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quinta-feira, julho 3, 2025

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Novo Meio prepara lançamento de nova publicação

Ainda sem data definida para circular, mas que deve ser até janeiro, Carro e Vida será mais uma revista no portfólio de produtos da Editora Novo Meio, que publica Mais Automotive e Mais Diesel, entre outros títulos. Claudio Milan, diretor de Redação, diz que o conteúdo editorial será dedicado à relação do automóvel com as pessoas. “Não será uma revista técnica, que vai falar de produto. Suas reportagens terão foco comportamental e em serviços. Queremos mostrar, por exemplo, os benefícios da inspeção veicular ao meio ambiente e à população ou falar de segurança para pedestres, ciclistas e motoristas”, afirma. Bimestral, produzida em parceria com a BR Distribuidora, terá tiragem de 200 mil exemplares, distribuídos gratuitamente em mais de 160 postos de combustível da cidade de São Paulo. Na equipe estão, além de Milan, Robson Breviglieri (repórter especial) e as repórteres Patrícia Malta de Alencar e Adriana Chaves. Outros projetos ? A redação também comemora o sucesso da parceria com a Reed Exhibitions Alcantara Machado na edição de jornais diários em algumas de suas feiras, principalmente do setor automotivo. Desde o ano passado, a Novo Meio editou Diário da Automec, Diário da Fenatran, Diário da Fenabrave e Guia da Fenabrave, e na última semana, o Diário do Salão de Veículos Antigos, evento que aconteceu entre 24 e 27/11, em São Paulo, com mais de 20 mil visitantes.

Memórias da Redação – O amadurecimento de um foca

A história desta semana é, na realidade, o conteúdo de uma mensagem que Adhemar Altieri, diretor de Comunicação Corporativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar ? Unica (adhemar@unica.com.br), enviou a Luiz Roberto de Souza Queiroz, autor do livro Dorina Nowill ? Um relato da luta pela inclusão social dos cegos. Pelo teor, julgamos oportuno publicá-la em Memórias, com o que Adhemar concordou.Ele, a propósito, celebra neste momento uma dupla vitória no Prêmio Aberje, pelo trabalho de Comunicação à frente da Unica: a categoria nacional de Comunicação Integrada e Empresa do Ano em Comunicação Empresarial, o maior de todos. O amadurecimento de um foca Quando tinha 17 anos, minha família já vivia no Canadá mas era ano de Copa do Mundo e resolvi passar as férias escolares (julho e agosto) no Brasil. Como já falava inglês, um conhecido que fazia frilas como tradutor e intérprete me procurou, pois havia sido contratado para um job que, ao ver o que era, não se sentiu capaz de fazer. Eu nunca tinha feito aquilo: tradução simultânea, traduzir conversas, palestras etc… Mas fui ver o que era e se dava para substituir o amigo. Era um encontro do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, evento que seria realizado no Clube Monte Líbano, ali perto do Ibirapuera… Fui lá, encarei, ganhei uma graninha legal e foi uma baita experiência para mim, principalmente porque conheci Dona Dorina Nowill, que foi uma espécie de ?estrela? do evento. Nunca esqueço daquilo, porque aprendi coisas que se revelaram muito úteis, importantes até hoje. São detalhes que já usei para orientar conhecidos com filhos pequenos que tinham dificuldade para aprender, pois naquele evento, vi casos em que a aparente dificuldade de aprendizado na verdade era causada por problemas para enxergar. Sem enxergar direito a criança não captava as coisas, tinha que inclinar o rosto para ver direito, e assim ia perdendo detalhes. Foi muito esclarecedor. Eu, com 17 anos, tive que amadurecer rápido para atender aquele evento. Imagine Bebeto, eu garotão ? na época tinha mania de andar com aqueles camisões floridos tipo Carlos Imperial, jeans boca-de-sino cheia de rebites cromados, barbudo, com a barba toda encaracolada, cabelo bem comprido, óculos de aro redondo tipo John Lennon… Por cima de tudo isso, paletó e gravata! Era 1974…

Encontro anual do JT teve até presença internacional

O Jornal da Tarde Sempre, encontro anual de confraternização de ex-integrantes (e até alguns atuais) de redações do JT desde a sua fundação, em 1966, que foi realizado em 26/11 na Churrascaria Ponteio, na capital paulista, teve até presença internacional: Maria Adelaide (Milai), que por 17 anos foi secretária-executiva na redação do jornal, veio de Portugal e se emocionou.

