-0 C
Nova Iorque
quinta-feira, dezembro 11, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 329

Segurança para jornalistas e comunicadores: conheça guias e ferramentas

O crescimento da violência contra jornalistas é significativo no Brasil; saiba como se proteger e preservar pautas e investigações

Texto publicado originalmente em 2 de junho de 2022 pela Ajor (Associação de Jornalismo Digital)
Por Victor Moura

O crescimento da violência contra jornalistas e comunicadores acendeu um alerta em organizações internacionais e nacionais nos últimos anos. Um monitoramento conduzido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), mostrou que ataques contra profissionais brasileiros cresceram 26,9% em 2022. Os números reforçam a necessidade de aumentar a proteção da imprensa, tanto no ambiente físico como nas plataformas digitais.

De acordo com o levantamento, entre janeiro e abril de 2022, foram identificados 151 episódios de agressão física e verbal ou outras formas de cercear o trabalho jornalístico, como restrições de acesso à informação, ataques de negação de serviço na internet, exposição de dados pessoais, processos civis ou penais, assassinato, assédio sexual e uso abusivo do poder estatal.

O Brasil aparece em 110º lugar no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa 2022, relatório da ONG Repórteres Sem Fronteiras que avalia as condições para o exercício do jornalismo em 180 países e territórios. Nos últimos dez anos, pelo menos 30 jornalistas foram assassinados no país. Os ataques digitais contra os profissionais também cresceram, principalmente entre jornalistas mulheres.

“Em muitos lugares, o câmera é considerada uma arma e profissionais audiovisuais e jornalistas enfrentam risco real de retaliação por parte daqueles que se sentem ameaçados pelas histórias que eles contam”. A declaração faz parte do relatório “Fortalecimento dos recursos de segurança e proteção para narradores de histórias visuais e jornalistas” (em tradução livre), publicado pela Iris (International Resource for Impact and Storytelling), com apoio da Ford Foundation.

Com base em uma entrevista com profissionais das Américas do Sul e Central, o documento traz algumas recomendações sobre como os jornalistas podem se proteger, e qual o papel de organizações do governo e da sociedade civil para a promoção de alternativas contra a violência, seja ela digital, física, institucional ou jurídica.

Uma das principais recomendações do estudo é aumentar o acesso à informação destes profissionais sobre ferramentas, pesquisas e organizações que auxiliam jornalistas e comunicadores a terem mais segurança no exercício da profissão. A Ajor selecionou algumas iniciativas que podem ajudar:

 

RECURSOS

SafeBox 

ferramenta permite que repórteres protejam suas apurações sensíveis de forma digital e segura. A ideia é manter, de forma gratuita, os dados coletados por repórteres investigativos numa rede internacional. Dessa forma, caso o profissional ameaçado for sequestrado, preso ou até assassinado, o consórcio de jornalistas da Forbidden Stories continuará a reportagem, que será publicada em diversos países. Saiba mais.

The GCA Cyber Security Toolkit for Journalists

A plataforma oferece um kit de ferramentas para segurança cibernética de jornalistas independentes e redações. Os recursos seguem as recomendações práticas do Center for Internet Security (CIS), que são continuamente atualizadas com base em informações e dados atuais sobre ameaças a comunicadores. Saiba mais.

 

ORGANIZAÇÕES

Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores

Iniciativa encabeçada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Artigo 19 que monitora e combate o avanço dos ataques e das ameaças à liberdade de expressão por meio da denúncia de casos, de processos de formação e de estratégias para garantir a participação de diferentes atores que podem e devem contribuir com a segurança dos profissionais da imprensa. Iniciativa conta com o apoio da Repórteres sem Fronteiras, do Intervozes e da Associação Profissão Jornalista (APJor). Saiba mais. 

Tornavoz 

O Instituto fornece auxílio técnico e financeiro à defesa de pessoas ou pequenos veículos de mídia que estejam sofrendo processos judiciais em virtude do exercício de sua liberdade de expressão e que não tenham condições de contratar defesa especializada. Como os recursos são limitados, será dada prioridade a casos que envolvam temáticas ligadas a grupos historicamente marginalizados, tais como, mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, que estejam afastadas de grandes centros, e a veículos que se dediquem a tais temáticas ou tenham atuação local/regional. Saiba mais.

