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TOP Mega Brasil anuncia Feras da Comunicação Corporativa de 2023

TOP Mega Brasil anuncia Feras da Comunicação Corporativa de 2023

(*Com informações da Mega Brasil)

O mercado de Comunicação Corporativa acaba de eleger as Feras da Comunicação Corporativa brasileira, nas verticais Agências de Comunicação e Executivos de Comunicação Corporativa. São os TOP 10 Brasil e os TOP 5 das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Nesta edição de 2023, chama a atenção a renovação ocorrida nas duas verticais, na comparação com as sete primeiras edições da premiação.

Entre os Executivos, por exemplo, 56% (20 entre os 36 eleitos) aparecem pela primeira vez na premiação: quatro no Norte; três no Nordeste; três no Centro-Oeste; quatro no Sudeste; quatro no Sul; e dois no TOP 10 Brasil. E entre as Agências, 25% (9 entre 36) fazem sua estreia entre os vencedores:  uma no Norte; uma no Nordeste; quatro no Sudeste; uma no Sul; e duas no TOP 10 Brasil. Como era de se esperar, as mulheres dominaram a eleição entre os executivos, ficando com 27 das 37 vagas.

A força das regiões

No TOP 5 Regional, a disputa mostrou o seguinte panorama: Norte: entre os TOP 5 Executivos, foram eleitas cinco mulheres, sendo duas do Pará e três do Amazonas. Já no TOP 5 Agências, quatro são do Pará e uma do Amazonas. Nordeste: a região também elegeu cinco mulheres entre os TOP 5 Executivos. Quatro delas são da Bahia e uma do Ceará; e entre as Agências, o TOP 5 trouxe quatro da Bahia e uma do Rio Grande do Norte. Centro-Oeste: aqui, entre os TOP 5 Executivos, os homens deram sinal de vida e ficaram com três das cinco vagas: Goiás ficou com uma das vagas, Mato Grosso do Sul, com duas e Brasília com as outras duas. Entre as Agências TOP 5, uma é do Mato Grosso do Sul, uma de Goiás e três do Distrito Federal. Sudeste: na vertical TOP 5 Executivos houve empate de pontuação e desse modo, seis profissionais se classificaram: quatro são de São Paulo e dois de Minas Gerais, sendo quatro mulheres e dois homens. Entre as Agências TOP 5, foram eleitas duas com sede em Minas Gerais, duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Sul: aqui, mais uma vez, as mulheres dominaram o TOP 5, sendo duas de Santa Catarina, duas do Rio Grande do Sul e uma do Paraná. Entre as Agências TOP 5, a predominância foi do Paraná que ficou com três vagas, contra uma de Santa Catarina e uma do Rio Grande do Sul. TOP 10 Brasil: neste grupo também houve empate na vertical Executivos. Desse modo, haverá 11 premiados na vertical e mais uma vez as mulheres estão em maior número, com seis mulheres e cinco homens. O Sudeste dominou a categoria com dez das 11 conquistas, todas de São Paulo, ficando a outra com a Bahia.

Entre as Agências também houve um empate e a vertical TOP 10 terá 11 marcas disputando a estatueta da Onça Pintada: nove agências são do Sudeste, uma do Centro-Oeste e uma do Nordeste.

Votos de todo o Brasil

As redes sociais deram um brilho especial a esta eleição do TOP Mega Brasil 2023, premiação que reuniu 211 finalistas, entre Agências de Comunicação e Executivos de Comunicação Corporativa, concorrendo às verticais TOP 10 Brasil e TOP 5 regionais. Os votos obedeceram a seguinte pontuação: 1º lugar, 100 pontos; 2º lugar, 80 pontos; 3º lugar, 65 pontos; 4º lugar, 55 pontos; e 5º lugar, 50 pontos. O processo de apuração valeu-se de modernas ferramentas de validação dos votos e de rigorosa curadoria, garantindo, com isso, a lisura do pleito e um resultado justo.