Segundo o organizador do encontro, Mário Marinho (mariomarinho@uol.com.br), que foi por muitos anos editor de Esportes do JT, outros que vieram de longe foram Kazuo Inoue e Wladimir Soares, de Florianópolis; e José Carlos Santana, ex-correspondente em Londres, de Belo Horizonte. “Esta foi a quarta vez que nos reunimos”, conta Marinho. “A primeira vez foi em 2006, para comemorar os 40 anos do bravo JT. Depois, ficamos algum tempo sem nos encontrar, até que em 2009 resolvi promover um novo encontro e, daí, mesmo sem o querer, acabei me transformando no organizador e responsável (ou irresponsável) pelos Encontros”. O almoço teve caipirinha com as cachaças Dona Carolina e Espírito de Minas, “gentilmente cedidas por Chico Santa Rita e Gilberto Mansur”.

Reformulação na Folha atinge colunas de Josias e Dimenstein

A reestruturação quem vem sendo feita nas últimas semanas pela Folha de S.Paulo, também provocou a mudança de dois importantes nomes do jornal: Josias de Souza e Gilberto Dimenstein deixam de escrever para o jornal impresso, mas permanecem como colunistas regulares, respectivamente em UOL e Folha.com. Sobre a mudança, em seu artigo de despedida, na edição do último domingo (27/11), Dimenstein relata o quanto o trabalho e o espaço na Folha foram importantes na sua trajetória e nas descobertas que fez nos vários campos do saber; e ao final faz um agradecimento especial ao diretor de Redação do jornal Otávio Frias Filho, lembrando que se não fosse ele, disposto a apoiar tantas experiências por tanto tempo, ?eu não teria tantas histórias para contar”. Dimenstein participa atualmente de uma incubadora de projetos em Harvard, onde deve permanecer até o final de 2012, e desenvolve em São Paulo um projeto no campo do jornalismo comunitário, em parceria com o Media Lab (MIT). Josias, que, a exemplo de Elvira Lobato, começou na Folha em 1984, é o titular do blog Bastidores do poder. No jornal impresso ocupou inúmeras funções, de repórter a secretário de Redação e é autor de A história real (Ática), em coautoria com o próprio Dimenstein. Outras mudanças ? O jornal desativou o posto de correspondente em Santos e o atual titular, Felipe Caruso, saiu. Também deixaram o jornal Juliana Rocha, de Mundo, e Patrícia Buniarti, da Arte. Roberto Kaz, da Ilustrada, saiu a pedido, para ser editor-assistente da revista semanal de O Globo e voltar a morar no Rio, onde nasceu. Guilherme Genetreti, de Equilíbrio, foi transferido para a revista sãopaulo. Flávia Mantovani, que era editora-assistente da mesma revista sãopaulo, aproveitou a onda de cortes e saiu a pedido, para temporada de estudos na Espanha (Projeto Balboa). A terceirização dos altos salários, de que tanto se falou, foi pontual. Do Agora São Paulo saíram Daniel Tremel (do Online), Janaína Nunes (da coluna Olá) e Sérgio Carvalho, editor de Fotografia, os dois últimos substituídos respectivamente por João Fernando e Otávio Valle. Da sucursal Brasília saíram Larissa Guimarães e Eduardo Cucolo (este a caminho do Estadão).

José Pequeno assume Diretoria de Criação da GQ

José Pequeno deixou na semana passada a Diretoria de Criação da Editora Globo e assumiu posto semelhante na versão brasileira da GQ (Gentlemen?s Quarterly), lançada em março pela joint venture Edições Globo Condé Nast. Pequeno estava na EG desde 2000, quando chegou como diretor de Arte da Quem, cujo projeto gráfico criou. Em 2006, assumiu a Direção de Arte de Customizadas, onde desenvolveu, entre outros, o projeto da Revista do Fantástico. Em dezembro do mesmo ano, passou a comandar a Diretoria de Arte de Época Negócios, posto em que permaneceu até abril deste ano, quando assumiu a Direção de Criação da EG, sendo responsável pelos produtos do grupo Femininas, Interesses Especiais e Quem, e grupo Negócios. Nessa posição, desenvolveu o novo projeto gráfico das revistas Autoesporte e Época Negócios. Na GQ, Pequeno terá como desafio consolidar a marca no mercado brasileiro. Criada em 1957 nos Estados Unidos, a revista tem edições em mais de 15 países. Na mesma GQ, J&Cia apurou as saídas do diretor de Arte Crystian Cruz e do editor de Moda Sylvain Justum.

