O Guia Negro e a Pod360 lançaram o podcast Afroturismo – O Movimento, que destaca o protagonismo, a cultura a história negra, trazendo um novo olhar sobre o turismo. A apresentação é de Guilherme Soares, fundador do guia Negro, com participação do fotógrafo Heitor Salatiel, que traz dicas de lugares, músicas e filmes para continuar as viagens apresentadas no programa.
O podcast tem episódios semanais, que vão ao ar às sextas-feiras, com convidados que falam sobre os principais espaços da história e cultura negra do Brasil, como o bairro da Liberdade, em São Paulo, a festa de Iemanjá, em Salvador, o bairro de Madureira, no Rio, entre outros.
Sobre a parceria entre Guia Negro e Pod360, Guilherme disse que “é importante estarmos nessa nova plataforma contando sobre essa maneira única de fazer turismo. O Afroturismo é potência e queremos mostrar como a cultura e história negra são propulsores para viagens”.
Tiago Bianco, sócio e head de produção da Pod360, destacou a importância de “poder fomentar a diversidade de vozes e trazer uma perspectiva negra para um mercado tão homogêneo como o turismo”.
A Fenaj convida para a coletiva virtual de apresentação do Relatório da violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil referente ao ano de 2021. Será nesta quinta-feira (27/1), às 10h, pela plataforma Zoom. A diretoria da entidade vai divulgar e comentar os dados de sua pesquisa anual.
A presidente Maria José Braga conduzirá o encontro, que faz parte da programação do Fórum Social das Resistências. A atividade será transmitida ao vivo pelo canal da Fenaj no YouTube e pelo Facebook, com retransmissão nas páginas dos Sindicatos de Jornalistas filiados e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Os interessados podem se inscrever para participar da apresentação e da coletiva por meio deste formulário. O link de acesso será enviado às 9h da quinta-feira (27/1).
A décima edição da Mostra SP de Fotografia homenageia o fotojornalista Lilo Clareto, falecido em 21 de abril do ano passado, em decorrência da Covid-19. O evento retorna às ruas da Vila Madalena, após um hiato de dois anos, com o tema Amazônia Viva.
Lilo trabalhou por 20 anos ao lado de Eliane Brum, a mais premiada jornalista de 2021 e da história. Desde 2017, após mudar-se para Altamira, no Pará, buscou abordar a defesa da Amazônia e do meio ambiente em seus trabalhos.
Aberta nessa terça-feira (25/1), dia do 468° aniversário da cidade de São Paulo, a mostra distribui 16 trabalhos de fotógrafos de diversas regiões do Brasil por galerias, lojas, restaurantes e muros do bairro. Além de Clareto, participam da edição Alessandra França, Ana Mendes, Anderson Souza, Araquém Alcântara, Christian Braga, Edu Simões, Gisele Martins, Levi Bianco, Mauricio Lima, Paula Marina, Raphael Alves, Renato Soares, Rodrigo Petrella, Rogério Assis e Victor Moriyama. Os curadores são Fernando Costa Netto, Mônica Maia, Leão Serva, Ivana Debértolis e Paulina Chamorro.
“Antes da pandemia, quando iniciamos as conversas sobre o tema da mostra 2020, a Amazônia era consumida pelo fogo em milhares de pontos”, disse Fernando Costa Netto. “O desmatamento atingia picos inéditos. O desmantelamento dos órgãos de controle e monitoramento, o fogo, a expansão dos garimpos ilegais, os ataques aos guardiões ancestrais, mais que dobraram. Dentro desse cenário, escolhemos prestar uma homenagem a nossa extraordinária floresta e a toda a forma de vida”.
Além da visitação gratuita às exposições, a mostra terá um ciclo de conversas com Bruno Kelly e convidados, visita guiada e o lançamento do livro O Retrato da Fotografia Brasileira, do fotógrafo Ale Ruaro. Catálogos com mapa das instalações e endereços podem ser retirados na ZIV Galeria (rua Afonso Gonçalo, 119, Beco do Batman) ou no Bar do Beco (rua Aspicuelta, 17). Ver também no Facebook.
Monitoramento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) detectou 119 casos de violência de gênero contra 89 jornalistas e veículos de comunicação ao longo de 2021, o que representa a média de quase dez casos de agressão por mês.
