Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostrou que até 25/8 a família Bolsonaro havia bloqueado 157 jornalistas e 12 veículos de comunicação no Twitter. O monitoramento está sendo feito desde setembro de 2020.
O presidente Jair Bolsonaro é quem mais restringe o acesso a seu perfil, com 94 bloqueios contra jornalistas. Carlos Bolsonaro bloqueou 22 comunicadores, Eduardo Bolsonaro, 21, e Flávio Bolsonaro, 19. Também segundo a Abraji, repórteres, colunistas e editores foram alvo de publicações desinformativas e estigmatizantes em 73% das vezes em que foram mencionados pela família presidencial durante o primeiro semestre de 2022.
Ao ser bloqueado, o jornalista não consegue visualizar as postagens ou responder ao perfil que o bloqueou. Segundo o Twitter, o bloqueio pode ser usado para evitar ver postagens rudes, maldosas, inadequadas ou perturbadoras. Porém, a maior parte dos profissionais de comunicação bloqueados por autoridades afirma que os vetos estão relacionados a opiniões contrárias. A informação é da campanha Bolos Antiblock, promovida pela Abraji e pelo Congresso em Foco.
Segundo dados da campanha, cerca de 17,2% declararam que foram bloqueados por manifestar opiniões contrárias às dos donos dos perfis; pouco mais de 15,5% disseram que não conseguiram identificar a razão do bloqueio; e quase 13,6% dos bloqueados fizeram críticas à condução ou administração do bloqueador.
Confira o levantamento da Abraji aqui.
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