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Marcia Foletto (O Globo) é a +Premiada Jornalista de 2023

Márcia Foletto (Foto: Antônio Foletto Santiago)

Grupo Globo também garantiu as lideranças entre os Grupos de Comunicação e em Veículo do Ano, com a TV Globo

Em uma edição marcada por pontuações elevadas entre os +Premiados do Ano, o Grupo Globo tem motivos de sobra para comemorar os resultados do Ranking 2023 após garantir a primeira colocação entre os jornalistas, veículos e grupos de comunicação.

A começar pelo excelente desempenho da repórter fotográfica Marcia Foletto, de O Globo. Com as conquistas das categorias de Fotografia nos tradicionais prêmios Vladimir Herzog, SIP e Direitos Humanos de Jornalismo, com a série Mutilados, ela somou 190 pontos e terminou 2023 como a +Premiada Jornalista do Ano.

Marcia Foletto (Foto: Antônio Foletto Santiago)

Gaúcha de Santa Maria, Marcia é fotojornalista desde o final dos anos 1980. Chegou ao Globo em 1991 e desde então participou de coberturas jornalísticas importantes, como a Eco 92, a chacina da Candelária, em 1993, e o desastre de Brumadinho, em 2019. Tem seu trabalho voltado para a fotografia documental, sempre mostrando as relações do homem com a cidade, o trabalho e o meio-ambiente.

Apenas 20 pontos a separaram de Rebeca Borges, repórter do Metrópoles e uma das grandes revelações do jornalismo brasileiro em 2023. Com apenas 24 anos, e formada em Jornalismo há três, ela garantiu a segunda posição ao também conquistar os prêmios Vladimir Herzog e SIP, nas categorias Multimídia e Cobertura de Notícias em Internet, respectivamente, com a reportagem especial Ouro Líquido, trabalho que abordou como a produção do óleo de dendê explora populações negras e indígenas no Brasil.

Sua ascensão meteórica, aliada à qualidade de seu trabalho, também chamou a atenção do comitê organizador da eleição dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, que lhe concedeu em novembro passado o Troféu Tim Lopes de Jornalista Revelação.

Figura certa entre os Top 10 +Admirados Jornalistas da História, Caco Barcellos, da TV Globo, fechou o pódio, na terceira posição, com 132,5 pontos, após ser contemplado com os prêmios de Contribuição ao Jornalismo da Abraji e CDL/BH, e pela conquista do Prêmio Roche de Jornalismo de Saúde, na categoria Audiovisual, com a reportagem Transplante de órgãos.

Completaram os Top 10 Rone Carvalho (Diário da Região), em quarto lugar, Sonia Bridi (TV Globo), em quinto, Larissa Rosso (Zero Hora/GZH), em sexto, Ana Magalhães (Repórter Brasil), em sétimo, e empatados na oitava posição Marina Pagno (G1), Raphaela Ribas (O Globo) e Sergio Tauhata Ynemine (Valor Econômico).

Nos recortes regionais, além da liderança no Sudeste garantida por Marcia Foletto, destacaram-se Rebeca Borges (Metrópoles), no Centro-Oeste, Larisa Rosso (Zero Hora/GZH), no Sul, Francisco Sampaio Fontinele (O Povo), no Nordeste, e um empate décuplo na Região Norte, com Cley Medeiros (A Crítica), Daniela Branches (TV Amazonas), Gleiton Felipe Baracho (RedeTV Rondônia), Iolanda Kinoshita (CBN Amazônia Belém), Jaine Quele Cruz (G1 Rondônia), Lena Mendonça (TV Allamanda), Luciana Carvalho (O Liberal), Nara Bandeira (SBT), Tarso Sarraf (O Liberal) e Thays Araújo Pontes (Correio de Carajás).

Dobradinha entre os veículos

Entre os veículos, o Grupo Globo garantiu uma dobradinha nas duas primeiras posiçõescom TV Globo e O Globo, respectivamente. A emissora somou 670 pontos, com as conquistas de premiações como Roche, Vladimir Herzog, Troféu Audálio Dantas, CNT, Mulher Imprensa e +Admirados, entre outras.

Na esteira da série Mutilados, que além dos prêmios de Fotografia conquistados por Marcia Foletto foi premiada com o Direitos Humanos de Jornalismo na categoria Reportagem, o jornal O Globo garantiu a vice-liderança com 455 pontos. O portal UOL, com 305 pontos, completou o pódio.

