O abaixo-assinado liderado por este Jornalistas&Cia propondo que o nome do Padre Roberto Landell de Moura seja incluído no Bulevar do Rádio em São Paulo chegou nessa terça-feira (31/10), a 1.010 assinaturas, superando a meta inicial.
O Bulevar do Rádio, concebido para homenagear os 100 anos de rádio no Brasil, está sendo implantado pela Prefeitura de São Paulo na rua Leôncio de Carvalho, próximo à av. Paulista, ao lado do Itaú Cultural, instituição que é uma das financiadoras do projeto, ao lado do Sesc-SP – curiosamente, perto de onde, em 1900, Landell fez a segunda experiência do mundo de transmissão de voz sem fio.
Nomes consagrados do jornalismo participaram do abaixo-assinado, caso de Pedro Bial, Juca Kfouri, Carlos Tramontina, Carlos Alberto Sardenberg, Luís Nassif, José Paulo Kupfer, Gabriel Romeiro, Ricardo Kotscho, Wanderley Nogueira, Paulo Markun, Octavio Costa, Márcio Bernardes, Caio Túlio Costa, Carlos Eduardo Lins da Silva, Woile Guimarães, Vicente Alessi-Filho, Laerte Coutinho, Laurindo Leal Filho, Leão Lobo e Fernando Calmon, entre outros, além dos cineastas João Batista de Andrade e Tizuka Yamasaki e dos escritores Antonio Torres e Ricardo Ramos Filho. Também assinaram a petição o vereador por São Paulo Eliseu Gabriel e o ex-presidente da Fundação Padre Anchieta Marcos Mendonça.
O abaixo-assinado deverá ser encaminhado na próxima semana às quatro instituições envolvidas no projeto: Prefeitura de São Paulo, Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, Itaú Cultural e Sesc-SP.
Há exagero nos alertas sobre riscos de o uso extensivo da inteligência artificial generativa ampliar a desinformação? Para Felix M.Simon, pesquisador do Oxford Internet Institute, a resposta é sim.
Ele é o autor principal de um paper publicado na semana passada na Harvard Kennedy School Misinformation Review, defendendo que os efeitos serão, na melhor das hipóteses, modestos.
Simon diz ter tomado como referência estudos recentes de comunicação e também de ciência cognitiva e ciência política para “desafiar a opinião dos principais investigadores de IA de que a facilidade de criar conteúdos realistas, mas falsos e enganosos, levará a resultados potencialmente catastróficos, influenciando crenças e comportamentos e a democracia de forma ampla”.
O pesquisador ressalta que o objetivo do trabalho não é descartar inteiramente as preocupações em torno da inteligência artificial generativa, mas sim evitar que o debate seja motivado pelo que chama de “pânicos morais”, injetando algum “ceticismo saudável” nas conversas e em projetos de regulamentação.
Um de seus argumentos é que o aumento da oferta da desinformação facilitada pela IA generativa não significa necessariamente que as pessoas a consumirão mais ou acreditarão mais em informações manipuladas. “A maior parte das pessoas já está pelo menos minimamente exposta a esses conteúdos, e a desinformação já “funciona” sem necessidade de mais realismo”, diz o paper.
Simon também duvida dos efeitos da entrega de desinformação direcionada a usuários usando ferramentas de IA. Ele afirma que evidências científicas sugerem que que a personalização da desinformação tem efeitos limitados na maioria dos destinatários, uma vez que as pessoas não prestam tanta atenção nessas mensagens.
O estudo foi publicado uma semana antes da realização de uma cúpula de líderes globais convocada pelo governo do Reino Unido para debater o futuro da inteligência artificial sob a perspectiva da segurança pública, nos dias 1º e 2 de novembro.
A iniciativa tem um componente político: a tentativa do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak de consolidar o país como “líder global em segurança de IA” é claramente uma forma de lustrar a castigada imagem da atual administração com um tema hype.