 

GUIAS

Cartilha sobre medidas legais para a proteção de jornalistas contra ameaças e assédio on-line

Publicação é  resultado de um acordo entre a Abraji ( Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e o Observatório de Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e fornece orientações sobre como proceder em caso de ataques virtuais e assédio sofridos por profissionais da imprensa. Saiba mais.

Kit de Segurança Digital 

Documento desenvolvido pelo CPJ (Comitê para a Proteção dos Jornalistas) e que  traz dicas sobre como o jornalista pode proteger suas contas, não cair em phishing, ter mais segurança nos dispositivos que utiliza em investigações, e outros. Saiba mais. 

 

Após mudanças na programação, CNN Brasil perde dois apresentadores

Após mudanças na programação, CNN Brasil perde dois apresentadores

Após mudanças em sua programação em abril, a CNN Brasil demitiu o repórter e apresentador Cassius Zeilmann, que estava na casa desde sua fundação, em 2020. Segundo Gabriel Vaquer, do Notícias da TV, a demissão deu-se por um corte de custos que a empresa precisava fazer.

Cassius estava de férias e, ao retornar ao trabalho, recebeu a notícia de seus superiores de que havia sido dispensado. Ele foi contratado em 2020 para comandar o Visão CNN, ao lado de Luciana Barreto. Posteriormente, foi enviado a Brasília para a cobertura de política. Apresentava assuntos sobre o tema em diversos telejornais. Antes da CNN Brasil, teve longa passagem pelo SBT, onde foi repórter e apresentador do SBT Notícias, de madrugada.

Paula Martini

Outra saída da emissora foi a de Paula Martini, que era repórter e apresentadora no Rio de Janeiro. Ela assinou com o Valor Econômico, do Grupo Globo. Assim como Cassius, Paula fazia parte do time desde a fundação do canal.

Segundo o Notícias da TV, a CNN passa por uma crise de audiência, intensificada após as mudanças na programação promovidas em abril.

Leia também:

44º Prêmio Vladimir Herzog abre inscrições

Confira os finalistas do Prêmio Vladimir Herzog 2022

Estão abertas até 30 de junho as inscrições para a 44ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que valoriza e reconhece trabalhos jornalísticos sobre Democracia e Direitos Humanos. A taxa é R$ 50 por trabalho inscrito.

Ao todo, são sete categorias: Produção jornalística em texto, Produção jornalística em áudio, Produção jornalística em vídeo, Produção jornalística em multimídia, Fotografia, Arte e Livro-reportagem. Os trabalhos inscritos devem ter sido veiculados entre 1º de julho de 2021 e 30 de junho de 2022. No caso dos livros-reportagem, o período de publicação das obras deve ser de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021.

O vencedor de cada uma das sete categorias receberá o troféu-símbolo do Prêmio, criado pelo artista plástico Elifas Andreato, falecido em março. Também haverá uma menção honrosa em cada categoria, e os autores receberão um diploma.

A sessão pública de julgamento e divulgação dos vencedores será em 13 de outubro. E em 25 de outubro, será realizada a solenidade de premiação e uma roda de conversa com os ganhadores, no Tucarena, da PUC, em São Paulo.

Inscrições e o regulamento completo do Prêmio Vladimir Herzog aqui.

Leia também:

Portal Imprensa lança festival de ideias 200 Novos Gritos

Portal Imprensa lança festival de ideias 200 Novos Gritos

O Portal Imprensa lançou na quarta-feira (1º/6), Dia da Imprensa, a primeira parte do projeto História do Futuro: o festival de ideias 200 Novos Gritos, que marca o bicentenário da independência do País. Ele promoverá ao longo de junho encontros e debates virtuais para discutir as conquistas do passado, os desafios atuais e as soluções para o futuro do Brasil.

“Como o Brasil se encaixa num mundo hoje radicalmente diferente, em termos geopolíticos, econômicos e sociais, daquele em que viviam os brasileiros que testemunharam a independência em 1822?”, questiona a descrição do festival.

