A TV Cultura estreia neste sábado (4/12) a série Casa TPM, inspirada no projeto de mesmo nome criado pela Revista Trip há quase duas décadas sobre empoderamento e questões femininas. A produção foi concebida e produzida pela Trip com direção da cineasta Paula Trabulsi.
Segundo informações de Ricardo Feltrin (UOL), os primeiros três episódios terão a participação de nomes como Iza, Angélica, Daiane dos Santos, a escritora Tati Bernardi, jornalista e colunista Milly Lacombe, entre outros. A apresentação será das atrizes Debora Falabella, Luana Xavier e Martha Nowill. A série vai ao ar às 22h30, sempre aos sábados (4, 11 e 18 de dezembro), na TV Cultura e no canal da Trip no YouTube.
O objetivo da produção é estimular o livre-pensar e a discussão sobre temas como saúde mental, sociedade do cansaço, maternidade, delícias e frustrações do corpo, uma nova visão sobre o envelhecimento, entre outros temas.
A Casa TPM deste ano, realizada de forma online em setembro, abordou angústias e inquietações presentes na vida das mulheres, com debates, encontros, entrevistas e workshops.
A Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA) anunciou em 30/11 os vencedores do Prêmio Mundial de Mídia Digital 2021, que contempla as melhores práticas de inovação em jornalismo digital em todo o mundo. Agência Lupa e Infoglobo foram os únicos representantes brasileiros vencedores da premiação.
A Lupa venceu na categoria Melhor visualização de dados, com o projeto No epicentro, que faz uma simulação de como ficaria a região do usuário se todos os mortos por Covid-19 no Brasil se concentrassem em sua vizinhança. A ideia da iniciativa é conscientizar sobre a gravidade da doença.
O Infoglobo ganhou em Melhor envolvimento do público pela cobertura da pandemia sem matérias pagas, garantindo o acesso a informações essenciais sobre a Covid-19.
Além dos dois brasileiros, o peruano Ojo Público foi o primeiro colocado na categoria Melhor projeto de alfabetização de notícias, com a iniciativa Chequeos en lenguas, que verifica informações sobre a Covid-19 para povos indígenas. O prêmio teve ainda vencedores de Estados Unidos, Noruega e Canadá.
No Prêmio Mundial, se enfrentaram os vencedores das edições regionais de 2020/2021 em África, Ásia, Europa, América Latina, Oriente Médio, América do Norte e Sul da Ásia.
As condições de trabalho dos jornalistas estão se deteriorando. É o que revelam dados da pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro 2021, divulgados neste mês de novembro. Um conjunto de indicadores mostrou como as condições de trabalho afetam a vida e a saúde de jornalistas que atuam nas redações, nas universidades ou estão fora do mercado de trabalho. A iniciativa, da Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade dos Jornalistas (Retij/SBPJOR), fez enquete em rede com profissionais de todas as Unidades da Federação e do Distrito Federal, além de coletar de dados online, por telefone e e-mail.
O estudo obteve 7.029 respostas no período entre 16/8 e 1/10/2021; desse total, após o saneamento dos dados, restaram 6.594 respostas válidas. O plano amostral nacional tem 3.100 respondentes, e a margem de erro é menor de 2%, com 95% de grau de confiança.
A pesquisa, cujo objetivo é investigar e mensurar quantos e quem são os jornalistas brasileiros, identificou, dentre os indicadores de saúde laboral, que 66,2% dos profissionais sentem-se estressados no trabalho, sendo que 34,1% responderam terem sido diagnosticados clinicamente com estresse. Para se ter uma ideia de como o estresse é um componente de saúde agravado, pode-se comparar com o percentual de jornalistas que revelaram ter doenças ocupacionais, como Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (19,9%).
Os dados sobre assédio também se destacam no estudo: 40,6% dos jornalistas responderam já terem sofrido assédio moral no trabalho. O percentual de profissionais que já sofreram assédio sexual no emprego, violência que atinge em especial as mulheres, foi de 11,1%. Esse dado requer uma certa atenção uma vez que a categoria é formada majoritariamente por mulheres (58%), conforme apontou a pesquisa, e sobretudo em razão do tipo de ataque.