Só que os EUA saíram na frente: dois dias antes da abertura da cúpula de Sunak − com a presença de menos líderes globais do que ele esperava −, Joe Biden assinou um abrangente decreto com exigências para as empresas de IA e propostas de regulamentação para guiar os passos futuros, tanto no Congresso americano quanto em outros países, que podem se inspirar no modelo.
A decisão dos EUA de se anteciparem também é política. Em vez de unir forças, Biden fez um voo solo que esvazia as pretensões de liderança do primeiro-ministro britânico no debate sobre a IA segura.
(Crédito: https://br.freepik.com/)
Outra coisa que ambos têm em comum é o tom alarmista. Uma das justificativas de Biden para o decreto é o medo das deepfakes. Na apresentação das medidas, ele se disse assustado depois de assistir a um vídeo falso de si mesmo, que classificou de mind blowing (estarrecedor, em tradução livre).
Nem todos compartilham da visão alarmista. A organização não-governamental The Citizens criou uma conferência paralela, The People’s Summit for AI Safety, em oposição ao que mais de 100 entidades que assinaram um manifesto conjunto classificaram como “evento a portas fechadas dominado pelas Big Techs e focado em riscos especulativos”.
A revista Wired tachou a cúpula do governo de “bagunça obcecada pela desgraça”, ecoando a opinião do pesquisador Felix M.Simon sobre os exageros, que se encaixam bem em narrativas com fins políticos.
O problema é que isso não ajuda a encontrar caminhos para explorar os benefícios da IA generativa em várias áreas, incluindo no ecossistema de informação, neutralizando-se os riscos potenciais.
“O tempo dirá se as manchetes alarmistas sobre a IA generativa serão justificadas ou não. Mas, independentemente do resultado, a discussão sobre o impacto da tecnologia na desinformação seria mais produtiva se fosse mais plural e baseada em evidências, especialmente no contexto das regulamentações em curso”, disse o pesquisador de Oxford.
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Cento e trinta e cinco cases, dos 309 inscritos, classificaram-se para a final da edição 2023 doPrêmio Jatobá PR, integrando as 31 shortlists da premiação. O julgamento estendeu-se dos dias 5 a 24 de outubro e envolveu 65 profissionais. A edição, que bateu recordes de inscrições, registrou a participação de 24Grandes Agências (que inscreveram 103cases), 43 Agências-Butique (106 cases) e 49Organizações Empresariais e Públicas (100 cases).
Confiraneste link todos os detalhes da premiação e as shortlists do Jatobá PR 2023.
O tradicional jantar de premiação, marcado para 5 de dezembro, será novamente no Renaissance Hotel, em São Paulo. O evento será por adesão e a compra de lugares e mesas já está liberada e seguirá aberta até se completar a capacidade máxima do Salão. Grupos que adquirirem mesa (dez lugares) terão desconto de 10% no total da compra; e os que optarem por meia mesa (cinco lugares), terão desconto de 5% (cliqueaqui para comprar).
Estão abertas até 30 de novembro as inscrições para o 1º Concurso de Fotografia do Museu do Futebol, que vai premiar até vinte fotografias que retratem práticas do futebol no Brasil. O tema da premiação é Brincar de Futebol, em alusão à nova mostra temporária do museu, a Futebol de Brinquedo.
O primeiro lugar receberá R$ 1.500; o segundo colocado será premiado com um valor em dinheiro de R$ 1.000; e o terceiro lugar receberá R$ 800 . Do quarto ao 20º lugar, os premiados receberão R$ 500. As fotografias serão expostas em exposição virtual do Museu do Futebol.
Sobre o tema Brincar de Futebol, a ideia é que os participantes retratem a relação lúdica de pessoas de todas as idades com o futebol, seja no jogo em si, ou por meio de brincadeiras e brinquedos relacionados ao esporte.
Podem participar pessoas de todas as idades, profissionais ou não. As imagens devem ser digitais, com no mínimo 300 d.p.i. de definição, no formato JPEG e tamanho mínimo de 10x15cm. Serão aceitas fotos tiradas com celular, desde que respeitem o formato indicado.
