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domingo, junho 29, 2025

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Marcio Bernardes deixa a Transamérica após quase 23 anos; Debate Bola é descontinuado

Marcio Bernardes deixa a Transamérica após quase 23 anos; Debate Bola é descontinuado

A Rádio Transamérica anunciou que o programa Debate Bola, o pós-jogo da emissora, foi descontinuado desde 10 de agosto. Com isso, Marcio Bernardes, que comandava o programa, deixa a rádio após quase 23 anos de trabalho.

Em substituição ao Debate Bola, a Transamérica estreou Fim de Papo, também veiculado após as partidas de futebol, com apresentação de Márcio Spimpolo.

Ao Portal dos Jornalistas, Marcio Bernardes falou sobre a saída: “Quero tirar duas ou três semanas para descansar. Foram 22 anos e meio na Transamérica. Estou muito animado e motivado. Aliás, me sinto como um garotão. Vida que segue e eu não vou perder o próximo voo”. O jornalista informou que está conversando sobre dois ou três projetos em rádio e redes sociais, e que deve anunciar seus próximos passos em breve.

Natural de Ribeirão Preto, Marcio iniciou a carreira em veículos menores de sua cidade natal. Passou pelas rádios Jovem Pan, Cultura (Ribeirão Preto) e Globo; nesta última ficou por mais de 17 anos, como comentarista e apresentador. Cobriu várias edições de Olimpíadas e Copas do Mundo. Na televisão, atuou na TV Manchete e posteriormente na Gazeta-SP, onde participou dos programas Mesa Redonda e Gazeta Esportiva. Era âncora da rádio Transamérica desde 2000.

Atualmente, Marcio tem forte atuação em redes sociais, incluindo Instagram, Twitter e Facebook. Ele também escreve no site www.marciobernardes.com.br, no qual faz comentários sobre os principais assuntos do mundo do esporte. E toda segunda-feira, às 19h, vai ao ar o programa Resenha BamBamBam, live semanal de seu canal no YouTube, com convidados diversos. O último programa recebeu o narrador esportivo José Carlos Araújo. Confira!

CNN Brasil muda programação e faz demissões

CNN Brasil muda programação e faz demissões

A CNN Brasil promoveu uma série de mudanças em sua programação nos últimos dias. A grade do período da tarde foi alterada, a apresentação de programas sofreu mudanças e profissionais foram demitidos. As informações são do F5, da Folha de S.Paulo.

A emissora dispensou o apresentador Rafael Colombo, que estava na CNN desde maio de 2020. Nessa passagem, foi âncora do CNN Novo Dia, que passará a ser apresentado por Carol Nogueira. Também deixaram a emissora o comentarista Marco Antônio Villa, contratado em janeiro deste ano e que atuava no CNN Novo Dia; e a advogada Janaina Paschoal, que desde abril participava de O Grande Debate.

As saídas atingiram ainda o projeto de rádio da empresa: Roberto Nonato, vindo da CBN, foi desligado. No lugar dele assume o repórter Stêvão Clós, transferido de Porto Alegre.

No CNN 360, Raquel Landim passa a apresentar o programa de forma definitiva. O telejornal estava sem âncora titular desde a saída de Daniela Lima, em junho.

Outra novidade é a recontratação de Thaís Heredia, especializada na cobertura de economia, que volta à emissora após três meses. Ela apresentará o CNN Mercado e será analista no CNN Primetime e no jornal WW, apresentado por William Waack.

E ainda neste mês a CNN estreia o Bastidor CNN, primeiro telejornal da emissora 100% ancorado em Brasília. Com apresentação de Tainá Falcão e Gustavo Uribe, o programa irá ao ar no período vespertino, tomando parte do tempo de O Grande Debate. Tainá cobre a área de política e está na CNN Brasil desde 2020. Gustavo é analista de política da emissora desde 2021, e antes trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo.

Judiciário do Rio de Janeiro censura Intercept Brasil

Judiciário do Rio de Janeiro censura Intercept Brasil
Abraji e Transparência Brasil abrem inscrições para curso de investigação

O Intercept Brasil denunciou em 11/8 que sofreu censura do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por causa de uma reportagem sobre o próprio Judiciário do estado. A decisão proíbe o Intercept de sequer falar do assunto da reportagem, replicar trechos da matéria e citar o nome das magistradas e da promotora envolvidas, sob a justificativa de segredo de justiça e preservação da privacidade dos envolvidos.

