A apresentadora Chris Flores deixou o SBT nesta sexta-feira (19/4), após sete anos de casa. A decisão para a saída da jornalista foi em comum acordo com a emissora. Ao Notícias da TV, Flores declarou que estava cansada de trabalhar com notícias sobre celebridades e não se via em novos projetos do SBT.
A jornalista apresentava o Fofocalizando desde 2020, mas afastou-se do comando do programa em novembro do ano passado para concluir sua graduação em História e apresentar um projeto de mestrado. Segundo ela, chegou ao fim seu ciclo de trabalho no setor de celebridades: “Fofoca não fazia mais sentido, não queria mais fazer um programa para falar sobre a vida dos outros, de celebridades. Já passei por essa fase e considero uma missão cumprida”, disse ao Notícias da TV.
Flores deixa o SBT pela porta da frente e está aberta para um possível retorno no futuro. A jornalista deve se dedicar às redes sociais e ao mestrado, além de outros projetos comerciais, mas está disponível para novas propostas na televisão. Ela chegou ao SBT em 2016, e assumiu a apresentação do Fofocalizando em 2020, durante a pandemia de Covid-19. O programa se tornou um dos maiores faturamentos da emissora. Antes do SBT, Flores também trabalhou por quase dez anos na Record TV.
A publicação tem como objetivo preparar os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) para o diálogo com os usuários sobre temas controversos e com potencial de impactar o bem-estar da sociedade.
Pâmela Pinto (Fiocruz) é associada da ABCPública e participou da produção do guia. A jornalista e pesquisadora explica que a cartilha foi pensada para ajudar os profissionais de saúde de diversos perfis a entender as questões que levam à desinformação e ajudá-los a dialogar com seus pacientes: “Foi um processo de também estimular a ideia de que esses profissionais precisam igualmente se preparar. É importante que eles tenham uma abordagem estratégica de como convencer os pacientes sobre temas de saúde, valorizando a ciência, valorizando a pesquisa, porque as informações sobre saúde causam impacto direto na nossa vida, no nosso corpo”.
O guia Desinformação sobre saúde: vamos enfrentar esse problema? possui uma linguagem simples e objetiva. Confira na biblioteca da ABCPública. A cartilha foi elaborada por um consórcio de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Fiocruz e de três Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC) e Disputas e Soberanias Informacionais (INCT-DSI).
A Folha de S.Paulo lançou um podcast em que colunistas do jornal analisam os principais destaques no cenário político, econômico, cultural e comportamental. Apresentado por Tati Bernardi, Thiago Amparo e Fábio Zanini, A que Pauta Chegamos! aprofunda as discussões do noticiário com uma dose de humor.
Na edição de estreia, em 18/4, os três discutiram a crise entre Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais. Também foram abordadas as falhas na gestão da educação do governo Lula e o risco de guerra entre Irã e Israel. O trio ainda analisou como a geração Z enxerga clássicos como a série Sex and the City.
Com edição e som de Raphael Concli, o programa está disponível nas principais plataformas de áudio, sempre às quintas-feiras, às 7 horas. Confira o primeiro episódio aqui.
A 19ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai homenagear a professora e escritora Fabiana Moraes.
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fabiana nasceu em Recife e se tornou a primeira de sua família a concluir o ensino superior. Além da graduação, obteve mestrado em Comunicação e doutorado em Sociologia, na mesma instituição.
Teve passagens por veículos como Jornal do Commercio, UOL e revista piauí. Na Abraji, atuou como diretora no biênio 2016-2017. Atualmente é colunista no The Intercept Brasil e na revista Gama.
Fabiana venceu três prêmios Esso de Jornalismo pelas reportagens Os Sertões, O Nascimento de Joicy e A Vida Mambembe, e posteriormente transformou as duas primeiras em livros. Também publicou Nabuco em Pretos e Brancos, e seu mais recente, A pauta é uma arma de combate.
A homenagem será no primeiro dia do congresso, 11/7, às 16h30, no Teatro ESPM, na ESPM-SP (campus Álvaro Alvim), em São Paulo. O evento terá transmissão ao vivo.
