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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Filho de Felipe Kieling “rouba a cena” em entrada ao vivo na BandNews

Felipe Kieling e seu filho, Lucas, durante entrada ao vivo no Jornal BandNews FM.

Uma cena inusitada marcou a programação da manhã dessa quinta-feira (30/6) do Jornal BandNews FM. O motivo foi a participação de última hora de Lucas O’Regan Kieling, filho do correspondente do Grupo Bandeirantes na Europa Felipe Kieling, durante uma entrada ao vivo.

Com apenas um ano de idade, Lucas precisou acompanhar o pai ao trabalho uma vez que não poder ir para a creche e sua mãe estava presa em uma reunião de trabalho. Sem ter um familiar próximo a quem recorrer, o jornalista não teve dúvida: levou o filho no colo durante sua entrada ao vivo para comentar sobre o futuro do jogador Neymar Jr., do Paris Saint-Germain.

Felipe Kieling e seu filho, Lucas, durante entrada ao vivo no Jornal BandNews FM.

 

Apesar das muitas tentativas de chamar a atenção do pai, chegando inclusive a atingi-lo com um tripé que derrubou seu ponto da orelha, Lucas não conseguiu desconcentrar Felipe, que se manteve focado pelos quase dois minutos de sua interação com os apresentadores Luiz Megale, Carla Bigatto e Sheila Magalhães.

 

Apesar do momento inusitado, e de todos os desafios para se manter focado, a participação de Felipe Kieling foi muito elogiada nas redes sociais, assim como a do pequeno Lucas, mas neste caso, pela sua fofura.

Jornalistas são impedidos de fazer cobertura de Bolsonaro em Maceió

Mesmo credenciados, profissionais da Tribuna Independente foram impedidos de realizar a cobertura da visita oficial do presidente Jair Bolsonaro, na manhã de terça-feira (28/6), no bairro do Vergel do Lago, em Maceió. Na cerimônia foram entregues 1.120 moradias a famílias de baixa renda nos bairros do Vergel e Benedito Bentes.

Segundo Edilson Omena, repórter fotográfico da Tribuna Independente, na entrada do evento os profissionais foram avisados de que não poderiam acompanhar a visita, e que se o fizessem, teria que ser como cidadãos comuns sem o uso dos equipamentos. “Ainda insisti, mas não teve outro jeito que retornar para a redação sem o trabalho concluído”.

Em repúdio, Valdice Gomes, diretora da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), classificou o ato como falta de respeito aos profissionais de imprensa.

“A imprensa é um dos pilares da democracia e infelizmente esse desrespeito tem sido visto não somente em Alagoas, mas em outros estados brasileiros. O leitor, os telespectadores têm o direito à informação e saber o que o presidente está fazendo, principalmente quando se trata de uma visita oficial, mas a ignorância é tanta que nem sequer pensa que o trabalho deles, enfim, a ação deixa de ser divulgada”, destacou Valdice.

Desculpas não apagam a infelicidade causada por irresponsabilidades

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O Reino Unido é um país traumatizado com invasão de privacidade de famosos. Os tabloides britânicos são referência da falta de limites entre o que é informação de interesse público e o que só interessa a quem é o objeto da notícia.

O assédio de paparazzi é apontado como causa da morte da adorada princesa Diana em um acidente automobilístico em Paris, em 1997.

Mas vieram do Hemisfério Sul os dois casos mais recentes em que a imprensa teve suas práticas questionadas ao revelar (ou tentar revelar) histórias íntimas cujos protagonistas teriam preferido manter fora do conhecimento público.

Um deles todos no Brasil sabem. O outro tinha acontecido duas semanas antes do episódio com Klara Castanho.

A atriz australiana Rebel Wilson foi obrigada a anunciar seu relacionamento com a estilista Ramona Agruma depois de um ultimato do colunista de celebridades Andrew Hornery, do Sydney Morning Herald da Austrália.

Rebel (dir.) e Ramona

Estrela de A escolha perfeita, a atriz de Hollywood não teve escolha ao ser informada que o jornalista sabia do namoro e gostaria apenas de sua posição para a matéria a ser publicada dois dias depois.

Perguntar se ela se importaria em ver a intimidade revelada? Nem pensar. Foi um ultimato.

Antes de a matéria sair, no entanto, ela anunciou o namoro no Instagram, dizendo ter descoberto que, na verdade, estava em busca de uma “Disney Princess”, e não de um príncipe encantado.

