, o legendário Apple Daily fechou. Seu dono, o bilionário Jimmy Lai, de 74 anos, está na cadeia.

Mas a TVN polonesa pertence ao Discovery Inc, uma empresa que é a maior investidora americana no país. Isso pode explicar a preocupação dos EUA com ela e a indiferença em relação ao Apple Daily.

Em Mianmar, os veículos independentes foram fechados. Cerca de 50 jornalistas estão presos. Um fotógrafo perdeu a vida sob custódia da polícia há duas semanas.

Dois escaparam: o japonês Yuki Kitazumi e o americano Danny Foster, beneficiados por ação diplomática de seus países sobre a junta militar que tomou o poder em fevereiro.

Mesmo no ano em que dois jornalistas foram premiados com o Nobel da Paz, pouco mudou até para eles próprios.

A filipina Maria Ressa teve que pedir autorização judicial para ir a Estocolmo receber o prêmio, devido aos processos a que responde.

No dia em que o Nobel foi anunciado para o russo Dmitry Muratov, mais jornalistas do país foram enquadrados na draconiana Lei do Agente Estrangeiro.

Semanas depois, o jornal comandado por Muratov, o Novaya Gazeta, caiu nas malhas da mesma lei.

A batalha das entidades e de ativistas merece todos os elogios.

Falta encontrar a fórmula que transforme esse clamor em mudança efetiva.

Para quem acredita em Papai Noel e/ou vai fazer pedidos para o Ano Novo, vai aqui uma sugestão para a lista: que em 2022 as palavras escritas e faladas contra abusos, ameaças e crimes gerem ação por parte de quem tem poder para estabelecer sanções capazes de proteger o jornalismo e os jornalistas.

O ano de 2021 deixa uma lição: é preciso ir além de gritar e espernear.

Por que os que mandam no mundo não se importam com a liberdade de imprensa?


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Em 2021, mulheres jornalistas sofreram seis ataques por mês, diz Abraji

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) realizou ao longo de 2021 um monitoramento de ataques com viés de gênero a jornalistas. Segundo os dados obtidos, de janeiro a dezembro deste ano, mulheres jornalistas foram agredidas, ofendidas, intimidadas e ameaçadas enquanto exerciam a profissão em 75 episódios, média de seis ataques por mês.

Ao todo, foram 59 vítimas, sendo que quase 35% do total de ataques usaram o gênero, a sexualidade ou a orientação sexual como justificativa/ferramenta de ataque.

Em 60 % dos casos analisados pela Abraji, os agressores utilizaram discursos estigmatizantes, que tentavam descredibilizar as vítimas, com o uso de termos como “militante”, “jornazista”, “lixo” e “comunista”. Em quase 30% das agressões, foram utilizadas palavras sexistas e expressões misóginas contra as comunicadoras (“vagabundas”, “putas”, “biscates”, “feias”, “velhas”, “burras”, “loucas”, entre outras).

A entidade destaca agressões a Daniela Lima, da CNN Brasil, vítima de sete ataques, todos envolvendo discursos estigmatizantes. Em quatro episódios, os agressores foram atores estatais, como o vereador Carlos Bolsonaro; os deputados federais Carlos Jordy e Eduardo Bolsonaro; o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo; o assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, Tercio Arnaud Tomaz; e o próprio presidente que, em junho, a chamou de “quadrúpede”, durante entrevista em frente ao Palácio do Planalto.

Carla Vilhena, também da CNN, foi vítima de diversos ataques após comentar a falta de máscaras entre afegãos que tentavam fugir de Cabul após o retorno do Talibã. Suas falas foram descontextualizadas, e milharem de postagens a chamaram de termos como “militante”, “esquerdista”, “burra” e “pandeminion”.

O monitoramento faz parte do projeto Violência de gênero contra jornalistas, iniciativa da Abraji em parceria com Mulheres Jornalistas, Instituto Patrícia Galvão, Fenaj, Gênero e Número, CPJ e Repórteres sem Fronteiras, com financiamento da Unesco. Confira o projeto aqui.

Record anuncia mudanças e novidades para 2022

Record anuncia mudanças e novidades para 2022
Fred Ring

A Record TV anunciou uma série de mudanças e novidades para 2022. Segundo informações de Flávio Ricco (R7), haverá uma nova programação todas as noites.

Em 3/1, estreia a terceira temporada da série Aeroporto, apresentada por César Filho, que mostra os bastidores dos principais terminais de embarque e desembarque. Em 5/1, vai ao ar a série do Discovery Quilos Mortais, com apresentação de Celso Zucatelli, que mostra a vida de pessoas que lutam contra o excesso de peso.

Nas noites de quinta-feira, é exibido o Repórter Record Investigação, que em 2022 será conduzido por Luiz Fara Monteiro, em substituição a Roberto Cabrini, que passa a integrar a equipe de reportagens especiais do Domingo Espetacular. Além disso, a partir de 26/1, a Record transmite os primeiros jogos dos campeonatos Paulista e Carioca, às quartas-feiras e domingos.

Outra novidade é a estreia, em janeiro, ainda sem data definida, do programa Debate Bola, exibido aos sábados, das 10h30 às 12 horas. A atração, apresentada por Fred Ring, será em formato de mesa-redonda, com a média de oito participantes, entre narradores da emissora, comentaristas, repórteres e convidados.

No início da pandemia, a Record cancelou o programa Esporte Fantástico, que era exibido justamente nas manhãs de sábado.

Record anuncia mudanças e novidades para 2022
Fred Ring

Arnaldo Jabor sofre AVC e é internado em São Paulo

Arnaldo Jabor sofre AVC e é internado em São Paulo

O cineasta, jornalista, produtor, dramaturgo e roteirista Arnaldo Jabor sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) na última quinta-feira (16/12), e foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Segundo boletim médico, divulgado nessa segunda-feira (20/12), o colunista do Jornal da Globo “foi submetido a um procedimento vascular para desobstrução de coágulo e permanece em acompanhamento clínico ainda sob sedação”.

Jabor é colunista dos telejornais da Globo desde 1991, tendo completado 30 anos de emissora.

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