A pesquisa também trouxe os já tradicionais recortes regionais, liderados por TV Globo (Sudeste), Metrópoles (Centro-Oeste), Zero Hora (Sul), O Povo (Nordeste) e O Liberal (Norte); e as divisões por plataforma, com destaque para Repórter Brasil (Agência de Notícias), UOL (Site/Portal), O Globo (Jornal), Rádio Itatiaia (Rádio), piauí (Revista) e TV Globo (Televisão).

Sobra na liderança entre os grupos

Com as duas primeiras posições garantidas no ranking de veículos, e o 1º e 3º lugares no de jornalistas, o Grupo Globo garantiu com tranquilidade a liderança também entre os +Premiados Grupos de Comunicação do Ano. Somados, nove de seus veículos conquistaram 40 prêmios e 1.495 pontos em 2023, mais que o triplo que o segundo colocado, que neste ano ficou com o Grupo RBS, com 450 pontos. O Grupo Folha, com 405 pontos, completou o pódio.

Confira os resultados na edição especial do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2023.

Eliane Brum amplia liderança entre +Premiados Jornalistas da História

Cid Martins assume a segunda posição no levantamento nacional, enquanto o Ranking do Centro-Oeste tem novo líder, Leonêncio Nossa

Em seu quarto ano consecutivo como +Premiada Jornalista da História, Eliane Brum segue ampliando sua distância na liderança da pesquisa. Mesmo sem ganhar prêmios no ano passado, ela se beneficiou da inclusão do Troféu Audálio Dantas, que recebeu em 2022.

Com isso, a diferença, que em 2022 era de 202,5 pontos para a então 2ª colocada Miriam Leitão, subiu 30 pontos em 2023 em relação ao novo detentor do posto, o gaúcho Cid Martins, que se despediu das redações no ano passado após duas décadas na Rádio Gaúcha.

Essa inversão entre Cid e Miriam não foi a única mudança entre os Top 10: 3º lugar entre os +Premiados Jornalistas do Ano, Caco Barcellos subiu uma posição e agora é o 4º colocado da História, ultrapassando José Hamilton Ribeiro, primeiro líder do levantamento, em 2011, que agora ocupa a 5ª posição.

Os 6º e 7º lugares seguem inalterados, com Mauri Konig e Marcelo Canellas, respectivamente, enquanto Giovani Grizotti ganhou duas posições e saltou da 10ª para a 8ª posição geral. André Trigueiro, em 9º e Carlos Wagner, em 10º, fecham os Top 10.

Nos recortes regionais, a principal novidade aconteceu no Centro-Oeste, onde Leonêncio Nossa Junior, do Estadão, assumiu a 1ª colocação. Nas demais regiões, os líderes permaneceram os mesmos da última edição do levantamento: Demitri Tulio (O Povo), no Nordeste; Lucio Flavio Pinto (Jornal Pessoal), no Norte; Miriam Leitão (Grupo Globo), no Sudeste; e Cid Martins (ex-Rádio Gaúcha), no Sul.

Curiosamente, apesar da liderança Nacional, Eliane Brum não lidera nenhum dos levantamentos regionais por ter sua pontuação dividida entre as regiões Sul, onde iniciou a carreira em Zero Hora, Sudeste, onde atuou muitos anos por Época e El País Brasil e atualmente ocupa a 4ª colocação, e Norte, onde vive desde 2017 e é a 2ª colocada geral.

TV e Grupo Globo lideram entre Veículos e Grupos de Comunicação

Se entre os Jornalistas houve muita movimentação na liderança dos levantamentos de +Premiados da História, nos recortes de Veículos e Grupos de Comunicação as mudanças foram menos intensas. Todos os 1os colocados de 2022 mantiveram suas posições em 2023.

Entre os Veículos, a TV Globo segue na liderança dos recortes Nacional, Sudeste e TV. Nas demais regiões, os líderes foram Zero Hora (Sul), Correio Braziliense (Centro-Oeste), Jornal do Commercio (Nordeste) e A Crítica (Norte). Já nos recortes por plataforma, mantiveram-se na 1ª posição Agência Pública (Agência de Notícias), UOL (Internet), Folha de S.Paulo (Jornal), Rádio Gaúcha (Rádio) e Época (Revista).