O curador Lúcio Mesquita explica o contexto: “Nesses 200 anos de independência, já fomos de tudo um pouco. Vivemos de vender açúcar e café quando a América do Norte e a Europa já tinham iniciado o processo de industrialização. A nossa revolução industrial veio mais tarde, já no século 20. No campo político, já tivemos um pouco de tudo também: monarquia, presidencialismo e até um parlamentarismo tampão, na década de 1960. E nas relações exteriores também já experimentamos bastante: flertamos com o fascismo de Hitler e Mussolini, atuamos como quintal dos Estados Unidos e, já neste século, buscamos parcerias fora do eixo EUA-Europa para focar nos países que formam o BRICS (principalmente a China e a Rússia) e no hemisfério sul como uma nova doutrina diplomática brasileira”.

A primeira live, realizada em 1º/6, debateu o tema O Brasil no Mundo − onde estamos e para onde vamos?, com participação de Mônica Bergamo (Folha de S.Paulo), Moisés Rabinovici (Band), Sinval de Itacarambi Leão (Imprensa) e Lúcio Mesquita (curador/Innovation Media). Assista!

Congresso Internacional aborda violência de gênero na profissão

O Congresso Internacional da FIJ concentrou-se em debater a situação das mulheres jornalistas de todo o mundo na profissão.
O Congresso Internacional da FIJ concentrou-se em debater a situação das mulheres jornalistas de todo o mundo na profissão.

Realizado na última terça-feira (31/5), o Congresso Mundial da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) concentrou-se em debater a situação das mulheres jornalistas de todo o mundo na profissão.

Paulo Zocchi, representante da delegação brasileira, contou que com a instalação do Comitê de gênero foi possível identificar que os problemas enfrentados pelas profissionais são comuns nos diferentes continentes e enfrentam questões como a violência contra as mulheres, perseguição nas redes sociais, desigualdade salarial e dificuldades em ascender na carreira.

Na abertura do evento houve repúdio ao assassinato da jornalista palestina Shireen Abu Aqleh, do canal Al Jazeera, pelas tropas de Israel em maio, e a discussão sobre os efeitos nefastos da pandemia na profissão, que vão desde a precarização do trabalho até a adoção de medidas contra a liberdade de imprensa.

TV Globo muda horário de dois programas e vários apresentadores

A partir deste sábado (4/7), as manhãs da TV Globo passarão por uma troca de horários: o programa Encontro será exibido logo após o Bom Dia Brasil, seguido pelo Mais Você.

Tudo começou com uma dança de cadeiras, quando Tiago Leifert deixou a emissora e Fátima Bernardes, depois de dez anos no Encontro, foi escolhida para substituí-lo na apresentação do The Voice Brasil. Para o lugar de Fátima, vai Patrícia Poeta, que já cobria as ausências da titular, e terá ao lado Manoel Soares. Ana Maria Braga, que apresenta o Mais Você desde 1999, permanece no posto.

Simultaneamente às trocas de lugares no elenco, vieram as pesquisas de opinião. Diz um comunicado da Globo: “Através dos estudos sobre o comportamento de quem nos assiste, entendemos que dois grandes temas despertam interesse neste momento: as notícias do dia e variedades. Avaliando a nossa grade, achamos que faz mais sentido que o Encontro, com o seu DNA de atualidades, dialogue e esteja mais próximo do horário matinal, em uma transição mais fluida para o horário próximo do almoço, quando entra o Mais Você e todo o seu potencial de entretenimento bem consolidado”.

Amauri Soares, diretor-geral da Globo, disse em entrevista ao Meio&Mensagem que vê o Encontro como uma extensão do noticiário do dia: “Não é um programa de hard news, mas ele fala sobre atualidades. É o espaço que temos para tirar dúvidas sobre os assuntos do dia e, portanto, há fluidez ao colocá-lo após o Bom Dia Brasil”. Passando depois para o Mais Você, faz-se uma transição para o entretenimento, com assuntos de variedades e destaque para culinária, perto da hora do almoço. Fluidez, uma palavra repetida pelo comunicado e pelo diretor, parece ser o que busca a emissora com essas mudanças.

