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Cartão Verde completa 30 anos e retorna à grade da TV Cultura

Cartão Verde completa 30 anos e retorna à grade da TV Cultura

O programa Cartão Verde retorna à grade da TV Cultura a partir da próxima segunda-feira, 3 de abril. Em junho de 2020, a emissora havia acabado com o programa esportivo. O retorno acontece no mesmo período em que o Cartão Verde completa 30 anos de existência.

O programa vai ao ar às segundas e quartas-feiras, às 20h, sob o comando de Vladir Lemos. Às segundas-feiras, no pós-rodada, o narrador Oscar Ulisses une-se aos comentaristas Arnaldo Ribeiro e Mauro Cezar Pereira. E às quartas, na pré-rodada, os comentários são do ex-jogador Roberto Rivellino e de Arnaldo Ribeiro.

O Cartão Verde segue com seus quadros tradicionais, apresentando os melhores e os piores acontecimentos da semana, com os cartões verde e vermelho, além de grande interação com os telespectadores pelas redes sociais.

Ajor: Três dicas para começar a trabalhar com visualização de dados

Ajor: Três dicas para começar a trabalhar com visualização de dados
Texto publicado originalmente em 28/3/2023 pela Ajor

Ferramentas gratuitas e colaborações com outras iniciativas ajudam redações a darem os primeiros passos na criação de conteúdos gráficos baseados em números

Por Fernanda Giacomassi

O processo de extrair, analisar, limpar e construir visualizações de grandes bases de dados não é simples, porém se tornou cada vez mais necessário para o jornalismo. Embora demande conhecimentos – e investimentos – técnicos, o jornalismo de dados pode ser um diferencial para as redações.

“Cada vez mais os números são notícia – mas um texto repleto de números é uma estrada pedregosa. A adequação entre tema e linguagem visual é fundamental. Para os leitores, só há vantagens nessa divisão de tarefas cognitivas. Para as publicações, isso se traduz no mínimo em didatismo e eficiência informativa, mas também pode resultar em uma estética atraente, apresentação inovadora e até novos produtos”, afirma Marcelo Soares, fundador do Lagom Data, organização associada à Ajor dedicada à inteligência de dados.

Além de deixar os conteúdos jornalísticos mais dinâmicos, permitindo a interatividade dos leitores, o uso de dados também pode ser o ponto de partida para investigações. “A visualização exploratória de dados, ou seja, gráficos feitos não para publicar, mas para ver os padrões, é um recurso muito importante para a apuração de qualquer tema que envolva números – do dado mensal do desemprego à pauta especial do ano”, completa Soares.

Mesmo sem um conhecimento técnico na área e com poucos recursos para investir, é possível dar os primeiros passos para adotar a cultura de dados dentro de uma redação. Veja algumas dicas a seguir:

Explore ferramentas

“As ferramentas de trabalho com visualização básica de dados são cada vez mais fáceis de utilizar, e muitas delas inclusive são gratuitas ou têm planos especiais para redações”, afirma Soares.

Perguntamos a ele e a outros especialistas da área quais plataformas  eles utilizam e recomendam. Entre elas estão: FlourishDatawrapperInfogramGrafana, Chartbuilder.

A Escola de Dados, iniciativa da Open Knowledge Brasil, mapeou mais de 150 ferramentas para trabalhar com dados. As Iniciativas são separadas por categorias e plataformas, além de serem identificadas como ferramentas de código aberto ou não.

Una esforços

Segundo Soares, um dos principais desafios para jornalistas é pensar visualmente a informação, de maneira atraente e elegante. Para conseguir contornar isso, a colaboração com outras áreas de conhecimento é essencial.

“Designers fazem isso com um pé nas costas, mas nem sempre têm a visão da informação que um repórter tem. O repórter muitas vezes sabe onde está o ponto relevante da informação mas não tem clareza de como apresentar visualmente. Se a sua equipe tem designers e repórteres, trabalhar juntos na mesma pauta é proveitoso para todos”, explica.