O Grupo Globo segue na liderança entre os Grupos de Comunicação, com o Grupo RBS em 2º lugar e os Diários Associados em 3º. Como muitos grupos atuam em mais de uma região, o levantamento não traz recortes regionais neste caso.

Confira os resultados na edição especial do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2023.

Série Mutilados, de O Globo, é a +Premiada Reportagem de 2023

Além de garantir a primeira colocação entre os +Premiados Jornalistas do Ano para a repórter fotográfica Marcia Foletto, a série Mutilados, de O Globo, também se destacou como a +Premiada Reportagem do Ano. Ao todo, foram quatro troféus: três de Fotografia, nos prêmios Vladimir Herzog, SIP e Direitos Humanos de Jornalismo, sendo que neste último a série também foi reconhecida com o troféu na categoria Reportagem.

A série foi produzida em conjunto com os repórteres Felipe Grinberg e Rafael Galdo que, para mostrar o tamanho do impacto de armas de fogo na vida de sobreviventes da violência na cidade do Rio de Janeiro, se debruçaram durante cinco meses sobre um emaranhado de sete mil páginas de documentos e dados obtidos por meio de mais de 50 pedidos de Lei de Acesso à Informação (LAI).

Também foram entrevistadas cerca de 40 pessoas, em 18 horas de gravações, e acompanhada a rotina de plantões da madrugada em centros de trauma de hospitais. A reportagem leva à constatação de que ser vítima e sobreviver pode ser um milagre num estado em que fuzis − uma arma de guerra − são usados até para assaltar pedestres.

“Foi um desafio tratar esse assunto de uma forma sensível e estabelecer uma relação de confiança com as pessoas fotografadas”, explicou Foletto em uma reportagem publicada por O Globo sobre o especial. “Quando você é escalado para uma reportagem especial, isso é uma espécie de prêmio. As pessoas compartilham suas histórias com a gente. E é muito difícil ficar insensível. Aquilo ocupa um lugar na gente. Aquilo marca a gente. E essas pessoas, especificamente, me marcaram muito. Elas podem não saber ou se dar conta, mas elas vão modificando a gente como jornalista”.

Além do excelente trabalho de apuração e edição da reportagem, a série conta com um apelo visual muito forte, e ao mesmo tempo extremamente sensível, ao mostrar o cotidiano das vítimas.

“Busquei fazer esse trabalho por dois caminhos: o primeiro, com retrato das pessoas posando para a câmera; o outro, mostrando a rotina delas, suas atividades do dia a dia. Incrível como a cor vermelha, em muitos dos casos, me perseguia. O vermelho remete ao sangue, à ferida, à dor. E eu achei que isso deu um impacto em algumas das fotografias”, conclui a jornalista.

Ranking 2023: Número de prêmios avaliados chega a 190

O Ranking +Premiados da Imprensa Brasileira 2023 ampliou para 190 o número de premiações avaliadas. A marca é quase três vezes maior do que a registrada na primeira edição da pesquisa, publicada em 2011, quando foram analisadas 65 iniciativas.

Dentre as novidades desta edição estão as inclusões dos prêmios internacionais Colombe D’oro Per La Pace, concedido pelo Istituto di Ricerche Internazionali Archivio Disarmo, entidade com sede em Roma que promove a investigação científica sobre desarmamento, segurança e resolução não violenta de conflitos; e o Seal Awards, iniciativa com foco em defesa ambiental.

Também foram incluídos os prêmios nacionais C6, José Luiz Egydio Setúbal e Troféu Audálio Dantas, e os locais Justiça Eleitoral e Themis, ambos do Rio Grande do Sul.

Vale lembrar que apenas iniciativas que já tiveram ao menos três edições realizadas em sua história estão aptas a serem incluídas na lista de premiações avaliadas.

Ranking de veículos

Para chegar aos resultados dos rankings de veículos e grupos mais premiados do ano e da história, algumas medidas e ajustes são necessárias. Além de considerar a pontuação integral de maneira única para o caso de trabalhos em equipe, conforme já adiantado na explicação sobre como funciona o ranking, não são computados os resultados dos prêmios internos de veículos.

Com isso, em vez de 190 iniciativas, esses levantamentos levam em consideração os resultados de 183 premiações, desconsiderando assim os prêmios Abril, Agência Estado, Editora Globo, Estadão, Folha, RBS e Zero Hora.