Cerimônia de premiação na Unibes Cultural

O evento de premiação está marcado para o dia 30 de agosto de 2023, a partir das 18h30, na Unibes Cultural (rua Oscar Freire, 2.500, bairro do Sumaré, em São Paulo, ao lado da estação Metrô Sumaré – Linha Verde). Os classificados serão recepcionados em tapete vermelho e receberão seus certificados da premiação. Abrindo o evento, será servido coquetel aos presentes, seguido da cerimônia de premiação, quando serão anunciados os primeiros colocados em cada região, ou campeões regionais, bem como os três que se classificarem em 1º, 2º e 3º lugares no TOP 10 Brasil que, além do certificado, receberão a cobiçada estatueta da Onça Pintada, maior felino das Américas, símbolo do TOP Mega Brasil que consagra as Feras da Comunicação,

A participação no evento de premiação se dará por adesão e o valor por pessoa é de R$ 230,00. Reservas e informações com Bruna Valim ([email protected]) ou Clara Francisco ([email protected]).

Confira os vencedores do TOP Mega Brasil 2023

São os seguintes os nomes, entre Executivos de Comunicação Corporativa, e marcas, entre as Agências de Comunicação, eleitos TOP Mega Brasil 2023:

Região Norte – TOP 5 Executivos de Comunicação Corporativa

Adriana Monteiro (Vale) – PA

Elena Brito (Norsk Hydro) – PA

Eunice Venturi (FAS – Fundação Amazônia Sustentável) – AM

Roseane Mota (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano) – AM

Viviane Cavalcante (Grupo Nova Era) – AM.

 

Região Norte – TOP 5 Agências de Comunicação

Agência Eko – PA

Gaby Comunicação – PA

Gamma Comunicação – PA

Jambo Comunicação – PA

Três Comunicação e Marketing – AM.

 

Região Nordeste – TOP 5 – Executivos de Comunicação Corporativa

Amine Darzé (Neonergia) – BA

Daniela Franco Verhine (Vinci Airports)

Délia Coutinho (Fecomércio/BA) – BA

Neliza Ferraz (Grupo Aço Cearense) – CE

Thaise Muniz (Itaipava Arena Fonte Nova) – BA

 

Região Nordeste – TOP 5 – Agências de Comunicação

ATCom Comunicação Corporativa – BA

Comunic.ativa Agência de Comunicação – BA

Darana RP – BA

Marketing Real – RN

Texto & Cia Assessoria de Comunicação – BA

 

Região Centro-Oeste – TOP 5 – Executivos de Comunicação Corporativa

Aline Guedes (Grupo Flamboyand) – GO

Ana Angélica Teixeira (Oba Hortifruti) – DF

Anderson Polarini (Suzano) – MS

Ruy Conde (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) – DF

Sidnei Ramos (Eldorado Brasil Celulose) – MS

 

Região Centro-Oeste – TOP 5 – Agências de Comunicação

Contexto Mídia – MS

DGBB Comunicação & Estratégia – DF

Fato Mais Comunicação – GO

Proativa Comunicação – DF

Re9 Comunicação – DF.

 

Região Sudeste – TOP 5 – Executivos de Comunicação Corporativa

Amanda Brum (Anbima) – SP

Cristiano Caporici (Tecnobank) – SP

Gabriela Lobo (CNH Industrial) – MG

Pedro Henrique (Peagá) Oliveira (unico IDtech) – SP

Shirley Nara Pinho de Araújo (Instituto Butantan) – SP

Simone Maia (MRV&CO) – MG.

 

Região Sudeste – TOP 5 – Agências de Comunicação

Árvore – MG

Casa9 Agência de Comunicação – SP

ETC Comunicação – MG

Giusti Creative PR – SP

In Press Porter Novelli – RJ.

 

Região Sul – TOP 5 – Executivos de Comunicação Corporativa

Ariana Russi Deschamps (Grupo Boticário) – SC

Bianca Franchini (Sicredi) – RS

Bruna Brassalotti (Paraná Clínicas) – PR

Sayonara Moreira (Tupy) – SC

Thais Fontes (Melnick).

 

Região Sul – TOP 5 – Agências de Comunicação

Central Press – PR

Excom Comunicação – PR

Martha Becker Connections – RS

Oficina das Palavras – SC

V3Com – PR.

 

TOP 10 – Brasil – Executivos de Comunicação Corporativa

Bruno Rossini (Quinto Andar) – SP

Carolina Prado (Intel) – SP

Debora Pratali (Hospital Israelita Albert Einstein) – SP

Glauco Lucena (Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) – SP

Jorge Görgen (Iveco Group) – SP

Malu Weber (Bayer) – SP

Marcelo Gentil (Novonor) – BA

Mariana Scalzo (McDonald’s / Arco Dorados) – SP

Matheus Lombardi (XP Inc.) – SP

Pâmela Vaiano (Itaú Unibanco) – SP

Viviane Mansi (Toyota) – SP.

