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O adeus a Antônio Júlio Baltazar

O adeus a Antônio Júlio Baltazar

Morreu na madrugada dessa quarta-feira (22/6) o jornalista esportivo Antônio Júlio Baltazar, aos 84 anos. Ele vinha necessitando de cuidados médicos já há alguns meses, passou por cirurgias e estava em recuperação, mas acabou falecendo. Era casado com Maria Hilda e deixa a filha Fátima Baltazar, também jornalista.

Nascido em Tambaú (SP), chegou ainda pequeno a Osasco. Formou ao lado de Toni Marchetti a chamada “Equipe Furacão” na rádio Rádio Terra 1330-AM, antiga Nova Difusora, sediada em Osasco, transmitindo jogos de Grêmio Osasco e Grêmio Barueri, entre outros clubes. Cobriu também diversos eventos esportivos internacionais, como Copas do Mundo.

Por seu trabalho de cobertura da Copa de 2006, disputada na Alemanha, venceu o Prêmio Ford-Aceesp. Foi também colunista no jornal Correio Paulista e, em 2011, secretário de Comunicação em Barueri.

Recebeu o título de Cidadão Osasquense e ocupou cargos de secretário Municipal tanto em Osasco como em Barueri. No início dos anos 1980, foi coordenador de Turismo do Estado de São Paulo. E foi por muito tempo diretor da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp).

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As notícias preocupantes e os “recados” do estudo anual sobre confiança na mídia

As notícias preocupantes e os “recados” do estudo anual sobre confiança na mídia

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Para quem se preocupa com desinformação na sociedade e seus efeitos sobre o jornalismo, a edição 2022 do Digital News Report do Instituto Reuters em Oxford reconfirma os piores temores. Ela é uma das razões para a queda significativa na confiança do público nas notícias.

A confiança aumentou em apenas sete dos 46 países pesquisados, e o Brasil não está entre eles. Perdeu sete posições, mas ainda assim aparece em 14º lugar, com 48% confiando nas notícias. A média global é de 42%.

O resultado pode parecer estranho, pois a imprensa ganhou credibilidade depois da Covid, quando o mundo entendeu a importância de separar informação de boato ou ciência de fake news.

Mas ele se explica examinando-se aspectos da pesquisa que mandam alguns recados.

As mídias sociais já superam o acesso direto pelos sites ou apps dos veículos de comunicação como fontes de notícias no mundo. Segundo o Reuters, foi a única forma de acesso que cresceu no Brasil em 2022, com 64% dos brasileiros afirmando terem se informado por elas na semana anterior às entrevistas – aí incluindo o acesso aos veículos jornalísticos presentes nas mídias sociais.

O YouTube destronou Facebook e WhatsApp como principal mídia social para informação no Brasil e em outros quatro países. Mas os que cresceram mais no Brasil e no mundo foram Instagram e TikTok, enquanto o Facebook perdeu terreno como fonte para se informar.

Ao quantificar o tamanho da audiência que se informa pelas redes, o estudo junta os canais de veículos confiáveis e de jornalistas responsáveis com mídias partidárias e extremistas, que propagam discurso de ódio. Ou figuras como o podcaster Joe Rogan, que fez Neil Young retirar suas canções do Spotify em protesto contra desinformação sobre a Covid.

Dentro desse balaio, o jornalismo responsável acaba contaminado pelo mau jornalismo ou pelo não jornalismo. Para pessoas comuns, é tudo “mídia”.

Assim, o jornalismo acaba afetado de duas formas: uma é o efeito de estar no mesmo ecossistema, dificultando perceber as diferenças; outra são os ataques diretos para desacreditar a grande imprensa e as mídias independentes.

Uma evidência do efeito desse movimento é que os EUA ficaram empatados em último com a Eslovênia como país onde que a população menos confia nas notícias. Difícil não associar esse resultado aos anos de Donald Trump disparando contra a imprensa.

Reconquistar a confiança do público demanda educação midiática, e não apenas para identificar fake news.

É preciso fazer o público perceber a diferença entre jornalismo confiável e o que não pode ser chamado de jornalismo.