Até aqui a história poderia ser tomada como um mal-entendido sobre o suposto ultimato. O que veio depois, no entanto, mostra que nem todos entenderam ainda o cuidado necessário ao lidar com informações de caráter pessoal.

Revoltado por ter perdido o “furo”, Hornery (que é gay, e poderia ter tido mais sensibilidade ao tratar do tema) publicou uma matéria criticando a atriz por ter se antecipado.

Parecendo falar com coleguinhas no café da redação, ele escreveu que já sabia do relacionamento. E acusou a atriz de ter “optado por capitalizar em cima da história” ao ser informada de que o jornal revelaria o namoro.

O editor ainda tentou defender seu colunista. Mas a repercussão internacional foi tamanha, com manifestações de nomes como a atriz Whoopi Goldberg, que um pedido de desculpas tornou-se inevitável.

O problema é que desculpas não apagam a infelicidade causada por irresponsabilidades movidas pela busca de audiência. Ou por mera vaidade.

Colunistas como Hornery não perderiam o emprego se não dessem o furo. No entanto, o que os move não deve ser apenas a cobrança dos chefes, mas também o ego, a competitividade.

Os tabloides britânicos passaram a ser mais regulados e observados depois do escândalo de escutas telefônicas do News Of The World, que rende processo até hoje.

O jornal, de propriedade do magnata da mídia Rupert Murdoch, fechou em 2011, mas a então editora-chefe Rebecca Brooks segue como executiva da empresa News UK, dona de títulos como o prestigiado The Times e o criticado The Sun.

E foi justamente o The Sun que em 2019 provocou sofrimento familiar a uma outra celebridade, o jogador de rugby galês Gareth Thomas.

Um repórter bateu na porta dos pais do atleta para ouvir a opinião deles sobre o diagnóstico do filho, que tinha testado positivo para o vírus HIV. Antes, publicou matéria sugerindo que um atleta importante do esporte anunciaria em breve sua condição médica.

Assim como Rebel Wilson, Thomas antecipou-se e revelou ter HIV, só que em uma entrevista para um tabloide concorrente.

E lamentou ter sido forçado a isso antes de ter entendido o diagnóstico e avaliar se e como contaria aos pais: “Eu nunca posso ter aquele momento de volta, para poder explicar que seu filho vai ficar bem e será capaz de sobreviver a isso. Essa pessoa tirou esse momento de mim”.

Essa pessoa era o jornalista, representando um jornal. E indiretamente representando a instituição imprensa.

Esses casos se repetem. E servem como reflexão para jornalistas e veículos analisarem o que podem fazer para reconquistar o interesse e a confiança do público, que, segundo as pesquisas, andam em queda. Não ser cruel e agir com mais humanidade talvez seja uma delas.


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Agência Bori lança segunda temporada de trainee em jornalismo de saúde

Agência Bori lança segunda temporada de trainee em jornalismo de saúde

Estão abertas até 15 de julho as inscrições para a segunda temporada do InfoVacina Trainee, da Agência Bori, que oferece a jovens jornalistas orientação para a produção de reportagens sobre saúde e ciência. O programa tem o apoio de Sabin Vaccine Institute e Instituto Serrapilheira.

O programa selecionará 15 jovens jornalistas que serão orientados por profissionais experientes da rede InfoVacina de Folha de S.Paulo, Jornal da USP, site Vocativo, Marco Zero Conteúdo e Aos Fatos. Podem se inscrever estudantes que estejam no último ano do curso de Jornalismo e repórteres com até três anos de experiência. O programa será realizado de agosto a dezembro de 2022.

Para Natália Flores, gerente de conteúdo da Agência Bori, “o objetivo é ensinar o básico da ciência e do jornalismo científico para esse grupo, preenchendo uma lacuna de disciplinas que não são profundamente ensinadas nos currículos de Jornalismo das universidades brasileiras”.

Os selecionados participarão de projetos de reportagem conduzidos pelos mentores de jornalismo do programa, e terão acesso a sessões teóricas sobre ciência e jornalismo. O programa oferecerá também mentoria semanal em pequenos grupos e sessões quinzenais com especialistas em saúde sobre fundamentos científicos.

Ao final do programa, todos os orientandos apresentarão um projeto jornalístico para concorrer ao Prêmio InfoVacina 2022, que vai conceder até US$ 300.

