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O adeus a Celso Freire

O adeus a Celso Freire

Morreu na semana passada Celso Luis Barbosa Freire, aos 52 anos, no Pará. Em maio, ele foi diagnosticado com câncer em estágio avançado e estava intubado nas últimas semanas na capital paraense. Deixa a esposa e um filho.

Em junho, Celso fez uma cirurgia para a retirada de tumores, mas precisou ser intubado em julho. O estado de saúde chegou a melhorar nas últimas semanas, chegando a ficar estável. Ele passou por um procedimento de ventilação do pulmão direito, e a respiração havia melhorado, mas na madrugada de 24/8 não resistiu.

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará, Celso passou pelas rádios Cultura e Nazaré. Trabalhava desde 2000 na Rádio Liberal e desde 2016 na Rádio Unama. Ao longo da carreira, venceu mais de 40 prêmios de radiojornalismo. Em 2021, foi o quinto +Premiado Jornalista de 2021 na Região Norte, segundo levantamento realizado por este Portal dos Jornalistas, com 220 pontos no total.

Colegas de profissão publicaram homenagens a Celso em suas redes sociais. O radialista Rodolfo Marques, amigo do jornalista, escreveu: “Celso Freire, um grande amigo, alguém com quem pude ‘ombrear’ na jornada de trabalho por pelo menos 20 anos. Tivemos uma parceria de vida, de trabalho, de amizade. Uma admiração muito grande que tenho por ele, pelo legado que deixou, pelas premiações, por toda trajetória, pelo homem e profissional que foi, e deixa saudade em todos nós”.

Jovem Pan usa vídeo adulterado para atacar Vera Magalhães

Jovem Pan usa vídeo adulterado para atacar Vera Magalhães

A Jovem Pan divulgou como notícia um vídeo adulterado da apresentadora Fabíola Cidral, do UOL, sobre o ataque do presidente Jair Bolsonaro a Vera Magalhães, da TV Cultura, durante o debate do último domingo (28/8).

No programa Pingos nos Is, a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel comentou um vídeo modificado em que Cidral aparenta ter dito que Vera formulou uma pergunta de propósito para provocar Bolsonaro. Na verdade, Cidral estava se referindo a uma fala da candidata Simone Tebet, e não de Vera Magalhães.

No vídeo original, Cidral diz: “O momento mais quente do debate foi quando Simone Tebet e Bolsonaro se enfrentaram e ela disse ‘eu não tenho medo de você’. Eu vou te confessar uma coisa: eu conversei com ela logo na sequência e ela me falou assim: ‘Eu sabia que ele ia ficar nervoso, eu fiz até de propósito, pra mostrar quem ele é’”. A última frase da apresentadora do UOL foi modificada para parecer que foi dita por Vera.

O vídeo editado foi compartilhado no Twitter pelo influenciador bolsonarista Leandro Ruschel, acompanhado de ataques à jornalista da TV Cultura. Após ser desmentido pelo UOL, Ruschel apagou o conteúdo e publicou: “Erramos. Na verdade, ela (Fabíola Cidral) se referia à provocação da candidata Simone Tebet a Bolsonaro”.

Procurada pelo UOL, a Jovem Pan declarou que vai fazer uma retratação na edição desta terça-feira (30/8) do programa Pingos nos Is, a partir das 18h, com a informação correta sobre o vídeo.

Vera entrou em contato com a direção da Jovem Pan para exigir que a retração seja feita pela própria Ana Paula Henkel, que propagou a fake news: “Exigi que a retração venha da mesma pessoa nos mesmos moldes que ela fez a crítica que ela colheu no submundo bolsonarista, que ela colheu em grupos de mensagem, que ela deve achar que é nesse tipo de lugar que se pratica jornalismo”, disse a jornalista da TV Cultura ao UOL.

Policial suspeito de assediar menina de 13 anos agride repórter da Rádio Itatiaia

Um repórter da Rádio Itatiaia foi agredido dentro de uma delegacia de polícia de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso ocorreu enquanto o jornalista apurava denúncia de que o policial Renan Henrique de Paula, candidato a deputado federal pelo PMN, tinha sido acusado de importunar sexualmente uma menina de 13 anos.

