Diego Amorim, chefe de Redação de O Antagonista em Brasília, lançará seu primeiro livro: Filho de pandemia – Os 110 dias do diário de um pai no momento mais desafiador para qualquer família, obra com relatos e sentimentos sobre ser pai durante a pandemia, nos 110 dias que antecederam a primeira dose da vacina do autor contra a Covid-19.
O livro, segundo ele, foi escrito para o filho, nascido três meses antes do início da pandemia: “É um livro para ele. Mas também para mim, para você. As cenas e os sentimentos relatados farão com que todo mundo, de certa maneira, se veja ali. Principalmente os ‘pais de pandemia’, como eu. Foi tudo feito com muito carinho”.
O prefácio é de Carlos Ayres Britto, ex-presidente do STF, que destaca a humanidade presente na obra: “Diego Amorim se desnuda ou se dá por completo em seu tão inato quanto exemplar humanismo. Revela o quanto de ‘Humano, demasiado humano’ (para lembrar Nietzsche) é preciso botar para fora nesses dramáticos momentos em que o destino da humanidade inteira transita por um fio de navalha, permito-me dizer”.
O confronto entre a Rússia e a Ucrânia deve deixar muitas sequelas. Entre as “vítimas” podem estar cidadãos e empresas russas que nada têm a ver com a guerra e nem sequer a apoiam.
Animosidade em relação a populações inteiras faz parte da história dos conflitos ou de situações negativas envolvendo um país. Exemplo recente é o dos asiáticos, rejeitados e até agredidos no auge da pandemia.
A situação da Rússia é mais grave, pois há uma mobilização planetária contra a nação, composta por sanções econômicas, políticas e uma cascata de “cancelamentos” de russos da vida esportiva e cultural.
Isso não aconteceu na Covid, e mesmo assim chineses foram discriminados.
Em algumas nações, a distinção entre cidadãos russos e governo russo pode ser ainda mais difícil. É o caso do Reino Unido, pois o sentimento contrário a pessoas do país vem de longe.
A “invasão” de Londres nas duas últimas décadas por oligarcas russos acusados de corrupção, tolerada pelo governo apesar de críticas, é algo que muitos britânicos não engolem. Um das razões é o Brexit. Vários empresários ligados a Putin investiram formalmente na campanha a favor da saída da União Europeia, enfurecendo os que eram contrários. E o país foi acusado de realizar uma operação de desinformação que pode ter afetado a opinião pública a votar pela separação, bandeira do primeiro-ministro Boris Johnson.
Outro desconforto foi a entrada fácil de dinheiro para comprar propriedades, clubes de futebol, empresas e até organizações de mídia. Um dos principais jornais do país, o Evening Standard, é de propriedade de Evgeny Lebedev, filho de um ex-oficial da KGB. Ele também é dono do The Independent e da emissora London Live.
Evgeny Lebedev
Em 2020, o primeiro-ministro Boris Johnson foi recriminado por nomeá-lo para a Câmara dos Lordes, cargo vitalício concedido a figuras eminentes da vida britânica.
O empresário não é tão conhecido como seu conterrâneo Roman Abramovich, dono do Chelsea, um alvo mais fácil.
Tão logo começou o conflito ele anunciou a transferência do comando do clube para a fundação beneficente… do próprio clube, o que não muda muita coisa.
Nessa terça-feira (1°/3), um parlamentar denunciou no plenário que Abramovich estaria tentando se livrar dos ativos em solo britânico − incluindo uma mansão avaliada em £ 150 milhões e o próprio Chelsea − antes de ser vítima de sanções.
Roman Abramovich
Ele foi mais um a criticar o governo de Boris Johnson pela relutância em impor sanções a alguns dos grandes oligarcas, como a União Europeia já fez.
Essa demora trouxe ainda mais desgaste para a imagem do primeiro-ministro, que já vem administrando diversas crises.
Uma cena exaustivamente repetida em TVs e redes sociais foi a de uma ativista ucraniana que desafiou Boris Johnson em uma coletiva de imprensa na Polônia nessa terça-feira. Emocionada, Daria Kaleniuk questionou um atônito Johnson sobre o motivo pelo qual Abramovich não tinha sofrido sanções ainda.