Confira a relação completa:

Internacionais

  • Colombe D’oro Per La Pace**
  • CPJ Internacional Press Freedom
  • Econômico Ibero Americano
  • Every Human Has Rights
  • Eset-LA
  • Gabo
  • Global Shining Light Award
  • Iberoamericano Rei da Espanha
  • Knight International
  • Kurt Schork
  • Latino Americano em Saúde Vascular
  • Latinoamericano de Jornalismo Investigativo
  • Lorenzo Natali
  • Maria Moors Cabot
  • Roche
  • Seal Awards**
  • SIP
  • Wash Media Awards

 

Nacionais

  • +Admirados da Imprensa
  • 3M
  • 99
  • ABCR
  • ABCZ
  • Abdias Nascimento
  • Abear
  • Abecip
  • ABF
  • Abimilho
  • Abmes
  • ABP
  • Abraciclo
  • Abracopel
  • Abrafarma
  • Abraji
  • Abramge
  • Abrapp
  • Abrelpe
  • Abvcap
  • ACIE
  • Adpergs
  • AEA de Meio Ambiente
  • Allianz Seguros
  • Alltech
  • Amaerj – Patrícia Acioli
  • AMB
  • ANA
  • Anamatra
  • Andifes
  • ANTF
  • Automação Imprensa
  • Ayrton Senna
  • Biodiversidade da Mata Atlântica
  • BM&FBovespa
  • Bracelpa
  • Brasil Ambiental
  • C6**
  • Caixa
  • Câmara Espanhola
  • Cbic
  • CICV
  • Citi
  • Cláudio Abramo
  • Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados
  • CNA
  • CNH
  • CNI
  • CNT
  • Comissão Europeia de Turismo
  • Comunique-se
  • Direitos Humanos
  • Ecopet
  • Embrapa
  • Embratel
  • Esso
  • Estácio de Sá
  • Ethos
  • Fenacon
  • Fraterno Vieira
  • Gilberto Velho
  • GTPS
  • IBGC
  • IGE
  • IMPA
  • Imprensa de Educação ao Investidor
  • IREE
  • Itaú de Finanças Sustentáveis
  • Jabuti
  • João Valiante
  • Jornalismo em Seguros
  • Jornalista de Impacto
  • Jornalista Tropical
  • Jornalistas&Cia
  • José Hamilton Ribeiro
  • José Luiz Egydio Setúbal**
  • José Reis
  • Líbero Badaró
  • Longevidade
  • Massey Ferguson
  • Medtronic
  • Microcamp
  • Mobilidade Urbana Sustentável (ITDP)
  • Mongeral Imprensa
  • MPT
  • Mulher Imprensa
  • New Holland
  • NHR Brasil
  • Onip
  • Personalidade da Comunicação
  • Petrobras
  • Policiais Federais
  • República
  • SAE Brasil
  • Santos Dumont
  • SBD
  • Sbim
  • SBR/Pfizer
  • Sebrae
  • Sefin
  • Senai
  • Telesp
  • Tim Lopes (Andi)
  • Tim Lopes (Disque Denúncia-RJ)
  • Top Etanol
  • Transparência
  • Troféu Audálio Dantas**
  • Unisys
  • Vladimir Herzog
  • Volvo

 

Regionais

  • BNB (Nordeste)

 

Estaduais

Alagoas

  • Braskem
  • Octávio Brandão

 

Amazonas

  • Fapeam

 

Ceará

  • ACI
  • Adpec
  • Gandhi
  • Ministério Público-CE
  • Prefeitura de Fortaleza

 

Distrito Federal

  • Engenho

 

Goiás

  • OAB-GO
  • Sincor-GO

 

Mato Grosso do Sul

  • Águas Guariroba

 

Minas Gerais

  • CDL/BH
  • Chico Lins
  • Corecon-MG
  • Crea-MG
  • Délio Rocha

 

Pará

  • Aimex/Danilo Remor
  • Hamilton Pinheiro
  • Sistema Fiepa

 

Paraná

  • Fecomércio-PR
  • Femipa
  • Ocepar
  • Sangue Bom
  • Sistema Fiep

 

Pernambuco

  • Cristina Tavares

 

Piauí

  • Ministério Público-PI

 