Ministro Fernando Haddad recebe pleito por Landell de Moura

O ministro da Educação Fernando Haddad recebeu na manhã desta 4ª.feira (30/11), das mãos de Kátia Cubel (voluntária do Movimento Landell de Moura), o abaixo-assinado com mais de 5.700 assinaturas pleiteando o reconhecimento oficial de sua obra pela História do Brasil e a inclusão de sua saga na grade curricular do Ensino Fundamental. Em audiência que foi solicitada e da qual participou a senadora Ana Amélia (PP-RS), em Brasília, o ministro Haddad recebeu também um dossiê sobre a vida e a obra do padre que inventou o rádio e foi precursor das telecomunicações e que por tudo o que fez pode ser considerado um dos maiores cientistas da História do Brasil. No encontro, o ministro considerou o pleito relevante e ao saber da existência do documentário sobre o tema feito pela TV Senado (ver J&Cia 819) comprometeu-se a exibi-lo na TV Escola. Além disso, sugeriu criar uma comissão nacional de acadêmicos para avalizar a invenção do padre e, em seguida, instituir uma comissão internacional para pleitear reconhecimento ao inventor além-fronteiras. A ideia é que o governo brasileiro convide um americano, um francês e um chinês para integrarem essa comissão. O secretário de Educação Superior Luiz Cláudio Costa comprometeu-se a analisar o dossiê e, se tudo estiver de acordo com o que foi apresentado verbalmente, encaminhar o pleito ao Conselho Federal de Educação. A senadora Ana Amélia, também apoiadora do MLM, disse que fará uma Audiência Pública no Senado para expor a causa. * Na foto, da esquerda para direita: Kátia Cubel, senadora Ana Amélia, ministro Fernando Haddad e secretário Luiz Cláudio Costa.

AE lança Retrospectiva 2011 e Perspectivas 2012

A Agência Estado lançará nos próximos dias o Caderno Retrospectiva 2011, com as principais notícias e imagens que foram destaque no cenário nacional e internacional deste ano. O especial foi elaborado, de forma exclusiva, pelos editores especializados da empresa, que atua na distribuição de informações online e em tempo real.

A AE também prepara o Caderno Perspectivas 2012, com os fatos mais relevantes que impactarão o Brasil e o mundo no próximo ano, como as Olimpíadas de Londres, valorização do real, a saúde da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros.

O documento trará análises e entrevistas exclusivas com especialistas em Política, Economia, Internacional, Esportes, Geral e Entretenimento. Os cadernos, elaborados sob supervisão de João Caminoto, diretor de Informação da Agência Estado, poderão ser adquiridos pelo 11-3856-2079 ou midia.ae@grupoestado.com.br.

Elvira Lobato faz acordo e deixa a Folha de S.Paulo

Uma das mais premiadas e reconhecidas repórteres do País, Elvira Lobato fez um acordo com a Folha de S.Paulo e está deixando o jornal. Como diz uma fonte deste Portal dos Jornalistas, ela havia tempos queria se aposentar e aproveitou para fazer um bom acordo com o jornal. Elvira estava na Folha desde 1984, tendo antes passado por Jornal do Brasil e Opinião (ambos como frila). Autora de Instinto de Repórter (Publifolha), ganhou o Esso de Jornalismo de 2008 com a reportagem Universal chega aos 30 anos com império empresarial (15/12/2007). Ao Portal dos Jornalistas, ela enviou o seguinte depoimento: ?Estou me desligando da empresa depois de 27 anos de trabalho. Foi uma decisão negociada, e saio feliz. Minha saída da Folha encerra um ciclo da minha carreira profissional e me abre as janelas para outros caminhos, que ainda não sei quais serão, nem tenho urgência para descobri-los. Fui repórter por 39 anos, vivi intensamente a profissão. Nunca exerci outra função no jornalismo que não a de repórter. Agora, penso usar os conhecimentos acumulados e meu entusiasmo pela reportagem para ensinar o oficio em universidades. Ou, ainda, para me aventurar a contar histórias do Brasil. Não tenho queixas da Folha. Pelo contrário. Ela me deu condições de construir uma carreira ímpar e plena. Fui admitida pela Folha em outubro de 1984. Em 91, fui para São Paulo, onde fiquei por cinco anos e conheci o sr. Frias, de quem recebi lições valiosas de jornalismo. Quando ele me procurava passando uma informação, eu sabia que não adiantava brigar com a pauta, porque ele era bem informado e tinha um grande faro jornalístico. Soube que correram boatos de que saí magoada com a Folha. Não é verdade, e quero aproveitar este momento para agradecer ao Otavio Frias, que foi meu diretor ao longo desses anos, e ao Luís Frias, com quem também tive muito contato depois que Folha expandiu-se para o segmento de telecomunicações. Otavio e Luis sempre me trataram com grande deferência?.