Daria Kaleniuk interpela Boris Johnson na coletiva
Ela não é a única a querer sanções. Esse sentimento é maior no Reino Unido do que em países vizinhos.
Uma pesquisa do Instituto YouGov realizada na semana passada apurou que os britânicos eram mais favoráveis a penalidades econômicas adicionais contra a Rússia (77%) do que os vizinhos. O percentual era bem menor na Alemanha (65%), na França (60%) e na Itália (59%).
Nem todos os russos que vivem no Reino Unido são oligarcas montados em dinheiro sujo, sujeitos a essas penalidades. Contudo, as pesquisas revelam ânimos exaltados contra a Rússia, o que pode alimentar uma discriminação generalizada, assim como ocorreu com os asiáticos na Covid.
Depois que tudo isso acabar, empresas e cidadãos russos “do bem” precisarão de uma eficiente campanha de relações públicas para dissociá-los dos atos condenáveis de alguns de seus conterrâneos.
Inscreva-se em mediatalks@jornalistasecia.com.br para receber as newsletters MediaTalks trazendo notícias, pesquisas e tendências globais em jornalismo e mídias sociais.
Anelisa Lopes, mestre de cerimônia dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2020
Termina no próximo domingo (6/3) o primeiro turno da eleição +Admirados da Imprensa Automotiva, promovida pela newsletter Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, com o apoio deste Portal dos Jornalistas. A iniciativa, que chega à quarta edição, valoriza o trabalho de jornalistas e veículos especializados na indústria automobilística brasileira.
Nesta primeira fase, os eleitores indicam livremente os profissionais e publicações nas categorias do concurso. No segundo turno, já com os finalistas definidos, será a vez de escolher a posição dos indicados, do 1º ao 5º lugar em cada categoria. Para fazer as indicações, basta acessar o site da eleição e preencher um rápido cadastro, com nome completo e e-mail válido.
Além das novas categorias Motos e Veículos Comerciais, a iniciativa premiará os +Admirados nas categorias Jornalista, Colunista, Influenciador Digital, Áudio (Podcast), Áudio (Rádio), Jornal, Revista, Site, Vídeo (Canal/Redes Sociais) e Vídeo (Programa de TV). A cerimônia de premiação será pela primeira vez presencial, no final de abril.
Os +Admirados da Imprensa Automotiva já contam com patrocínio de Audi, General Motors, Honda, Scania, Volkswagem e Volkswagem Caminhões e Ônibus. Empresas interessadas em associar suas marcas à premiação, cada vez mais tradicional para a imprensa automotiva, podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br) ou Silvio Ribeiro (silvio@jornalistasecia.com.br).
A reportagem do InfoAmazônia foi vencedora do Prêmio Internacional Rei da Espanha de Jornalismo Ambiental 2022.
A reportagem do InfoAmazônia Engolindo Fumaça, que retrata os efeitos das queimadas sobre a saúde da população amazônica brasileira durante a pandemia, foi vencedora do Prêmio Internacional Rei da Espanha de Jornalismo Ambiental 2022.
Concedido pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, junto com a Agência Efe, a premiação engloba trabalhos profissionais de jornalismo de línguas espanhola e portuguesa da Comunidade Ibero-Americana de Nações e dos países com os quais a Espanha mantém laços históricos e relações culturais e de cooperação.
Segundo o InfoAmazônia, a combinação das queimadas com a pandemia deixou as populações das regiões afetadas mais vulneráveis e expostas ao agravamento dos problemas respiratórios causados pela Covid-19. Ainda de acordo com o site, municípios dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Acre e Amazonas, ficaram mais perigosos.
Os jurados do prêmio ressaltaram que é um “tema do momento, que entra nos olhos e gera um impacto visual ao lê-la; é uma história complexa, com significado científico, contada de forma divertida e com critérios científicos, ou seja, rigorosa”.
Para realização da reportagem, a equipe chefiada por Juliana Mori de Oliveira contou com 20 profissionais do InfoAmazônia, entre eles oito jornalistas – repórteres e fotógrafos –, geógrafos e estatísticos.