O resultado do concurso será publicado em 20 de dezembro no site do Museu do Futebol e nas redes sociais.
Mauro Ventura traz um retrato pulsante da vida da metrópole, e de sua mais eficaz instituição de combate ao crime, no livro Os grandes casos do Disque Denúncia, pelo selo História Real da Editora Intrínseca. O livro-reportagem vem com minúcias dos seis casos mais impactantes nos 28 anos de existência do Disque Denúncia e revela os bastidores do serviço.
Experiente na cobertura da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, o autor acompanhou de perto o nascimento do Disque Denúncia, que desde então recebeu quase 3 milhões de denúncias, que resultaram na prisão de mais de 20 mil bandidos e na apreensão de cerca de 42 mil armas e munições, além de 33 toneladas de entorpecentes. A obra é resultado de três anos de pesquisa sobre o serviço, que jamais comprometeu o anonimato de um denunciante. Como um dos “jornalistas-clientes” − profissionais da imprensa que recebiam informações em primeira mão –, Ventura não apenas reconstitui os crimes, como revela a experiência de quem os vivenciou de perto: atendentes do DD, parentes das vítimas, policiais envolvidos nas investigações e promotores públicos.
Venturacomeçou a carreira em 1985. Trabalhou em veículos como Isto É, Jornal do Brasil e O Globo. Com a reportagem Tribunal do tráfico, venceu os prêmios Esso e Embratel. É autor do livro O espetáculo mais triste da terra – O incêndio do Gran Circo Norte-Americano, vencedor do prêmio Jabuti, entre outros livros.É o editor do site Testemunha Ocular, do Instituto Moreira Salles, dedicado à difusão e preservação do jornalismo fotográfico brasileiro.
O lançamento será na próxima terça-feira (7/11), às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon (av. Afrânio de Melo Franco, 290). Parte das vendas da obra será revertida para o Instituto MovRio, organização sem fins lucrativos que mantém o Disque Denúncia.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou nesta terça-feira (31/10) um canal para jornalistas denunciarem casos de agressão durante o exercício da profissão. Os registros serão recebidos pelo Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais, coordenado pela Secretaria Nacional de Justiça.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o processo para realizar denúncias no canal, disponível no site do ministério, é simples e parecido com um boletim de ocorrência. Segundo a coluna, de acordo com Augusto Botelho, secretário nacional de Justiça, basta a pessoa preencher os dados solicitados e o site a encaminhará para a delegacia responsável da área.
O observatório dividirá as denúncias nas seguintes categorias: Raça e Diversidade; Violência de Gênero; Assédio Judicial; Ataques Digitais e Protocolo de Proteção; e Caminhos Processuais e Protocolos Legais.
O secretário reforça que o canal visa sobretudo alcançar profissionais que atuem em veículos independentes: “Jornalistas, comunicadores, radialistas de cidades no interior sofrem bastante violência e muitas vezes estão desamparados. Então, a função do canal de denúncias também é que todos os comunicadores tenham uma resposta rápida”.
O YouTube removeu de suas plataformas o canal do Brasil de Fato RS, sob a justificativa de “violações graves ou repetidas de nossa política de spam, práticas enganosas e golpes”. A redação do veículo recebeu uma breve mensagem do YouTube sobre a exclusão, sem maiores esclarecimentos.
O Brasil de Fato RS escreveu que não praticou nenhuma das violações citadas pelo YouTube, e até agora não sabe o verdadeiro motivo da exclusão do canal. A empresa supõe que a medida tenha relação com o podcast De Fato, cujo mais recente programa estreou no sábado passado, mas reiterou que o podcast também não viola nenhuma das diretrizes do YouTube. O projeto entrevistou o cientista político Bruno Lima Rocha, que falou sobre as eleições na Argentina e a crise no Oriente Médio.
