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Exclusivo: Mal de Parkinson leva Lúcio Flávio Pinto a parar com o jornalismo diário

Lúcio Flávio Pinto é Doutor Honoris Causa
Lúcio Flávio Pinto
Por Dedé Mesquita, correspondente de Jornalistas&Cia em Belém

O jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, de 73 anos, natural de Santarém, município localizado na região oeste do Pará, publicou no último sábado (8/7), no site Agenda Amazônica, escrito e editado por ele, que vai abandonar o jornalismo diário, depois de quase seis décadas dedicadas à profissão. O motivo da decisão é que Lúcio se descobriu portador do Mal de Parkinson, em 2018, uma doença degenerativa e sem cura, e que agora começa a atingir a cognição do jornalista.

Em sua despedida, sob o título Perdão, leitores, escreveu: “Fui alertado pelos médicos: na sua progressão, o Parkinson poderia começar a atingir a minha cognição; e eu seria abalado. Esse dia chegou. Mesmo lendo e relendo o extrato de um contrato, que motivou uma nota, já cancelada, voluntariamente, li errado e só percebi o erro neste momento. Acordei subitamente, assustado, já com a constatação do erro crasso que eu cometera por uma leitura prejudicada”.

“Só cancelar a nota, como fiz, não é o suficiente. Depois de anos de convivência com a doença mental, este foi o primeiro erro desse tipo que cometi, depois de milhares de notas que escrevi neste blog já com o diagnóstico do Mal. Sob o choque da percepção, decidi encerrar a minha atividade jornalística pública diária. Não quero cometer um novo erro desse tipo, por redução ou, em algum momento, perda da capacidade cognitiva”, enfatizou.

Trajetória − Lúcio Flávio de Faria Pinto nasceu em 23 de setembro de 1949, filho de Iraci de Faria Pinto e Elias Ribeiro Pinto, que foi radialista, jornalista, comerciante e político. Aos 15 anos, Lúcio passou a apresentar um programa de rádio, mas o chefe da 2ª Secção da 8ª Região Militar considerou o programa subversivo e o tirou do ar. Aos 16, já em Belém, trabalhou como repórter no jornal A Província do Pará, integrante dos Diários Associados, onde depois ocupou o cargo de secretário de Redação.

Sobre a família, que sempre teve ligação com a imprensa, Lúcio relembra: “Por incrível que pareça, o meu pai influiu pouco sobre a opção que quatro dos seus sete filhos − uma única mulher − fizeram pelo jornalismo. Apenas eu, o mais velho entre os homens, tinha alguma informação sobre o passado dele. Por acaso, aos 16 anos, por curiosidade, em 1966, subi as escadas para conhecer a redação de A Província do Pará, no centro antigo de Belém. Eu circulava em frente à sede do jornal, indo de um sebo para uma livraria, na mesma rua. Foi por minha influência que meus irmãos me seguiram, a partir de 1971. Só alguns anos depois comecei a pesquisar sobre Elias Pinto, jornalista. E foi muito bom saber o que ele fez em dois jornais que circulavam em Santarém. Um dos jornais era dele, no qual ele já defendia a emancipação do Tapajós como o Estado do Baixo-Amazonas”.

Mudança para a região sul − Em 1968, aos 18 anos, Lúcio decidiu mudar-se de Belém para o Rio de Janeiro, onde trabalhou por pouco tempo no Correio da Manhã. Depois foi para São Paulo, atuando em Diário de S.Paulo, Diário da Noite, Veja, IstoÉ, Jornal da República, Jornal da Tarde e O Estado de S.Paulo, onde consolidou sua carreira, atuando como repórter entre os anos de 1971 e 1989. Ao mesmo tempo, trabalhou na imprensa alternativa, nos jornais Opinião e Movimento.