Parcerias com outras redações e a contratação de consultorias especializadas também pode ser uma solução para lançar projetos específicos de visualização de dados. Entre as associadas à Ajor, há organizações dedicadas especificamente ao tema, como a própria Lagom Data, o Volt Data Lab, a Gênero e Número, a Agência Tatu e o Data Labe.

Busque referências

“Quanto mais se lê, melhor se escreve – e não tem como ser diferente em outros tipos de linguagem”, completa Soares. No Brasil e no mundo, há diversas iniciativas jornalísticas ganhando destaque pela cobertura baseada em dados. Acompanhar estes trabalhos é essencial para desenvolver referências estéticas e conhecer casos de sucesso.

O fundador da Lagom Data indica o projeto Aquazônia, da Ambiental Media, também associada à Ajor: “Eles pegam um ângulo pouco explorado popularmente da questão ambiental e o explicam de maneira muito atraente”. Além disso, destaca a seção “Graphic Detail”, do The Economist, e o trabalho de jornalismo visual de Singapura, Straits Times.

Justiça do Paraguai anula absolvição de suspeito de matar Léo Veras

Justiça do Paraguai anula absolvição de suspeito de matar Léo Veras

A Justiça do Paraguai anulou a absolvição de Waldemar Pereira Rivas, conhecido como Cachorrão, principal suspeito de matar o jornalista Léo Veras, em 2020.

Em novembro do ano passado, Rivas foi considerado inocente pelo Tribunal de Sentença de Pedro Juan Caballero, sob a alegação de falta de provas. Acusado de homicídio doloso e associação criminosa, ele era proprietário do Jeep Renegade branco que teria sido usado para transportar os três homens que executaram Veras.

A apelação que levou à anulação foi apresentada pelo procurador Andrés Arriola, da Unidade Especializada de Crime Organizado. Ele criticou a conduta dos membros do Tribunal na resolução do caso, e declarou que os juízes não fizeram uma avaliação adequada.

Arriola destacou também que o tribunal “cerceou o direito do Ministério Público, violando gravemente a liberdade de prova para a descoberta da verdade real, favorecendo assim a defesa do acusado”.

Léo Veras foi executado com 12 tiros enquanto jantava com sua família em fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Com frequência ele noticiava a disputa do narcotráfico na fronteira e os crimes ligados ao PCC na região.

No mês passado, Ederson Salinas Benítez, chefe do PCC na fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul e apontado como um dos mandantes do assassinato de Veras, foi morto no estacionamento de um supermercado em Assunção. E em maio de 2022, o procurador responsável pela Unidade Especializada de Crime Organizado e Narcotráfico do Paraguai e um dos investigadores no assassinato de Veras, Marcelo Pecci, foi executado na Colômbia. Foi ele quem apresentou acusação contra Waldemar Pereira Rivas.

Profissão Repórter viajará o Brasil de motor e barcohome

Caco Barcellos e a equipe do Profissão Repórter viajarão pelas cinco regiões brasileiras à bordo de um motor home e um barcohome

A nova temporada do Profissão Repórter, da TV Globo, estreia no dia 11 de abril com uma proposta inédita. Pela primeira vez a equipe de repórteres comandada por Caco Barcellos viajará por todas as regiões do Brasil com o objetivo de mostrar o que falta para o País ser mais desenvolvido e sustentável, tendo como base as metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas por um mundo mais sustentável.

As viagens acontecerão a bordo de um motorhome pelas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, e de um barcohome pela região Norte. “Minha expectativa é que as pessoas se aproximem da gente em volume maior e, com isso, tragam histórias para a gente contar de cada lugar que passarmos”, diz Barcellos. “Queremos desenvolver ainda mais o processo de imersão do acompanhamento das histórias e chamar atenção para a nossa presença na rua, a presença do repórter no front da notícia”.

