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quarta-feira, novembro 5, 2025

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ONU faz apelo pelo fim da impunidade para crimes contra jornalistas

ONU faz apelo pelo fim da impunidade para crimes contra jornalistas
Crédito: Nadine E/Unsplash

No domingo (2/11), Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, a Organização das Nações Unidas fez um apelo pelo combate à impunidade para ataques e assassinatos de jornalistas ao redor do Globo. Segundo a entidade, praticamente nove em cada dez assassinatos de jornalistas continuam sem solução.

António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu que os governos investiguem os casos de agressões, ataques, violência e assassinatos contra jornalistas, processando os responsáveis e garantindo que os profissionais de imprensa possam exercer seu trabalho com segurança.

“A impunidade em qualquer lugar não é apenas uma injustiça para com as vítimas e suas famílias – é um ataque à liberdade de imprensa, um convite a mais violência e uma ameaça à própria democracia”, declarou Guterres. “Quando jornalistas são silenciados, todas e todos nós perdemos nossa voz. Vamos nos unir para defender a liberdade de imprensa, exigir responsabilidade e garantir que aqueles que dizem a verdade ao poder possam fazê-lo sem medo”.

Segundo dados da Unesco, mais de 1.700 jornalistas foram mortos desde 1993, e em 90% dos casos os assassinos seguem impunes. As regiões mais perigosas para o trabalho da imprensa são América Latina e o Caribe. Além das mortes, os jornalistas enfrentam sequestros, tortura, intimidação e assédio. A ONU alertou também para o crescimento exponencial no número de ataques online e de violência de gênero contra mulheres jornalistas.

Leia a mensagem de António Guterres pelo fim da impunidade para crimes contra jornalistas aqui.

SJSP apresenta ação judicial contra União e Estado de São Paulo por danos morais coletivos a jornalistas durante a ditadura

SJSP apresenta ação judicial contra União e Estado de São Paulo por danos morais coletivos a jornalistas durante a ditadura
Raphael Maia e Bruno Talpai (Crédito: SJSP/YouTube)

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) apresentou na semana passada uma ação judicial por danos morais coletivos contra a União e o Estado de São Paulo em razão das violações aos direitos humanos de jornalistas ocorridas durante a ditadura militar. A entidade realizou uma coletiva de imprensa para explicar a ação.

Na coletiva, Raphael Maia, coordenador jurídico do SJSP, e Bruno Talpai, advogado especializado em Justiça de Transição, explicaram os fundamentos jurídicos e o objetivo da ação, que visa a fazer justiça e responsabilizar os culpados pelos crimes cometidos contra jornalistas durante o período militar, em movimento de reparação histórica coletiva da categoria. Raphael e Bruno conversaram com Eduardo Viné Boldt, do departamento de Comunicação e Cultura do SJSP. A iniciativa faz parte de uma série de atividades em memória dos 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog, no final de outubro.

Assista à primeira parte da coletiva, realizada em 28/10, no canal do SJSP no YouTube.

SBT e NSports firmam parceria e transmitirão Copa do Mundo de 2026

O SBT e a NSports assinaram contrato para a transmissão da Copa do Mundo de 2026, por meio de um acordo de sublicenciamento, feito junto à empresa LiveMode. Serão ao todo 32 jogos exibidos pelos dois veículos, incluindo todas as partidas de Seleção Brasileira, com nomes como Galvão Bueno e Tiago Leifert.

Galvão, que é um dos proprietários da NSports, narrou 13 edições consecutivas da Copa do Mundo e estará de volta à frente de jogos do Mundial com a parceria entre SBT e NSports. Ele comandará a transmissão de todos os jogos do Brasil e vai narrar também outras partidas importantes da competição. E Tiago Leifert, um dos principais nomes da equipe de Esportes do SBT, também vai narrar jogos importantes e estará à frente de programas especiais que debaterão os principais resultados do torneio.

O acordo entre SBT e NSports inclui parceria de cobertura e colaboração de pessoal para a transmissão da Copa. As duas empresas estão em busca de reforços para a equipe do projeto, que devem ser anunciados nos próximos meses.