A experiência de trabalhar no Estadão traz ótimas lembranças ao jornalista: “A maior parte do capital de conhecimentos que acumulei, eu o formei ao longo dos 18 anos como repórter do Estadão, entre 1971 e 1989. O jornal sempre bancou as minhas viagens. Nunca rejeitou as minhas pautas. Sabia que eu voltaria com a matéria pautada e ela ocuparia um lugar de destaque no jornal. Além disso, um dos donos da empresa, Júlio Mesquita Neto, aprovou meu projeto de criar uma sucursal da Amazônia, com repórteres em todas as capitais, coordenados por Belém, para fazer uma cobertura de melhor qualidade, como fizemos, até estourar uma crise no jornal, que colocou um fim na experiência daquela que foi a primeira sucursal verdadeiramente amazônica da imprensa. Como o rei Momo, primeira e única”.

Faculdade − Em 1973, formou-se em Sociologia pela Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo, chegou a iniciar sua pós-graduação na USP, mas retornou a Belém para montar a rede de sucursais do Estadão na Amazônia.

Volta a Belém − Em Belém, em 1975, editou o suplemento alternativo Bandeira 3, nos moldes do antológico Pasquim. Lúcio Flávio Pinto foi também professor visitante, entre 1981 e 1982, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e do curso de Jornalismo no Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará, até a metade da década de 1990. Entre 1983 e 1984, foi também professor visitante do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade da Flórida, em Gainesville, Estados Unidos.

Jornal Pessoal − Trabalhou em O Liberal, na empresa das Organizações Romulo Maiorana (ORM), e quando se demitiu de O Liberal fundou o Jornal Pessoal, em 1987.

Sobre a experiência com o Jornal Pessoal, Lúcio destaca que o jornal durou 32 anos, com três interrupções menores, que não lhe devem ter tirado nem dois anos. “Jornal escrito por uma única pessoa, com as ilustrações e a diagramação do meu irmão, o Luís Pinto, que não aceitava publicidade, vivia da venda avulsa, tinha tiragem de 2 mil exemplares, vendendo em bancas e livrarias, me causou 34 processos judiciais, propostos por pessoas poderosas, mas jamais foi desmentido. Firmou-se como referência da história contemporânea”, conta, orgulhoso.

Lúcio Flávio Pinto é Doutor Honoris Causa
Lúcio Flávio Pinto é o jornalista +Premiado da História na Região Norte, segundo o Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira

Amazônia − Fazer jornalismo na Amazônia foi muito marcante para Lúcio Flávio: “Se alguma coisa foi marcante na minha trajetória foi a oportunidade que tive de percorrer intensamente a Amazônia, entre 1966 e 2002. Em quase todos os lugares nos quais houve algum episódio importante da história da Amazônia nesse período eu estive. Vi os acontecimentos com meus próprios olhos. Esse conhecimento foi decisivo para me proporcionar uma visão tanto global − o que inclui fatos externos − como detalhada, factual e personalizada, com fontes em todos os Estados da região”.

“Sempre me senti como um correspondente de guerra ao atuar nas frentes pioneiras na Amazônia, que são extremamente violentas. Além disso, o repórter também costuma estar muito próximo dos personagens que critica ou denuncia. Pode sofrer violência mais frequentemente”.

“Hoje, a insegurança dos jornalistas é visível e estou certo de que, se fosse repetir o que fiz entre 1970 e 1990, não estaria vivo”.

Lúcio Flávio é autor de 21 livros individuais publicados, todos sobre a Amazônia.

Prêmios − Ao longo da carreira, Lúcio colecionou premiações. São dele quatro prêmios Esso: “Todas as [premiações] que recebi foram importantes para mim, sobretudo porque foram, em geral, inscritas por outras pessoas e não por mim, que desisti delas depois das primeiras iniciativas. Foi assim que recebi três premiações internacionais. Fui o primeiro não europeu premiado com a Colombe d’Oro per la Pace, a mais importante premiação da imprensa italiana; o prêmio anual do Comittee for Jornalists Protection, dos Estados Unidos; e como um dos 100 heróis do jornalismo pelos Repórteres Sem Fronteiras, de Paris”, relembra.