Crédito: Nordwood Themes/Unsplash

Nos tempos de notícias pela TV, rádio ou impressos isso não era tão importante, salvo em países onde jornais sérios e tabloides convivem na mesma banca.

Agora estão todos debaixo do mesmo teto digital, disputando a atenção de uma turma chamada pelo Reuters de “nativos sociais”. Eles não têm a referência de grandes nomes do jornalismo como as pessoas acima de 50 anos − que por sinal compõem 50% dos que aceitam pagar por notícias.

Mas há coisa pior do que duvidar da credibilidade: desligar a tomada. Mesmo depois de a Covid ter provado o valor das informações confiáveis, o público continua se afastando do noticiário em todos os países pesquisados.

A “evasão seletiva” subiu de 29% em 2017 para 38%% em 2022. No Brasil ela dobrou em cinco anos, batendo 54%.

Há motivos óbvios, como o efeito negativo sobre o humor. E outros nem tanto. Pessoas abaixo de 35 anos e menos instruídas declararam que simplesmente não entendem as notícias. O Brasil está em segundo lugar onde isso mais acontece, numa comparação feita pelo Reuters entre 12 países.

Pensando que boa parte dessa faixa etária está nas mídias sociais, é fácil entender porque se afastam de coisa séria para seguir absurdos que podem estar sendo mais hábeis em falar uma língua que eles entendem.

Nesse caso, não adianta culpar as plataformas. O jornalismo tem um dever de casa, que é oferecer conteúdo compreensível por quem não faz parte da mesma geração ou da mesma elite que produz o noticiário. (Leia mais)


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Leandro Demori é condenado a indenizar juíza de Minas Gerais em R$ 5 mil

Leandro Demori é condenado a indenizar juíza de Minas Gerais em R$ 5 mil

Leandro Demori, ex-editor executivo do Intercept Brasil, foi condenado em segunda instância a pagar R$ 5 mil à juíza Ludmila Lins Grillo por danos morais, além de publicar uma retratação pública em suas redes sociais. O processo refere-se a um bate-boca entre os dois nas redes sociais, no ano passado, no qual a juíza alega que foi chamada de “jumenta”.

A juíza viralizou em 2020 por incentivar aglomerações e zombar do uso de máscaras em meio à pandemia de Covid-19, inclusive dando dicas em um vídeo de como burlar o uso obrigatório de máscara tomando sorvete. Demori criticou as atitudes dela e daí surgiu o bate-boca, no qual a juíza sentiu-se ofendida. Já o jornalista argumentou que se limitou a criticá-la “dentro dos limites da liberdade de expressão”.

Em primeira instância, o Juizado Especial Cível da Comarca de Unaí-MG, onde inclusive trabalha Ludmila, condenou Demori a indenizá-la em R$ 2 mil e publicar uma retratação. Após recorrer da decisão, Demori perdeu em segunda instância e foi condenado a publicar novamente a retratação, além da indenização por danos morais.

Em seu novo projeto A Grande Guerra, Demori escreveu que, em segunda instância, tentou mudar a sede do processo: “Não queria ser julgado por pessoas que trabalham com a juíza que me processou. Não que eu desconfie da capacidade técnica dos magistrados, longe disso. É que a acredito no poder da empatia. Um cafezinho entre um julgamento e outro poderia pender a balança para o lado da colega. Tenho direito de acreditar nisso”.

O pedido, no entanto, foi negado. O juiz que condenou Demori declarou que “o simples fato” de ele (o próprio juiz) “compor sede colegiada e atuar em conjunto” (com Ludmila) “em alguns processos, por si só, não configura prejuízo ao Recorrente” e classificou o apelo do jornalista como “inconformismo com a decisão que lhe foi desfavorável”.

Demori classificou o episódio como parte do “enorme assédio judicial” aos jornalistas. Interessados em ajudá-lo com as custas e apoiar seu novo projeto podem fazê-lo aqui.

Aberje e FGV firmam parceria que viabiliza realização de MBA

Aberje e FGV firmam parceria que viabiliza realização de MBA

A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) firmaram uma parceria inédita, que tem o objetivo de viabilizar a realização de MBA em Gestão da Comunicação Empresarial, oportunidade para que profissionais de comunicação desenvolvam o papel estratégico dessa área nas organizações e atuem na gestão da comunicação com base nas melhores práticas de mercado.