Com a parceria, o SBT volta a transmitir a Copa do Mundo após 28 anos. O SBT transmitiu as Copas de 1986, 1990, 1994 e a última edição do torneio exibida pela emissora foi a de 1998. A Copa de 2026 será a quinta edição da competição transmitida pelo SBT.

Confira os vencedores do 1º Prêmio ADPF de Jornalismo

Crédito: ADPF/YouTube

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) anunciou em 29/10 os vencedores da primeira edição do Prêmio ADPF de Jornalismo, que valoriza e reconhece trabalhos jornalísticos sobre a atuação da Polícia Federal. Foram premiadas reportagens de Metrópoles, ICL Notícias, Rede Paraíba (Globo), CNN Brasil e TV Record.

Na categoria Texto, o vencedor foi o Metrópoles, com a reportagem Farra do INSS, de Fabio Leite e Luiz Vassallo, que investigou associações fantasmas que aplicavam golpes e realizavam descontos indevidos no contracheque de aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Em Áudio, o primeiro lugar ficou com o podcast O Império Invisível de Silas Malafaia, do ICL Notícias, tocado por Igor Mello, Juliana Dal Piva, Cristiano Botafogo, Gabriela Varella, Stela Nesrine, Amon Medrado, Elenice Bottari, Paula Villar, Eder Ribeiro, Fred Lopes e João Brizzi. O projeto detalhou o patrimônio, as movimentações financeiras e o projeto político do pastor Silas Malafaia.

Na categoria Vídeo, o troféu foi para a Rede Paraíba, afiliada da Globo na Paraíba, com a série de reportagens Ele tinha envolvimento, comandada pela repórter Ana Beatriz Rocha. As reportagens retrataram o aumento de crimes violentos na região metropolitana de João Pessoa, ocasionado pelo crescimento da atuação de facções criminosas nos territórios nordestinos.

A série de reportagens DNA do Crime, da CNN Brasil, venceu a categoria especial Inovação Tecnológica no Combate à Criminalidade. Em três reportagens, o repórter Elijonas Maia detalhou o avanço da tecnologia no combate ao crime organizado.

E a reportagem Bastidores da venda ilegal de mercúrio no Brasil, da TV Record, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Especial Bolivar Steinmetz, que reconhece trabalhos que destaquem o papel da atuação de delegados da Polícia Federal nas investigações. A reportagens, conduzida por André Azeredo, Márcio Neves, Lúmi Zunica e Thiago Samora mostrou como o mercúrio entra ilegalmente no território nacional e como essa substância altamente tóxica pode contaminar rios, peixes e pessoas.

Eleição na Abraji começa nesta sexta-feira (31/10) com disputa inédita entre duas chapas

Pela primeira vez em seus 23 anos de história, a eleição da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) não será em chapa única; duas estão na disputa. De um lado, está a Chapa Plural, encabeçada por Ana Carolina Moreno, atual diretora da entidade e jornalista especializada na cobertura de dados; do outro, a Contraponto, liderada por João Peres, diretor de O Joio e O Trigo.

Das 10h desta sexta-feira (31/10) até às 18h da próxima segunda-feira (3/11) os 286 associados aptos participarão do pleito que definirá quem comandará a entidade, uma das mais representativas do jornalismo brasileiro, pelos próximos dois anos. Este número representa cerca de 65% dos quase 450 associados ativos, uma vez que para participar do processo, como eleitor ou compondo uma das chapas, é necessário ser filiado à associação há mais de um ano.

A expectativa é que a Comissão Eleitoral divulgue o resultado final ainda na noite de segunda-feira, logo após o fim da votação online. Conversamos com os candidatos para conhecer as propostas de cada chapa para o próximo biênio. Confira:

 

Chapa Contraponto: discordância em Congresso da Abraji altera status quo

Jornalistas&CiaO que motivou a criação de uma chapa de oposição nesta eleição?

João Peres

João Peres – A ideia surgiu quando divulgaram a lista dos patrocinadores do Congresso da Abraji deste ano. Entre as corporações estava uma em específico, que é conhecida por adotar práticas que afetam negativamente, de várias maneiras, a vida humana. Quando eu vi, mandei uma mensagem manifestando o meu incômodo, explicando inclusive que se o apoio tivesse sido anunciado antes era provável que eu nem fosse ao evento. Isso é uma preocupação muito importante para mim, uma vez que estamos falando do principal congresso de jornalismo investigativo do Brasil.

