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quarta-feira, julho 23, 2025

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ESG: o que dizem pesquisas sobre as três letras que para alguns estão deixando de fazer sentido

Crédito: Matthew Smith/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O título de uma reportagem na Bloomberg Law sobre uma nova pesquisa global da KPMG não deixa dúvidas sobre os riscos que rondam a adesão do mundo corporativo aos compromissos ESG: “Estudo da KPMG revela planos surpreendentes para investimentos ESG por empresas”.

Segundo a consultoria, cerca de 90% das empresas pesquisadas planejam aumentar seus investimentos nos próximos três anos, a despeito do movimento anti-ESG que ganhou força sobretudo nos EUA.

A pesquisa envolveu 550 membros de conselhos, executivos e gestores de companhias com receita superior a US$ 1 bilhão, principalmente dos EUA e Europa.

Os resultados surpreenderam a Bloomberg porque parecem estar na contramão do mau humor dos investidores incomodados com a aplicação de recursos em projetos sociais e ambientais, que na opinião de uma parte cada vez maior deles não dão retorno financeiro.

À primeira vista, investimentos em processos mais sustentáveis − muitas vezes mais caros −, em mitigação de impacto de operações nas comunidades e em diversidade podem não dar retorno imediato. Mas a conta não é tão simples, se feita sob a perspectiva da reputação e dos riscos oferecidos ao negócio quando ela está em jogo.

ESG, reputação e lucros

Boicotes a marcas, pressão contra novos empreendimentos e até dificuldade de recrutar profissionais que preferem não se associar a empresas poluidoras, por exemplo, estão entre os riscos que vão muito além de notícias desfavoráveis na imprensa ou posts isolados nas redes.

Em um mundo que não existe mais, não era raro ouvir líderes empresariais na mesa do grupo de crises defendendo a ideia de que as más notícias sobre um problema seriam esquecidas em breve. E eles não estavam totalmente errados.

Apesar de todos os problemas atribuídos às redes sociais, é inegável que elas deram voz à sociedade, que não depende mais somente de uma imprensa sobrecarregada e pressionada pelo escândalo novo do dia ao ponto de não conseguir acompanhar todas as histórias até o fim.

O estudo da KPMG é um bom sinal de que líderes não estão embarcando totalmente na tese de que ESG não é relevante para o negócio. Mas não se pode deixar de considerar a hipótese de que uma coisa é o que se diz, e outra é o que se faz.

A consultoria mapeou as intenções, que podem não se concretizar na prática. Os dois principais desafios, apontados por 44% dos entrevistados, são recursos insuficientes e dificuldades de colaboração interna.

A comunicação entre departamentos e os “grupos isolados” dentro da organização foram citados como barreiras ao ESG por 41% dos líderes.

Uma curiosidade destacada pela KPMG é o método ainda pouco avançado de coletar e gerenciar os resultados: quase a metade das empresas consultadas ainda usa planilhas, mas 58% pretendem adotar a inteligência artificial para reunir dados.

“Fadiga ESG” nas empresas menores 

Ao mesmo tempo, outro novo estudo mostra que a realidade em empresas menores pode ser diferente. A consultoria britânica de ESG Sifa Strategy entrevistou 31 membros de conselhos de administração de 70 empresas do Reino Unido para compreender a situação em companhias pequenas e médias, em um momento que a análise chamou de “encruzilhada”.

Apenas 43% dos conselheiros acham que o ESG está alinhado às expectativas de retorno dos acionistas, percentual que vem caindo desde que a investigação começou a ser feita, em 2021.

Uma percepção destacada no relatório é a de que as ações são muitas vezes implementadas apenas para “cumprir tabela” ou para atender a demandas regulatórias, e não como uma forma de adicionar valor à estratégia corporativa e às operações.

A visão “desanimada” é atribuída em parte ao cenário macroeconômico, que leva líderes e investidores a abordagens de curto prazo, embora não tenham tirado as três letrinhas da agenda.

E uma conclusão que emergiu das conversas é a de que a sigla ESG está desgastada. Vários entrevistados defenderam que ela devia ser revista, pois é vaga, significa coisas diferentes dependendo do ponto de vista, e olhar para os três pilares ao mesmo tempo nem sempre é fácil.

