Morreu na madrugada desta quarta-feira (29/12) o jornalista e escritor José Maria Rabelo. Um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ele estava internado há um mês no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, onde sofreu falência múltipla de órgãos.

Mineiro de Campos Gerais, Rabelo fundou o semanário Binômio, que circulou semanalmente de 1952 até 1964, já na época da ditadura militar. Ele foi considerado um dos precursores da imprensa alternativa no Brasil, e acabou exilado por suas atividades jornalísticas e políticas. Por 18 anos presidiu o PDT em Minas Gerais, e foi vice-presidente do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), nos dois governos de Leonel Brizola (1983 a 1987 e 1991 a 1994).

No ramo da literatura, é autor dos livros Binômio – O jornal que virou Minas de cabeça para baixo, Diáspora – Os longos caminho do exílio, Residência Provisória, Belo Horizonte – Do arraial à metrópole – 300 anos de história e Cores e Luzes de Belo Horizonte.

“A morte de José Maria Rabelo é perda irreparável”, destacou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. “A história da democracia brasileira perdeu hoje um dos seus mais brilhantes e corajosos líderes. Jornalista combatente contra a ditadura, trabalhista que junto com Brizola ajudou a construir o nosso PDT. Esse mineiro único agora é uma estrela a nos guiar. Minha ampla, total e irrrestrita solidariedade a sua família nesta hora de dor”.

Viúvo, deixa seis filhos, entre eles o fotógrafo Fernando Rabelo. O corpo está sendo velado, até as 20h, na Casa do Jornalista, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

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