Doença − Em 2018, Lúcio recebeu o diagnóstico do Mal de Parkinson, depois de apresentar sintomas anteriormente: “Foi um golpe duro saber que eu estava com uma doença degenerativa e sem cura. De imediato, quis desistir e me retirar da vida pública para tentar ter uma vida mais tranquila, retardando o avanço da doença. Mas logo estava de novo na linha de frente”.

A decisão de parar com o jornalismo diário − o que foi, de pronto, recomendado pelos médicos − só viria cinco anos depois.

Futuro − Sobre o que vai acontecer de agora em diante, Lúcio já tem ideias definidas: “O blog será dedicado, a partir de agora, à divulgação do que já escrevi e à imensa quantidade de documentos do meu arquivo, que possam ter utilidade pública. Além de prosseguir no tema mais relevante neste contexto, que é a Cabanagem [revolta popular e social que ocorreu na então Província do Grão-Pará, entre 1835 e 1840]”.

“Continuarei a acompanhar o dia a dia do Pará, da Amazônia, do Brasil e do mundo. Agora, como espectador, um espectador ainda comprometido com o meu tempo, mesmo que este já não seja exatamente meu”.

“Tentei várias vezes sair do tiroteio diário. Ele não é causado apenas pela desgastante vigilância diária para saber o que está acontecendo e o que significa. Há também a reação dos que são contrariados e me atacam de várias maneiras, tentando me fazer desistir. Agora a minha condição física ficou pior e tenho que sair do front. Mas espero continuar a contribuir, na retaguarda, para o entendimento do drama da Amazônia, que nunca se atenuou”.

Lúcio não lamenta o passado e diz que “o que está feito está também acabado” e se pudesse mudar alguma coisa evitaria ou corrigiria alguns erros, “mas tudo coisa secundária”. “No mais, repetiria a essência do que fiz: um jornalismo independente, crítico e baseado em matéria-prima que mais se aproxima da verdade”.

Não à aposentadoria – Lúcio Flávio não considera essa parada forçada pela doença como uma aposentadoria: “Provavelmente, só a morte ou − o que passou a me preocupar mais intensamente agora − a invalidez física e/ou mental me aposentará”.

No mais, ele vai tentar estar, cada vez mais, ficar perto da imensa biblioteca que construiu nesse mais de meio século de jornalismo e literatura: “Eu jamais darei conta de todos os livros que possuo. Mas colocá-los na minha companhia foi uma das maiores realizações da minha vida. Espero que continuem a ser meus queridos companheiros de viagem”.

Lúcio Flávio Pinto encerrou assim o texto de despedida do jornalismo diário: “Muito obrigado a todos os meus leitores, de acordo ou em divergência comigo, sem os quais eu não estaria aqui, com a maior gratidão que há em mim. Espero que este blog e os demais, que procurarei continuar a alimentar, ainda mereçam a sua visita, para mim sempre honrosa, estimulante e reconfortadora. E la nave va. Porque navegar é preciso”.

Definidos os finalistas do TOP Mega Brasil 2023

Definidos os finalistas do TOP Mega Brasil 2023
Definidos os finalistas do TOP Mega Brasil 2023

Estão definidos os finalistas do TOP Mega Brasil – 2023, premiação que chega à oitava edição. Passaram para o segundo turno 105 agências e 106 executivos de comunicação corporativa de todo o País.

Eles entram na disputa por um lugar entre os TOP 10 Brasil e os TOP 5 das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com dupla chance de figurarem entre as feras da comunicação corporativa e de conquistarem o cobiçado troféu da Onça Pintada.

A votação é aberta ao mercado e cada profissional poderá votar uma única vez, escolhendo até cinco nomes de agências e até cinco nomes de executivos tanto para os TOP 10 Brasil quanto para os TOP 5 Regionais. Mas não há obrigação de fazer todas as indicações e de votar em todas as categorias. Ainda que parciais, todos os votos serão computados.