Termina neste domingo (6/3) o período de inscrições para as Bolsas de Tecnoinvestigações do Intercept Brasil, exclusivas para pessoas negras, que selecionarão quatro repórteres para investigar o uso da tecnologia na violação de direitos humanos. O projeto é fruto de parceria com Conectas Direitos Humanos, Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa e Data Labe.
Os bolsistas receberão R$ 4.500 cada para produzir reportagens mostrando como diferentes tecnologias estão sendo utilizadas para violar direitos fundamentais, seja por parte do Estado ou de empresas privadas. A ideia é ir além do noticiário investigativo e da tecnologia tradicional.
O Intercept cita como exemplos contratações ou parcerias com o poder privado para aumento da capacidade de vigilância e uso compartilhado de dados pessoais dos cidadãos e cidadãs brasileiros; tentativas de utilização de bases de dados para finalidades distintas das originalmente criadas; uso de tecnologias que gerem impacto negativo na discriminação racial ou de gênero por agentes do estado ou entes privados; uso de tecnologias para perseguição e criminalização de movimentos sociais, entre outros.
Na primeira etapa do projeto, serão selecionados dez jornalistas a partir das ideias apresentadas, que participarão de uma oficina de formação básica para ajudar na construção da pauta. A partir desse processo, serão selecionadas as quatro pautas contempladas com as bolsas.
Os selecionados para a primeira fase devem ser anunciados em 15 de março, com a indicação das pautas finais ocorrendo de 25 de março a 4 de abril. Confira o cronograma e inscreva-se aqui.
O evento gratuito contará com a amostragem de aproximadamente 500 mulheres de áreas de comunicação de diversas empresas.
A Aberje realizará em 8/3 o estudo online A Mulher de Comunicação – sua força, seus desafios. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o evento gratuito contará com a amostragem de aproximadamente 500 mulheres de áreas de comunicação de diversas empresas. As inscrições podem ser feitas pelo site.
Com início às 16h, a pesquisa vai compilar dados capazes de apresentar um perfil geral das mulheres da área, bem como mostrar suas opiniões sobre diversos assuntos diretamente ligados à carreira e conceitos importantes para a sociedade, como diversidade, equidade salarial, formação educacional e maternidade.
Em sua segunda edição, o webinar terá palestras de Carla Caroline, analista de comunicação sênior no pilar de Mobility da 99/DiDi Chuxing; Rejane Braz, gerente de comunicação do Banco BS2; e Luciana Coen, diretora de comunicação integrada e responsabilidade social corporativa da SAP. A mediação será de Viviane Mansi, diretora de comunicação na Toyota da América Latina e presidente da Fundação Toyota do Brasil.
O Meio & Mensagem lança na próxima segunda-feira (7/3) sua edição de número 2.000, que trará uma nova marca e um novo reposicionamento da empresa, desenvolvidos pela Agência Couto, para aplicação em todas as plataformas de conteúdo e em eventos da empresa.
A edição especial terá reportagens especiais sobre projetos de branding e rebranding que vão das tentativas de superar crises graves de imagem, passando por rearranjos organizacionais, como em casos de fusões & aquisições, até a necessidade de adaptação das marcas às tecnologias atuais.
Outro destaque é a cobertura ds exposição da indústria móvel Mobile World Congress (MWC), que reúne executivos das operadoras móveis, fabricantes de dispositivos e provedores de tecnologia, em Barcelona, na Espanha. A equipe do Meio & Mensagem desenvolveu reportagens especiais sobre o evento, que começou em 28/2 e terminou nesta quinta-feira (3/3).
A edição terá também uma reportagem sobre o Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, dia da publicação do especial. A matéria abordará as lutas e reflexões sobre equidade de gênero e o que ainda precisa melhorar no século XXI.
O site Notícias da TV (UOL) lançou nesta quarta-feira (2/3) a plataforma Tangerina, focada na cobertura de filmes, séries, música, games, animes e na cultura pop em geral.