A grade curricular tem três módulos: gestão estratégica de públicos, gestão estratégica de conteúdos, e planejamento e gestão de projetos. A ideia é oferecer as bases para a evolução do profissional, na sua preparação para posições de liderança, atuação gerencial, atualização tecnológica e aprimoramento no conhecimento sobre as novas tendências em comunicação. A parceria foi anunciada na sexta edição do Aberje Trends, que se realiza até esta quinta-feira (23/6), no Teatro Tomie Ohtake, em São Paulo.

Para Marcela Canavarro, coordenadora da pós-graduação em Gestão de Comunicação Emrpesarial, “hoje, a comunicação vive uma transformação profunda, sendo os principais destaques para mudanças tecnológicas em curso e as mudanças culturais, motivadas pela diversidade de públicos, que interagem cada vez mais com as marcas, empresas e organizações. É uma parceria propícia para nós, trabalhar com a Aberje na realização deste curso”.

Mais informações e inscrições aqui.

TOP Mega Brasil está de volta. Primeiro turno de votação já começou

Aberta a votação do TOP Mega Brasil

Foi aberto nessa terça-feira (21/6), e vai até a próxima terça (28/6), o primeiro turno de votação da sétima edição do TOP Mega Brasil, premiação organizada pela Mega Brasil, em dois turnos, para eleger as agências de comunicação e os executivos de comunicação corporativa mais admirados do País.

Neste primeiro turno, os colegas de comunicação, redações jornalísticas e áreas afins são convidados a indicar até dez nomes de livre escolha de executivos e de agências de comunicação, de qualquer região do País. Os mais votados vão para a final, que elegerá os TOP 10 Brasil e os TOP 5 das cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul).

O evento de premiação está marcado para a noite de 17/8, na Unibes Cultural, em São Paulo, véspera da abertura do 25º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas. Nele, serão anunciados o pódio do TOP Brasil (os três mais votados nas duas categorias) e os campeões regionais, também nas duas categorias.

Para votar nesta primeira etapa, clique aqui.

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Énois lança Guia de Diversidade nas Redações

Um conteúdo:

A Énois, organização de mídia sem fins lucrativos que apoia a construção de um jornalismo mais diverso, representativo e inclusivo, lançou nesta semana o Guia Metodológico Diversidade nas Redações.

A publicação, gratuita, reúne ao longo de 94 páginas os resultados e experiências do Programa Diversidade nas Redações, promovido entre 2020 e 2021, e que recentemente abriu inscrições para sua segunda edição.

“A diversidade deve ser uma prática diária e transversal nas redações, guiando o processo de produção do jornalismo e também a gestão e o cuidado com as pessoas”, destaca o comunicado a organização. “Ela transforma processos, é desafiadora, mas há muita construção já feita e caminho já traçado que pode ajudar na construção. Abrir esse conhecimento e falar sobre os desafios é fundamental para estruturá-lo”.

Para ter acesso ao conteúdo, e outras publicações produzidas pela Énois, basta acessar a Caixa de Ferramentas de Diversidade e preencher um cadastro simples, com nome e e-mail. Pessoas e empresas interessadas em apoiar o trabalho da Énois podem fazer doações pelo bit.ly/enoisapoie.


O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.

ICFJ e Meta divulgam selecionados para programa de combate à desinformação

ICFJ e Meta divulgam selecionados para programa de combate à desinformação

O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) e o Meta Journalism Project divulgaram os veículos selecionados para a fase de mentoria e apoio financeiro do Programa Acelerando a Transformação Digital − Educação Midiática e Combate à Desinformação. As empresas receberão US$ 15,000 para o desenvolvimento de projetos sobre educação midiática e combate à desinformação no Brasil.