Segundo a Polícia Militar, durante uma tentativa de entrevista, o policial começou a discutir com pessoas presentes na delegacia. O repórter iniciou uma gravação com o celular e foi abordado por Renan, que jogou o equipamento do jornalista no chão, na frente de outros policiais. Em seguida, pegou o celular do repórter, apagou a gravação e se trancou no banheiro. Ao tentar reaver o aparelho, o jornalista da Rádio Itatiaia foi agredido com um soco no estômago pelo policial.

“Em nenhum momento o agressor foi contido, detido, preso ou autuado em flagrante”, destaca a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O repórter tentou fazer boletim de ocorrência na própria delegacia, mas não conseguiu e teve que procurar uma base da PM para fazer a ocorrência. Ele também solicitou acesso às imagens da câmera externa da delegacia, que mostram o momento em que foi derrubado, mas não conseguiu.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) repudiou a agressão, “que, infelizmente, tem se tornado regra já que não há nenhuma ação efetiva por parte do estado para coibir esse tipo de violência. Nem mesmo dentro de uma delegacia um jornalista está seguro. O SJPMG exige apuração imediata desse fato e que, não só o agressor, mas também os agentes do estado que assistiram a violência sem agir para impedir, sejam investigados e punidos”.

A Radio Itatiaia também repudiou o ocorrido, reiterando que “não vai se calar, se intimidar por nenhum tipo de ameaça”. E a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que “não tolera quaisquer desvios de conduta de seus servidores, e que um procedimento disciplinar será aberto na corregedoria para investigar os fatos”.

Ajor: Como o jornalismo inova para combater a desinformação eleitoral

Ajor: Como o jornalismo inova para combater a desinformação eleitoral
Texto publicado originalmente em 29/8/2022 pela Ajor

Projetos selecionados pelo programa Jogo Limpo, realizado pelo ICFJ e Youtube Brasil, misturam tecnologia, educação midiática e trabalho em rede para promover um ambiente informativo mais confiável

Por Fernanda Giacomassi

O fenômeno da desinformação geralmente acompanha o cenário político, econômico e social que o país vive. Se a pandemia de coronavírus colocou as notícias falsas em evidência em 2020, agora é o período eleitoral que escancara o problema.

Em junho de 2022, equipes de seis organizações de notícias foram selecionadas para receber fundos e mentoria no desenvolvimento de projetos que combatem a desinformação antes das eleições de outubro no Brasil. O programa Jogo Limpo é uma iniciativa do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) com apoio do YouTube Brasil. Dos veículos vencedores do edital, três são associados à Ajor: Núcleo JornalismoAos Fatos e Agência Pública. 

Agora, as organizações começam a dar vida às iniciativas, que utilizam tecnologia, metodologias da educação midiática e a produção colaborativa de conteúdos para combater notícias falsas, promover um ambiente digital mais confiável e ajudar jornalistas e comunicadores na cobertura da corrida eleitoral.

Conheça os projetos:

BotPonto
Projeto do Núcleo Jornalismo, o BotPonto é um robô que monitora vídeos de cerca de 100 canais do YouTube para encontrar palavras-chave que podem indicar conteúdo potencialmente desinformativo sobre política e eleições. A partir desse monitoramento, o BotPonto tweeta automaticamente um link com o ponto exato no vídeo em que os termos foram ditos, para facilitar o processo de checagem e economizar tempo de jornalistas e pesquisadores.

Escriba
Site especializado em fact-checking, o Aos Fatos disponibilizou acesso gratuito para jornalistas ao Escriba, ferramenta de transcrição automática de áudios e vídeos em português. Cada usuário contemplado receberá quatro horas de transcrição por mês até o fim deste ano, facilitando processos de investigação e fact-checking

Reload
Liderada pela Agência Pública, com o apoio de 9 organizações de jornalismo digital, o Reload é um canal que produz conteúdo com uma linguagem descomplicada para ajudar no acesso à informação de qualidade por jovens e adolescentes. Para o Jogo Limpo, a iniciativa lançou o #ReloadExplicaEleições, uma série de conteúdos em diferentes formatos focados em ensinar este público sobre a importância da democracia. 

Fake dói
Dirigido ao público de jovens eleitores, o projeto Fake Dói, do Instituto Vero, utiliza vídeos curtos e conteúdos interativos para treinar habilidades de checagem de informações.

Vacina contra a desinformação
Organização focada em educação midiática, a Redes Cordiais levou um grupo de 30 influenciadores digitais no Tribunal Superior Eleitoral para um treinamento sobre como funciona o sistema de votação e a tecnologia eleitoral no Brasil.  A organização também lançou a segunda edição do Guia de Boas Práticas para Influenciadores Digitais nas Eleições.