 

TOP 10 – Brasil – Agências de Comunicação

AD2M Comunicação – CE

Approach Comunicação – RJ

BCW Brasil – SP

CDN Comunicação – SP

Edelman – SP

Fato Relevante – SP

FSB Comunicação – RJ

JeffreyGroup – SP

Loures Comunicação – SP

Oficina Consultoria – DF

RPMA Comunicação – SP.


Jornais têm queda na versão digital no primeiro semestre de 2023

Jornais têm queda na versão digital no primeiro semestre de 2023

Levantamento do Poder 360 mostrou que as versões digitais dos principais jornais do Brasil registraram queda no número de assinantes no primeiro semestre de 2023. A análise observou dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) referentes a 12 jornais, de dezembro do ano passado até junho deste ano.

O estudo analisou dados de Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo, Valor Econômico, Zero Hora, A Tarde, O Tempo, Estado de Minas, Super Notícia, Correio Braziliense, Extra e O Popular. Foi a primeira queda de assinaturas digitais em jornais desde 2017.

Dos veículos citados, nove tiveram queda em seu número de assinantes digitais. O que teve números piores foi o jornal Extra, com uma queda de quase 37% em sua versão digital, seguido por O Tempo, com variação negativa de 32,7%, e Super Notícia, que perdeu 26,5%. Apenas A Tarde, Zero Hora e Estadão tiveram aumento no número de assinaturas digitais, com destaque para A Tarde, cujos números cresceram em quase 19%.

Ao analisar os números totais dos 12 jornais, o levantamento mostra que essas publicações perderam pouco mais de 43 mil assinaturas online desde dezembro do ano passado até junho de 2023.

Em relação à versão impressa, o levantamento mostrou que a circulação segue a tendência de queda detectada nas últimas edições do estudo. A tiragem média caiu cerca de 8% em seis meses, e a soma dos exemplares impressos de junho deste ano equivale a apenas 46% do total de 5 anos atrás, em 2018.

Os piores resultados foram do Estado de Minas, que teve uma retração de quase 31% na circulação impressa, seguido por Extra, que perdeu 21,2% de assinantes da versão impressa, e Correio Braziliense, com queda de aproximadamente 16%. Os únicos jornais que aumentaram a circulação impressa foram O Povo (8,1%) e A Tarde (quase 7%).

Confira o levantamento na íntegra aqui.

UOL demite Ricardo Kotscho por “corte de custos”

UOL demite Ricardo Kotscho por “corte de custos”

O jornalista Ricardo Kotscho publicou nesta terça-feira (1º/8) seu último texto como colunista do UOL. Na despedida, escreveu que o UOL o demitiu sob a justificativa de “corte de custos”, sem maiores explicações. Informou que descansará por alguns dias e deve anunciar seus novos desafios em breve.

Kotscho estava no UOL desde 2020, quando seu blog Balaio do Kotscho, criado por ele em 2008, estreou no UOL Notícias. No espaço, escrevia sobre diversos temas, como o cenário da política brasileira, histórias do cotidiano, além de esporte e cultura. Kotscho atuava também como comentarista do UOL News, e participava, de segunda a sexta, como “palpiteiro” na reunião matinal de pauta do veículo.

No texto de despedida, agradeceu pelo período na redação do UOL. “Uma das melhores onde já trabalhei, em que se respira notícia 24 horas por dia, e o serviço nunca termina”, descreveu.

“Sei que a nossa profissão passa por grandes transformações nas relações de trabalho e de negócio. No futuro, não haverá mais casos de profissionais que passaram a vida toda na mesma empresa. (…) Mas, apesar de tudo, já entrando na prorrogação da carreira, continuo achando que o jornalismo é a melhor profissão do mundo para espíritos inconformados com os rumos da humanidade, solidários e intrépidos como a dos repórteres de ofício”, escreveu.

Aos 75 anos e prestes a completar 60 de jornalismo, a trajetória de Kotscho na imprensa confunde-se com a própria história do jornalismo brasileiro. Neto, pelo lado materno, de um popular jornalista alemão, Kotscho é irmão do também jornalista Ronaldo Kotscho, e pai da também jornalista Mariana Kotscho.