A Folha Espírita, jornal focado em notícias sobre atividades espíritas no Brasil e no mundo, completa 50 anos de circulação nesta quinta-feira (18/4). Totalmente digital desde 2020, a FE está com um novo portal, que reúne todas as edições anteriores do jornal, e vai realizar uma live nesta mesma quinta para celebrar o marco.
A Folha Espírita foi criada por José de Freitas Nobre, jornalista e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, após receber um recado de Chico Xavier. O médium confiou a ele a responsabilidade de lançar um jornal espírita para venda em bancas, e que deveria ter o apoio do Grupo Espírita Cairbar Schutel, de Diadema (SP). Foi então que nasceu a FE.
Ao longo dos 50 anos de trabalho, o jornal cobriu movimentos históricos ligados ao espiritismo, como a campanha do Prêmio Nobel para Chico Xavier, a ação contra o aborto em nível nacional e o trabalho em conjunto com a Associação Médico-Espírita de São Paulo na realização de uma pesquisa científica sobre a mediunidade de Francisco Cândido Xavier, que gerou até roteiros para programas de televisão e de cinema. Além do trabalho jornalístico, a FE teve atuação no lançamento de livros com temáticas espíritas, com a FE Editora, criada em 1990 e comandada por Marlene Nobre, esposa de Freitas Nobre. Foram mais de 100 mil livros vendidos.
Desde outubro de 2020, a Folha Espírita tem formato totalmente digital. A publicação passou também a ser gratuita, não havendo mais necessidade de ser assinante para acessar as publicações mensais. Também nessa época, a FE lançou seu podcast, disponível em diversas plataformas de áudio e em seu portal. A editora da FE é Cláudia Santos.
Um ano e meio após o lançamento do ChatGPT, o uso da inteligência artificial (IA) generativa no jornalismo ainda continua sendo objeto de análises para entender como os profissionais a estão absorvendo em seu cotidiano, suas expectativas e medos.
Ao mesmo tempo em que foram divulgados os resultados da pesquisa A Inteligência Artificial para jornalistas brasileiros, feita pelo grupo Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas da ESPM-SP em parceria com o Jornalistas&Cia, outro estudo mostrou o panorama da IA nas redações globais.
O trabalho, publicado na semana passada, foi feito pela Associated Press em conjunto com a Northwest University, dos EUA, e a Universidade de Amsterdã.
Enquanto organizações como New York Times e Getty Images adotaram posição de confronto e recorreram à justiça contra o uso de seu conteúdo para treinar os LLM (Large Language Models) sem remuneração, a AP seguiu outro caminho.
Foi a primeira grande organização de jornalismo a fechar um acordo com uma empresa de inteligência artificial generativa para uso de seu conteúdo, acordo celebrado com a OpenIA em agosto do ano passado.
Pouco depois, a agência de notícias formalizou um manual de regras para o uso da tecnologia por seus profissionais, um sinal de que usar a IA não é mais uma opção no jornalismo e sim um caminho sem volta.
Mas enquanto algumas organizações jornalísticas estão mais avançadas na sistematização do uso da inteligência artificial e na exploração de suas possibilidades, outras ainda engatinham. E foi isso que o estudo da AP mapeou.
Medos e expectativas no uso da IA no jornalismo
O objetivo foi identificar como a indústria de mídia tem lidado com as promessas e desafios iniciais da IA generativa, a partir da opinião de 292 profissionais, principalmente dos EUA e Europa.
O percentual dos que afirmaram já estarem usando a IA é superior ao constatado pela pesquisa da ESPM-SP: 56% no Brasil contra 73% no mundo.
Assim como no Brasil, a pesquisa da AP revelou que a maioria dos profissionais usa a IA na apuração de informações e produção de textos, e 49% acham que tarefas ou fluxos de trabalho já mudaram devido a ela.
Há um aspecto positivo para os que se alarmam com a possibilidade de a IA eliminar postos de trabalho − movimento que na verdade vem acontecendo na indústria de mídia muito antes de a tecnologia tornar-se popular.
Os entrevistados mencionam que novas funções estão sendo criadas, incluindo algumas ligadas à produção e entrega de conteúdo, como edição de vídeos de IA, verificação de fatos, design de interface e experiência do usuário.
No geral, diz o estudo da AP, há uma mudança no trabalho humano em direção à gestão, ao produto, a alguns novos cargos − e muito trabalho técnico para incorporar e manter sistemas que envolvem IA e automação.