Rio de Janeiro

  • Alexandre Adler/Sindhrio
  • Corecon-RJ
  • Firjan
  • Mobilidade Urbana
  • Secovi-Rio

 

Rio Grande do Norte

  • Ministério Público-RN

 

Rio Grande do Sul

  • Amrigs
  • ARI
  • Asdep
  • Cooperativismo Gaúcho
  • Corecon-RS
  • José Lutzemberger
  • Justiça Eleitoral**
  • Ministério Público-RS
  • Press
  • Setcergs
  • Sindilat-RS
  • Themis**

 

Rondônia

  • Ministério Público-RO

 

Santa Catarina

  • CRO-SC
  • Fenabrave-SC
  • Fiesc

 

São Paulo

  • Abag/RP
  • Aceesp
  • Crosp
  • Fecomércio-SP
  • Fundação Feac

 

Internos de veículos*

  • Abril
  • Agência Estado
  • Editora Globo
  • Estadão
  • Folha
  • RBS
  • Zero Hora

* Prêmios internos não são considerados nos rankings dos +Premiados Veículos e +Premiados Grupos de Comunicação
** Premiações incluídas nesta edição do Ranking

Ranking 2023: Entenda o cálculo que define os +Premiados da Imprensa

Como funciona o sistema de pontuação dos +Premiados?

Levantamento agrupa premiações de acordo com suas variações temáticas e geográficas para chegar a um sistema de pontuação justo e objetivo

Em sua 13ª edição, o Ranking +Premiados da Imprensa Brasileira segue com o modelo de sucesso adotado nos últimos anos para definir os jornalistas, veículos e grupos de comunicação mais premiados do Brasil − em 2023 e na história.

Entre iniciativas nacionais e internacionais, foram analisados os resultados de 190 premiações jornalísticas. Um universo extremamente amplo, repleto de particularidades, diferentes prestígios e que há mais de oito décadas reconhece a excelência do jornalismo brasileiro.

Para chegar aos resultados, as premiações são classificadas de acordo com suas amplitudes temáticas e geográficas. Quanto mais ampla e abrangente for a possibilidade de participar de uma iniciativa, mais pontos ela renderá ao jornalista premiado. “O sistema de pontos, se não é perfeito, é extremamente justo e orientado pelo desafio de dar objetividade a algo tão subjetivo como o valor intrínseco que a conquista de um prêmio tem para alguém”, explica o coordenador da pesquisa Fernando Soares.

No formato adotado, o Ranking atribui de 10 a 100 pontos para cada prêmio vencido por jornalistas e seus veículos. Apenas conquistas de 1º lugar são consideradas pela pesquisa, deixando de fora possíveis reconhecimentos para 2º e 3º colocados ou menções honrosas.

No caso dos profissionais, esses pontos são considerados na totalidade para conquistas individuais, e pela metade para trabalhos em equipe. Já para veículos e grupos cada conquista é única, independentemente da quantidade de profissionais da equipe que conquistaram o prêmio, e sua pontuação considerada de maneira integral.

Ao ser cadastrada na pesquisa, uma premiação é classificada levando em consideração os aspectos Geográfico e Temático, cada um com subdivisões próprias:

Geográfico

  • Global: Concorrem com profissionais de todo o mundo;
  • Continental: Iniciativas destinadas ao Jornalismo nas Américas;
  • Nacional: Concorrem profissionais de todo o País;
  • Regional: Destinada a premiações divididas por regiões brasileiras;
  • Local: Iniciativas estaduais, municipais ou macrorregionais dentro de um único estado;
  • Interno: Premiações de veículos ou grupos de Comunicação.

Temático:

  • Geral: Premiações e homenagens que não fazem distinção de tema;
  • Específica: Premiações e homenagens direcionadas a determinadas editorias (Economia, Meio Ambiente, Política etc.);
  • Institucional: Premiações e homenagens com foco em temas pré-determinados por entidades e empresas organizadoras, que se beneficiam diretamente do assunto abordado;

Por seu valor histórico para o jornalismo brasileiro, os prêmios Esso e Embratel são os únicos que contam com pontuações específicas e próprias, mas que também levam em consideração as divisões geográficas e temáticas.