Atuou em muitos veículos da imprensa brasileira, nas funções de repórter, repórter especial, editor, chefe de Reportagem, colunista, blogueiro e diretor de Jornalismo. Foi correspondente do Jornal do Brasil na Europa nos anos de 1977 e 1978, e exerceu o cargo de secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, no período de 2003 a 2004. Seu blog Balaio do Kotscho foi hospedado no portal iG e no R7, antes de chegar ao UOL, em 2020.

Ganhou vários prêmios Esso, em 1975, 76, 78 e 95; o Vladimir Herzog, em 1981 e 83; o Comunique-se, em 2010 e 2012; o Top Blog, em 2009; entre outros. Em 2008, foi um dos cinco jornalistas brasileiros contemplados com o Troféu Especial de Imprensa da ONU. Tem também 20 livros publicados.

Carla Zambelli processa jornalista que perseguiu com uma arma

Carla Zambelli processa jornalista que perseguiu com uma arma
Carla Zambelli processa jornalista que perseguiu com uma arma

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) está processando por difamação o jornalista Luan Araújo, de 32 anos, a quem perseguiu com uma arma em punho na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022.

A parlamentar prestou queixa após a publicação de um texto no Diário do Centro do Mundo, no qual o jornalista critica a falta de punição aos atos da deputada:

“Zambelli, que diz estar com problemas, na verdade está na crista da onda. Continua no partido pelo qual foi eleita, segue com uma seita de doentes de extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”, diz um trecho.

No texto, Luan também desabafa sobre as consequências do acontecimento em diversos aspectos de sua vida, sobretudo a saúde: “Por outro lado, eu, a vítima deste caso, tive diversos ônus desde aquele dia. Minha vida pessoal virou de cabeça para baixo, perdi relações importantes, comecei a colecionar problemas de saúde e vivo com pânico diariamente’’.

O juiz da Vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo, Fabrício Reali Zia, discordou do entendimento do Ministério Público de rejeitar a ação e pediu uma audiência preliminar para analisar o caso. O magistrado solicitou a remoção do texto em 48 horas a partir da notificação de Luan Araújo.

Na decisão de 28/7, o juiz escreveu que há “excesso de linguagem na matéria jornalística” e que as acusações, “em tese, ferem a honra subjetiva e objetiva da querelante e, portanto, neste momento processual, ultrapassam os limites da narração crítica acerca de um desentendimento ocorrido entre as partes”.

Em dezembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou que Zambelli entregasse a pistola que usou para perseguir o comunicador, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Uma semana após a decisão, ela entregou a pistola e as munições na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo.

O julgamento que definirá se a deputada se tornará ré por perseguição armada está marcado para agosto.

 

Leia também: Documentário sobre jornalistas em democracias em crise é indicado ao Emmy

Confira os selecionados para curso de jornalismo ambiental em Belém

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Open Climate Initiative/Centre for Investigative Journalism (OCRI/CIJ) anunciaram os dez jornalistas selecionados para o curso de jornalismo ambiental realizado em Belém, de 21 a 24 de agosto.

O curso abordará diversos aspectos das mudanças climáticas, investigação jornalística ambiental, atuação de defensores ambientais, entre outros tópicos relacionados. As passagens e a hospedagem serão custeadas pela Abraji e o OCRI/CIJ. Após o treinamento, serão selecionadas duas pautas que receberão apoio financeiro e técnico para a execução e publicação das reportagens até janeiro de 2024.

Os selecionados são Bibiana Maia da Silva (RJ), Carolina Bataier (DF), Cecilia Mara Alves Silva Amorim (PA), Débora dos Santos Gomes (TO), Fellipe Abreu de Alcântara (SP), Jullie Pereira da Silva (AM), Michael de Souza Esquer (MT), Rodrigo Pedroso (SP), Rudja Catrine Silva dos Santos (AP) e Taina Nicoly Neves Ambrozio (AM).

Entre os instrutores do treinamento estão Sineia do Vale, índígena do povo Wapichana e coordenadora Nacional do Comitê Indígena de Mudanças Climáticas (CIMC); Wérica Lima, repórter da Amazônia Real; Carolina Dantas, editora do PlenaMata e da InfoAmazonia; Edriano Souza, analista de Pesquisa no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); e Fernanda Wenzel, repórter investigativa freelancer especializada em meio ambiente e Amazônia.

Documentário sobre jornalistas em democracias em crise é indicado ao Emmy

O documentário Endangered (Ameaçados de Extinção), do repórter norte-americano Ronan Farrow, que aborda o cotidiano de jornalistas que vivem em países onde a liberdade de imprensa e a democracia estão em crise, foi indicado ao Emmy 2023 na categoria de melhor documentário.