A ideia é trazer informações aprofundadas sobre as últimas notícias desse universo, de modo a que o leitor se mantenha informado com qualidade e possa escolher as melhores opções. O objetivo é “ser um farol em um ambiente de superoferta de informações”, em meio a centenas de notícias sobre o universo da cultura pop, destaca o texto de apresentação da Tangerina.
O site explica, por exemplo, que o trailer de uma nova série espanhola só interessa para a Tangerina se ela puder de fato trazer informações novas e relevantes, de forma que seja realmente uma notícia, e não apenas mais uma peça de marketing.
“Queremos organizar o caos de informações para o fã de cultura pop”, diz Daniel Castro, fundador do Notícias da TV. “Dentro de três meses, queremos entregar experiências cada vez mais personalizadas, por meio do acesso logado. O leitor assíduo da Tangerina terá acesso a uma homepage feita de acordo com seus gostos”. Além do site e das redes sociais, a plataforma pretende lançar canais de vídeo, newsletters e podcasts.
Integram a equipe da Tangerina o próprio Castro, o supervisor Diego Assis, que foi por nove anos editor-chefe de Entretenimento do UOL; a editora-chefe Natalia Engler, ex-Omelete, UOL, Folha e Ansa; a editora de Filmes e Séries Gabriela Franco, ex-MTV e criadora do coletivo Minas Nerds; Luccas Oliveira, editor de Música e ex-repórter de O Globo; e Bruno Silva, editor de Games e Animes, ex-editor-chefe do site The Enemy, apresentador e streamer.
A Abraji realizará dias 8 e 9 de março dois webinars focados em discutir o cenário de ataques de gênero contra jornalistas.
A Abraji realizará dias 8 e 9 de março dois webinars focados em discutir o cenário de ataques de gênero contra profissionais da imprensa no Brasil. Para marcar o Dia Internacional da Mulher, durante o evento acontecerá também o lançamento do relatório Violência de Gênero Contra Jornalistas, resultado do monitoramento que a entidade fez em 2021 com a parceria da Unesco.
Com transmissão online e gratuita a partir das 17h, no primeiro dia as convidadas Julie Posetti, vice-presidente adjunta do International Center for Journalists (ICFJ); e Verônica Toste, consultora de gênero do projeto e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), debaterão o cenário das violências de gênero contra jornalistas e contra profissionais mulheres no País e no mundo, além de apresentarem a metodologia e os principais achados da pesquisa.
Em 9/2, os debates serão dedicados a possíveis soluções para o problema das agressões, trazendo diferentes perspectivas de enfrentamento à violência de gênero contra profissionais de mídia, como as dos poderes Legislativo e Judiciário, além das plataformas de redes sociais, que estão envolvidas na problemática.
O público poderá participar com perguntas e comentários. A lista completa de convidadas confirmadas será divulgada nos próximos dias, assim como as informações para inscrição.
De acordo com levantamento feito por Abraji e Unesco, em 2021 foram registrados 119 ataques contra jornalistas mulheres ou de gênero, o que equivale a, em média, um ataque a cada três dias. Ainda segundo o relatório, 91,3% dos agressores são homens, 51,1% são internautas e 36,1%, autoridades públicas.
A Agência Pública está promovendo a 15ª edição de seu programa de Microbolsas, desta vez destinado a repórteres indígenas de todo o Brasil para a produção de reportagens investigativas sobre ameaças e agressões às terras indígenas e as comunidades que nelas vivem. As inscrições vão até 10 de abril.
Serão selecionadas as cinco melhores pautas, que receberão uma bolsa de R$ 7.500 cada para produzir a reportagem, com mentoria e edição da Pública. A agência recomenda temas como invasões dos territórios, destruição de patrimônio natural, corrupção e omissões do poder público, violência contra populações indígenas, entre outros.
As pautas vencedoras serão selecionadas seguindo critérios como originalidade, relevância, consistência na pré-apuração, segurança e viabilidade da investigação e os métodos jornalísticos utilizados. O resultado será divulgado a partir de 16 de maio.
Para fazer a inscrição, é preciso preencher formulário contendo informações de contato, uma pequena biografia mais resumo da carreira, links para trabalhos realizados, uma referência comunitária (liderança) com telefone de contato e uma referência profissional (jornalista), além da pauta da reportagem.