Além do fundo, a partir de julho, os veículos terão mentoria de dois meses com especialistas na área de mídia para debater estratégias para o desenvolvimento do projeto ou produto digital. A iniciativa faz parte do programa lançado em 2021, desenvolvido em parceria com o Meta Journalism Project e associações como ANJ, Aner, Ajor, Abert e Abraji. Ao todo, mais de 450 organizações de diversas regiões do Brasil participaram de 34 sessões de treinamentos com especialistas de mídia nacionais e internacionais.

Confira a lista dos selecionados em ordem alfabética:

Agência Saiba Mais − Rio Grande do Norte

Agência Tatu de Jornalismo de Dados − Alagoas

Associação O Eco − Rio de Janeiro

Grupo Arauto de Comunicação − Rio Grande do Sul

Fauna News − São Paulo

Jornal Atual − Rio de Janeiro

Jornal Cidade do Rio Claro − Minas Gerais

Jornal do Comércio − Rio Grande do Sul

Jornal Folha do Mate − Rio Grande do Sul

Jornal Plural − Paraná

Marco Zero Conteúdo − Pernambuco

Nonada Jornalismo − Rio Grande do Sul

Núcleo Jornalismo − São Paulo

O Estafeta − Rio Grande do Sul

Periferia em Movimento − São Paulo

Mais da metade dos brasileiros evitam notícias, mostra relatório da Reuters

A 11ª edição do Digital News Report, relatório produzido pelo Instituto Reuters, revelou dados preocupantes no que se refere à atividade jornalística brasileira e no mundo em geral. Segundo a pesquisa, feita com consumidores de notícias em 46 mercados e seis continentes, o número de pessoas que evitam notícias aumentou ao redor do globo.

No Brasil, a situação é uma das piores: em 2022, 54% dos brasileiros dizem que “muitas vezes, ou às vezes” evitam as notícias, índice bem acima da média mundial de 38%. Para efeito de comparação, em 2017, cerca de 27% dos brasileiros preferiam não consumir o noticiário, número que aumentou para 34% em 2019. Outros países analisados na América Latina foram Argentina (46% evitam conteúdos jornalísticos), Chile (38%), Colômbia (38%), México (37%) e Peru (37%).

Os motivos para tal fenômeno são diversos. Cerca de 43% reclamam da repetitividade, principalmente em coberturas sobre política e a pandemia de Covid-19; 29% se dizem desgastados pelas notícias, mesmo número dos que não confiam no noticiário.

Outro ponto analisado pelo estudo é o aumento da popularidade de plataformas como Instagram, YouTube e TikTok, principalmente entre o público jovem. Cerca de 39% das pessoas cuja faixa etária é de 18 a 24 anos utilizam as mídias sociais como sua principal fonte de informação, contra 34% que optam por verificar sites ou aplicativos de notícias. O YouTube, inclusive, tornou-se este ano a plataforma mais utilizada pelos brasileiros como fonte de notícias (Leia mais em MediaTalks).

O relatório mostra também uma redução no índice global de confiança nas notícias, que ficou em cerca de 42%. O Brasil é o único país acima da média, com 48%, enquanto os argentinos têm o menor índice de confiança na mídia na região (35%).

Confira o relatório na íntegra.

Câmara de SP homenageia Consórcio de Veículos de Imprensa, Julian Assange e Elifas Andreato nesta terça (21)

Câmara de SP solenidade homenageia Consórcio de Imprensa, Julian Assange e Elifas Andreato nesta terça (21)

A Câmara Municipal de São Paulo realiza nesta terça-feira (21/6), às 19h, uma solenidade em comemoração ao Dia do Jornalista e ao Dia da Liberdade de Imprensa, no Salão Nobre (Viaduto Jacareí, 100 – 8º andar).

O evento, uma iniciativa do vereador Eliseu Gabriel (PSB), fará uma homenagem aos jornalistas do Consórcio de Veículos de Imprensa, criado para contabilizar mortes e casos de Covid-19, além de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, e ao ilustrador Elifas Andreato, que morreu em março passado, aos 76 anos.

A solenidade será transmitida ao vivo pelo canal Auditórios On-line no Portal da Câmara. O evento tem o apoio de entidades defensoras do jornalismo e da liberdade de imprensa, como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Instituto Vladimir Herzog e Repórteres Sem Fronteiras (RSF), entre outros.

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