Procurador-geral de Justiça de Minas Gerais retira denúncia contra Thiago Herdy, do UOL
Jarbas Soares Júnior, procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, pediu o arquivamento da denúncia criminal que havia feito contra o repórter Thiago Herdy, do UOL. O pedido foi feito em abril, mas o UOL noticiou o arquivamento da denúncia em 14 de junho.
Em fevereiro, Jarbas Júnior ingressou na Justiça com duas ações contra o jornalista, uma criminal e outra cível, pela publicação de uma reportagem sobre o acordo de reparação sobre a tragédia de Brumadinho entre o governo de MG e a empresa Vale, que teve como um de seus negociadores o próprio procurador-geral.
Segundo a reportagem de Thiago Herdy, Jarbas Júnior teria solicitado no acordo a inclusão da construção de uma ponte de mais de R$ 100 milhões em São Francisco, cidade na qual foi criado e onde vivem integrantes de sua família. Em fevereiro, o procurador-geral apresentou representação criminal contra Herdy sob a justificativa de que a reportagem “manchava sua honra” e “maculava a imagem do servidor público”.
Em abril, porém, Jarbas Júnior voltou atrás e pediu a retratação da representação e que o processo fosse arquivado, uma vez que haveria “ausência de condição de procedibilidade”, ou seja, quando uma denúncia criminal não atende a todos os critérios exigidos para ser levada adiante.
O juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno, da Vara de Inquéritos da Comarca de Belo Horizonte, determinou que a ação seja guardada na secretaria até o fim de julho, em respeito ao prazo regimental para desistência de uma ação desta natureza, que é de seis meses. Apesar disso, o procurador-geral mantém um outro processo contra o jornalista, com pedido de indenização por danos morais, que tramita no Juizado Especial Cível da Comarca de Belo Horizonte.
Grupo RBS apresenta reorganização societária

O Grupo RBS deu início a uma reorganização societária para receber um novo grupo de acionistas. A operação, que está sujeita à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e demais órgãos públicos, manterá parte da família Sirotsky no núcleo de controle e no comando editorial da empresa fundada há 65 anos.
A TKPar holding de participações, veículo criado para investimento na RBS, é liderada pelo empresário Fernando Tornaim, empreendedor que atua nos segmentos imobiliário, comunicação e entretenimento. Fernando, que nos últimos anos desenvolveu uma série de empreendimentos com a RBS, agora, por meio da TKPar, associa-se à empresa. Além da Maromar Investimentos, empresa de participações liderada por Maurício Sirotsky Neto, outros empresários gaúchos dos setores imobiliário, agronegócio e áreas financeira e de inovação participarão da holding TKPar.
Segundo comunicado da empresa, a governança da RBS será aprimorada a partir de um Conselho de Representantes, que substituirá o atual Conselho de Acionistas. O novo Conselho terá como presidente Gilberto Meiches, atual presidente do Conselho de Acionistas da RBS e, como vice-presidente, Fernando Tornaim.
Além da permanência dos conselheiros Nelson Sirotsky, Carlos Melzer, Marcelo Damasceno Ferreira (representante da JAMAH) e Luís Lima (representante de Pedro e Sônia Sirotsky), ingressarão também Maurício Sirotsky Neto e Juliano Pereira (representante da TKPar). Geraldo Corrêa participará da governança, a partir de comitês do Conselho de Representantes. Claudio Toigo permanecerá como presidente-executivo da RBS, liderando o atual comitê executivo da empresa, com a missão de continuidade, aperfeiçoamento e perpetuação do negócio de mídia.
Nelson Sirotsky assumirá, ainda, a posição não executiva de publisher da RBS, com a responsabilidade de ser o guardião da linha editorial da empresa. Ao longo do segundo semestre, Nelson criará o Conselho Editorial da RBS, que será integrado por profissionais da empresa e convidados externos.
“Todo este movimento é um sinal claro de crença dos acionistas e também do mercado no negócio de comunicação e do nosso compromisso, na RBS, de assegurar ao Rio Grande do Sul um jornalismo responsável, cada dia mais contemporâneo, independente e plural, que atenda às necessidades e aos desejos dos nossos públicos”, afirma Nelson Sirotsky.
Podcast abordará “Amazônia invisível” pelos olhos de Beka Munduruku
A Storytel – empresa de streaming de audiobooks, e-books e podcasts – lança em 23/6 o podcast jornalístico Amazônia invisível, uma história real. A série tem dez episódios e aborda os desafios que cercam a Amazônia brasileira a partir do olhar da ativista Beka Munduruku e dos povos que habitam a floresta.