No segundo turno, que se inicia nesta sexta-feira (14/7) e se estende até 28/7, os eleitores
deverão classificar as agências e os executivos do 1º ao 5º lugar. A pontuação seguirá a seguinte escala: 1º lugar, 100 pontos; 2º lugar, 80 pontos; 3º lugar, 65 pontos; 4º lugar, 55 pontos; 5º lugar, 50 pontos.

 

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Sky News, Gizmodo e os “micos” da inteligência artificial no jornalismo

Tom Clarke (esq.) e Kris Fagerlie (Crédito: Sky News)

Por Luciana Gurgel 

Luciana Gurgel

Apesar do hype em torno da inteligência artificial generativa, ainda não é possível vislumbrar como nem quando essa tecnologia será incorporada à prática regular do jornalismo.

Dois acontecimentos recentes, no site de tecnologia Gizmodo e na Sky News, indicam que ainda há um longo caminho para que isso ocorra com segurança, sem riscos de imprecisão ou de erros factuais − a não ser que jornalistas humanos chequem cada detalhe de um texto em fontes confiáveis ou tenham memória de elefante para captar “alucinações” da máquina.

James Whitbrook, subeditor do io9, seção de ficção científica do Gizmodo, usou o Twitter na semana passada para “denunciar” o erro de um repórter de sua equipe que ele nem sabia que existia, o “Gizmodo Bot”.

A criatura assinava uma matéria com uma lista supostamente cronológica de filmes e programas de TV da série Star Wars, coisa simples de fazer consultando um buscador como o Google para encontrar sites das produtoras ou a Wikipédia, que costuma acertar nesse tipo de conteúdo. Só que a inteligência artificial não foi muito inteligente. Enumerou as produções fora da ordem cronológica e omitiu algumas.

Mesmo depois de uma reportagem no Washington Post sobre o caso e muito barulho nas redes sociais e na redação, a matéria continuava lá (até o fechamento desta coluna), com o título A chronological list e datas que pulam de 2002 para 2008 e depois voltam para 2005, avançando então para 2022 e voltando para 2018. Pura ficção.

Whitbrook disse ter sido informado de que o texto apareceria no site dez minutos antes, e que ninguém da redação participou do processo ou revisou o material antes de alguém de fora do departamento editorial publicá-lo.

Ele compartilhou no Twitter a mensagem enviada aos chefes, em que aponta o trabalho do Gizmodo Bot como “embaraçoso, impublicável e desrespeitoso tanto com o público quanto com as pessoas que trabalham aqui, e um golpe em nossa autoridade e integridade”.

O GMG Union, sindicato dos profissionais da empresa, já tinha protestado anteriormente contra a possível perda de vagas para a IA, com uma nota instando a G/O Media, dona do Gizmodo e de uma penca de outros sites, a “parar de enchê-los com lixo gerado por IA e investir em jornalismo de verdade feito por jornalistas”.

Mas será que as máquinas não são mesmo capazes de produzir jornalismo de verdade? Foi o que a Sky britânica resolveu conferir, pedindo a Tom Clarke, seu editor de ciência e tecnologia, para criar e testar um repórter desenvolvido por IA.

Em um texto sobre a experiência, ele disse ter ficado apavorado com a possibilidade de ser substituído por “algo mais novo e mais barato”. Mas o chefe tranquilizou-o assegurando ser apenas um exercício.

Clarke convidou para a tarefa o YouTuber e programador norueguês Kris Fagerlie, que usou principalmente o ChatGPT e outras ferramentas para a experiência. Os dois desenvolveram uma repórter virtual baseada em uma produtora da Sky, Hanna Scnitzer. Ela gravou quatro minutos lendo textos diante da câmera e assim a repórter foi criada, bem como um editor com quem dialogou.

Tom Clarke (esq.) e Kris Fagerlie (Crédito: Sky News)

Os dois foram desenvolvidos com um “pensamento” simulando a lógica de jornalistas. A partir de notícias de verdade, a repórter de IA deu oito ideias de pauta ao editor, que escolheu uma e pediu que ela executasse o trabalho.