Isso representa uma oportunidade para os que estiverem sintonizados com as transformações e dispostos a navegarem nelas em vez de rejeitá-las ou duvidar de seu avanço.
ChatGPT substituindo o colega jornalista na mesa ao lado
Depois que muitas redações adotaram o trabalho remoto ou híbrido devido à Covid-19 e que o isolamento foi apontado como risco para a troca de experiências e criatividade, a IA também parece estar sendo usada para substituir o rico convívio com o colega da mesa ao lado − para o bem ou para o mal.
Um entrevistado na pesquisa da AP disse: “Em vez de pedir ajuda a um colega para criar um título, sempre peço primeiro ao ChatGPT”.
Junto com o encantamento, no entanto, aparecem as preocupações éticas. As mais presentes foram a falta de supervisão humana (21,8%), a imprecisão (16,4%) e os preconceitos no conteúdo gerado pela IA (9,5%).
Nada muito diferente do que outras pesquisas já apontaram. Mas a AP aprofundou um pouco mais e perguntou se havia algum algum uso de IA generativa que deveria ser desencorajado no jornalismo.
Entre os entrevistados que mencionaram proibições como parte da resposta a preocupações éticas, a maioria (56%) concordou que a geração de conteúdos inteiros com a tecnologia deveria ser proibida, uma vez que os modelos ainda não são confiáveis − o que algumas empresas jornalísticas já determinaram em seus manuais internos.
Outro uso da IA rejeitado por 17% dos jornalistas consultados é na formulação de perguntas para uma entrevista. Um dos participantes do estudo disse: “As entrevistas muitas vezes mudam de rumo no meio do caminho por causa do instinto do repórter. Como a IA corresponderá a isso?”.
É uma resposta que remete ao ponto central desse processo: a IA não serve para fazer tudo sozinha, mas pode ajudar a formular perguntas melhores com base em pesquisas mais abrangentes, que o bom profissional, dotado de instinto jornalístico, saberá aproveitar na conversa.
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Quatro colegas da equipe de jornalismo do UOL deixaram a empresa. Em mensagens nas redes sociais eles mesmos anunciaram as demissões e seus motivos. Entre os que saíram estão Adriano Wilkson, Marie Declercq, Ivan Marsiglia e Marcos Candido.
Adriano Wilkson tinha 12 anos de trabalho como repórter do UOL. No X (ex-Twitter), publicou sobre a saída: “Lamento a decisão do site, motivada por sua nova linha editorial”. Autor de reportagens de fôlego, cobriu diversas edições de Copa do Mundo e Olimpíadas. Ganhou o Prêmio Aceesp de Melhor Matéria em 2017 com a reportagem Em um motel, lutador desidrata e entra em agonia antes de sua grande luta. É autor do podcast Os Grampos de Robinho, que mostrou conversas entre o ex-jogador de futebol Robinho e seus amigos que foram a base da acusação do Ministério Público da Itália contra ele por estupro coletivo. Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo crime.
Marie Declercq trabalhou como repórter no UOL por oito anos. No X, a jornalista publicou sobre sua saída do veículo: “Infelizmente o tipo de reportagem que faço não é mais compatível com os rumos editorais da empresa”. Declercq publicou reportagens sobre temáticas relacionadas aos direitos das mulheres, como discursos de ódio contra o gênero feminino nas redes sociais, a cultura red pill e o crescimento do chamado “masculinismo”. É autora da newslett Não Prometo Nada.
Ivan Marsiglia tinha dois anos de casa. Tralhava como editor-assistente do TAB UOL. Vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo em 2012, é autor do livro A Poeira dos Outros – Um repórter na Casa da Morte e mais 19 histórias.
Marcos Candido trabalhou por sete anos no UOL. Autor de reportagens marcantes, escreveu sobre o estilo de vida de moradores da Santa Cecília, no centro de São Paulo, em reportagem que viralizou o termo santa ceciliers. Antes, trabalhou na Folhateen, da Folha de S. Paulo, e nas revistas Trip e Tpm. Foi também colaborador para as revistas piauí e Superinteressante.
Em nota, o UOL comentou sobre os cortes:
“Não há nenhuma mudança de linha editorial nem redução de equipe: iniciamos processo seletivo para buscar novos integrantes para nossa equipe. O UOL continua com o mesmo compromisso de produzir reportagens de impacto”.