A pontuação é definida a partir do cruzamento das subdivisões em que cada categoria de um prêmio se encaixa, como mostra a tabela abaixo. Vale destacar que um mesmo prêmio pode ter categorias em mais de uma classe de pontos. Um exemplo é o próprio Prêmio Esso, que se notabilizou por reconhecer, além de reportagens nacionais de temática geral, também trabalhos divididos por temáticas, como o prêmio de Informação Econômica (Nacional/Específica) ou pelas regiões do Brasil (Regional/Geral).

Depois de as premiações serem cadastradas, uma soma simples dos resultados aponta quais são os jornalistas, veículos e grupos mais premiados no ano e na história.

Com 190 pontos, Marcia Foletto garante o melhor desempenho desde 2014 entre os +Premiados do Ano

Márcia Foletto (Foto: Antônio Foletto Santiago)

Primeira colocada entre os +Premiados Jornalistas do Ano, com 190 pontos, a repórter fotográfica Marcia Foletto, de O Globo, atingiu em 2023 a terceira maior pontuação entre os líderes da pesquisa desde sua primeira edição, em 2011. A disputa neste ano foi tão acirrada que até mesmo Rebeca Borges, segunda colocada, com 170 pontos, alcançaria tal feito caso a liderança não fosse de Foletto.

Márcia Foletto (Foto: Antônio Foletto Santiago)

À frente dela, apenas Miriam Leitão, em 2012, e Dimmi Amora, em 2014. Eles, a propósito, foram os únicos jornalistas que até hoje superaram a barreira dos 200 pontos, porém em uma época em que ainda eram realizados os prêmios Embratel e Esso. Com suas últimas edições em 2014 e 2015, respectivamente, as iniciativas eram, dentre as premiações nacionais, as que mais davam pontos aos seus premiados.

Outra curiosidade é que pela terceira vez um repórter fotográfico foi o +Premiado Jornalista do Ano. As outras duas vezes ocorreram em 2015, quando houve um empate entre Dida Sampaio (1969-2022), na época pelo Estadão, e Domingos Peixoto, de O Globo.

Com o feito de Marcia, O Globo empata com a Folha de S.Paulo entre os veículos que mais vezes tiveram jornalistas como os +Premiados do Ano, com quatro vezes cada.

Divulgado pela primeira vez em 2011, o Ranking +Premiados da Imprensa chega a 14 jornalistas que já lideraram seu levantamento anual. Em três oportunidades (2011, 2015 e 2016) houve empate na primeira colocação, e até hoje apenas duas jornalistas conseguiram alcançar esse feito em mais de uma oportunidade: Eliane Brum, em 2016 e 2021, e Patrícia Campos Mello, em 2019 e 2020.

Confira a relação completa dos +Premiados Jornalista do Ano desde 2011:

Amon Borges lança portal sobre shows e festivais de música

Amon Borges lança portal sobre shows e festivais de música

Amon Borges lançou nesta terça-feira (30/1) o Portal Lineup, com foco em notícias, entrevistas e coberturas de eventos para quem se interessa por shows e festivais de música, tanto nacionais quanto internacionais.

O site é resultado de um projeto que nasceu em 2018, quando o profissional morava na Espanha, se desenvolveu e ganhou fama na Folha de S.Paulo, onde atuou por quase 12 anos. Além de ser responsável pela criação da seção BIS no jornal La Voz de Galicia, Amon assinava o blog Lineup da Folha, ambos sobre shows e festivais de música.

Segundo o autor, a ideia surgiu após identificar a falta de variedade em coberturas do tema: “A cobertura era extremamente centrada no eixo Rio-SP. Então, achei interessante mostrar ao público que gosta de música as diversas opções que ficam fora do radar. A partir daí várias viagens para coberturas no Brasil e em países como Estados Unidos, Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Hungria”, explicou.

Buscando explorar a diversidade e a inclusão, o portal trará conteúdos de todos os ritmos musicais, como rock, pop, rap, samba, pagode, funk, sertanejo, eletrônico e gospel.

Leia também:

Estadão faz demissões na sucursal de Brasília

Estadão faz demissões em sucursal de Brasília
Andreza Matais (Crédito: Roda Viva/YouTube)

O Estadão promoveu demissões na direção e no setor editorial de sua sucursal em Brasília. O jornal dispensou Andreza Matais, chefe da sucursal e editora-executiva de Política, e o jornalista e escritor Leonêncio Nossa, que atuava como editor de Especiais do Estadão.