A produção, que foi ao ar em junho de 2022 no HBO Max, acompanhou o trabalho de quatro jornalistas durante três anos, mostrando os desafios de se fazer jornalismo em meio a constantes ataques, ameaças e tentativas de descredibilização da imprensa.

A repórter da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello está entre os retratados no filme. Ela fala sobre como a liberdade de imprensa ainda é muito frágil na “jovem democracia brasileira”. Patrícia teve atuação essencial no combate à desinformação durante as últimas eleições brasileiras. Assinou reportagens sobre disparos de mensagens em massa para beneficiar candidatos durante as eleições de 2018. Por causa de seu trabalho, foi diretamente atacada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. É até hoje vítima de diversos ataques, em sua grande maioria com teor misógino.

Em reconhecimento à sua atuação no jornalismo, Patrícia venceu o Prêmio Maria Moors Cabot, a mais relevante distinção concedida nos Estados Unidos a jornalistas estrangeiros. É também autora do livro A máquina do ódio: notas de uma repórter sobre fake news e violência digital.

O documentário acompanhou também o cotidiano do americano Oliver Laughland, que cobriu a campanha de Donald Trump por The Guardian e foi hostilizado por apoiadores do ex-presidente; do repórter fotográfico Carl Juste, do Miami Herald, responsável por cobrir o dia a dia de Trump e o movimento Black Lives Matter; e da repórter fotográfica mexicana Sashenka Gutierrez, especializada em coberturas de protestos e de violência no México.

Endangered concorre com outros cinco documentários: 11 minutes, da Paramount, sobre o tumulto que matou mais de 150 pessoas durante uma celebração do Halloween em Seul; Retrograde, da National Geographic, sobre os meses finais da presença de tropas americanas no Afeganistão; The Trapped 13: How We Survived The Thai Cave, da Netflix, sobre os 12 meninos jogadores de futebol e seu treinador que ficaram presos em uma caverna inundada na Tailândia em 2018; Wuhan Wuhan, da PBS, sobre os primeiros meses da pandemia de Covid-19 na China; e Let the Little Light Shine, também da PBS, sobre a mobilização contra o fechamento de uma escola de referência nos EUA.

A premiação do Emmy 2023, inicialmente marcada para 18 de setembro, foi adiada devido às greves dos sindicatos dos atores e dos roteiristas de Hollywood. É a primeira vez que o evento é adiado desde 2001.

Eco Nordeste vence Grande Prêmio BNB de Jornalismo

Eco Nordeste vence Grande Prêmio BNB de Jornalismo

A agência de conteúdo Eco Nordeste venceu o Grande Prêmio Nacional BNB de Jornalismo 2023, realizado pelo Banco do Nordeste (BNB), com a série de reportagens Caravana Nordeste Potência, de autoria de Maristela Crispim, editora-chefe da Eco Nordeste, fotografia de Alice Sales e arte de Flavia P. Gurgel.

Os vencedores foram anunciados em 27/7, durante o 29º Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, em Fortaleza. Neste ano, o Grande Prêmio, que representa a categoria Nacional da premiação, vencida pela Eco Nordeste, tinha como tema “a importância do Jornalismo para o desenvolvimento regional”.

A série premiada, com seis reportagens no total, aborda o Plano Nordeste Potência, iniciativa que incentiva o desenvolvimento verde, a recuperação do passivo socioambiental e a ampliação das fontes de energia renovável de forma justa e inclusiva na Bacia do Baixo São Francisco e no restante do Nordeste.

As reportagens são fruto da cobertura da Caravana Nordeste Potência, na qual participaram Maristela Crispim e Alice Sales, a convite do Instituto ClimaInfo. A expedição percorreu mais de 2.800 quilômetros, entre 29 de agosto e 9 de setembro de 2022, por diversos municípios de Alagoas, Bahia e Pernambuco, com o objetivo de compreender o processo de construção da Bacia do Baixo e Submédio São Francisco e como a região pode se desenvolver de forma menos impactante.

O BNB entregou outros cinco prêmios nacionais e onze estaduais, além de um prêmio extrarregional e um prêmio universitário.

Na categoria Texto, o trabalho vencedor foi a reportagem Pimenta rosa capixaba conquista o mundo e pode ganhar Indicação Geográfica, de Leandro Fidelis e Fernanda Zandonadi, publicada no Anuário do Agronegócio Capixaba (Guaçuí – ES).