Foram 18 meses de trabalho e 86 entrevistas realizadas, que envolveram uma equipe de seis jornalistas e uma cientista social. O primeiro episódio poderá ser ouvido gratuitamente em múltiplas plataformas.

Produzido pela agência Eder Content, em parceria com Estadão Conteúdo, o podcast propõe uma viagem emocional à Amazônia que os brasileiros desconhecem. A ativista Beka guiou uma equipe de jornalistas em uma viagem pelo sudoeste do Pará, uma das regiões mais tensas e ameaçadas da Floresta Amazônica atualmente.
Ao longo de três semanas e quase 3 mil quilômetros percorridos pelo rio Tapajós, pela Rodovia Transamazônica e pela BR-163, a equipe registrou dezenas de vozes locais com diferentes interesses na região, desde fazendeiros, garimpeiros, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, ambientalistas, defensores de direitos humanos, prefeitos e promotores públicos.
Andreia Lago, profissional com passagem por O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, responde pela narração e edição. Imagens e áudio são do repórter fotográfico Cacalos Garrastazu, que acrescenta: “É impossível falar da Amazônia sem fotografias da floresta e dos que nela habitam. Então, tudo o que nós vimos nessa imersão na Amazônia da Beka pode ser visto num site que reúne conteúdo extra sobre cada episódio da série”.
Sobre a protagonista Beka Munduruku, da aldeia Sawré Muybu, é uma das criadoras do Coletivo Audiovisual Daje Kapap Eypi, que documenta a luta do povo Munduruku pela demarcação de seu território no Médio Tapajós. Atualmente, cursa o ensino médio em Itaituba, no Pará, e pretende fazer faculdade de Jornalismo. A trilha sonora da série é composição da cantora Kaê Guajajara e foi licenciada com exclusividade. Nascida no Maranhão, Kaê viu sua família ser expulsa por madeireiros ilegais de um território não demarcado. Desde os 7 anos de idade, vive na comunidade da Maré, no Rio de Janeiro.
Jeduca anuncia nova diretoria para biênio 2022-2024
A Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) anunciou sua nova diretoria para o biênio 2022-2024, eleita em assembleia realizada em 11 de junho, em São Paulo. Renata Cafardo ocupa a presidência e Mariana Tokarnia a vice-presidência. Ambas são fundadoras da entidade.
Além de Renata e Mariana, compõem a nova diretoria os jornalistas Cintia Gomes, Fábio Takahashi, José Brito, Paulo Saldaña e Tatiana Klix. Cíntia e Brito substituem a Antônio Gois e Ângela Chagas, que deixaram a direção da Jeduca.
Desde 2016, ano de fundação da associação, é a primeira vez que duas mulheres estarão à frente da entidade. Para Renata Cafardo, “o Brasil vive um momento desafiador na educação, de muitos retrocessos. O jornalismo de educação é crucial para mostrar essa realidade e levar a sociedade e os governos a buscarem soluções”.
Além da nova diretoria, a assembleia aprovou a criação do Conselho Curador, que tem o objetivo de assessorar e orientar os demais órgãos da associação. Antônio Gois passa a fazer parte desta nova instância, e Ângela Chagas participará do Comitê da Jeduca.
A assembleia aprovou ainda alterações no Estatuto da associação, com o objetivo de adequá-lo ao atual momento da entidade. Confira no site da Jeduca.
Maioria de jornais e revistas brasileiros já opera no digital
A maioria dos jornais e revistas brasileiros já fez a transição do impresso para o digital ou atua online desde a origem, segundo informações do Censo Brasil de Editores de Jornais e Revistas, levantamento produzido pela Fran6 Análise de Mercado a pedido da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner).
Das 1.262 editoras identificadas como atuantes pelo censo, 711 (56%) se autodeclaram digitais. As outras 551 ainda têm como principal negócio as edições impressas, apesar de a maioria delas também atuar online. O levantamento é fruto de uma parceria de ANJ e Aner com Meta Journalism Project e Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ).
Entre as revistas analisadas (cerca de 350), a presença digital é maior: 226 (65%) contra 124 (35%) impressas. Em relação aos jornais, a diferença entre impressos e digitais é mais equilibrada: 485 (53%) se autodeclaram digitais, enquanto 427 (47%) têm nos impressos seu principal produto.
A região com maior número de editoras de jornais e revistas é o Sudeste, com 388 publishers (30,74%). Na sequência, aparecem Centro-Oeste, com 299 organizações (23,69%); Nordeste, 278 (22,02%); Sul, 210 (16,64%); e Norte, 87 (6,89%).