A repórter apurou, pesquisou fontes para darem entrevistas e identificou imagens geradas por IA, produzindo em apenas 20 minutos um texto editado (com imagens e intertítulos) de 300 palavras para o site e um roteiro para uma matéria de TV de 90 segundos.

Seria perfeito se o resultado não contivesse erros graves e informações inventadas, as famosas alucinações. E uma demonstração de falta de sensibilidade: uma manchete meio engraçadinha em uma reportagem que envolvia um acidente com feridos.

Clarke admite que a IA generativa já provou sua capacidade de substituir “confortavelmente” algumas das tarefas de jornalistas − desde que não sejam listas cronológicas de Star Wars, um desafio que se mostrou complexo.

Mas concluiu a experiência um tanto aliviado, afirmando que a necessidade da imaginação e do rigor dos jornalistas do mundo real leva a crer que seu trabalho − e o de muitos colegas − está seguro por enquanto.


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Correio Braziliense lança Curso de Jornalismo na Prática

O Correio Braziliense anunciou em 11/7 a realização da primeira edição do Curso de Jornalismo na Prática, para estudantes e recém-formados. Programado para o período de 11/9 a 10/11, em tempo integral, o curso buscará ampliar conhecimentos teóricos e práticos na cobertura de Saúde.

Serão selecionados 20 alunos por meio de processo seletivo nacional, de modo gratuito, com dez vagas reservadas a jovens profissionais do DF. Nesta edição, o programa terá um formato híbrido: as cinco semanas iniciais serão online e o restante do curso ocorrerá na sede do CB em Brasília. O curso tem patrocínio da Interfarma, associação que reúne empresas e pesquisadores nacionais e estrangeiros da indústria farmacêutica.

As inscrições estarão abertas de 1º a 18 de agosto. Para se candidatar, é preciso ser recém-formado em jornalismo (2021, 2022 ou 1º semestre de 2023) ou estar cursando o último semestre do curso, com conclusão prevista para dezembro de 2023. A primeira etapa do processo seletivo será a sugestão de uma reportagem de saúde no próprio formulário de inscrição, detalhando fontes e sugerindo como a matéria pode ser desenvolvida em diferentes formatos. O link para o formulário será divulgado antes da abertura das inscrições.

Os participantes aprovados para a segunda etapa passarão por dinâmica online e deverão produzir um texto sobre um tema divulgado no dia. O resultado da seleção será divulgado em 1º/9 no site e nas redes sociais do CB.

Demitida da Globo, Cecilia Flesch registra marca “Rivonews” e lançará novo programa

Demitida da Globo, Cecilia Flesch registra marca “Rivonews” e lançará novo programa

A apresentadora Cecilia Flesch, demitida da Globo após 17 anos de casa, registrou no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a marca Rivonews, nome que será usado em um novo programa da jornalista, a ser lançado em breve.

Rivonews faz referência ao remédio Rivotril, termo usado por Cecilia para se referir à Globo em entrevista ao podcast É Noia Minha?, em 27 de abril. Após declarações polêmicas feitas pela jornalista ao longo do podcast, a Globo optou por demiti-la.

Cecilia já está gravando pilotos para o novo programa, que deve ser disponibilizado no YouTube e em plataformas de áudio. Em entrevista ao F5, da Folha de S.Paulo, ela declarou que o objetivo do projeto é informar o público, de forma leve e descontraída: “É um programa de jornalismo, mas não segue um formato quadrado. Eu não quero isso. Vamos ter muita conversa e discutir as notícias nacionais, internacionais, política, cultura e todos os assuntos em pauta, tudo o que estiver fervendo. Mas tudo de forma descontraída, leve e irreverente. Características minhas que o grande público não conhece”.

O programa será feito em parceria com o Hub Mídia, de Ricardo Scalamandré, empresa que produz o podcast de Galvão Bueno.

Arthur Lira move ação contra ICL Notícas para retirada de conteúdo

Arthur Lira move ação contra ICL Notícas para retirada de conteúdo

O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) entrou com uma ação na 24ª Vara Cível de Brasília contra o ICL Notícias para remover  reportagens, entrevistas e comentários produzidos pelo veículo que criticam a atuação do deputado.