Apesar de cortes, Editora Globo nega demissão em massa

A Editora Globo está promovendo desde a última semana um ajuste em seus quadros de pessoal, com várias demissões e alguns remanejamentos, sem no entanto emitir qualquer comunicado oficial sobre as medidas. Ao optar pelo silêncio, a direção da empresa, liderada por Frederic Zoghaib Kachar, deixou que as versões se sobrepusessem aos fatos. Alguns rumores dão conta de que poderia chegar a 300 (de 1.000 empregados da empresa) o número de demitidos, ou seja, 30% da atual força de trabalho. Pelo que conseguiu apurar, individualmente, Jornalistas&Cia, com pessoas inclusive de fora da empresa, essa informação não procede. Em conversa com o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo Guto Camargo, a diretora de RH da Editora Globo Vânia Weber, que não retornou as ligações de nossa equipe, disse que esse número era um exagero e que os cortes estavam longe de significar demissão em massa, razão que levou a empresa a optar por não se manifestar e por não emitir qualquer comunicado oficial. Sabe-se que o corte atingiu algumas redações, não atingiu outras e se espalhou por outras áreas da empresa, como Publicidade, RH, Serviços, TI e Cedoc. Nesta 3ª.feira (29/11) pela manhã o chamado ?corredor press? (ou ?rádio peão?) andava à toda. Já se sabiam dos cortes na 6ª.feira no Cedoc e logo cedo foi anunciado o corte de sete na Publicidade. Vânia garantiu a Guto que os cortes paravam nesta 3ª. A alegação, longe de citar prejuízos ou perspectivas econômicas ruins, é de que ?a medida faz parte de um programa de reestruturação da empresa visando a reorganização dos trabalhos para o próximo ano?, como citou nota publicada pelo site do Sindicato. A entidade, aliás, deverá continuar em negociações com a empresa já nesta 4ª.feira. Guto cita os dados do projeto Inter-Meios para repudiar o que ele considera uma onda de demissões despropositadas às vésperas do Natal, como tem acontecido sistematicamente, como lembra, ano a ano. Segundo o Projeto Inter-Meios, feito em parceria entre o Meio & Mensagem e a PriceWaterhouseCoopers, do faturamento publicitário total de R$ 17,6 bilhões nos oito primeiros meses deste ano os jornais participaram com 12,3% (crescimento de 2,03%) e as revistas vieram em seguida, com 6,94% (alta de 5,22%). No caso da Editora Globo, revistas consideradas enxutas, como Autoesporte, Quem, Galileu, Casa & Jardim, Crescer e Pequenas Empresas Grandes Negócios, até onde se sabe, não sofreram baixas. Já outras, como Globo Rural, Monet e Época Negócios e edições para tablets, foram atingidas. De Época Negócios, por exemplo, de uma equipe de 22 pessoas, duas foram cortadas, duas foram substituídas sem redução de salário e uma foi promovida. Deixaram a revista a editora-executiva Karla Spotorno e a assistente de Redação Debora dos Santos Pedro. Também saíram Janice Kiss, repórter da Globo Rural; Dafne Sampaio (editor), Itaici Brunetti Perez (repórter) e Giovanna Miranda Gomes (assistente de Redação), da Monet; David Michelson (editor de Multimídia), Sergio Ludke Boechi (editor de Online) e Mariana de Paula (diagramadora), de Época; Denerval Ferraro Jr. (editor), Márcio Cruz (repórter), Daniele Doneda (diretora de Arte) e Luciano Marsiglia (editor do site), de Época São Paulo; e Lívia Deodato, editora de Marie Claire. O diretor de Infografia e Multimídia Alberto Cairo fez um acordo para sair. Outro que também preferiu deixar a empresa foi Saulo Ribas, que havia sido contratado inicialmente como diretor de Criação da EG e ultimamente era diretor de Entretenimento (cuidava de games e outros produtos). Demissões se antecipam ao NatalO segundo semestre, apesar do bom desempenho da economia em geral e do segmento de mídia, em particular, não foi bom para o mercado profissional e tudo faz crer, pelos vários rumores, que isso continuará. O primeiro veículo a promover demissões foi o iG, com 30 cortes, seguido da MTV, do Grupo Abril, com 43. Também a Folha de S.Paulo promoveu cortes, sem que ainda se tenha o número exato, mas que pode chegar a 40. Nesta semana, a Editora Globo fez o mesmo, mas, como a Folha, deixou no ar a incógnita sobre o número de cortes. Há fortes rumores de que duas outras grandes empresas de São Paulo estariam preparando reduções significativas ainda este ano. A conferir!