Em Fotografia, a imagem premiada foi Ceará ocupa a terceira maior geração de energia renovável do Nordeste, de Francisco Sampaio Fontenelle, para O Povo (Fortaleza).

Na categoria Áudio, o prêmio foi para Marcos Thomaz, Fernanda Gonçalves, Marcos Pak e João Lira, com a série especial Na Paraíba o agro não é pop, não é tech, mas é tudo… para muitos, da Rádio Tabajara (João Pessoa).

Em Audiovisual, a reportagem vencedora foi Vaqueiros do Sertão da Bahia – uma cultura que se mantém viva de geração em geração, da TV Globo-SP.

E na categoria Projetos Multimídia, o trabalho vencedor foi o Especial Cariri Pré-Histórico, de O Povo (Fortaleza).

Confira a lista completa dos vencedores. 

Organizações e profissionais se unem pela remuneração do jornalismo pelas big techs

Jornalistas, acadêmicos e representantes de organizações da sociedade civil durante conferência sul-africana. Imagem: Gordon Institute of Business Science.
(*Com informações da Ajor)

Jornalistas, acadêmicos, ativistas, advogados e organizações da sociedade civil, assinaram o documento Big Tech e Jornalismo: princípios para uma remuneração justa, que propõe diretrizes para o financiamento de conteúdos jornalísticos pelas grandes plataformas digitais.

O texto final foi acordado durante a conferência Construindo um Futuro Sustentável para o Sul Global, que aconteceu nos dias 13 e 14 de julho, em Joanesburgo, na África do Sul. No total, 19 organizações e 61 profissionais assinaram o documento entre elas as brasileiras Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e Instituto Vladimir Herzog, e a jornalista Natalia Viana, diretora da Agência Pública e Havard Nieman Fellow em 2022.

Jornalistas, acadêmicos e representantes de organizações da sociedade civil durante conferência sul-africana pela remuneração do jornalismo pelas Big Techs. Imagem: Gordon Institute of Business Science.

O documento tem o objetivo de contribuir para a elaboração, a implementação e a avaliação de mecanismos de políticas públicas que obriguem as plataformas digitais e organizações jornalísticas a negociar para chegarem a termos econômicos mais justos. O Brasil está entre os países que estão discutindo modelos para a remuneração por conteúdos noticiosos divulgados nas redes sociais.

A nova proposta reconhece a liberdade de expressão como um direito humano fundamental que sustenta a democracia e apoia o jornalismo de interesse público como um bem que deve estar disponível a todos. Além disso, tem caráter universal, servindo como uma estrutura para qualquer país que busca abordar a sustentabilidade da mídia por meio de concorrência ou abordagens regulatórias, ao mesmo tempo em que permite adaptação a contextos locais.

“O encontro e a elaboração conjunta do documento são exercícios extremamente importantes para a proposição de alternativas para a sustentabilidade do jornalismo e, mais especificamente, para a relação com as grandes plataformas digitais”, afirma Maia Fortes, diretora executiva da Ajor que representou a entidade no encontro.” Ele ajuda a conceituar elementos que, até agora, eram lacunas nas propostas de regulamentação apresentadas pelo congresso brasileiro, além de endossar critérios muito caros à Ajor. Estamos muito felizes por participar ativamente deste momento-chave para o ecossistema digital, e esperamos que ele seja o início de uma mudança global que favoreça o jornalismo de interesse público plural e independente”.

 

Conheça as diretrizes:

  1. Interesse público

Os mecanismos devem apoiar e investir no jornalismo de interesse público, ou seja, notícias e informações produzidas de acordo com padrões jornalísticos profissionais que informam o público sobre assuntos relevantes para seus direitos e responsabilidades como cidadãos. Os mecanismos também podem ter o efeito de apoiar outras formas de jornalismo, mas, em igualdade de condições, devem priorizar o apoio ao jornalismo de interesse público.

  1. Pluralidade

Os mecanismos devem apoiar a pluralidade nas plataformas e nos mercados jornalísticos. Em especial, os mecanismos devem ter um impacto líquido positivo sobre a pluralidade de organizações em um mercado. Eles não devem criar um viés em favor de organizações estabelecidas, mas devem servir para atenuar qualquer viés que favoreça organizações já estabelecidas, de modo que o público possa – a médio e longo prazo – se beneficiar de uma maior variedade de conteúdo disponível. Organizações muito pequenas, médias e iniciantes devem poder se beneficiar.