Amazônia Check
Veículo de Belém, O Liberal estreou o Amazônia Check, uma sessão de checagem especializada e jornalística sobre temas referentes à Amazônia abordados por presidenciáveis em vídeos exibidos durante a campanha.

Outras iniciativas:

Fora do programa Jogo Limpo, outros veículos associados à Ajor estão lançando iniciativas focadas no combate à desinformação durante a corrida pela presidência e na ampliação do conhecimento sobre o funcionamento das eleições no Brasil.

É o caso da robô Dandara, que monitora diariamente diversas redes sociais em busca de publicações com conteúdos duvidosos, sobretudo nos estados do Nordeste, para que  o time da Agência Tatu realize a checagem de fatos.

Com a série de vídeos ‘Pega a Visão’, a Agência Mural explica quem são os candidatos e candidatas e a importância de cada função para os bairros periféricos. Serão sete episódios ao longo da campanha eleitoral.

Já o Fala Roça lançou o projeto “Morador pergunta, morador responde”,  série multimídia  para conscientizar moradores da Rocinha no período eleitoral brasileiro.

Periferia em Movimento, por sua vez, estreou o “Eleições sem Neurose”, um “zapcast” que explica as  principais dúvidas em relação aos candidatos e à corrida eleitoral.

Colegas e entidades repudiam ataque de Bolsonaro a Vera Magalhães

Colegas e entidades repudiam ataque de Bolsonaro a Vera Magalhães

Colegas jornalistas e entidades ligadas à liberdade de imprensa repudiaram o ataque do presidente Jair Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, durante o primeiro debate entre os candidatos à Presidência no domingo (28/8), organizado por Bandeirantes, Folha de S.Paulo, UOL e TV Cultura.

Vera fez uma pergunta ao candidato Ciro Gomes (e os comentários seriam de Bolsonaro) sobre a queda da cobertura vacinal no País, e se a desinformação sobre a eficácia da vacina da Covid-19 propagada pelo governo Bolsonaro teria influenciado esse fenômeno.

Após a resposta de Ciro, Bolsonaro respondeu: “Vera, não pude esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão em mim. Não pode tomar partido num debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”. O presidente não respondeu ao questionamento sobre vacinas.

No mesmo debate, as candidatas Simone Tebet e Soraya Thronicke repudiaram o ataque de Bolsonaro e se solidarizaram com Vera. Simone declarou: “Nós temos que dar exemplos, exemplos que o presidente da República não dá quando ataca mulheres, quando ataca jornalistas. Eu não tenho medo de você e nem dos seus ministros”. Já Soraya disse: “Quando homens são ‘tchutchucas’ com outros homens, mas vêm pra cima da gente sendo tigrão, fico extremamente incomodada”.

A TV Cultura conversou com Vera após o término do debate e abriu espaço para um direito de resposta da jornalista: “Uma resposta lamentável, absurda. Minha pergunta era sobre vacinas, e ele não falou nada sobre vacinas, não respondeu a esse respeito, não falou nem por que demorou para comprar as vacinas contra a Covid-19, e nem por que propagou fake news e desinformação a respeito da eficácia e segurança delas. Preferiu me atacar pessoalmente, um ataque gratuito, despropositado e totalmente descontrolado. Tenho muito a lamentar, não é a primeira vez que isso acontece”.

Ao UOL, Vera declarou que Bolsonaro “transformou o machismo, a misoginia e a falta de políticas públicas voltadas ao governo dele no principal tema do debate e ele teve que recorrer a um papel para dizer o que fez pelas mulheres. (…) Ele já fez isso em relação a mim e a outras jornalistas mulheres, é da natureza dele, ele não gosta de ser questionado por mulheres”.

O episódio ganhou grande repercussão nas redes sociais. Colegas jornalistas repudiaram a atitude de Bolsonaro e se solidarizaram com Vera. Patrícia Campos Mello, repórter da Folha de S.Paulo, publicou uma foto ao lado da jornalista da TV Cultura, com a legenda “Orgulho da Vera Magalhães”.

Fernando Mitre, diretor de Jornalismo da Bandeirantes, escreveu que Bolsonaro, “ao se insurgir contra uma pergunta de Vera Magalhães, no debate, referiu-se a ela como uma ‘vergonha para o jornalismo’. Nada mais absurdo. O trabalho de Vera é um orgulho para os que exercem a profissão”.