Os estudos completos podem ser visto aqui (KPMG) e aqui (Sifa Strategy).


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Drauzio Varella estreia série sobre primeira infância na TV Cultura

Drauzio Varella estreia série sobre primeira infância na TV Cultura

A TV Cultura estreará neste sábado (24/2) uma série sobre a primeira infância apresentada pelo médico e escritor Drauzio Varella. Quanto Mais Cedo, Maior abordará temas fundamentais e presentes nos primeiros seis anos de uma criança.

Com dez episódios, a produção mostrará a importância de precauções, presença paterna, educação infantil, brincadeiras e vivências em espaços públicos durante o período. Trará histórias reais que ilustrem os efeitos positivos de dedicar atenção à primeira infância, assim como práticas a que famílias podem aderir para que seus filhos cresçam saudáveis e confiantes.

“O bebê já começa a aprender no interior do útero materno”, explica Drauzio em um dos episódios. “O desenvolvimento da criança se dá pela maneira como ela se relaciona com tudo que está a sua volta. Falar, cantar, brincar e ler para bebês e crianças são os melhores estímulos para a aprendizagem”.

Os episódios da série serão exibidos aos sábados, às 20h50.

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Rede Minas vence prêmio internacional sobre mobilidade

Andreza Brito - Divulgação: Rede Minas

A produtora e repórter Andreza Brito, da Rede Minas, foi a vencedora da primeira edição do Prêmio Transporte e Mobilidade na América Latina, iniciativa promovida pelo Fórum Internacional de Transporte, da ITF/OCDE.

A conquista veio com a reportagem Mobilidade urbana nas cidades históricas: soluções preservando o patrimônio histórico, exibida no Jornal Minas, da Rede Minas, que concorreu com 89 trabalhos de 14 países. Também participaram da produção o editor de texto Flávio Guerra, a repórter cinematográfica Naiara Guimarães, o editor de imagens Victor Caldas e o motorista Carlos Humberto.

Gravado em Ouro Preto, o trabalho abordou a adequação dos centros urbanos turísticos para garantir acessibilidade para pessoas com deficiência. De acordo com a organização do concurso, a matéria apresentou “um ângulo cativante sobre a necessidade de equilibrar duas considerações importantes: a de tornar as cidades acessíveis a todos e a preservação de nosso patrimônio construído”.

Andreza Brito – Divulgação: Rede Minas

Na fase final, Andreza concorreu ao prêmio com outros quatro trabalhos, entre eles a reportagem Cidades de 15 minutos: um planejamento mais justo, sustentável e inclusivo, produzida por Yara Guerra para a Revista Casa e Jardim. Também foram finalistas Mauricio Giambartolomei, do La Nación (Argentina), Saraí Alas, do La Prensa Grafica (El Salvador) e Mario Fernández Calderón, do Ojo al Clima (Costa Rica).

O prêmio será entregue a Andreza Brito pelo Secretário-Geral da ITF, Young-Tae Kim, durante a Cúpula Anual do Fórum Internacional de Transportes, que acontece em maio, na Alemanha. O evento é considerado o principal encontro de política de transporte do mundo.

Termina nesta 4ª.feira prazo para participar de pesquisa sobre IA para jornalistas

Última semana para responder à pesquisa: A inteligência artificial para jornalistas brasileiros
Crédito: Igor Omilaev/Unsplash

Vai até 21/2 (quarta-feira) o prazo para responder à Pesquisa A inteligência artificial para jornalistas brasileiros. Ela está sendo feita pelo curso de Jornalismo da ESPM-SP com o apoio deste J&Cia.

Os objetivos são identificar o nível de conhecimento da inteligência artificial generativa por jornalistas atuantes no País e conferir o grau de conhecimento e de utilização de ferramentas de IA na produção e nos negócios jornalísticos, bem como as preocupações que envolvem o uso dessa tecnologia na atividade profissional.

Os dados obtidos serão utilizados para trabalhos acadêmicos/científicos e para a produção de notícias sobre o tema no J&Cia, sempre com preservação dos nomes dos participantes.

Participe!