O levantamento identificou ataques envolvendo identidade de gênero, sexualidade, orientação sexual, aparência e estereótipos sexistas, além de agressões contra mulheres comunicadoras, cis ou trans, de forma geral. O tipo mais frequente de ataque foi o de discurso estigmatizante, presente em 79% dos casos, que tem o objetivo de difamar e desacreditar as vítimas.
Do número total de agressões contendo discursos estigmatizantes, quase 61% foram realizadas em campanhas sistemáticas de desrespeito e descredibilização; quase 58% em discursos hostis de autoridades e figuras do cenário político nacional; e quase 5% em campanhas de desinformação.
Em relação aos autores das agressões, perto de 52% dos ataques gerais foram feitos por internautas. Além disso, cerca de 71% dos episódios se originaram ou tiveram alguma repercussão na internet.
Autoridades de Estado, como vereadores, deputados, senadores e o próprio presidente Jair Bolsonaro, respondem por pouco mais de 36% dos ataques registrados. E em pouco mais de 53% dos casos com violência explícita de gênero (insultos baseados em sexualidade, orientação sexual, aparência e identidade de gênero), os homens foram promotores e instigadores das agressões.
Zeca Chaves é o novo Head de Comunicação da Great Wall Motors Brasil (GWM Brasil)
Eleito o +Admirado Jornalista da Imprensa Automotiva em 2021, em eleição promovida por Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, Zeca Chaves despediu-se das redações: assumiu na semana passada como Head de Comunicação da Great Wall Motors Brasil.
Ele chega com o desafio de criar e desenvolver a área de relacionamento com a imprensa da fabricante, que está iniciando suas operações no Brasil. Seu primeiro evento oficial, inclusive, será a apresentação dos planos da fabricante para o País, marcado para 27/1, na fábrica de Iracemápolis (SP).
“Além do orgulho de trabalhar numa das maiores fabricantes de veículos do mundo, estou muito feliz pela oportunidade única de fazer história”, destaca o executivo, que se reportará a Oswaldo Ramos, CCO da marca no Brasil. “Não é comum poder participar do nascimento de uma montadora em um país, especialmente com um projeto como o da Great Wall Motors, que veio para revolucionar nosso mercado. Estamos falando de muita conectividade, recursos de segurança avançados e novas tecnologias energéticas”.
Zeca Chaves é o novo Head de Comunicação da Great Wall Motors Brasil (GWM Brasil)
Com formação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP) e Gestão Estratégica de Negócios na Fundação Instituto de Administração (FIA), Zeca Chaves atua há 27 anos como jornalista especializado no setor automotivo. Ele começou no setor na Folha de S.Paulo, mas foi na Quatro Rodas, onde ficou por quase 20 anos, chegando inclusive a comandar a publicação, que se consolidou como um dos principais nomes do segmento. Mais recentemente, vinha atuando como colunista e há quase um ano era editor digital da Automotive Business.
É membro do núcleo de comunicação do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), foi jurado das premiações Future Mobility of the Year (2019 a 2021), organizado pelo Korea Advanced Institute of Science and Technology, e Car Design Award (2016 a 2019), realizado pela publicação italiana Auto&Design.
Com sua chegada à fabricante, ele deixa de escrever a coluna quinzenal que vinha publicando em Automotive Business, AutoPapo, AutoEntusiastas, Carros com Camanzi e Portal Carsughi.
Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas encontraram um jeito diferente de homenagear São Paulo neste seu aniversário de 468 anos: em prosa, verso e música. E o autor da façanha é o jornalista, escritor, cordelista, letrista e estudioso da cultura popular brasileira Assis Ângelo, dono de um acervo que contabiliza mais de 210 mil itens, entre discos (dos mais antigos 78 rpm aos CDs, passando pelos de vinil), partituras, livros, esculturas, pinturas, cordéis e tudo o que se pode imaginar de manifestações culturais produzidas no País.
Assis estudou por quase três décadas as canções que de algum modo exaltam São Paulo, sua gente, seus costumes, seus bairros, suas mazelas, e catalogou nada menos do que 3 mil delas, compostas por centenas de artistas. Tem compartilhado esse estudo e esse conteúdo em exposições, instalações culturais, palestras, entrevistas e resolveu agora compartilhá-lo neste Jornalistas&Cia e no Portal dos Jornalistas, presenteando os leitores com um pouco dessa singela jornada, em que mostra como a música, a poesia e a literatura, de um modo geral, fazem um bem danado para a cidade e sua gente.