O recente estudo Perfil racial e de gênero da imprensa brasileira, deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas, trouxe exemplos de como o assédio sexual se apresenta para as mulheres negras que atuam na redações. “Entrevistado ficava elogiando minhas pernas, minha boca e meu batom”, diz um dos depoimentos compartilhados pelo estudo.
O atentado de 11 de setembro de 2001 deixou como legado uma intolerância contra os muçulmanos nos Estados Unidos e na Europa, sentimento agravado por outros atos terroristas praticados por seguidores do Islã.
No Reino Unido essa animosidade foi exacerbada pelo Brexit, que tinha como uma das bandeiras a defesa dos valores tradicionais do país e a aversão a imigrantes.
Não é fácil mensurar discriminação. Mas uma pesquisa que saiu esta semana afirma que o preconceito contra muçulmanos é generalizado na cobertura da imprensa no país.
O trabalho foi feito pelo Centro de Monitoramento de Mídia do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha. Os pesquisadores analisaram mais de 48 mil matérias online e 5,5 mil reportagens em vídeo veiculadas entre outubro de 2018 e setembro de 2019.
Os números são assustadores: quase 60% dos textos e 47% dos vídeos associavam o Islã ou os muçulmanos a comportamentos negativos.
O período de coleta dos dados foi especialmente tenso. A saída da União Europeia se aproximava sem um acordo negociado, e o movimento para tentar uma nova votação era forte.
Isso despertou a ira dos que tinham votado a favor do Brexit, muitos deles nacionalistas ao extremo − justamente aqueles que não aceitam imigrantes e pessoas de outras culturas.
O problema é que as tensões sociais e políticas acabaram refletidas pelo jornalismo, o que pode ter ajudado a alimentar preconceitos anteriores.
Os autores do estudo observaram que as publicações religiosas e de direita − The Spectator é uma das citadas − tinham um percentual maior de matérias preconceituosas, ou que deturpavam a crença ou o comportamento de muçulmanos.
O relatório apresenta dez estudos de caso que mostraram como os islâmicos foram tratados de forma pejorativa em veículos importantes, em alguns casos levando o pagamento de indenização e pedidos de desculpas.
O mais surpreendente é que esse tratamento negativo não veio somente dos agressivos tabloides, alguns deles com pauta nacionalista e abertamente anti-imigração, cultuando o estilo de vida tipicamente inglês.
Um dos casos destacados é o de uma reportagem equivocada sobre uma família muçulmana publicada pelo jornal The Times.
O The Times apoiou o relatório, assim como o Daily Mirror. Alison Philips, editora-chefe do jornal, disse que o estudo mostra o quanto jornalistas devem questionar a si próprios e repensar a forma de reportar sobre muçulmanos e o Islã.
As pesquisadoras Elizabeth Poole e Milly Willinsonc também trataram da delicada questão em uma pesquisa desenvolvida durante a primeira onda da pandemia.
Em artigo sobre a pesquisa no blog da London School of Economics, elas concordam que historicamente a imprensa do país representa os muçulmanos de forma amplamente negativa. E dizem que isso se acentuou na crise do coronavírus, que levou a um número alto de mortes entre minorias étnicas.
O estudo aponta traços comuns nas matérias sobre a Covid. Um deles foi a construção da imagem de que os islâmicos recusavam-se a seguir o isolamento social, sobretudo nas festas religiosas.
Outro foi a divisão entre muçulmanos “bons” e “maus”. Os heróis do NHS (sistema público de saúde) eram os bons. Mas os demais continuaram sendo muitas vezes tratados como não-britânicos, constataram as pesquisadoras.
Preconceito inconsciente
Ao ler jornais britânicos regularmente, é possível observar como o preconceito está presente, ainda que de forma inconsciente.
Crédito: Andrius Kaziliunas / Shutterstock.com
É muito mais comum um personagem de matéria ser descrito como “nascido no Reino Unido de família paquistanesa” do que “nascido no Reino Unido de família italiana” − a não ser que seja para elogiar.
Rizwana Hamid, diretora do Centro de Monitoramento da Mídia, destacou que o estudo não teve a finalidade de culpar determinados veículos ou profissionais. Mas observou que os resultados mostram que, quando se trata de muçulmanos, é hora de a indústria admitir que tem errado. E colocar em prática as recomendações para melhorar o padrão jornalístico feitas pelos pesquisadores.