 

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Abraji divulga datas e local do 19º Congresso de Jornalismo Investigativo

Abraji divulga datas e local do 19º Congresso de Jornalismo Investigativo
Crédito: Abraji

A Abraji divulgou o local e datas do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo: de 11 a 14 de julho, no campus Álvaro Alvim da ESPM-SP, na Vila Mariana, em São Paulo.

Os primeiros três dias serão para a programação do Congresso e do XI Seminário de Pesquisa em Jornalismo Investigativo, enquanto o último para o 6º Domingo de Dados. O evento contará ainda com o retorno das sessões assíncronas, que serão disponibilizadas na plataforma do congresso. Além das transmissões ao vivo de algumas palestras, os participantes de forma remota terão acesso a oficinas e cursos gravados com temáticas que aprimorem a formação jornalística.

A entidade permanece aceitando até 22/2 propostas de mesas, cursos e oficinas para o evento. Interessados em colaborar com sugestões devem enviá-las por meio do formulário.

 

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Livro de Natalia Viana revelará bastidores de investigação em QG de Julian Assange

Natalia Viana e Julian Assange (lustração: Helton Mattei/Agência Pública)

Está previsto para o segundo semestre deste ano o lançamento de O vazamento (Editora Fósforo), novo livro de Natalia Viana, cofundadora e diretora executiva da Agência Pública, que conta a história de sua colaboração para o projeto Cablegate.

A investigação, comandada pelo site Wikileaks, de Julian Assange, expôs entre 2010 e 2011 milhares de documentos secretos norte-americanos, dentre eles telegramas das embaixadas estadunidenses relativos ao Brasil. Em 2010, convidada para investigar e coordenar a divulgação dos telegramas referentes ao Brasil, Natalia Viana abrigou-se por dias no QG de Assange, em Ellingham Hall, na Inglaterra.

Em O Vazamento, ela relata como enfrentou o poder da mídia tradicional, o machismo dos poderosos, além do constante medo de tratar de documentos sigilosos de uma das maiores potências mundiais que de nenhum modo ponderou o uso de sua força política. Desde a incerteza e a solidão dos primeiros dias pré-vazamento até uma viagem para que os documentos fossem usados por jornalistas em outros países da América Latina, Natalia narra em detalhes as aventuras e o empenho necessário para se fazer jornalismo a serviço dos fatos e da informação.

Natalia Viana e Julian Assange (lustração: Helton Mattei/Agência Pública)

Os desdobramentos da trajetória e a consequente perseguição política a Julian Assange, que nesta semana está tendo seu recurso final contra a extradição para os Estados Unidos julgado pela Suprema Corte do Reino Unido, assombram o desfecho da história, que, apesar de ainda estar em curso, já é trágica e violadora dos direitos humanos.

Catorze anos depois, esse relato pungente serve para uma reflexão acerca do papel do jornalismo, da revolução tecnológica, do imperialismo americano e da misoginia que as mulheres devem enfrentar, entre outros temas da atualidade.

É, mais do que tudo, uma nova leitura sobre um momento de virada na história da humanidade: a revolução da internet, que marcou uma década de revoltas, nas quais jovens do mundo todo compreenderam o poder de ter acesso livre à informação – e saíram às ruas para tentar moldar a política dos seus países em busca de um futuro melhor.

Nilson Klava assume Em Ponto, da GloboNews; Tiago Eltz vai para Jornal Nacional

Nilson Klava assume Em Ponto, da GloboNews; Tiago Eltz vai para Jornal Nacional

A Globo fará mudanças em sua equipe de jornalismo que devem passar a valer em breve. Nilson Klava, repórter especializado em Política, assumirá o comando do programa Em Ponto, da GloboNews, em substituição a Tiago Eltz, que será o novo repórter especial do Jornal Nacional em São Paulo. As informações são de Mônica Bergamo (Folha de S.Paulo).

Nilson Klava assume Em Ponto, da GloboNews; Tiago Eltz vai para Jornal Nacional
Tiago Eltz (Crédito: Instagram)

Eltz apresentava o Em Ponto desde julho de 2023, ao lado de Mônica Waldvogel, após a saída de Cecília Flesch. Apesar de deixar o Em Ponto, Eltz fará parte do rodízio de apresentadores da emissora e deve apresentar telejornais locais em São Paulo aos sábados e feriados. O jornalista está na Globo desde 2010 e foi correspondente da emissora em Nova York por cinco anos. Destacou-se em coberturas de fôlego, como a do acidente do avião da Chapecoense.