Mas não para por aí. Encontro e Mais Você terão cerca de uma hora de duração cada, menos do que atualmente. Com isso, os telejornais locais, como SP1 e RJ1, terão mais 15 minutos, entrando no ar às 11h45. Encontro passa a ser transmitido de São Paulo, visando sinergia com a equipe do Mais Você, já produzido em São Paulo. São programas diferentes, com uma estrutura de produção em comum.

Outras alterações são aguardadas, ainda que, por enquanto, só tenha sido divulgada a movimentação dos apresentadores. Em abril, a TV Globo anunciou que o programa É de Casa, aos sábados, será com Maria Beltrão, ex-Estúdio i na GloboNews, Thiago Oliveira, Rita Batista e Talitha Morete.

Abertas as inscrições para curso de Jornalismo em Guerra e Violência Armada

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha abriu, em parceria com a Oboré, as inscrições para o Curso de Jornalismo em Guerra e Violência Armada.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha abriu, em parceria com a Oboré, as inscrições para o Curso de Jornalismo em Guerra e Violência Armada.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) abriu, em parceria com a Oboré, as inscrições para o 21° Curso de Jornalismo em Guerra e Violência Armada. Podem se inscrever até 30/6 estudantes de graduação em Comunicação de todo o Brasil. Serão selecionados 50 participantes, com atividades online e gratuita aos sábados, de 23/7 a 27 de agosto.

Desde 2001 o curso reúne trabalhadores humanitários, juristas, policiais e jornalistas para tratar sobre os desafios humanitários no Brasil e no mundo. A formação aborda também as normas internacionais aplicáveis em situações de conflito armado e outras situações de violência e o trabalho de cobertura humanitária nesses contextos. O curso também apresenta a linha de desafios humanitários do CICV, que atua em mais de 100 países.

A iniciativa, que faz parte do Projeto Repórter do Futuro da Oboré e conta com apoio de IPFD e Abraji, será dividida em cinco partes: O trabalho do CICV no Brasil e no mundo e suas principais preocupações humanitárias em 2021, com Laurent Reza Wildhaber, chefe de operações da Delegação Regional do CICV; Introdução ao direito aplicável nos conflitos armados, com Tarciso dal Maso Jardim, jurista especialista em Direito Internacional Humanitário; Normas internacionais aplicáveis à função policial no uso da força e de armas de fogo, com Paulo Roberto Oliveira, chefe do escritório do CICV no Rio de Janeiro e responsável técnico do Programa com Forças Policiais e de Segurança; Cobertura da imprensa brasileira de temas humanitários, com um jornalista convidado; e uma sessão de avaliação e encerramento.

Reportagem da piauí revela como a EBC está se tornando a “TV Bolsonaro”

Reportagem de Luigi Mazza, publicada na edição de maio da revista piauí, mostra como o presidente Jair Bolsonaro faz uso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), cujo principal veículo é a TV Brasil, para promover e exaltar seu governo. A reportagem ouviu 29 funcionários, ex-funcionários e ex-gestores da emissora sobre a presença constante de Bolsonaro na TV Brasil e conteúdos censurados.

Segundo repórteres ouvidos na reportagem, o termo “ditadura militar”, por exemplo, não pode ser utilizado, e é substituído por “regime militar”. Lucas Krauss, editor de textos na TV, contou que fez uma nota sobre a demora do governo em agir para evitar a crise energética, que acabou sendo censurada.

Gésio Passos, ao participar de uma entrevista coletiva do Ministério da Saúde, fez uma pergunta por escrito questionando se militares sem experiência na área teriam condições de conduzir o combate à pandemia de Covid-19. A pergunta gerou uma crise. Em conversa no WhatsApp, à qual a piauí teve acesso, a coordenadora de reportagem disse que a pergunta “chegou no Palácio” e que “estão querendo a cabeça da Sirley, referindo-se à diretora de Jornalismo. Gésio foi afastado da cobertura do Ministério da Saúde.