Neste especial, além de contar um pouco dessa jornada, Assis nos brinda com trechos de gravações de históricas entrevistas que fez ao longo de quase 50 anos de carreira, com alguns dos mais ilustres nomes da cultura popular brasileira, gente que já se foi, como Nelson Gonçalves, Paulo Vanzolini, Silvio Caldas e Zica Bérgami, entre outros, e outros que aqui ainda estão. Esses aceitaram o convite de mostrar o amor e o carinho que têm pela cidade, que ao longo de seus 468 anos, tem conseguido harmonizar as mazelas de uma sociedade desigual com a esperança de um mundo melhor, impedindo que o concreto, o asfalto, a miséria, a violência, as doenças infectem o espírito dos milhões que aqui vivem e que encontram na cultura e na arte um fio de esperança para apaziguar as tensões e os problemas do dia a dia e para elevar a alma e enlevar a mente, na busca de uma vida plena, melhor, mais doce e suave. A edição traz ainda a transcrição da entrevista que ele fez em novembro de 1980 com Adoniran Barbosa, ícone maior da música paulistana.
Assis Ângelo
Só que Assis, com a autoridade de quem estuda há décadas, com afinco, a cultura popular, tendo São Paulo como seu grande farol, revela: “A cidade de São Paulo não tem um hino oficial. É a única das grandes capitais brasileiras que não tem seu hino. E quero aqui fazer uma conclamação, um desafio: que a Prefeitura e a Câmara Municipal se unam para dar à cidade o hino que ela tanto merece. Seja via concurso público ou mesmo eleição das canções que ganharam os corações e as mentes dos paulistanos”.
Desafio feito, deixamos agora nossos leitores com esse especial histórico, que mostra São Paulo em prosa, verso e música.
Em comunicado pelo Twitter no último dia 20/1, Marcelo de Moraes anunciou sua saída do Estadão: “Depois de 18 anos, encerrei minha participação no Grupo Estado. É hora de abrir as asas e dar uma olhada no que tem aí fora no mundo”. Indagado por este J&Cia se tinha algum projeto fora do País, respondeu: “Sair do Brasil? Nunca pensei nisso… rs”, mas não revelou seu destino profissional.
Especializado na cobertura política, Marcelo atuava ultimamente como repórter especial em Brasília e era também colunista da Rádio Eldorado. Foi diretor da sucursal, de 2013 a 2016. Mas saiu da função para editar a Coluna do Estadão, recriada em 2016. Em 2018 foi deslocado no Estadão para o projeto do BR18, do qual foi um dos editores, junto com Vera Magalhães e José Fucs. Em fevereiro do ano passado, com o fim do projeto, voltou à reportagem especial na capital do País.
Nesses 18 anos no Grupo Estado, foi também editor executivo em São Paulo, editor, colunista e repórter. Antes de chegar ao Estadão, passou pelas redações de O Globo, Veja, Jornal do Brasil, Valor Econômico e Correio Braziliense.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro
Depois de circular por 46 anos, o Jornal10, da cidade mineira de Uberlândia, comunicou que encerra suas atividades – no papel, no site e nas redes sociais – dia 31 deste mês. Carlos Franco, o editor-chefe, deu a informação a J&Cia.
Segundo ele, o Informativo Comercial Diário começou como exclusivamente de classificados, fossem imóveis, veículos, empregos, balanços e editais, tudo o que pudesse ser anunciado. Evoluiu para o noticiário de esportes da região, feito por dois estagiários da universidade local. De volta a Uberlândia, Franco apresentou um projeto aos donos do jornal, com muita prestação de serviço e atento ao fato de que o público leitor, mais velho, desconfiava da internet.
Carlos Franco
“No ano passado, o jornal enfrentou bem a pandemia, até chegar o aumento de 50% no custo do papel, e ser atingido pela retração dos negócios”, contou Franco. “Os jornais menores, com poucas compras, têm estreita margem de negociação. Manter uma gráfica com cinco rotativas também representava um custo alto para o jornal. De 60 páginas em média, caiu para 40 e, esta semana, chegou a 12”. Uberlândia, com 700 mil habitantes, é a segunda cidade do estado, depois da capital BH, à frente mesmo de Juiz de Fora.