Caco Barcellos e a equipe do Profissão Repórter viajarão pelas cinco regiões brasileiras à bordo de um motor home e um barcohome

A previsão é que cada viagem do especial Pra onde, Brasil dure cerca de dez dias. Além de serem as residências dos jornalistas durante os períodos de gravação, os veículos também funcionarão como redações itinerantes, com câmeras instaladas em diferentes pontos para mostrar todos os bastidores e os desafios de cada reportagem. Serão cinco episódios, cada um retratando os problemas de cada região e como o cumprimento desses objetivos pode trazer melhorias de vida para as pessoas.

Basilia Rodrigues sofre racismo por apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira

Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira.
Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira.

Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Não presta nem pra dar faxina”, comentou o internauta.

No quadro Dois Lados exibido em 14/3 pela CNN, Basilia entrevistou o parlamentar e a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). Na ocasião, os deputados debateram a possível cassação do mandato de Nikolas por fala transfóbica no plenário da Câmara, e ele quis fazer questionamentos sobre o conceito de “ser mulher”, mas Basilia ressaltou que quem fazia as perguntas era ela, não ele.

Em seu perfil no Twitter, Basilia compartilhou o print de uma mensagem racista publicada por um entusiasta de Nikolas na caixa de comentários do canal da emissora no YouTube. “Parabéns, Nikolas. E essa repórter???? Presta nem pra dar faxina”, escreveu o racista. Na legenda, a jornalista escreveu de forma sucinta: “Isso tem nome”, em referência ao racismo sofrido.

Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo

A Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo, com a série Termelétricas no Nordeste. A final conta com cinco indicados.
A Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo, com a série Termelétricas no Nordeste. A final conta com cinco indicados.

Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo, com a série Termelétricas no Nordeste. Com apoio do Instituto ClimaInfo, a obra narra os impactos causados pelas usinas que utilizam combustíveis fósseis nos estados do Ceará, Maranhão e Sergipe.

Em quatro reportagens, publicadas ao longo de agosto de 2022, a repórter Alice Sales traz as perspectivas de comunidades tradicionais, autoridades, ativistas e pesquisadores sobre a presença das termelétricas na região.

De acordo com a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), foram 951 inscrições em todo o Brasil, quase metade delas do Norte e Nordeste. A final conta com cinco indicados.

Os projetos são avaliados por um júri especializado que leva em conta o impacto na causa a que o ativismo se dirige e no debate público sobre o tema, a capacidade de transmitir a mensagem de forma criativa e coerente ao tema abordado e a capacidade de informar, mobilizar e inspirar outras pessoas.

Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC

Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC

O Intercept Brasil publicou na semana passada que está sendo alvo de mentiras e difamação, que associam o veículo à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Marc Sousa, coordenador de Jornalismo da Jovem Pan no Paraná e afiliado do R7, publicou em um site parceiro do portal R7 que o Intercept teria recebido doações do PCC, segundo relatório interceptado pela Polícia Federal. O veículo reiterou que a informação é caluniosa e trata-se de “jogo sujo”.

Na noite da sexta-feira passada (24/3), a equipe do Intercept recebeu um e-mail de Sousa com perguntas sobre os supostos pagamentos do PCC. Ele deu um prazo de menos de 12 horas para as respostas. O Intercept buscou e analisou os 17 nomes das pessoas ligadas ao PCC mencionadas no relatório, e detectou que nenhum deles consta na lista de doadores. O Intercept destaca também que, curiosamente, não há nesse relatório da PF menção ao nome da pessoa que teria escrito tal documento.

A matéria, porém, foi publicada por Sousa sem qualquer posicionamento do Intercept, enviado cerca de 40 minutos antes da publicação da nota. Apenas depois de horas de exigências do Intercept, o texto foi atualizado com o posicionamento do veículo. “Uma mentira intencional ou uma falha grosseira dos padrões jornalísticos, se não ambos”, declarou o Intercept.