Matais chegou ao Estadão em 2013, e estava há mais de dez anos no jornal. Antes do Estadão, trabalhou na sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios por seu trabalho. Pela Folha, fez parte da equipe que produziu a premiada série de reportagens que acabaram levando à queda do então ministro da Casa Civil Antonio Palocci, em 2011, no início do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Também foi responsável pelo furo do caso da refinaria da Petrobras em Pasadena. Em mensagem aos colegas de redação, atribuiu sua demissão a uma “mudança na política do jornal”.

“Pessoal, tudo bem com todos? O jornal decidiu por uma mudança na política e isso inclui minha saída da empresa. Agradeço aos coordenadores e aos repórteres pela entrega, confiança e tamanho talento. Foi um privilégio ter convivido com cada um de vocês. Vou levar comigo as trocas que tive com cada um de vocês. Um grande beijo e sigo acompanhando agora como leitora o trabalho incrível dessa turma”, diz a mensagem.

Recentemente, Matais envolveu-se em uma série de polêmicas. No final do ano passado, a jornalista foi denunciada no Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) por ter supostamente coagido repórteres recém-contratados a produzir matéria associando o ministro da Justiça Flávio Dino a uma mulher conhecida como “dama do tráfico do Amazonas”.

Em outubro do ano passado, Matais publicou uma reportagem com o título Lula atuou em operação para banco emprestar US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Javier Milei. George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência, contestou a matéria, dizendo que continha informações falsas, e associou o texto à “extrema-direita e ao gabinete do ódio”. Em resposta, ela escreveu “11.306,90”, em referência ao salário do assessor, atitude muito criticada nas redes sociais.

Leonêncio Nossa formou-se em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo, e tem mestrado e doutorado em História. Chegou ao Estadão em 2001. Antes do jornal, trabalhou em A GazetaJornal do Brasil e Época. É autor de livros como Viagens com o presidente, Homens invisíveis e O rio. É um dos mais premiados jornalistas da região Centro-Oeste, segundo ranking de Jornalistas&Cia. Venceu, entre outros prêmios, o Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, o Embratel de Jornalismo (2011) e o Estadão de Reportagem Especial (2011).

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Recebemos de Andreza Matais mensagem afirmando que esta tem várias informações sobre ela que não correspondem à realidade dos fatos.

Transcrevemos a íntegra a seguir:

Prezado senhor Eduardo Ribeiro, a respeito da matéria “Estadão faz demissões na sucursal de Brasília”, gostaria de esclarecer quatro trechos:

  1. “No final do ano passado, a jornalista foi denunciada no Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) por ter supostamente coagido repórteres recém-contratados a produzir matéria associando o ministro da Justiça Flávio Dino a uma mulher conhecida como ‘dama do tráfico do Amazonas’.” Não fui denunciada pelo Ministério Público do Trabalho. O que existiu sobre esse caso foi uma acusação anônima que não virou denúncia, não foi acatada. A propósito, os repórteres de política de Brasília, Rio e São Paulo do Estadão assinaram e publicaram uma carta aberta para negar a autoria dessa e de outras acusações. No âmbito do MPT o que existem são investigações na esfera trabalhista contra o jornal.
  2. “Em outubro do ano passado, Matais publicou uma reportagem com o título ‘Lula atuou em operação para banco emprestar US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Javier Milei’.” Não sou autora do texto. Como se tratava de uma coluna de opinião, não participei nem mesmo do processo de edição.
  3. “George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência, contestou a matéria, dizendo que continha informações falsas, e associou o texto à ‘extrema-direita e ao gabinete do ódio’. Em resposta, ela escreveu ‘11.306,90’, em referência ao salário do assessor, atitude muito criticada nas redes sociais.” Esse trecho ignora que o assessor da Presidência publicou foto de uma jornalista marcando com uma seta na cabeça dela. Ele ainda defendeu uma prática de “bateu, levou”. O que fiz foi defender uma colega de um ataque misógino e leviano. Esse caso precedeu a campanha de linchamento que eu sofreria depois.
  4. “Recentemente, Matais envolveu-se em uma série de polêmicas.” Jornalistas&Cia faz um relato de minha trajetória que não cita conquistas obtidas nos últimos cinco anos, justamente o período abordado pelo texto do site.