Prêmio Sebrae de Jornalismo recebe inscrições até esta quinta-feira

8º Prêmio Sebrae de Jornalismo anuncia vencedores

Termina nesta quinta-feira (30/6) o prazo para concorrer ao 9º Prêmio Sebrae de Jornalismo. A iniciativa tem como objetivo reconhecer trabalhos sobre empreendedorismo e pequenos negócios.

Além das categorias principais Jornalismo em TextoJornalismo em ÁudioJornalismo em VídeoFotojornalismo e Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo, serão concedidas as premiações especiais Jornalista RevelaçãoJornalista Empreendedor e Jornalista Influenciador Digital.

Nesta edição, o tema principal será “A importância dos pequenos negócios para a economia do País”. O prêmio incentiva a produção de matérias que abordem tópicos como empreendedorismo, produtividade e competividade, inovação e startups, inclusão produtiva, sustentabilidade, transformação digital, políticas públicas, entre outros.

O prêmio será dividido em três etapas: primeiramente serão selecionados os melhores trabalhos em nível estadual, que serão classificados para a etapa regional. E então, serão conhecidos os finalistas nacionais. Podem concorrer ao prêmio trabalhos veiculados entre 1º de setembro de 2021 e 29 de junho de 2022.

O vencedor de cada uma das quatro categorias principais receberá um notebook de última geração. O mesmo prêmio será concedido ao primeiro colocado em cada categoria especial. Já o vencedor do Grande Prêmio Sebrae levará um celular de última geração, com câmera e capacidade de edição de vídeos e fotos, mais um notebook (recebido como prêmio vencedor em sua categoria).

Justiça de SP mantém condenação de Bolsonaro por ofensas a Patrícia Campos Mello

Justiça de SP mantém condenação de Bolsonaro por ofensas a Patrícia Campos Mello

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu nesta quarta-feira (29/6) manter a condenação do presidente Jair Bolsonaro por ofensas à honra da repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Ele terá que pagar uma indenização de R$35 mil.

Patrícia processou Bolsonaro após sofrer um ataque de cunho sexual em fevereiro de 2020. A ofensa foi feita após reportagem de Campos Mello que apontou que a empresa de marketing digital Yacows teria participado de um esquema de disparo de mensagens no WhatsApp durante as eleições de 2018 para beneficiar Bolsonaro.

“Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, declarou o presidente, em referência ao que foi dito por Hans River, ex-funcionário da Yacows, que na CPMI das Fake News disse falsamente que Campos Mello teria oferecido sexo em troca de informações que utilizaria na reportagem. A repórter solicitou uma indenização de R$ 50 mil por danos morais. E em março de 2021, a Justiça condenou o presidente em primeira instância.

No Twitter, a jornalista comemorou a decisão: “Por 4×1, o TJ de SP decidiu que não é aceitável um presidente da República ofender, usando insinuação sexual, uma jornalista. Uma vitória de todas nós mulheres”. Bolsonaro ainda pode recorrer da decisão.

Dicas para uma cobertura mais responsável da pauta LGBTI+

No mundo todo, minorias sexuais e de gênero (LGBTQI+) enfrentam níveis alarmantes de discriminação, preconceito e violência.
No mundo todo, minorias sexuais e de gênero (LGBTQI+) enfrentam níveis alarmantes de discriminação, preconceito e violência.
Texto publicado originalmente em 20/6/2022 pela Ajor

Camilla Figueiredo, cofundadora da Agência Diadorim, fala sobre as melhores práticas na produção de conteúdos e na busca por fontes especializadas sobre a temática

Por Fernanda Giacomassi

A 26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo aconteceu neste domingo (19), retornando sua programação presencial depois de dois anos de crise sanitária. O evento é só uma das iniciativas de luta contra a discriminação da população LGBTI+ e pela promoção de políticas afirmativas que ocorrem durante junho em todo o país.

Seja por ações de marcas, por manifestações de coletivos ou pelo posicionamento de políticos, artistas e outras figuras públicas, o Mês do Orgulho coloca em evidência a pauta LGBTI+ no noticiário nacional. O movimento para dar mais enfoque e ampliar a visibilidade da causa é importante, mas são necessários cuidados para não reproduzir desinformação ou estigmatizar grupos que foram historicamente vulnerabilizados e silenciados.