O Brasil de Fato RS respondeu ao comunicado do YouTube, pedindo uma reconsideração. Para a empresa, a exclusão do canal “trata-se de uma violência absurda e extremada contra o exercício do jornalismo contra a qual recorrerá à justiça brasileira”. Vale lembrar que, em 2022, o Brasil de Fato RS, teve sua página do Facebook banida durante o primeiro turno das eleições presidenciais.
Entidades como o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) repudiaram a medida do YouTube e pediram que a empresa reveja a decisão.
Josette Goulart, do Brazil Journal, o repórter fotográfico Marcelo Chello e a executiva Juliana Souza lançam o canal de notícias Tixa News. O jornal digital surge com a premissa de trazer informações de um jeito criativo ao seu público, através de uma lagartixa.
Juliana explica a escolha da porta-voz do site: “Por quê uma Lagartixa? Porque não tem rabo preso, não precisa ser triste para ser séria e porque, mesmo com sangue frio, traz ‘notixas’ quentes”.
O canal de notícias com foco em política também marcará presença nas redes sociais, prometendo falar sobre o tema com uma abordagem leve, bem-humorada, objetiva e imparcial.
O lançamento oficial acontece nesta terça-feira (31/10) em São Paulo, às 18h30, no Bar Cerne (Rua Ministro Gastão Mesquita n° 120, em Perdizes). Apesar de não ter sido lançado, o site já conta com a Carta Aberta de uma Lagartixa à Nação, em que convida marcas, figuras públicas e pessoas para acompanharem sua estreia.
Rodrigo Bocardi, apresentador do Bom Dia São Paulo, comanda o CBN Tecnologia Segura, videocast que estreou na última semana na rádio CBN, que debate a cibersegurança no Brasil. O programa, disponível no site e aplicativo da CBN, além de YouTube e outras plataformas de áudio e vídeo, traz como convidados especialistas em segurança da informação, tecnologia e proteção de dados.
O CBN Tecnologia Segura aborda temas como segurança virtual no segmento financeiro, avanços digitais na área da saúde, impactos de sistemas mais seguros nos mercados de crédito e veículos, inteligência artificial, Lei Geral de Proteção de Dados, Marco Civil da Internet, entre outros. A ideia é inspirar pessoas e empresas a adotarem melhores práticas de cibersegurança.
“O apoio ao videocast surge da missão de impulsionar o debate sobre temas que afetam diretamente a economia brasileira e, sobretudo, a vida dos cidadãos. Afinal, quando aliadas, segurança, tecnologia e inovação têm o poder de desburocratizar e facilitar a vida das pessoas e das instituições”, declarou Carlos Santana, presidente da Tecnobank, parceira da CBN no projeto.
A Ponte Jornalismo lançou nesta segunda-feira (30/10) o Índice de Transparência da Letalidade Policial, que analisa de que forma as informações e dados sobre letalidade policial e mortes de policiais são divulgadas nos canais oficiais de todos os estados do País.
No índice, a Ponte analisou o comportamento dos governos dos estados em relação a transparência ativa (publicação de informações sobre mortes por e de policiais) e a transparência passiva (pedidos de dados via Lei de Acesso à Informação). Os dados obtidos mostram que sete estados brasileiros não informam sobre mortes cometidas pela polícia em seus sites oficiais, e 17 do total não publicam informações sobre mortes de policiais.
O levantamento da Ponte indicou ainda informações graves: apenas dez estados brasileiros informam tanto as mortes cometidas por policiais como as mortes de policiais, e muitas vezes sem detalhes relevantes sobre os casos. Roraima, por exemplo, é um caso extremo, pois o site da secretaria de segurança está em manutenção há seis anos.
Com base nos dados do levantamento, a Ponte criou um sistema de pontuação para classificar os estados brasileiros em um ranking de transparência. São Paulo lidera o ranking, seguido por Pará e Rio Grande do Sul, empatados em segundo lugar. Acre, Rondônia e Roraima registraram nível de transparência zero.
A construção e a metodologia do índice foram feitas pela equipe da Ponte Jornalismo, em parceria com a Lagom Data.