Embora presente no site, no Instagram e no Facebook, os gestores chegaram a pensar em fortalecer o digital. Mas o custo para fazer classificados diários seria enorme, precisaria de servidores próprios, e foi preferível encerrar a operação. Cerca de 20 pessoas, entre funcionários e colaboradores, foram dispensadas. Além do editor, eram dois estagiários, três diagramadores, um fotógrafo, gráficos, e os motoqueiros que levam o jornal para as bancas.
Franco é de Uberlândia e de lá saiu aos 17 anos, para cursar a Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Esteve em alguns veículos no Rio de Janeiro, com destaque para sua passagem pelo Jornal do Brasil. Nos últimos 14 anos, foi do Estadão, em São Paulo. Na comunicação corporativa, esteve na Ogilvy PR. Por questões familiares, voltou a Uberlândia, onde pretende permanecer até que todas sejam resolvidas. Para trabalho remoto, ele atende em sua empresa Olympia, no e-mail editoraolympia@gmail.com.
O jornalista Caê Vasconcelos lança no próximo sábado (29/1) o livro Transresistência: Pessoas Trans no Mercado de Trabalho (Dita Livros), que traz relatos e histórias de trans e travestis que conseguiram fugir das estatísticas de desemprego e exploração sexual. A obra é uma atualização de seu Trabalho de Conclusão de Curso em jornalismo na Fiam-Faam.
“Quando decidi escrever um livro sobre esse tema eu queria mostrar para as pessoas trans que existem outras possibilidades”, explicou Caê. “Não é fácil e até hoje existem muitas que nunca trabalharam em uma empresa. São pessoas que, muitas vezes, trabalham com arte, que é o que as acolhe”.
Por dois anos, o autor, que hoje se identifica como homem transsexual, pesquisou a exclusão da população trans no mercado de trabalho. Para o lançamento este ano, a obra ganhou novas histórias e o relato do próprio Caê, incluindo seu processo de descoberta e aceitação. A orelha da obra é assinada pela ativista Neon Cunha, primeira mulher trans a ter o nome retificado no Brasil.
“A primeira vez que eu percebi que poderia ser uma pessoa trans foi escrevendo esse livro. Quando comecei a entrevistar as pessoas, senti como se a história delas fosse a minha. Isso foi revolucionário para mim, não apenas como repórter”, disse o autor.
A obra traz relatos como o de Luiza, que percorreu a trilha do tráfico sexual na Europa, e, ao voltar para o Brasil, tornou-se a primeira funcionária trans do Museu de Arte de São Paulo (Masp); e os de duas parlamentares trans eleitas pela capital paulista em 2020, Carolina Iara, covereadora pela Bancada Feminista do PSOL, e Erika Hilton, primeira vereadora trans eleita na história da Câmara Municipal de São Paulo.
Em fevereiro do ano passado, Erika participou do Roda Viva, da TV Cultura. Na ocasião, Caê tornou-se o primeiro jornalista trans a participar da bancada de entrevistadores do programa. Formado em 2017, o jornalista passou a colaborar com Agência Mural de Jornalismo das Periferias e Ponte Jornalismo na cobertura de segurança pública e sistema prisional.
Pesquisadores de diversas áreas lançaram o livro Covid-19 – Comunicação, negacionismo e responsabilidade social (Editora Insular), que reúne estudos, pesquisas e textos científicos sobre a problemática da saúde e da comunicação no combate à pandemia de Covid-19.
A primeira metade do livro traz falas (convertidas em artigos) de palestrantes que participaram de um debate sobre a pandemia na disciplina Comunicação e Política – Pandemia, Negacionismo e Responsabilidade Social, do programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ministrada por Luiz Artur Ferraretto, um dos organizadores da obra. O restante do livro mostra pesquisas de alunos e alunas, que foram a campo com orientação de textos científicos.
A obra aborda temas como o conceito de ciência, negacionismo, desinformação, produção e difusão de conteúdo relacionado à pandemia, abordagem científica da doença, entre outros.
Segundo texto de divulgação, o livro “procura dar conta de um momento histórico difícil e ainda em análise. Transita pelo papel fundamental da ciência na construção de um futuro de respeito à vida: a razão no embate com o senso comum, a responsabilidade social enfrentando o negacionismo, os processos de desinformação presentes em flertes da ignorância com o autoritarismo e a comunicação profissional como única alternativa em relação à propaganda apresentada como jornalismo”.
Os outros organizadores da obra são Andrei dos SantosRossetto, Francielly Brites, Gustavo Monteiro Chagas e Paloma da Silveira Fleck.