Depois disso percebi que várias pessoas também compartilhavam do mesmo incômodo. Isso motivou alguns debates e até a realização de dois encontros da diretoria com os associados para explicar os motivos. Ainda assim não concordei com as justificativas, entre elas de que só o poder público seria problema para eventuais apoios. Como entidade, a gente precisa ter um olhar atento pelas perspectivas do Século 21, em que algumas corporações têm mais poder do que muitos governos.

J&CiaE como foi a formação da chapa e sua escolha para liderá-la?

João – Começamos a reunir associados que também entendiam que formar uma chapa de oposição seria o melhor neste momento. Conseguimos formar um grupo bastante representativo, com muitas pessoas de veículos independentes, de várias regiões do Brasil, e que hoje produzem um volume de jornalismo investigativo muito grande. A Abraji precisa entender melhor este momento do jornalismo, em que mudaram as relações de trabalho e se ampliaram as questões de diversidade.

Por esses e outros motivos, ter uma segunda chapa faz sentido e é saudável. Inclusive, várias questões de transparência evoluíram nos últimos meses só por causa dessa decisão. Uma chapa de oposição força a situação a melhorar seus processos. Qualquer que for a próxima diretoria ela já sabe que terá cobranças e demandas que não havia antes.

Ainda assim não foi fácil chegar à definição de quem seria o cabeça de chapa, até porque é um trabalho voluntário, que demanda muito tempo. No final percebi que seria possível assumir com o apoio de uma diretoria colegiada, descentralizada, com uma divisão de trabalho bem definida entre seus membros.

J&CiaQue soluções vocês propõem em relação ao Congresso?

João – Olhando os dados financeiros, percebemos que o Congresso passou a ter um volume de receita que fica parecendo que ele é a única atividade existente na associação, o que não precisa ser verdade. A gente quer dar mais ênfase aos cursos. Várias pessoas da nossa chapa passaram por treinamentos promovidos pela Abraji que foram marcantes e ajudaram a formar muitos profissionais que estão fazendo a diferença no jornalismo.

Entendemos que o Congresso não precisa ser tão grande, como na última edição, em que tínhamos 12 mesas simultâneas, algumas delas esvaziadas. Um congresso que custe menos também diminui a pressão para conseguirmos patrocínios de qualquer maneira. Essa ânsia de ter 20 patrocinadores é muito recente. Também por isso precisamos de uma política clara de financiamento e patrocínio, com 100% das decisões registradas publicamente.

J&CiaAlém das questões envolvendo o Congresso, que outras pautas sua chapa está priorizando neste momento?

João – Nossa chapa nasceu ancorada em três pilares: governança profissional e estatuto atualizado; transparência e prestação de contas contínua; e aproximação real com os associados. Entendemos que é urgente a necessidade de reposicionar a Abraji como uma referência institucional sólida, eficiente e sustentável, a partir da reestruturação de seus processos internos e estatuto.

A Abraji, embora tenha uma representatividade muito grande, não é uma entidade com muitos associados e os cargos na diretoria são voluntários. Precisamos de um quadro de funcionários robusto, que trabalhe no dia a dia para o crescimento da associação para que a diretoria atue apenas quando necessário. Está claro para nós que hoje há um problema de governança, em que as coisas são muito personalistas e centralizadas na figura do presidente.

Sobre a chapa Contraponto: Encabeçada por João Peres, tem como vice-presidente Cecília Olliveira, cofundadora do The Intercept Brasil. Para a diretoria, foram escolhidos os nomes de Anelize Moreira (ACT), Ariel Bentes (Abaré – Escola de Jornalismo), Fábio Bispo (InfoAmazonia), Fred Santana (Vocativo), Jeniffer Mendonça (Núcleo Jornalismo), Leandro Barbosa (repórter socioambiental freelancer), Mateus Araújo (UOL), Piero Locatelli (repórter freelancer de política e direitos humanos) e Tatiana Dias (Intercept Brasil); o Conselho Fiscal é formado por Gisele Lobato (Aos Fatos), Maria Esperidião (Grupo Globo) e Naira Hofmeister (repórter socioambiental freelancer).