A percepção de uma lacuna na cobertura especializada sobre as pautas LGBTI+ foi o ponto de partida para a criação da Agência Diadorim. Lançada durante a pandemia com “um pé em São Paulo e outro em Pernambuco”, a organização independente e sem fins lucrativos conta com o apoio de uma rede de colaboradores de diversas regiões para a produção de conteúdos sobre direitos da população LGBTI+.

Fazem parte da fundação da organização os jornalistas Allan Nascimento, Camilla Figueiredo e Mateus Araújo, o advogado Paulo Malvezzi e o designer Tomaz Alencar. O nome é uma referência à personagem do livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Os fundadores também se inspiraram no Lampião da Esquina, um jornal homossexual brasileiro que circulou durante os anos de 1978 e 1981.

Durante seu primeiro ano de funcionamento, a Diadorim se financiou por meio de doações via campanha de arrecadação. Em abril de 2022, a iniciativa foi contemplada pelo edital Mobilização em Defesa dos Espaços Cívicos e da Democracia, do Fundo Brasil, para um projeto de cobertura das eleições.

A Ajor conversou com a cofundadora da Diadorim Camilla Figueiredo sobre os principais problemas da cobertura da pauta LGBTI+ na imprensa brasileira. Ela comenta sobre a inclusão de questões sobre sexualidade e gênero no Censo Demográfico e dá dicas para a produção de reportagens menos estereotipadas sobre a temática.

Na sua opinião, quais os principais erros na cobertura da pauta LGBTI+ na imprensa brasileira? Há diferenças entre meios tradicionais e independentes?

Acho que os principais erros estão vinculados ao não entendimento de quais são as pautas reais dessa população. Nos veículos de grande porte, vemos mais notícias sobre morte e violências cometidas contra dissidentes, o que é importante, mas é escassa a informação sobre o combate à lgbtfobia e os novos direitos adquiridos, por exemplo. Os meios independentes vão chegando mais junto, já conseguem abrir diálogo e pautar temas como a ausência de políticas públicas para pessoas LGBTI+ em Pernambuco, reportagem que fizemos em parceria com a Marco Zero Conteúdo. Ainda assim, é fundamental ter veículos olhando com atenção para o que nos é mais caro e não é a prioridade das grandes plataformas.

Qual a diferença na cobertura das letras da sigla? E qual o impacto disso?

A principal diferença é a visibilidade de cada letra. Isso por causa da interseccionalidade. A sigla, como outros grupos sociais, é atravessada pelas questões de raça e classe também. Assim, historicamente as pautas dos homens cisgênero brancos, mesmo que homossexuais, têm mais espaço. As travestis e mulheres transexuais, por sua vez, aparecem violentamente assassinadas. As pautas lésbicas quase não aparecem, as de pessoas bissexuais também não. Como em todo movimento político e social, também há as divergências internas, o que só dificulta a tomada de poder pela comunidade como um todo.

Em quais iniciativas a Diadorim se inspira? Quais as boas referências da cobertura sobre o tema?

Agência Pública, Ponte Jornalismo, o Joio e o Trigo, Brasil de Fato, Retruco, Núcleo Jornalismo são algumas das nossas influências, exemplos de organizações nas quais a gente se inspira. Temos parcerias com algumas delas, inclusive, que republicam nossos textos.

A decisão de incluir questões sobre identidade de gênero e orientação sexual no Censo Brasileiro está em disputa neste momento. Como vocês vêem esta questão?

Esse foi o tema de uma de nossas principais reportagens, que tem muito de como a gente vê a questão. Toda política pública bem planejada e que pretende ser realmente efetiva trabalha com estatística e dados oficiais. Sem isso, que é o Brasil LGBTI+ de hoje, é tudo feito no escuro, sem certeza de quantas pessoas serão beneficiadas, de quem são essas pessoas, onde e como elas vivem e do que precisam mais. Aí os escassos recursos – tempo, energia, dinheiro – são gastos sem que haja sequer condições de apurar a eficácia de qualquer trabalho. Entendemos os desafios de incluir perguntas sobre uma temática tão delicada para muitas famílias no formulário do Censo, mas esta precisa ser uma pauta prioritária do(s) movimento(s) e é preciso esforço coletivo para encontrar o melhor caminho. A ausência desses números oficiais é um problema grave e, uma vez sanado, o debate e a luta da população dissidente de gênero e sexualidade serão levados a outro patamar.