Klava, especializado em Política, está na Globo desde 2015 e faz parte do rodízio de apresentadores do Jornal Hoje aos finais de semana e feriados. Fez parte da cobertura das eleições de 2022 e cobriu a licença-maternidade de Aline Midlej no comando do Jornal das 10, da GloboNews. Para apresentar o Em Ponto, Klava terá que se mudar de Brasília para São Paulo, onde é ancorado o telejornal.

ICICT oferece curso sobre comunicação em instituições de saúde

Icict oferece curso sobre comunicação em instituições de saúde
Crédito: National Cancer Institute/Unsplash

Abertas as inscrições para o curso Práticas de Comunicação em Instituições Públicas de Saúde. Realizado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (ICICT), a iniciativa visa orientar e conscientizar profissionais da comunicação e da saúde pública sobre a importância de rever métodos cotidianos de trabalho.

Buscando enfrentar desafios como desinformação e acessibilidade, o curso discutirá, entre outras pautas, o uso da linguagem simples para a produção de conteúdos diversos, preocupações éticas necessárias na escolha de imagens e fotografias que ilustrem temas da saúde e a inserção da acessibilidade de forma definitiva no cotidiano de comunicadores.

Podem participar profissionais das áreas citadas ou que tenham em sua trajetória alguma relação com elas. A capacitação é gratuita e presencial, com aulas no Campus Maré da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, às quartas-feiras, das 8h às 17h, entre 17/4 e 29 de maio.

Interessados devem se inscrever pela Plataforma Sigals e seguir as instruções do edital.

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Governo de Rondônia impõe sigilo sobre atividades de governador e vice

Governo de Rondônia impõe sigilo sobre atividades de governador e vice
Sérgio Gonçalves da Silva (Crédito: Instagram)

O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves da Silva, assinou um decreto que impõe sigilo sobre informações de interesse público referentes a atividades realizadas por ele e pelo governador do estado, Marcos Rocha. Segundo o decreto, as restrições são válidas até o fim do mandato dos políticos.

O decreto torna sigilosas informações sobre registros de visitantes no gabinete do governador de Rondônia e em residências oficiais; informações referentes a viagens do governador, do vice-governador e de seus familiares; e informações sobre despesas com alimentação, saúde e moradia.

Para o Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, coordenado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o decreto contraria a Lei de Acesso à Informação (LAI).

“A ação revela desprezo pela transparência pública e é um ataque direto ao cumprimento da Lei de Acesso à Informação no estado”, destaca o Fórum. “Os novos incisos de I a III do art. 24 do decreto devem ser imediatamente revogados e qualquer imposição de sigilo eventualmente concretizada com fundamento nesses dispositivos, anulada. A divulgação de atividades realizadas com o dinheiro público e por agentes públicos é requisito para um governo democrático e essencial para o controle social, um direito de todo cidadão brasileiro”. Leia a nota do Fórum na íntegra.

Caio Maciel deixa a Globo após seis anos

O repórter esportivo Caio Maciel, um dos principais nomes do Globo Esporte em São Paulo, deixou a emissora após seis anos de casa. Ele aceitou uma proposta para trabalhar na área de Marketing em Campinas, onde sua família mora. A informação é do F5 (Folha de S.Paulo).

O último dia de Maciel no Globo Esporte SP foi na quarta-feira (14), quando apresentou interinamente o programa. Além de repórter, Maciel fazia parte da escala de apresentação do Globo Esporte aos fins de semana, em substituição ao titular Felipe Andreoli.

“Depois de 15 anos como repórter, seis deles na Globo, apurando, cuidando, minuciosamente escrevendo e contando histórias de outras pessoas, chegou a hora de eu cuidar um pouco mais da minha. A gente se vê!”, escreveu nas redes sociais.

Além do Globo Esporte, Maciel apresentou blocos esportivos nos telejornais Hora 1 e Jornal da Globo, e fez parte da cobertura dos últimos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile, em 2023. Antes da Globo, foi repórter esportivo da EPTV, afiliada da emissora no interior paulista.

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