Sérgio Moro (esq.) e Marc Sousa

O veículo destaca que Sousa trabalha na Jovem Pan, que já foi assunto de diversas matérias do Intercept, como a perda de mais de R$ 830 mil após campanha de desmonetização por incentivar discursos golpistas. Vale lembrar que o Intercept também já foi alvo de ataques da Record e do R7, após revelar a pressão interna nas redações desses veículos para apoiar o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

O relatório citado faz parte dos autos da investigação sobre os supostos planos do PCC contra o ex-juiz Sergio Moro. A juíza que quebrou o sigilo do relatório é Gabriela Hardt, sucessora de Moro na Lava Jato, que prometeu processar quem divulgasse suas mensagens na época da Vaza Jato, série do Intercept que divulgou diálogos de Moro com procuradores.

Em nota, o Intercept Brasil declarou que não aceitará “tentativas maliciosas de manchar não apenas a nossa reputação, mas também a da nossa comunidade. Fazemos um jornalismo sério, baseado em evidências e não daremos nenhum passo atrás”. O site destacou que não é a primeira vez que sofre ataques do tipo: “Já fomos investigados em CPIs, ameaçados de prisão, gravados clandestinamente e tivemos nosso endereço espalhado nas redes, entre outros absurdos – apenas por fazer nosso trabalho sério, que pisa no calo de muita gente”.

Relatório teria sido adulterado digitalmente, diz especialista

Segundo matéria publicada na Revista Fórum, o relatório citado tem grandes chances de ter sido adulterado. A revista conversou com Mario Gazziro, professor de computação forense da Universidade Federal do ABC e no MBA na USP, que analisou o documento. Segundo ele, “há 95% de chances de que houve adulteração digital”.

O professor destaca que pelo menos três linhas do relatório foram adulteradas. Ele e sua equipe fizeram uma análise digital da imagem publicada no R7, e encontraram “grave indício de manipulação digital pela técnica ELA (error level analysis), usando o software forense chamado Sherloq”.

Imagem do relatório divulgada por Marc Sousa
Análise da imagem
Análise da imagem que mostra onde pode ter havido adulteração

“Não me refiro apenas ao contorno em vermelho adicionado à edição, pois o padrão azul indica que o conteúdo dentro dessas linhas não é compatível com o padrão de artefatos de compressão do resto da imagem, demonstrando claramente (e com validade em tribunal) que esse conteúdo foi substituído ou editado”, explica o Gazziro. “As regiões em azul foram destacadas após aplicação de um filtro conhecido como análise ELA a 95% que destaca regiões as quais não seguem o mesmo padrão de artefatos de compressão do restante do documento, provando que aqueles trechos sofreram adulteração digital”.

Nas linhas citadas pelo professor estão justamente as supostas doações do PCC ao Intercept Brasil. Segundo Gazziro, essa análise foi enviada a outros especialistas, que concordam que a imagem teria sido adulterada digitalmente.

LiveSports lança programa com Flávio Prado, Celso Cardoso e Paulo Sérgio

LiveSports lança programa com Flávio Prado, Celso Cardoso e Paulo Sérgio

A LiveSports estreia nesta segunda-feira (27/3), às 17h, o programa Entre Linhas – Futebol Debate, com Flávio Prado, Celso Cardoso e Paulo Sérgio. Será um debate semanal, que receberá convidados de peso, como ex-jogadores, treinadores, jornalistas e comentaristas esportivos. O programa terá ainda a participação de torcedores.

Flávio será o apresentador, com Celso e Paulo como comentaristas. “Cada integrante traz sua própria experiência e conhecimento, oferecendo uma variedade de perspectivas e opiniões sobre os tópicos mais quentes do mundo do futebol”, explica Flávio.

Para João Palomino, CEO da LiveSports, “o futebol é o primeiro esporte no Brasil. E costumo dizer que o segundo esporte mais popular é falar sobre futebol. As mesas, os debates, as conversas são modelos mais do que consagrados. Estão sempre em evidência porque a opinião responsável e inteligente sempre terá espaço”.