Natuza Nery, comentarista da GloboNews, também comentou o ocorrido: “Não me surpreende, infelizmente, o ataque de Bolsonaro a uma mulher jornalista. Desrespeitoso e agressivo. Duvido que pegue bem entre eleitoras que ele deseja (precisa) conquistar”.

Em nota, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) escreveu que “os ataques do presidente/candidato apenas reforçam a sua falta de preparo para a convivência democrática, fator que deve ser ressaltado aos eleitores no transcorrer de uma campanha política que definirá o chefe do governo brasileiro para os próximos quatro anos”.

Levantamento mostra que família Bolsonaro bloqueou 157 jornalistas no Twitter

Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostrou que até 25/8 a família Bolsonaro havia bloqueado 157 jornalistas e 12 veículos de comunicação no Twitter. O monitoramento está sendo feito desde setembro de 2020.

O presidente Jair Bolsonaro é quem mais restringe o acesso a seu perfil, com 94 bloqueios contra jornalistas. Carlos Bolsonaro bloqueou 22 comunicadores, Eduardo Bolsonaro, 21, e Flávio Bolsonaro, 19. Também segundo a Abraji, repórteres, colunistas e editores foram alvo de publicações desinformativas e estigmatizantes em 73% das vezes em que foram mencionados pela família presidencial durante o primeiro semestre de 2022.

Ao ser bloqueado, o jornalista não consegue visualizar as postagens ou responder ao perfil que o bloqueou. Segundo o Twitter, o bloqueio pode ser usado para evitar ver postagens rudes, maldosas, inadequadas ou perturbadoras. Porém, a maior parte dos profissionais de comunicação bloqueados por autoridades afirma que os vetos estão relacionados a opiniões contrárias. A informação é da campanha Bolos Antiblock, promovida pela Abraji e pelo Congresso em Foco.

Segundo dados da campanha, cerca de 17,2% declararam que foram bloqueados por manifestar opiniões contrárias às dos donos dos perfis; pouco mais de 15,5% disseram que não conseguiram identificar a razão do bloqueio; e quase 13,6% dos bloqueados fizeram críticas à condução ou administração do bloqueador.

Confira o levantamento da Abraji aqui.

TV Cultura lança programa voltado para pautas negras

A fim de valorizar o cidadão negro na sociedade brasileira, a TV Cultura criou o programa semanal Negros em Foco.
A fim de valorizar o cidadão negro na sociedade brasileira, a TV Cultura criou o programa semanal Negros em Foco.

Um conteúdo:

A fim de valorizar o cidadão negro na sociedade brasileira, a TV Cultura criou o programa semanal Negros em Foco, uma parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares. Com estreia nessa terça-feira (30/8), apresentado pelo reitor da universidade, José Vicente, irá ao ar às 23h30.

A iniciativa busca dialogar e buscar soluções para inclusão, empoderamento e valorização dos negros no País.

Negros em Foco abordará em sua estreia o papel do negro da política, com as participações de Eunice Prudente, secretária de Justiça de São Paulo; Nelson Jobim, ex-presidente do TSE e do STF e ex-ministro da Justiça e da Defesa; e o cantor Chico César.


O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.

Flávio Lara Resende é reeleito presidente da Abert

Flávio Lara Resende é reeleito presidente da Abert

O advogado e jornalista Flávio Lara Resende, diretor-geral do Grupo Bandeirantes, foi reeleito presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) por mais dois anos. Ele ocupa o cargo desde 2020. O vice-presidente Roberto Cervo Melão também foi reeleito.

Lara Resende discursou sobre os desafios que surgiram com a pandemia de Covid-19 e destacou a importância do rádio e da televisão: “Momentos adversos sempre encorajam nosso setor a traçar novos e ousados caminhos que confirmam a importância do rádio e da TV aberta brasileiros, protagonistas nas situações mais inusitadas”.

O presidente reeleito apresentou ao Conselho Superior da entidade um balanço da gestão com as principais conquistas ao longo dos dois últimos anos, destacando o fortalecimento do setor e a promoção dos valores regionais. Ele também chamou atenção para a convergência tecnológica e a disputa de setores distintos pelo mercado de produção e divulgação de conteúdo.

O Conselho Superior da Abert elegeu ainda os novos integrantes das Câmaras de Rádio e de TV, e do Conselho Fiscal da associação para o quadriênio 2022-2026.

Com informações da Associação Nacional de Jornais.

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