Foi nesse tempo que dirigi a equipe premiada que publicou reportagens relevantes para o país.

É de se lamentar que Jornalistas&Cia, publicação tão importante para a nossa classe, não tenha tido o apuro de checar informações tão básicas e, pelo menos, ter me procurado para me ouvir sobre temas que atingem a minha honra, ataques que tiveram a finalidade de arranhar minha carreira construída com muito trabalho em favor do jornalismo.

Peço que publique a carta e faça as correções dando o mesmo destaque para evitarmos uma judicialização do caso.

Henrique Mazzei é o novo diretor de Conteúdo do Lance

Henrique Mazzei é o novo Diretor de Conteúdo do Lance
Henrique Mazzei e Bruno Guerrrero (Crédito: Divulgação/Lance)

O Lance anunciou a contratação de Henrique Mazzei como seu novo diretor de Conteúdo. Segundo o veículo, a novidade faz parte de um plano de modernizar a empresa, oferecendo conteúdo esportivo, produtos, serviços e experiências, em um só lugar.

Formado pela Faculdade Integradas Hélio Alonso (FACHA), do Rio, Mazzei iniciou a carreira na Rádio Transamérica. Depois, foi para o Esporte Interativo (atual TNT Sports), onde trabalhou por 11 anos. Ficou um tempo afastado do mundo da comunicação para se dedicar a outros negócios, mas retornou ao setor há alguns anos, no canal Desimpedidos.

Em release enviado à imprensa, Mazzei escreveu que acompanha o Lance desde criança: “Eu acompanhava na banca, pegava os selos e levava o jornal para a escola. Comprei o manual de redação e li. Hoje, estou vivendo um sonho e acredito que formaremos o maior grupo de mídia no que diz respeito ao interesse do torcedor, nos próximos cinco anos. Para todo apaixonado por esporte, para todo leitor do Lance em papel, digo que o melhor está por vir. Este ano, daremos a nossa cara para a cobertura de esportes. Representaremos como nenhum outro veículo o sentimento do apaixonado por esportes. Um lance muda tudo!”.

Henrique Mazzei é o novo Diretor de Conteúdo do Lance
Henrique Mazzei e Bruno Guerrrero (Crédito: Divulgação/Lance)

Outra novidade no Lance é a contratação de Bruno Guerrero, que assume a direção da equipe de Ad Sales do veículo. Publicitário formado pela Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, com pós-graduação em Gerência pela ESPM, tem 20 anos de experiência na área comercial e de vendas. Atuou anteriormente em empresas como HBO, Fox Sports e CNN Brasil.

O Lance também assinou com Bruno Putz, que atuará como head de Marketing, com estratégia alianhada às de Guerrero e Mazzei. Putz já trabalhou em Esporte Interativo, Warner Media (TNT Sports) e LiveMode (CazéTV, Paulistão, Copa do Nordeste, Copas do Mundo da FIFA).

Morre José Nello Marques, aos 69 anos, em São Paulo

Crédito: Reprodução/Instagram

Morreu nesta quinta-feira, 25/1, o apresentador José Nello Marques, aos 69 anos, em São Paulo. O comunicado foi feito pela família em uma publicação no Instagram, mas a causa da morte não foi revelada. O corpo está sendo velado nesta sexta-feira (26/1) no Cemitério do Araçá, na Zona Oeste da capital.

Nascido em 1954, o profissional iniciou a carreira aos 16 anos em emissoras da sua cidade natal, Garça, no interior paulista. Com a chegada na capital trabalhou como locutor comercial, repórter, comentarista esportivo e âncora de jornal. Zé Nello teve passagens por Record, Bandeirantes, Globo e contribuiu na criação da rádio CBN.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), onde ele ultimamente trabalhava na campanha de comunicação, publicou uma nota lamentando a perda:

“Uma das mais competentes vozes do rádio, presenteou a família CET com o seu talento e experiência nos últimos anos, trabalhando na área de Comunicação da Companhia, onde se engajou na produção de conteúdos e na cobertura de campanhas, premiações e ações educativas, na divulgação de temas relacionados à segurança viária e no relacionamento diário com os colegas da imprensa”, diz trecho.

“Zé Nello já está fazendo uma imensa falta! Mas seus ensinamentos, competência, humildade e bom humor sempre presente permanecerão como referência aos que ficam”, finaliza.

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