“O que podemos dizer é que a reportagem é mais um exemplo do tratamento que mulheres rotineiramente recebem daqueles que deveriam proteger vítimas”, escreveu Flávio VM Costa, editor-chefe do Intercept Brasil. 

Sobre a justificativa de segredo de justiça e privacidade dos indivíduos, o Intercept explicou que em nenhum momento revelou os nomes dos participantes da audiência, e sim apenas dos membros do Judiciário envolvidos, da promotora e das juízas, ambas da 9ª Vara de Família da Comarca do Rio de Janeiro. A censura foi pedida pela própria promotora citada na reportagem. 

A manutenção da reportagem no ar custaria R$ 150 mil ao Intercept, além do risco de outras penas mais pesadas. O veículo declarou que vai respeitar a decisão, mas vai recorrer.  

“Segredo de justiça não significa o direito de decretar sigilo absoluto sobre a conduta dos nossos tribunais e a atuação dos servidores públicos”, declarou o Intercept. “Caso significasse, o Judiciário estaria livre do escrutínio da sociedade, agindo com liberdade para cometer todo tipo de abusos às sombras. O direito à privacidade e à imagem também não se aplica aos servidores públicos no exercício de funções oficiais. Isso é especialmente importante quando os fatos são noticiáveis e publicados com a devida precaução — exatamente como fizemos”.

O Intercept lançou uma campanha para arrecadar R$ 100 mil para seu Fundo de Defesa Legal. O dinheiro será utilizado para arcar com os custos de processos judiciais que o Intercept enfrenta. Interessados podem contribuir aqui

COB e Lance unem-se para a distribuição de conteúdos multiplataforma

Lance e COB unem-se para a distribuição de conteúdos multiplataforma
Lance e COB unem-se para a distribuição de conteúdos multiplataforma

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Lance uniram forças para impulsionar a divulgação das competições, equipes e atletas do esporte olímpico. A parceria visa a alcançar o objetivo através do canal multiplataforma Lance Olímpico, que vai se dedicar à criação matérias originais, transmissões ao vivo e conteúdos especiais sobre os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e os Jogos Olímpicos Paris 2024.

Segundo Marcos Moraes, CEO do grupo Lance, a meta é aumentar a capacidade de cobertura de diversas modalidades: “Esse acordo celebrado vai ao encontro da nova fase do Lance, que repaginou sua marca e investiu em tecnologia e estrutura para produzir conteúdo multimídia com qualidade e excelência”.

O acordo também possibilita ao COB oferecer pacotes de mídia no Lance aos seus patrocinadores, O site atualmente conta com mais de 15 milhões de visitantes mensais, incluindo mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais.

Paulo Wanderley, presidente do COB, ressaltou que divulgação do movimento olímpico é uma das missões do comitê e que a parceria com o portal Lance “será muito bem-sucedida e ajudará a dar visibilidade ao talento e aos feitos de atletas e equipes do Brasil, principalmente entre o público jovem”.

O comitê também fechou acordos de produção e distribuição de conteúdo com UOL, BandSports e a Cazé TV, ao mesmo tempo que tem investido nas plataformas de streaming. O Canal Olímpico ultrapassa 270 mil inscritos, já o Canal do Time Brasil no YouTube passou de cinco mil para mais de 85 mil inscritos em um ano e meio, contando com mais de dois mil vídeos postados.

A iniciativa estende-se ao podcast COBCast, com o fornecimento de cortes para as redes sociais e YouTube.

 

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Empresa francesa demite jornalistas no Brasil três meses após contratações

Empresa francesa North Star Network demite jornalistas no Brasil três meses após contratações

A empresa francesa North Star Network, que chegou ao Brasil no início de 2023 com planos para montar em São Paulo uma redação focada em cobertura esportiva, demitiu jornalistas contratados após somente três meses de trabalho.

A plataforma contaria com diferentes sites esportivos, como Superesportes e a Trivela. Cerca de 25 jornalistas foram contratados, com o objetivo de criar um grande projeto de jornalismo esportivo, nacionalizando sites focados em coberturas regionais e profissionalizando outros sites do grupo. Muitos desses profissionais contratados deixaram suas cidades pelo novo trabalho em São Paulo.

Porém, na última semana de julho, houve uma demissão coletiva. Ao menos dez jornalistas foram cortados, e o restante da redação tem futuro incerto. Os vínculos CLT foram encerrados e a empresa estabeleceu contratos PJ.