O estudo faz refletir sobre o racismo de forma mais ampla na mídia britânica.
Meghan Markle virou símbolo de discriminação contra negros no país − embora nem todos concordem que o tratamento negativo de alguns veículos a ela tenha sido só decorrente da cor da pele, mas também pelo fato de ser americana.
Seja qual for o motivo, a imprensa do Reino Unido tem um dever de casa a fazer se quiser ajudar a reduzir a polarização do país.
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A juíza relatora Jane Martins, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proibiu, sob pena de multa, a apresentação do telejornal Agora é Manchete, com Gilberto Barros, veiculado na internet, pelo uso ilegal da marca “Manchete”. A proibição impede também o uso da marca em publicações escritas ou em rádio. As informações são Ricardo Feltrin, do UOL.
Apesar de o telejornal ser apresentado por Gilberto, a relatora aponta a empresa Virtual Analytics Tecnologia de Informação como a responsável pelo uso ilegal. A marca “Manchete” para uso em jornais ou publicações pertence à Brasil MN Manchete Editora, que está processando a Virtual Analytics.
“O uso da marca foi abusivo e parasitário, e quis se aproveitar da história existente por trás da marca Manchete. Os titulares dos direitos, nós advogados e o Judiciário estamos atentos a utilizações indevidas”, diz André Marsiglia Santos, advogado da Brasil Manchete.
A reportagem do UOL foi até a sede da Virtual Analytics, em São Caetano, no ABC paulista, mas não localizou ninguém, e não obteve resposta nas tentativas de contato. Além disso, a empresa, apesar de notificada, sequer constituiu advogado para defesa até o momento da publicação da coluna.
Procurada por Feltrin, a assessoria de Gilberto Barros disse que, devido à falta de pagamentos já foi feito um “distrato” entre a empresa e o apresentador. “A assessoria confirmou que ele foi contratado por uma empresa para apresentar os programas, mas que, diante do distrato, pediu a retirada de todos os vídeos do ar”, informou o colunista.
A decisão da juíza foi tomada no começo de novembro, mas até semana passada o programa vinha sendo distribuído normalmente a vários veículos e também no YouTube. A multa estabelecida em caso de continuidade do programa é de R$ 1.000 diários.
A Jovem Pan acertou nesta terça-feira (30/11) a contratação de Mauro Cezar Pereira para a equipe de Esportes da empresa. O comentarista participará do programa Esporte em Discussão a partir desta sexta-feira (3/11). Ele seguirá com seus trabalhos no SBT e em seu canal no YouTube.
Segundo o Notícias da TV, Mauro fará entradas ao vivo na programação da Jovem Pan News, o novo canal de notícias de TV do grupo. O fator definitivo que fez o comentarista aceitar a proposta foi a não exclusividade. A prioridade de Mauro segue sendo seu canal no YouTube, hoje com mais de 600 mil inscritos.
O comentarista deixou o Grupo Disney no início de 2021, onde estava desde 2005. O motivo seria justamente a cláusula de exclusividade com a empresa, que o impediria de seguir com seu trabalho no YouTube.
Mauro também atua em transmissões de jogos da Libertadores e da Champions League no SBT, mas seu acordo com a emissora é como colaborador freelance, ganhando por evento e programa.
Foram anunciados nessa segunda-feira (29/11), em cerimônia virtual, os vencedores da 4ª edição do Prêmio 99 de Jornalismo, cujo tema este ano foi Tecnologia para Todos.
A matéria mostra como provedores locais levam internet a pequenas comunidades e povoados que não são atendidos pelos grandes provedores, com entrevistas e dados que evidenciam este abismo no direito de acesso à internet e na infraestrutura de um grande centro urbano e de pequenas comunidades.
Já a categoria Jovens Jornalistas premiou trabalhos de participantes do Lab 99+Folha SP, feito em parceria com a Folha de S.Paulo, para estudantes do último ano da graduação ou recém-formados em cursos de Comunicação Social. O primeiro lugar ficou com o podcast Play Nosso de Cada Dia, que trata sobre a dificuldade de muitos artistas de conseguirem remuneração justa com suas músicas via plataformas de streaming. A narração é de Henrique Votto e Luísa Carvalho, produção de Gabriel Araújo e Pedro Vinícius, e edição de som de Giovana Christ.