O episódio de estreia será com o treinador Fernando Diniz, do Fluminense. Acompanhe no canal do programa no YouTube.

Globo Repórter completa 50 anos e terá programação especial

Globo Repórter completa 50 anos e terá programação especial

O Globo Repórter completa 50 anos no próximo dia 3 de abril. Em comemoração ao marco, fará uma série de cinco programas especiais, a partir da próxima sexta-feira (31/3).

Eles abordarão temas como tecnologia, sociedade, saúde, meio ambiente e viagens, mostrando como os brasileiros se informam com o Globo Repórter e o impacto das reportagens dele na vida dos entrevistados.

Comandarão os especiais Ernesto Paglia, Pedro Bassan, Beatriz Castro, Lilia Teles e Jorge Pontual. Segundo a diretora Mônica Barbosa, esses repórteres tiveram participações expressivas no programa ao longo dos últimos anos.

Em 31 de março, com o tema Tecnologia, Ernesto Paglia revisitará momentos de grandes transformações e olhar para o futuro, ao lado de brasileiros que ajudam a contar a história da revolução digital.

Em 7 de abril, a reportagem de Pedro Bassan falará sobre mudanças na Sociedade nos últimos cinco anos, abordando temas como trabalho, casamento, racismo, machismo e preconceito.

Em 14 de abril, o tema será Saúde. Lilia Teles mostrará as descobertas científicas que transformaram a vida dos brasileiros, resgatando histórias de pessoas que hoje vivem melhor após adotarem estilos de vida mais saudáveis.

Em 21 de abril, Beatriz Castro falará sobre Meio Ambiente. Ela foi ao Parque do Xingu para revisitar indígenas que apresentaram anteriormente no Globo Repórter a cerimônia do quarup.

E em 28 de abril, com o tema Viagens, Jorge Pontual convidará o público a rever culturas que o programa apresentou aos brasileiros, além de viagens importantes para a televisão brasileira, incluindo algumas de Glória Maria.

MPF processa Record por desrespeito aos direitos humanos

MPF processa Record por desrespeito aos direitos humanos

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra a Record TV por causa do programa Balanço Geral Pará, que exibiu cadáveres em pleno horário de almoço e entrevistou presos de forma humilhante, sem direito de defesa. O programa é acusado de desrespeitar direitos humanos.

Segundo informações do Notícias da TV, o MPF monitorou por três meses as edições do Balanço Geral no Pará, após denúncia da Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos do Município de Belém, em fevereiro de 2020, que se incomodou com reportagens do programa. O MPF argumentou que encontrou diversas violações de direitos humanos no Balanço Pará, apresentado desde 2017 por Marcus Pimenta. A ação também tem como réus a União e o judiciário do Pará, por falta de fiscalização.

“O apresentador sentencia suspeitos já como réus em processo penal, atropelando o princípio do devido processo legal, que, por conseguinte, garante os princípios do contraditório e da ampla defesa, bem como a cláusula da presunção da inocência. Em desrespeito a tão importantes princípios, o apresentador passa o período de suas narrativas tratando-os com a designação de bandidos, postura e atitude que não têm lugar em um Estado Democrático de Direito”, diz o MPF.

A ação diz também que repórteres da Record entrevistam suspeitos de crimes em delegacias sem qualquer direito de resposta, defesa ou advogado, confrontando-os por seus supostos crimes sem terem como se defender. O MPF destaca ainda que a maioria desses entrevistados é negra, o que denotaria racismo por parte da linha editorial do programa.

Sobre a exibição de cadáveres no programa, para o MPF o conteúdo é “chocante e inadequado para a televisão, além de expor vítimas de violência extrema sem necessidade”.

O MPF pede que a Record assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para se comprometer a não exibir mais cadáveres no programa e não entrevistar suspeitos de forma humilhante e sem antes consultar seus advogados. A emissora pagará uma multa de R$ 10 mil para cada termo não atendido.

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