Com a falta de dados públicos, em quais fontes jornalistas que cobrem a temática devem se pautar?

Eis a grande questão. Os movimentos tentam preencher esse vácuo com pesquisas independentes e extraoficiais, que acabam sendo nossas fontes. O ruim é que cada grupo vai ter um método, um escopo, um alcance. Sobre violência, por exemplo, anualmente ou bianualmente tem dossiê ou relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), do Grupo Gay da Bahia (GGB), do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Atlas da Violência. É super difícil escrever sobre esses números porque a sensação é de que falam de coisas diferentes, temos sempre que explicar as diferentes metodologias de apuração, o que está sendo considerado, e tentar concluir algo daquilo. Então os jornalistas que querem falar sobre as pautas LGBTI+ têm que recorrer aos movimentos e tentar confrontar com os poucos e parciais dados divulgados pelo setor público – às vezes um ministério, às vezes os governos de estado, as prefeituras. O que também temos tentado fazer é criar os dados a partir de levantamentos feitos por nós mesmos, o que dá pra ser feito. Uma de nossas reportagens com maior repercussão foi sobre 34 projetos de lei contra o uso da linguagem neutra nas assembleias legislativas estaduais, em que fizemos a pesquisa em cada site. Mas quando vamos pensar no perfil demográfico da população da sigla, é um ponto completamente cego.

Quais os caminhos para a garantia de uma cobertura jornalística mais responsável e menos estigmatizada sobre a temática?

Um bom caminho é contratar profissionais LGBTI+ para pautar e escrever sobre os temas do momento. Além disso, manter diálogo com os movimentos sociais. Na ausência dos dados oficiais e do poder público, é a sociedade organizada que vai buscar e garantir direitos, conhecer as principais necessidades da comunidade. É preciso entender a complexidade da sigla também. Isso vale para comunicar sobre todos os grupos minorizados politicamente: o movimento negro não é um só, nem as pessoas negras; o feminismo não é um só, nem as mulheres; o arco-íris tem muitas cores, os dissidentes de gênero e sexualidade são diversos. E se faz necessário respeitar de fato essa pluralidade.

Uma dica para jornalistas: o que definitivamente NÃO fazer em uma pauta sobre a população LGBTI+?

Não ouvir apenas pessoas cisgênero e heterosexuais brancas, não reforçar esteriótipos, evitar pautar apenas as violências cometidas contra LGBTI+ e transformar a visibilidade dessas pessoas em uma infinita contagem de corpos. 

Conheça outras iniciativas com conteúdos focados na temática:

Bendita Geni: https://open.spotify.com/show/4Tih1tZXONnHrHHAUoHCvf
Site Pheeno: https://pheeno.com.br/
Canal das Bee: https://www.youtube.com/c/CanalDasBee
Põe na roda: https://poenaroda.com.br/ 
LGBTpodcasters: https://lgbtpodcasters.com.br/
Biscoito Podcast: https://open.spotify.com/show/6wYLeUx0wdqzweDumlSutV 

Prazo para concorrer ao Vladimir Herzog termina nesta quinta-feira (30/6)

Confira os finalistas do Prêmio Vladimir Herzog 2022

Termina nesta quinta-feira (30/6) o prazo para concorrer ao 44º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. A iniciativa, que valoriza e reconhece trabalhos jornalísticos sobre Democracia e Direitos Humanos, contará nesta edição com premiados em sete categorias: Produção jornalística em textoProdução jornalística em áudioProdução jornalística em vídeoProdução jornalística em multimídiaFotografiaArte e Livro-reportagem.

Os trabalhos inscritos devem ter sido veiculados entre 1º de julho de 2021 e 30 de junho de 2022. No caso dos livros-reportagem, o período de publicação das obras deve ser de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021. A taxa é de R$ 50 por trabalho inscrito.

O vencedor de cada uma das sete categorias receberá o troféu-símbolo do Prêmio, criado pelo artista plástico Elifas Andreato, falecido em março deste ano. Também haverá uma menção honrosa em cada categoria, e os autores receberão um diploma.

A sessão pública de julgamento e divulgação dos vencedores será em 13 de outubro. E em 25 de outubro será realizada a solenidade de premiação e uma roda de conversa com os ganhadores, no teatro Tucarena, da PUC, em São Paulo.

Inscrições e o regulamento completo do Prêmio Vladimir Herzog aqui.

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