Outro ponto apresentado na reportagem é a quantidade de vezes em que Bolsonaro aparece ao vivo em algum evento, interrompendo a programação da TV Brasil, sempre discursando, xingando adversários e exaltando o seu governo. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, as aparições-surpresa do presidente ocuparam 158 horas da programação da emissora.

A piauí destaca ainda como Bolsonaro está dando à emissora a sua “cara ideológica”: não renovou o programa Estação Plural, sobre o universo LGBTQIA+, e acabou com o Trilha de Letras, de entrevistas sobre literatura. No lugar deles, entraram os programas Fortes do Brasil, sobre o exército; Faróis do Brasil, sobre a Marinha; e Águias de Fogo, sobre a Aeronáutica. “Pauta sobre indígenas? Não passa. Sobre comunidade LGBTQIA+? Não passa”, relatou Ana Graziela de Oliveira, repórter da TV Brasil em Brasília desde 2008.

Leia a reportagem na íntegra (exclusiva para assinantes).

Lupa lança hub de soluções de combate à desinformação

Lupa lança hub de soluções de combate à desinformação

A Lupa, especializada na checagem de informações, estreou nessa quarta-feira (1º/6) seu novo site, o lupa.news, hub de conteúdo que visa a combater a desinformação, com nova interface, espaços para checagens e reportagens desenvolvidas pela área de Jornalismo do veículo, e outros especiais para Educação e Institucional, e uma experiência mais imersiva sobre a temática da desinformação.

A ideia é consolidar, em um único espaço, todos os produtos da Lupa, desde checagem de informações, verificações e reportagens, até cursos, oficinas e projetos especiais. Para Natália Leal, CEO da Lupa, o novo site “é o lugar onde nos comunicamos com a audiência, mantendo a relevância jornalística. É o lugar em que entregamos as ferramentas e instrumentos para as pessoas combaterem a desinformação individualmente, em pequenos grupos. É o lugar em que engajamos uma comunidade que está a fim de combater a desinformação pelo jornalismo e pela educação midiática”.

No espaço para Jornalismo, o lupa.news utiliza formatos mais flexíveis de apresentação de conteúdo, tornando-os mais interessantes para os leitores e aproveitando recursos que eram pouco usados no site antigo. E em Educação, serão disponibilizadas soluções de educação midiática desde o ensino básico até o ensino superior.

Raphael Kapa, coordenador de Educação da Lupa, explica que a desinformação “é feita muitas vezes com má fé, de propósito, impacta processos que vão desde eleitorais até culturais e, na pandemia, até sanitários. Precisamos ir além do jornalismo. Para combater esse ecossistema de desinformação, torna-se necessário ter duas verticais. Continuar contando com o jornalismo como serviço prático e imediato, mas é muito importante trazer uma vertical de educação midiática”.

Conheça o lupa.news.

PRF confisca equipamento do SBT Rio; imagens aparecem na Record como exclusivas

PRF confisca equipamento do SBT Rio; imagens aparecem na Record como exclusivas

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confiscou o cartão de memória do repórter cinematográfico Francisco Vidal, do SBT Rio, durante a operação das forças de segurança na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, em 24 de maio. Dias depois, as imagens do cartão apareceram como sendo “exclusivas” em uma reportagem da Record TV.

O SBT Rio conseguiu exibir as imagens capturadas pelo cinegrafista pois as recuperou na nuvem em arquivos digitais. Segundo a emissora, a PRF teria oferecido as imagens do cartão de memória, que nunca foi devolvido, para a Record, que não sabia que eram propriedade do SBT. Ao tomar conhecimento de que o conteúdo era de outra emissora, a Record retirou as imagens do ar.

Em nota conjunta, o Sindicato dos Jornalistas do RJ e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram o ataque ao repórter cinematográfico “e a tentativa da PRF de calar a imprensa. Solicitamos os esclarecimentos e apuração devida sobre essa apreensão. O ataque ao repórter fere não apenas a imprensa, mas também a democracia”.

Procurada pela Associação de Jornalismo Investigativo (Abraji), a PRF informou que instaurou um procedimento de investigação do episódio.

Leia também:

Últimas notícias

pt_BRPortuguese