A repórter Veruska Donato é a nova contratada da Record TV em Mato Grosso do Sul, sua terra natal. Ela deixou a Rede Globo no início do mês, após 21 anos de casa.
“Achei que ficaria um tempo sem trabalhar depois que deixei a televisão”, contou Veruska. “Essa era a intenção, descansar um pouco e pensar na vida. Cuidar da minha mãe, curtir o ‘namorido’. Mas eu recebi uma proposta de trabalho muito bacana e resolvi aceitar”.
Ela iniciou a carreira no jornalismo em 1992, após receber oportunidade da família que é hoje responsável pela Record TV em Mato Grosso do Sul. Começou como estagiária na Globo em 2000. Foi apresentadora do bloco paulista do Jornal das Dez até se fixar como repórter. De 2012 a 2016 comandou o bloco Sala de Emprego, do Jornal Hoje. Na emissora, atuou por mais de duas décadas na reportagem.
Segundo ela, o ódio que recebeu após postar uma foto com o padre Julio Lancellotti influenciou na decisão de deixar a Globo. Em entrevista para o Notícias da TV (UOL), disse que estava “cansada e doente, com depressão e ansiedade, por causa das coberturas da pandemia e da fome no País”.
A Globo dispensou nesta segunda-feira (29/11) Renato Machado e Francisco José, ambos há mais de 40 anos na emissora, que estavam atuando nos últimos tempos no Globo Repórter. Segundo informações do Notícias da TV, do UOL, Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo, enviou um e-mail para se despedir dos colegas, elogiando o profissionalismo deles, e informando que os dois ainda têm trabalhos a serem exibidos.
Renato Machado (esq.) e Francisco José
Renato Machado, de 78 anos, estreou na Globo em 1982. Uma de suas primeiras aparições foi na cobertura da Guerra das Malvinas. Um ano depois, foi para Londres, onde cobriu acontecimentos marcantes como atentados terroristas em Paris e o acidente nuclear de Chernobyl, ambos em 1986.
Em 1995, retornou ao Brasil, e passou a ser editor-chefe e apresentador do Bom Dia Brasil, função que ocupou até 2010. De 2011 a 2016, ficou mais uma temporada em Londres, até voltar ao Brasil. Ultimamente, produzia reportagens especiais para o Globo Repórter.
Francisco José estava há 46 anos na Globo. Nordestino, foi um dos primeiros jornalistas com sotaque de fora do eixo Rio-São Paulo a aparecer no Jornal Nacional. Na emissora, cobriu a Guerra das Malvinas, quatro Copas do Mundo, e a ECO-92, conferência sobre o clima realizada no Rio de Janeiro.
Um dos episódios mais marcantes de Francisco ocorreu em 1987, na cobertura de um assalto a um banco em Recife. Ele se propôs a ficar de refém no lugar de uma mulher grávida que estava sendo ameaçada com um revólver. Desde que estreou na Globo, produzia reportagens para o Globo Repórter.
O Grupo de Comunicação Empresarial (Gecom) realiza nesta quinta-feira (2/12), das 11h às 13h30, a entrega do Prêmio Jatobá PR, que valoriza os melhores cases de PR do Brasil e América Latina. O evento será online, com transmissão pelo canal do Prêmio Jatobá JR no YouTube. Neste ano, a premiação teve 225 inscrições, com 112 chegando à final.
Estão em disputa 20 categorias técnicas, distribuídas por quatro verticais, e uma categoria internacional, disputada por todo o mercado. O Jatobá PR concederá também nove premiações especiais: quatro para Organizações do Ano, outras quatro para Cases do Ano, e uma para Organização Destaque do Ano.
As Organizações Públicas concorrem com quatro cases competindo em duas categorias. Já as Organizações Empresariais concorrerão em cinco categorias, com um total de 21 cases.
Em relação às Grandes Agências e Agências-Butique, elas entram na disputa, respectivamente, com 41 e 46 cases, concorrendo em dez categorias, com premiações específicas para ambas. Na categoria Internacional, concorrem organizações dos quatro segmentos.
O evento de premiação terá a presença de Eduardo Ribeiro e Marco Rossi, diretores do Gecom, que conversarão ao vivo com os profissionais responsáveis pelos cases vitoriosos.