Em contato com o Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP), profissionais demitidos contaram que trabalharam cerca de um a dois meses sem carteira assinada. A North Star Network explicou que ainda estava regularizando sua situação no Brasil e iria contratá-los em regime CLT posteriormente, o que de fato aconteceu, mas os salários prometidos não correspondiam à realidade. Outro problema era que jornalistas não recebiam diversos direitos, como plano de saúde, além de várias promessas que não foram cumpridas.

A situação agravou-se pouco depois, quando a empresa parou de publicar notícias no site Superesportes. A North Star Network prometeu que, mesmo com o fim do site, não haveria cortes na empresa, mas as demissões ocorreram cerca de 20 dias depois, e o futuro dos profissionais que permaneceram segue incerto.

O SJSP repudiou as demissões dos jornalistas. A entidade está em contato com os profissionais demitidos, para que o vínculo empregatício seja reconhecido, e exige a abertura de negociações para discutir as demissões.

Thais Herédia está de volta à CNN Brasil

Thais Herédia, especializada na cobertura de economia, está de volta à CNN Brasil, cerca de quatro meses após sua saída. A jornalista assinou novo contrato nessa quinta-feira (10/8), e seu retorno à programação da emissora deve ocorrer ao longo deste mês de agosto. As informações são de Flavio Ricco, do R7.

Herédia estava na CNN Brasil desde 2020. Comandava o programa CNN Money, focado em análises financeiras, e participou da bancada do Nosso Mundo. Em abril deste ano, deixou a CNN e assinou com o BM&C News, canal no qual fazia análises de assuntos relacionados a economia. Antes da CNN, passou por GloboNews, Rádio Bandeirantes, SBT e Canal My News.

Estudo aponta que ataques de Bolsonaro não intimidaram a imprensa

O estudo Ataques contra jornalistas no Brasil: Efeitos catalisadores e resiliência durante o governo de Jair Bolsonaro mostra que os ataques do ex-presidente em vez de intimidarem, motivaram a imprensa.

Publicada em julho no The International Journal of Press/Politics, um dos principais periódicos das áreas de imprensa e política, a análise revelou que as ofensas contra comunicadores tiveram o efeito oposto do esperado.

Produzido por João Vicente Seno Ozawa, doutorando da Escola de Jornalismo e Mídia na Universidade do Texas, em Austin, em conjunto com os professores Josephine Lukito, Anita Varma, Rosental Alves e Taeyoung Lee, o artigo utilizou métodos quantitativos e qualitativos na avaliação.

As primeiras hipóteses foram divididas em duas; a primeira era “um aumento nos ataques contra jornalistas leva a uma diminuição na cobertura jornalística sobre Jair Bolsonaro”, e a segunda, “um aumento nos ataques contra jornalistas leva a um aumento na cobertura jornalística”. No entanto, nenhuma mostrou-se comprovada, segundo a análise quantitativa.

Durante o estudo qualitativo, quando 18 jornalistas que sofreram ataques pessoais do ex-presidente e seus aliados foram entrevistados, constatou-se uma maior disposição para o trabalho como reação.

“Vários jornalistas usaram a palavra ‘gás’ para articular sua reação aos ataques, que catalisaram a cobertura em vez de esfriá-la”, dizem os autores. “O objetivo de Bolsonaro de silenciar jornalistas por meio de ataques não parece funcionar. Em vez disso, eles não estão recuando”.

O resultado surpreendeu os pesquisadores e o principal autor do artigo. Osawa revelou à LatAm Journalism Review (LJR) que, “embora a democracia no Brasil seja falha e para poucos, ela mostrou resiliência. Esse estudo me deu ainda mais admiração pelo jornalismo brasileiro”.

 

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Fantástico “se mexe para trazer o novo”

Fantástico “se mexe para trazer o novo”

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro

O Fantástico, da Globo, comemora 50 anos no ar, depois de 2,6 mil edições, mantendo seu tripé de jornalismo, entretenimento e esporte. Desde o início deste mês, são exibidos cinco documentários, um por semana, mostrando as transformações do País e do mundo a cada década, os personagens que ajudaram a construir essa história, os shows, quadros e reportagens marcantes, os repórteres e profissionais reconhecidos e queridos pelo público.