O processo destaca um programa veiculado em 6 de junho, que abordou o suposto recebimento de R$ 106.000 em propina por meio de um assessor, denúncias de envolvimento de um auxiliar de Lira na aquisição superfaturada de kits de robótica para escolas de Alagoas e uma entrevista com sua ex-mulher, Jullyene Lira, que o acusa de vários crimes, incluindo violência e intimidação.

Na ação, Lira pede a retirada de 43 vídeos do ICL Notícias, além de indenização de R$ 300 mil por danos morais. O mérito do processo ainda não foi julgado. A defesa do deputado diz que as informações veiculadas são inverídicas, desinformativas e que têm o objetivo de atingir a honra de Lira.

Para Eduardo Moreira, responsável pela Editora Conhecimento Liberta, empresa que produz o ICL Notícias, “não há dúvidas, trata-se de covarde e vergonhosa censura. É inaceitável o chefe de um dos três poderes de uma República dita democrática tentar calar um canal de informações via pressão política e jurídica”. Moreira também destacou que a maior parte das informações veiculadas é pública, e que o ICL Notícias sempre ofereceu espaço para Lira se manifestar, mas o deputado recusou.

Seguidores do ICL Notícias estão promovendo um abaixo-assinado em defesa da liberdade de imprensa e em repúdio à ação de Lira. “Leia e Assine em defesa da liberdade de imprensa e contra as manobras de Arthur Lira para tentar calar o ICL!”, diz o manifesto, que no momento da publicação deste texto contava com mais de 53 mil assinaturas. A hashtag #TocomICL também viralizou nas redes sociais.

Adriana Reid comemora demissão da Jovem Pan

Adriana Reid comemora demissão da Jovem Pan
Adriana Reid comemora demissão da Jovem Pan

A Jovem Pan demitiu na manhã de 10/7 a apresentadora Adriana Reid, titular do programa Jornal da Manhã. Após apresentar a última edição e ser dispensada, ela comemorou publicamente a saída forçada da emissora.

Em desabafo nas redes sociais, Adriana revelou sentir alívio por não precisar trabalhar de madrugada, uma vez que prejudicava sua saúde. A jornalista também contou que havia insistido para trocar de horário, porém o pedido foi ignorado:

“Foram quatro anos acordando às 3h da manhã diariamente para apresentar um jornal de 4 horas ao vivo e sem intervalo na Jovem Pan. Inclusive aos feriados e fins de semana. Após insistir pedindo transferência de horário, optaram hoje pela minha demissão. A sensação é de alívio, a saúde estava em jogo”, escreveu Reid.

A apresentadora encerrou agradecendo aos colegas de equipe e quem a acompanhava, prometendo retornar às atividades após um tempo de descanso. A publicação gerou o apoio de colegas de profissão, como Kallyna Sabino, ex-titular do Jornal da Manhã: “Você ganha, a Jovem Pan perde. Agora você terá uma vida além da emissora e vai perceber que foi a melhor coisa que aconteceu. Conte comigo!”.

Formada em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM), Reid teve passagens pela Record e pela Band, antes de entrar na Jovem Pan, em 2019.

 

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Troféu Mulher Imprensa revela finalistas

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Troféu Mulher Imprensa revela finalistas

A Revista e Portal Imprensa anunciou em 7/7 as finalistas do 17º Troféu Mulher Imprensa. A iniciativa visa a premiar o trabalho jornalístico das mulheres dentro e fora das redações brasileiras. O prêmio conta com 15 categorias para reconhecer profissionais de destaque no biênio 2022/2023.

As dez categorias tradicionais têm a avaliação de um júri de excelência, composto por mais de 40 profissionais de associações, causas e especialistas em comunicação. Já as cinco regionais, uma para cada região do País, são avaliadas pelo público e as que acumulam mais indicações se tornam finalistas. A consulta popular busca revelar comunicadoras que se destacam na relação com o público de sua região e produzem jornalismo regional.