O estudo também aborda o aspecto multiplataforma das empresas. Para Marcelo Rech, presidente da ANJ, “esse estudo inédito confirma o novo posicionamento dos jornais e das revistas: eles são veículos multiplataforma que muitas vezes também publicam edições impressas. A alta e crescente digitalização demonstra a complementaridade de plataformas e a oportunidade de se atingir, via jornais e revistas, os públicos de formas eficazes e convenientes, seguindo-se os diferentes hábitos dos usuários ao longo de sua jornada informativa”.
Bombeiros encontram corpo de repórter cinematográfico desaparecido no Rio Guamá, em Belém
O corpo do repórter cinematográfico Ronaldo Luiz Rodrigues da Silva, da TV Cultura do Pará, foi encontrado pelos bombeiros na manhã desta sexta-feira (17/6), no Rio Guamá, em Belém. Ele estava desaparecido desde ontem (16/6) nas proximidades da Ilha do Combu. A TV Cultura lamentou a morte do cinegrafista e prestou solidariedade à família.
Segundo informações da emissora, Ronaldo era um velejador experiente, e no momento do desaparecimento estava em uma embarcação nas proximidades da Ilha do Combu; tentou prestar socorro a outra embarcação, mas foi levado pela correnteza e desapareceu.
Vanessa Vasconcelos, diretora da TV Cultura do Pará, lamentou a morte do colega e destacou que Ronaldo era um “excelente profissional, amigo, parceiro e solidário. O que fica de recado para todos nós é que a gente não deve se prevalecer da nossa segurança em qualquer momento. Ronaldo pulou na água para ajudar outra embarcação e foi levado pela maré. Muito triste”.
O Corpo de Bombeiros realizou buscas durante toda a quinta-feira e retomou os trabalhos na manhã desta sexta. A Capitania dos Portos informou que vai instaurar um inquérito para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido. (Com informações do g1)
Leia também:
Manhattan Connection despede-se do MyNews, sem previsão de volta
O programa Manhattan Connection despediu-se do canal MyNews nessa quinta-feira (16/6), após cerca de três meses no ar. Lucas Mendes, criador e apresentador, explicou que a temporada de três meses já estava prevista: “Tivemos um final cordial. Eu decidi dar uma pausa, mas o programa ia bem, sem grandes saltos em perdas e com prestígio sólido”.
À coluna de Cristina Padiglione, da Folha de S.Paulo, Lucas contou que “pouquíssimos convidados se recusaram a participar, Lula e Bolsonaro foram dois deles”. O âncora também elogiou a estrutura do MyNews, que tem “bom endereço e ótima produção”. Lucas disse ainda que tem dois projetos para a tocar no momento, um longo e um curto, sem pressa de realização.
O Manhattan Connection voltou ao ar em 31 de março, em parceria com o canal MyNews, transmitido às quintas-feiras. Na edição de estreia, Lucas, aos 78 anos, viajou até Lviv, na Ucrânia, para fazer o programa ao vivo em território ucraniano, onde permaneceu por uma semana. O Manhattan estava fora do ar desde setembro do ano passado, quando o contrato com a TV Cultura foi encerrado por falta de financiamento. Foi exibido por 18 anos no canal GNT, por nove anos na GloboNews e quase um ano na Cultura.
Após mais de 30 anos, Sandra Annenberg volta a trabalhar como atriz
A apresentadora do Globo Repórter Sandra Annenberg voltará a trabalhar como atriz após mais de 30 anos longe do ramo e dedicados ao jornalismo. Ela recebeu um convite da diretora Muriel Matalon para atuar na peça infantil Pedro e o Lobo, como narradora.
Em entrevista ao Notícias da TV, Sandra esclareceu que, mesmo aceitando o convite, não pretende deixar o jornalismo: “Não vou deixar de ser jornalista, como nunca deixei de ser atriz”, explicou. “Voltar aos palcos não significa deixar de desempenhar meu trabalho no Globo Repórter. O convite foi inesperado e me deixou muito feliz. Respondi na hora que sim”.
A peça infantil apresenta instrumentos musicais às crianças e já teve como narradores Rita Lee, Roberto Carlos e Giulia Gam. Sandra contou que a obra fez parte de sua infância e está atualmente em fase de captação de recursos para voltar aos palcos ainda em 2022.
A apresentadora declarou que aceitou o convite para exercitar duas características de sua carreira profissional: contar histórias e interpretar. Sandra cresceu no teatro, pois sua mãe era produtora nos anos 1970, mas disse que para ela as três décadas longe dos palcos a deixam com certo nervosismo: “Se eu fechar os olhos agora e lembrar daquela época, dá um frio na barriga dos instantes antes de entrar em cena. É um outro tipo de ao vivo”.