O programa procura dialogar com as famílias brasileiras. No início, era o entretenimento, com muita música e curiosidades, pontuado por notícias. Ao longo dos anos, foi mudando de acordo com as necessidades do tempo e as exigências da audiência. Na entrada dos anos 2000, vieram a investigação, o comportamento, a ciência e materiais comprados da BBC.

Hoje, a pauta tem o aprofundamento dos assuntos mais falados na semana e as reportagens especiais, a música e as entrevistas com grandes talentos, que formam um mosaico, completado pelo esporte, que há 15 anos fecha as edições. Atualmente, o programa é apresentado por duas mulheres, num formato que deu certo: Poliana Abritta chegou em 2014, e Maju Coutinho, sete anos depois. Permanece a música de abertura, com letra criada por Boni e Guto Graça Mello.

Para o futuro, novas séries e quadros vão estrear, ao longo do segundo semestre, com temas como comportamento, saúde, música, entretenimento, diversidade e universo feminino. O estúdio também vai passar pela maior remodelação desde que o cenário atual foi inaugurado, em 2014. O palco será ampliado, contará com LED por baixo do piso e três novas telas, o que por vezes permitirá colocar os entrevistados no palco virtualmente, em forma de holograma. A redação tem novidades: os telões, tela interativa com sistema touch e um controle remoto único.

Bruno Bernardes diretor do programa desde 2017, há 24 anos na Globo, resume seu trabalho: “Não temos a pressão do dia a dia de colocar matéria como os telejornais, mas tem a cobrança e a obrigação de fazer a matéria mais elaborada, com mais profundidade. Esse é o desafio do Fantástico: fazer o diferente, procurar um ângulo novo, aprofundar, ir mais longe, conseguir o inédito, o exclusivo”.

Em 22 de setembro, a emissora inaugura em São Paulo a exposição Fantástico, o Show da Vida, no Solar Fábio Prado (antigo Museu da Casa Brasileira), com a celebração das cinco décadas do programa e as inspirações para o futuro.

Jornalistas aprovam moção de repúdio ao SBT por caso de racismo de Marcão do Povo

Jornalistas aprovam moção de repúdio ao SBT por caso de racismo de Marcão do Povo

Jornalistas presentes ao 16º congresso estadual da categoria em São Paulo aprovaram, por unanimidade, moção de repúdio contra o SBT pela manutenção do apresentador Marcão do Povo, condenado por injúria racial contra a cantora Ludmilla, na bancada do telejornal Primeiro Impacto.

Em janeiro de 2017, durante o Balanço Geral do Distrito Federal, Marcão comentou uma notícia de que Ludmilla teria evitado tirar fotos com fãs. Para se referir à cantora, ele usou o termo “pobre macaca”. Ele chegou a ser demitido da emissora, mas retornou à empresa um mês depois. À época, o Ministério Público do DF o acusou de injúria racial.

Em março deste ano, ele foi absolvido em primeira instância, sob a justificativa de que o termo “pobre macaca” era um regionalismo. Após recurso de Ludmilla, a 1º Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu no final de junho condenar o apresentador a 1 ano e 4 meses em regime aberto pelo crime de racismo. O apresentador também deverá pagar uma indenização de R$ 30 mil para a cantora.

Os jornalistas que aprovaram a moção repudiaram a atitude do SBT pela “conivência da emissora em manter Marcão do Povo, mesmo condenado por tão grave crime, comandando um programa com importante audiência nacional na emissora”. A moção foi enviada à direção do SBT nessa quarta-feira (9/8). Leia o texto na íntegra.

Conseguimos separar a comunicação pública da governamental, diz Hélio Doyle, da EBC

Conseguimos separar a comunicação pública da governamental, diz Hélio Doyle, da EBC
Conseguimos separar a comunicação pública da governamental, diz Hélio Doyle, da EBC

A newsletter Jornalistas&Cia tem noticiado nas últimas semanas as novidades anunciadas pela EBC, entre elas o lançamento da nova identidade institucional da empresa e seus veículos, a estreia do Canal Gov e parcerias internacionais. Para falar sobre elas, Kátia Morais, editora em Brasília, conversou com o presidente da empresa, Hélio Doyle.

Jornalistas&Cia − É chegada a hora de operar verdadeiras mudanças na EBC?