  1. Diversidade

Os mecanismos devem apoiar a diversidade no mercado jornalístico e devem ter um impacto positivo líquido na variedade de conteúdo, vozes e idiomas representados, incluindo as vozes de grupos historicamente sub-representados e marginalizados. Eles não devem criar um viés em favor de vozes historicamente dominantes.

  1. Sustentabilidade

Os mecanismos devem apoiar a sustentabilidade no mercado de jornalismo, para iniciativas individuais e para o setor como um todo, garantindo que eles recebam uma compensação justa pelo uso de sua propriedade intelectual e conteúdo. Os mecanismos devem se adaptar às condições de mercado em evolução e aumentar a probabilidade de que as iniciativas possam criar fluxos de receita diversificados.

  1. Equidade

Os mecanismos devem garantir que os termos dos acordos entre plataformas e organizações jornalísticas sejam coerentes com o mercado e não permitam que plataformas específicas ou organizações façam acordos preferenciais. Isso não significa que todas as plataformas devam dar a todas as organizações a mesma quantia de dinheiro. Mas significa que a base para pagamentos e acordos de uso deve ser a mesma para todos nesse mercado e determinada a partir de critérios objetivamente verificáveis. As plataformas não devem favorecer determinadas organizações jornalísticas simplesmente porque elas têm maior influência política ou maior valor de mercado, por exemplo. Isso também significa que todos os acordos entre plataformas e organizações jornalísticas devem ser feitos em prazo igualmente razoável e que nenhuma das partes deve poder usar seu poder de barganha comparativo para arrastar as negociações.

  1. Coletividade

As organizações de pequeno e médio porte devem ter permissão para coordenar seus esforços, o que pode incluir negociação coletiva com plataformas.

  1. Transparência

O mais alto grau possível de transparência deve ser adotado tanto para o processo de proposição e implementação dos mecanismos quanto para os resultados obtidos. Tanto plataformas quanto organizações jornalísticas devem adotar o mais alto grau possível de transparência para que todas as partes possam avaliar a equidade de qualquer acordo e para que terceiros possam avaliar o impacto do mecanismo como um todo. Por exemplo, os mecanismos podem exigir que as plataformas e as organizações compartilhem dados sobre o tamanho e o comportamento de suas audiências e venda e direcionamento de publicidade. Preocupações com a concorrência ainda podem ser levadas em consideração. Quando houver dados pessoais ou comercialmente sensíveis envolvidos, eles poderão ser compartilhados somente entre as partes e com qualquer órgão de fiscalização. Todas as informações devem ser compartilhadas com o público, quando devidamente agregadas e anonimizadas.

  1. Responsabilização

Os mecanismos não devem tolher a liberdade das organizações de responsabilizar as plataformas por suas ações por meio de seu jornalismo, ou a liberdade das plataformas de criticar as organizações de mídia. Os termos dos acordos entre eles devem ser divulgados para garantir que todas as partes possam ser responsabilizadas e para criar uma relação de confiança com o público.

É necessário que avaliadores terceirizados, independentes de qualquer órgão de fiscalização, possam analisar esses mecanismos e seus resultados. Eles devem ter o poder de fazer recomendações a esse órgão e, quando necessário e apropriado, aos órgãos legislativos. Eles devem garantir que haverá oportunidade de consulta pública sobre o desempenho dos mecanismos.

  1. Independência

Os mecanismos devem ser supervisionados e ter sua implementação fiscalizada por órgãos que sejam comprovadamente independentes dos segmentos de plataformas e de publicações jornalísticas. Embora esses órgãos possam, quando apropriado, ser estabelecidos e financiados por governos nacionais ou regionais, eles devem ser operacionalmente independentes de influência política e suficientemente bem financiados para mitigar qualquer risco de interferência indevida. Os órgãos de fiscalização devem ter metas e objetivos claros para permitir que o setor, pesquisadores, a sociedade civil e o público determinem se eles estão ou não cumprindo essas metas e objetivos.

  1. Resultados

Os mecanismos devem ser orientados para resultados, com os princípios de interesse público, pluralidade, diversidade e sustentabilidade da mídia em seu cerne. Eles devem ser avaliados regularmente por avaliadores independentes, que devem estar em condições de publicar uma análise honesta e robusta do desempenho dos mecanismos.