As categorias de regionalidade acumularam mais de duas mil indicações de quase todos os estados e do Distrito Federal. Para conhecer as 75 finalistas e acessar a página de votação, basta acessar o site da premiação. Será aceito apenas um voto por e-mail em cada categoria, ficando sujeito a confirmação por um link enviado ao e-mail votante.

 

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Termina nesta quarta-feira o prazo para concorrer ao Prêmio Roche 2023

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde anunciou os nove finalistas da sua 10ª edição. O resultado será divulgado em 2 de novembro.
O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde anunciou os nove finalistas da sua 10ª edição. O resultado será divulgado em 2 de novembro.

A Roche e a Fundação Gabo recebem até esta quarta-feira (12/7) as inscrições para o Prêmio de Jornalismo em Saúde 2023. A iniciativa reconhecerá trabalhos de destaque nas áreas de saúde e ciência na América Latina.

Podem concorrer reportagens publicadas em português ou espanhol, de 1º de janeiro de 2021 até 31 de dezembro de 2022, nas categorias Jornalismo EscritoJornalismo Audiovisual e Cobertura Diária.

A cerimônia de premiação será em 9 de novembro, na Cidade do Panamá. Além do troféu comemorativo e certificado, a edição deste ano também traz novos prêmios aos vencedores, entre eles a participação no programa de formação de jornalismo em saúde, um workshop presencial de três dias em local a ser definido. Também serão entregues menções honrosas aos destaques no enfoque do Jornalismo de Soluções e no tema Desafios do Atendimento Sanitário.

“Queremos seguir expandindo o universo de histórias que podem participar do Prêmio Roche”, disse Miguel Montes, diretor de Programas da Fundação Gabo. “Pautas de saúde e ciência são vitais para a agenda midiática por sua relação com diversas áreas e perspectivas do jornalismo, como a econômica, a política, a social, a inovação, entre outras. Esperamos e buscamos trabalhos com qualidade, rigor, ética e excelência em sua cobertura e divulgação”.

Os interessados devem manter o trabalho indicado dentro do enfoque dos temas solicitados: Desafios do atendimento sanitário, Doenças não transmissíveis e com pouca prevalência, Inovações no atendimento de saúde, Mulher e saúde, Reformas políticas para melhorar o atendimento de saúde e Ações comunitárias para a saúde.

As inscrições são feitas exclusivamente pela plataforma do prêmio.

Portal iG anuncia mudanças de gestão

Portal iG anuncia mudanças de gestão

O portal iG anunciou mudanças em sua gestão. A jornalista Júlia de Castro Correia, então diretora Comercial, assume como CEO da empresa. Natural de Recife (PE), foi repórter televisiva em afiliadas da Record e da Band. Migrou para a área comercial para unir a paixão por vendas e tecnologia à carreira.

Ao lado de Júlia, estará Paulo Leal, publicitário e jornalista, que assume como vice-presidente executivo. Ele foi um dos fundadores do portal em 2000, tem 35 anos de mercado e passagens por MTV, ESPN, Disney, Estadão, RedeTV, Time for Fun, AlmapBBDO e Dentsu. Também compõe a nova gestão Índio Brasileiro, que atuará como vice-presidente de Novos Negócios. Fez parte da equipe de fundadores do UOL, e passou por Folha de S.Paulo, Bradesco e Starmedia.

“Nós vamos investir em novos conteúdos e editorias em notícias, finanças, empreendedorismo, futebol e entretenimento, e-commerce e publicidade, bem como estratégia de posicionamento do portal para acelerar nosso crescimento em 2023″, declarou Paulo Leal.

Segundo release enviado à imprensa, o objetivo do novo trio gestor do iG é aumentar a audiência e o alcance da empresa por meio da produção de mais conteúdo e lançamento de novos produtos. A empresa pretende ainda expandir sua redação, com a contratação de novos colunistas e influenciadores, e fechar parcerias que incluem redes sociais e agregadores de podcasts e videocasts.

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