Mário Sabino deixa Veja e o jornalismo

Mario Sabino, redator-chefe da Veja e segundo na hierarquia da publicação, deixará a revista no início de janeiro, para dedicar-se a outras atividades profissionais, conforme informou à empresa e, particularmente, ao diretor de Redação Eurípedes Alcântara, na última semana.

A confirmação de sua saída deu-se no dia 24/11, conforme a própria Veja.com divulgou, mas dias antes os rumores já corriam fartamente no mercado, cercados de inúmeras hipóteses e comentários. Em função do cargo, da longevidade e importância na hierarquia da revista, dos embates em que se envolveu, das denúncias que abrigou na revista, era natural que a saída de Sabino ensejasse boatos.

Entre o que se divulgou, havia a informação de que Sabino estava deixando Veja para assumir uma vice-presidência executiva na CDN, agência de comunicação liderada por João Rodarte. Ele de fato recebeu esse convite, mas, segundo J&Cia apurou, até o fechamento desta edição ainda não havia batido o martelo por ter outras propostas em mãos.

Sabino esteve na Abril por 17 anos, os últimos oito no atual cargo. Ficaria mais 20 se quisesse, segundo afirmou o presidente do Conselho Deliberativo da Abril, Roberto Civita, a Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Também seus colegas, como Reinaldo Azevedo, da Veja.com, o elogiaram publicamente. E de Eurípedes, que não quis falar com nossa equipe, recebeu o seguinte depoimento, feito para a redação, mas que certamente foi escrito e planejado para ser vazado para a mídia:

“Antes que prevaleçam a maledicência e a desinformação, matérias-primas dos bucaneiros da internet, gostaria de esclarecer o que existe de factual sobre a decisão do Mario Sabino de deixar o jornalismo e, como consequência, seu cargo de redator chefe de Veja. Havia um ano eu tentava dissuadir o Mario da determinação de deixar a profissão. Ele argumentava que o exercício do jornalismo já não lhe proporcionava a mesma satisfação. Embora eu apontasse que ele continuava a desempenhar suas atribuições com a responsabilidade, brilhantismo, ousadia e originalidade de sempre, Mario foi consolidando sua decisão de mudar de rumos profissionais. Na semana passada, finalmente, Mario Sabino me procurou para dizer que seguiria mesmo outro caminho. A decisão do Mario representa uma grande perda – para nós da redação de Veja e para o jornalismo. Ele esteve ao meu lado durante quase oito anos, no cargo que ainda exercerá até o início do próximo ano, sempre como a melhor companhia que um diretor de redação pode ter na trincheira do jornalismo rigoroso e independente. Perco o convívio de um amigo, mas não a sua amizade. Fica conosco sua lição de profissionalismo intenso e de apego exacerbado à busca da verdade, para ele mais do que uma simples virtude, uma razão de vida. Sob essa ótica, farei e anunciarei nas próximas semanas as mudanças que a decisão do Mario acarreta”.

Essa decisão ainda não havia sido tomada até o fechamento desta edição.

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