Hélio Doyle − Estamos vivendo um momento importante na empresa, de reconstrução e fortalecimento. Quando chegamos aqui, tínhamos a expectativa de que poderíamos fazer mudanças e executar projetos rapidamente. Mas descobrimos que, por uma série de limitações inerentes a uma empresa pública, o processo não seria tão rápido como imaginávamos. Mesmo assim, estamos avançando. Uma mudança muito importante era a separação da comunicação pública da governamental, o que concluímos agora em julho com o lançamento do Canal Gov. Essa era uma recomendação do Grupo de Transição do governo e conseguimos cumprir. A partir dessa reestruturação, lançamos as novas marcas dos veículos públicos e estamos trabalhando intensamente para lançar a nova programação da TV Brasil e das rádios neste segundo semestre.

J&Cia − Como foi resolvido o lançamento do Canal Gov com relação aos profissionais que atuam na empresa? E quanto à Agência Gov, seria também um canal específico para tratar do Poder Executivo?

Doyle − A Agência Gov compõe aquilo que estamos chamando de Rede Gov, que reúne a agência, o canal de televisão e as redes sociais. A ideia é justamente separar o conteúdo governamental do conteúdo da comunicação pública, deixando cada canal com o seu objetivo específico. A Agência, além de destacar a programação ao vivo da TV, vai trazer conteúdos em texto e áudio, como um hub de informações governamentais. Esses conteúdos estão sendo produzidos pela equipe da Superintendência de Serviços de Comunicação. Já eram profissionais da casa que, com a reestruturação da empresa, assumiram integralmente essa produção.

J&Cia − Quando começarão a serem veiculados os conteúdos firmados com as emissoras públicas da Argentina?

Doyle − Esses são acordos muito importantes para nós. O intercâmbio de conteúdos e notícias entre a EBC e as empresas argentinas de comunicação pública resultará em mais conhecimento mútuo de nossas realidades, culturas e manifestações artísticas. A partir da assinatura do acordo, no final de julho, as emissoras têm um prazo para disponibilizar o catálogo. A partir daí, vamos estudar quais conteúdos são relevantes para compor a nossa grade, pensando em oferecer conteúdo de qualidade e ter mais diversidade na nossa programação. No caso da Agência Brasil, agora em agosto ela já poderá ter acesso e reproduzir as notícias em texto publicadas pela Agência Télam.

J&Cia − E a TV Internacional? O que você poderia nos adiantar sobre a retomada desse projeto? O canal, por exemplo, terá interação com outras emissoras do continente, como a TV Sur, da Venezuela?

Doyle − O presidente Lula, ao mencionar o projeto, falou que a intenção é mostrar as atrações turísticas, a culinária, a cultura do Brasil para o mundo. Um canal que fale do Brasil também para os brasileiros que estão lá fora. Ainda não há uma definição quanto ao formato e à grade. Nós constituímos um grupo de trabalho interno para que essa proposta seja construída. O canal internacional já existiu na EBC, nasceu como Canal Integración e depois virou TV Brasil Internacional. Foi extinto e não será fácil recuperá-lo, pois precisamos de investimentos. Mas, como é um dos pontos do nosso plano estratégico, vamos trabalhar para viabilizar o projeto, e o viabilizaremos.

Ao acertar a entrevista com Doyle sobre as mudanças e inovação na EBC, J&Cia teve acesso a uma carta assinada por Fenaj e alguns sindicatos de jornalistas mostrando indignação sobre o comportamento do presidente da EBC, a quem acusam estar tomando medidas neoliberais, sobretudo para calar os funcionários concursados. Não tivemos tempo de incluir o tema na entrevista, mas trazemos aqui a resposta que Doyle publicou no Linkedin: “Lamento que o Sindicato dos Jornalistas do DF, do qual fui presidente, e a Federação Nacional dos Jornalistas, cujo Conselho de Representantes integrei, tenham divulgado longa e raivosa nota com ataques pessoais a mim, em função da entrevista que dei ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. Aos que receberam o texto das entidades, sugiro que ouçam integralmente a entrevista e avaliem se a nota injuriosa e difamatória realmente reflete o que eu disse ao jornalista. Tenho a certeza de que saberão interpretar corretamente o que eu disse. Mas, se depois de ouvirem tiverem alguma dúvida, estou, como sempre, à disposição para esclarecer. O diálogo sempre caracterizou minha atuação como gestor em empresas privadas, nas secretarias de Estado que chefiei e, é claro, como dirigente sindical. Não seria diferente na EBC”.

 

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