Acesse o documento completo, com todos os signatários.

Empresas multinacionais anunciam em vídeos desinformativos sobre a Amazônia

Empresas multinacionais anunciam em vídeos desinformativos sobre a Amazônia

Relatório da organização Ekō aponta que diversas empresas multinacionais têm anúncios de suas marcas em vídeos que espalham informações falsas sobre desmatamento, meio ambiente e incêndios na Amazônia. A informação é de Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.

Segundo o relatório, empresas como Unilever, Mitsubishi, Panasonic, Unicef, Pão de Açúcar e Quinto Andar estão financiando, com seus anúncios, canais que espalham mentiras e desinformação sobre o meio ambiente, na maioria das vezes sem sequer saber disso.

A Ekō realizou o levantamento entre maio e junho deste ano. O relatório detectou ao todo 50 vídeos, sendo 31 deles monetizados, contendo desinformação, dados tirados de contexto, e teorias da conspiração relacionados à Amazônia e às mudanças climáticas. Esses vídeos tiveram um total de 4 milhões de visualizações e veicularam publicidade de 120 anunciantes diferentes.

Um exemplo citado pelo relatório é o vídeo Bolsonaro Reage a Queimadas na Amazônia, do canal VLOG Silvano Silva, que tem cerca de 275 mil inscritos. No vídeo, o youtuber Silvano Silva faz diversas afirmações falsas, como que as ONGs atuando na preservação da Amazônia são comandadas por “índios” que querem enriquecer e manter outras tribos na pobreza, que invasões a terras indígenas e assassinatos são falsos, e que a NASA teria dito que não havia nada atípico. O vídeo com as fake news tem anúncios de Panasonic e Localiza.

Outro exemplo são vídeos do canal do jornalista Alexandre Garcia no YouTube, que tem mais de 2,5 milhões de inscritos. Em um deles, intitulado As verdades sobre as fake news da Amazônia, Garcia diz que é impossível queimar a floresta tropical antes de outubro, e que incêndios reportados fora desse período são falsos, o que é mentira, pois boa parte dos incêndios é precedida por desmatamento. O vídeo tinha anúncio do Pão de Açúcar, que, após a reportagem da Folha, pediu a “paralisação da veiculação da campanha nos veículos digitais e a imediata revisão dos critérios que definem a compra e distribuição de mídia da marca”.

Em outro vídeo, o apresentador Sikêra Jr, em seu canal no YouTube, disse que houve diminuição nos índices de desmatamento pois a imprensa havia sido subornada a não cobrir mais o assunto, mais uma afirmação falsa. O canal, com mais de 5,4 milhões de inscritos, tem anúncios de empresas como a Unilever, Eucerin e Mitsubishi.

A Ekō criticou as diretrizes do YouTube sobre desinformação climática e remoção de conteúdo desinformativo sobre o assunto. A organização pediu que o Google, dono do YouTube, revise e amplie sua definição de desinformação climática, que atualmente é muito restrita.

Leia a reportagem da Folha na íntegra.

Telejornal na Índia é apresentado por inteligência artificial

Telejornal na Índia é apresentado por inteligência artificial
Telejornal na Índia é apresentado por inteligência artificial

Em meio a controvérsias sobre o uso de inteligência artificial no jornalismo, uma apresentadora criada por IA assumiu o comando de um telejornal no leste da Índia. Na estação de televisão Odisha TV, o chatbot chamado Lisa leu os destaques do noticiário em odia, idioma local.

Gerada por IA, Lisa apresentou as notícias enquanto utilizava um traje tradicional entre mulheres no local. Segundo a CNN, a novidade iniciou em abril deste ano, quando outro chatbot nomeado Sana fez o mesmo no canal de notícias Aaj Tak. O canal pertence ao grupo India Today, uma das principais organizações de mídia do País.

Para o público desatento, Lisa pode ser confundida com uma humana; no entanto, uma observação maior revela movimentos lentos e artificiais. Além da voz robótica e monótona, com entonação diferente da de profissionais humanos.

Apesar das limitações, a tecnologia facilitaria o consumo de notícias pela ampla variedade de idiomas: Sana, por exemplo, é capaz de se comunicar em até 75 idiomas.

Contudo, segundo as empresas, elas não possuem o objetivo de substituir os humanos, uma vez que após a leitura das manchetes o comando retorna aos jornalistas que debatem o assunto com os convidados.

 

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