Congresso da Abraji registrou mais de 2 mil participantes em 2025

Chapa Plural: interesses coletivos acima dos projetos individuais

Jornalistas&CiaComo você analisa este momento, em que a Abraji terá uma chapa de oposição pela primeira vez em sua história?

Carol Moreno

Carol Moreno – Ficamos muito felizes em ter duas chapas, porque isso amplia a possibilidade de fazer debates e discutir ideias, convidando a participação das pessoas. Apesar disso, estamos evitando rotular como situação e oposição, até porque será uma nova gestão, com novos projetos, e não uma continuação da atual. Mesmo nos anos anteriores, apesar das chapas únicas, as eleições sempre foram marcadas por uma grande renovação, até porque o estatuto da Abraji foi feito para que as pessoas só possam ficar na diretoria por no máximo dois anos.

Ter duas chapas é uma oportunidade única para a Abraji amadurecer nesse processo de participação dos associados. Mesmo quando não sabíamos se teríamos ou não uma segunda chapa, queríamos que o debate fosse ampliado para que a eleição não se resumisse aos associados votarem em sim ou não na única opção possível. No final, o que esperamos é que quem vença essa eleição seja a Abraji.

J&CiaComo foi o processo de formação da chapa liderada por você?

Carol – A nossa chapa já nasceu diferente. Com uma renovação de 50%, procuramos misturar a vivência de quem já atua há bastante tempo pelo bem da associação com novas ideias e pessoas com experiências em outras áreas, que integrem veículos dos mais variados tamanhos e plataformas.

Além disso, buscamos em nossa equipe um olhar mais regionalizado, por isso fizemos um esforço para trazer jornalistas de outros territórios, que possam contribuir com essa experiência. Nossa chapa quer fazer um trabalho coletivo e criar canais para que a gente possa aproveitar na Abraji a expertise das pessoas associadas.

J&CiaO Congresso da Abraji foi o principal ponto de descontentamento da outra chapa. Como você analisa e pretende abordar essas demandas?

Carol – Ao longo dos anos, o Congresso ficou muito grande e se firmou como um dos principais eventos do jornalismo brasileiro. Nossa ideia para o próximo ano é, sim, fazer um evento mais enxuto, até porque a última edição era comemorativa, de 20 anos do encontro. Isso certamente diminuirá o desafio da captação de recursos.

Mas não podemos ignorar que nos últimos anos também houve uma queda nos valores de patrocínio, o que naturalmente força a necessidade de ampliar a quantidade de empresas apoiadoras. Então, inegavelmente existe esse desafio de gestão e captação de fluxo. O que a gente propõe é uma estratégia para que a comunicação com os associados aconteça de uma forma mais fluída e que uma nova política de financiamento e patrocínio seja construída de forma coletiva e transparente, respeitando democraticamente a visão da comunidade da Abraji.

Em relação aos painéis que não atingem a capacidade máxima dos espaços, isso é algo que realmente não me preocupa. O nosso objetivo é levar conhecimento, e se um grupo de pessoas, mesmo que reduzido, aprendeu algo de importante em nossos encontros, não vejo problema se a sala estava lotada ou não. Até porque se esse for o único parâmetro, podemos abrir brechas para sensacionalismo e reduzir a diversidade dos palestrantes. Hoje a gente tem um olhar muito grande para incluir pessoas que tradicionalmente ficam à margem dos debates e isso eventualmente resulta em uma procura menor por eventuais discussões que são relevantes.

J&CiaQue outras ideias sua chapa apresentou aos associados?

Carol – Toda nossa proposta de trabalho foi criada valorizando os três pilares que sustentam a Abraji, que são a proteção a jornalistas, o aprimoramento profissional e a defesa do direito de acesso a informações públicas. Pretendemos fazer isso com uma gestão colaborativa, democrática e transparente, sem decisões individuais. Respeitamos o legado da Abraji, mas queremos prepará-la para o futuro, mantendo o que funciona e melhorando o que for preciso.

Outro ponto importante é que no ano que vem teremos eleições no Brasil, um período que tradicionalmente resulta no aumento de ataques aos jornalistas. Por isso, ampliaremos os mecanismos de prevenção a ataques, de proteção e de acolhimento, buscando financiamento específico para o Programa Tim Lopes, que foi criado justamente para combater a violência contra jornalistas no Brasil, em especial no interior do País.

Sobre a Chapa Plural: Liderada por Ana Carolina Moreno e tendo como vice-presidente Juliana Dal Piva (ICL Notícias/CLIP), conta em sua diretoria com Basília Rodrigues (SBT News), Breno Pires (piauí), Catarina Barbosa (Sumaúma), Hyury Potter (jornalista e documentarista freelancer na Amazônia), João Pedro Pitombo (Folha de S.Paulo), Maiá Menezes (Estadão), Maíra Mathias (O Joio e O Trigo), Nayara Felizardo (g1) e Paula Bianchi (Repórter Brasil). Compõem o Conselho Fiscal Barbara Libório (AzMina/ESPM), Julia Affonso (UOL) e Sarah Teófilo (O Globo).

Correio da Manhã terá edição São Paulo Interior

Cláudio Magnavita prepara uma edição diária do jornal Correio da Manhã feita em Campinas para o interior do estado de São Paulo, ainda fazendo ajustes, a ser lançada este mês. Vem se juntar à de São Paulo Capital. As edições são completas, com três cadernos e 12 jornalistas contratados – equipe oriunda do Correio Popular – apenas para local news. As redações têm estúdios de televisão para abastecer a versão digital. O impresso vai circular em 800 bancas na capital e interior, além das assinaturas.

O argumento de Magnavita, publisher do Correio da Manhã, é serem hoje nacionais os grandes jornais de São Paulo – a Folha já teve edições regionais –, em que o poder público local não tem protagonismo. O Correio vai cobrir Assembleia Legislativa e as prefeituras, levando notícias regionais do interior para a capital, e vice-versa. Ele conhece o mercado paulista, pois foi diretor-geral do grupo Visão, do DCI e do Shopping News.

O jornal passa assim a ter sete edições diferenciadas: Correio Nacional, a partir do Distrito Federal; Rio de Janeiro, com foco no estado; e as regionais Sul Fluminense, Serrano, Norte Fluminense e Petropolitano. Impressão e distribuição são estruturadas em gráficas próprias, pequenas e descentralizadas.

Reuters Institute traça o perfil dos criadores que desafiam a mídia tradicional – e o Brasil está no topo da lista de países onde eles exercem mais influência

Crédito: Socialcut/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Nos últimos anos, criadores de conteúdo e influenciadores digitais – de jornalistas reconhecidos a celebridades sem vivência no universo da imprensa e conhecimento de padrões operacionais e éticos que regem a atividade – passaram a disputar com os veículos tradicionais a atenção do público nas redes sociais.

Mas quem são essas novas vozes que agora dominam o ecossistema de informação?

Um novo estudo do Instituto Reuters para Estudos de Jornalismo, publicado nesta semana, oferece uma radiografia global desses protagonistas – e revela que o Brasil está entre os países onde eles são mais influentes.

O relatório combina dados do Digital News Report e estatísticas de audiência em plataformas como X (Twitter), YouTube, TikTok e Instagram, traçando um panorama das figuras que hoje moldam a forma como as pessoas se informam e discutem política, sociedade e cultura.

Com base em mais de 40 mil nomes citados por usuários de redes em 24 países, o estudo identifica padrões desse novo cenário.

No Brasil, a atenção do público é predominantemente nacional: os brasileiros seguem, em sua maioria, criadores locais, o que reforça o papel dessas vozes na formação da opinião pública.

Esse padrão ajuda a explicar por que conteúdos políticos e de análise prosperam em ambientes polarizados – e como as fronteiras entre jornalismo, comentário e ativismo se tornaram mais difusas.

No conjuinto dos países mapeados, 85% dos influenciadores são homens, e há predominância de vozes de direita, um desequilíbrio observado em quase todos os mercados.

Leia a matéria completa e acesse a íntegra do estudo em MediaTalks.

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Guerra ao tráfico no Rio repercute na mídia internacional

Guerra ao tráfico no Rio repercute na mídia internacional
Crédito: Tomás Silva/Agência Brasil

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro

A operação policial no Rio de Janeiro em 28/10 repercutiu com força na mídia internacional. Segundo levantamento da Agência Brasil, The New York Times, na notícia, abriu espaço para o poder público, como eco das ações do presidente norte-americano, chamando a ação policial de “a mais mortal da história do Rio, com quatro policiais mortos e, ao menos, 60 pessoas mortas. Foi um ataque aos ‘narcoterroristas’, disse o governador do estado”.

Na França, Le Figaro apresentou o outro lado, afirmando que há muita “contestação sobre a eficácia destas operações policiais de grande porte no Rio de Janeiro, no entanto, elas são comuns na cidade”. O britânico The Guardian deu como título “Brasil: ao menos 64 mortos no dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais” e ainda “Fotos terríveis com alguns dos jovens homens mortos se espalharam pelas redes sociais”.

O espanhol El País ressaltou o impacto sobre a população: “Rio de Janeiro vive uma jornada de caos colossal e intensos tiroteios por uma ação policial contra o crime organizado que já é a mais letal da história da cidade brasileira”. De Buenos Aires, o Clarín reproduziu o post de um brasileiro e postou em seu site: “Não é Gaza, é o Rio”.

O dia seguinte (Crédito: Tomás Silva/Agência Brasil)

Géssika Costa despede-se da Ajor

Géssika Costa despede-se da Ajor

Após quatro anos atuando como coordenadora de Projetos da Ajor (Associação de Jornalismo Digital), Géssika Costa anunciou na última semana sua saída da entidade. “Nesses anos, vi a Ajor crescer, se desenvolver e ocupar um espaço importante na agenda por um jornalismo mais diverso, forte e resiliente. Foi um privilégio acompanhar e construir de perto essa história coletiva, guiada por valores em que acredito”, destacou em mensagem de despedida encaminhada aos associados.

Com passagens por Gazeta de Alagoas, Rádio Difusora, Agência Radioweb, Agência Tatu e Portal Lunetas, Géssika também atuou como freelancer para diversos veículos de todo o Brasil e desde 2020 é editora de texto e repórter do coletivo de independente alagoano Olhos Jornalismo. Seu novo destino profissional será anunciado nos próximos dias.

Prêmio FIESC de Jornalismo 2025 anuncia vencedores

Prêmio FIESC de Jornalismo 2025 anuncia vencedores
Vencedores do Prêmio FIESC de Jornalismo 2025 (Crédito: Divulgação/FIESC)

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) anunciou os trabalhos vencedores do Prêmio FIESC de Jornalismo 2025, que valoriza e reconhece produções jornalísticas sobre o papel da indústria de Santa Catarina. Os vencedores foram reportagens de CBN Floripa, Jornal Notícias do Dia e NDTV Record Florianópolis.

Na categoria Áudio, o primeiro lugar ficou com Elaine Simiano, Jean Raupp, Júlio Quadrado, Mariana Faraco, Mário César Gomes e Mateus Castro, da Rádio CBN Floripa, com a reportagem Riquezas da Serra, que fala sobre as mudanças econômicas provocadas pelos chamados “vinhos de altitude”, produzidos na serra catarinense.

Em Texto, o vencedor foi o Jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, com a reportagem A revolução biotecnológica em Santa Catarina, assinada por Felipe Alves, Germano Rorato, Gil Jesus da Silva, Paulo Rolemberg e Valeska Loureiro.

E na categoria vídeo, o prêmio foi para a NDTV Record Florianópolis, com a reportagem Indústrias com DNA Alemão e a Inovação que moldou Santa Catarina (Série especial Bicentenário da Imigração Alemã), de Allan Postal, Ana Beatriz Azevedo, Bethânia Guenther, Elva Obeso, Ivan Neves, Luan Vosnhak, Marcelo Campanholo, Marcelo Feble e Rodrigo Fructuoso.

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