Termina na quinta-feira (18/4) o primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2024. Em sua quarta edição, a iniciativa reconhecerá os profissionais e publicações mais respeitados do agro pela visão de jornalistas, profissionais de comunicação e público em geral. Os jornalistas e veículos classificados para o segundo turno serão divulgados em edição especial na próxima semana.
Neste ano, além dos TOP 30 +Admirados Jornalistas do setor, serão homenageados os TOP 3 mais votados em oito categorias temáticas: Agência de Notícias, Áudio (Programa de Rádio/Podcast), Programa de TV (Mídia Geral), Programa de TV (Mídia Especializada), Canal de Vídeo (YouTube/Instagram), Site, Veículo Impresso e Veículo Impresso Especializado.
O primeiro turno é de livre indicação. O eleitor poderá sugerir até cinco profissionais ou publicações em cada categoria e os mais citados serão classificados para a segunda fase. Para participar, basta acessar o link e preencher um rápido cadastro.
A eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2024 tem patrocínio de Cargill, Mosaic Fertilizantes, Syngenta e Yara, apoio de Elanco, Portal dos Jornalistas e Press Manager, colaboração de BRF e Lavoro, e apoio Institucional da Rede Agrojor. Ainda há cotas disponíveis para empresas e entidades que queiram associar suas marcas à premiação. Mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).
Estão abertas até 10 de junho as inscrições para o Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2024, que vai premiar trabalhos jornalísticos sobre temas relacionados à saúde e à ciência. Neste ano, poderão ser inscritas reportagens de jornalistas que trabalham em Espanha e Estados Unidos, desde que os autores sejam ibero-americanos e os trabalhos tenham sido publicados originalmente em espanhol ou português.
As categorias do prêmio são Jornalismo Digital, Jornalismo Sonoro e Cobertura, além de menções honrosas nas categorias Desafios ao atendimento de saúde e Jornalismo de Soluções. As reportagens inscritas devem abordar um dos seis temas: desafios para o atendimento médico; prevenção, diagnóstico e atenção primária; inovações na área da saúde; reformas de políticas públicas para melhorar a assistência médica; mulheres e saúde; e ações comunitárias para a saúde.
A cerimônia de premiação será realizada em outubro, durante o Roche Press Day, em Miami, nos Estados Unidos. O vencedor de cada categoria participará com todas as despesas pagas do Festival Gabo 2025, em Bogotá, na Colômbia, e receberá um troféu e um certificado. Mais informações e inscrições aqui.
A Associação Mundial de Editores de Notícias (WAN-IFRA) anunciou os vencedores do Digital Media Américas 2024, que premia os melhores trabalhos jornalísticos das Américas do Norte, Central e do Sul. Veículos brasileiros estão entre os premiados.
Na categoria Melhor Site (local/pequeno), o vencedor foi o The Brazilian Report por seu trabalho de disponibilizar, em língua inglesa, informações sobre os principais acontecimentos e assuntos do Brasil, incluindo política, economia, sociedade, eventos, entre outros.
Em Melhor visualização de dados (local/pequeno), o ganhador foi o projeto Sumaúma, com a reportagem interativa Pessoa-Árvore, que mostra a história de uma árvore amazônica cuja vida foi tirada para que seu corpo fosse transformado em mobília. A ideia é conscientizar o leitor sobre os impactos do desmatamento para o meio ambiente.
Na categoria Melhor uso de vídeo (local/pequeno), o vencedor foi o Projeto #Colabora com a iniciativa LGBT+60: Corpos que resistem, que conta histórias, experiências, conquistas e frustrações de idosos LGBT+, de diferentes gêneros e origens sociais.
E Melhor estratégia de assinatura digital/receita de leitores, o vencedor foi o UOL Prime, do UOL. Lançado em 2023, a iniciativa oferece, com tratamento diferenciado, as melhores histórias apuradas pela redação do UOL, desde a concepção até o desenvolvimento do produto, passando pela melhor forma de contar aquela história.
O chatbotFátimaGPT, de Aos Fatos, venceu duas categorias: Melhor uso de IA na redação (local/pequena) e Melhor projeto de verificação de fatos (local/pequeno). O projeto visa a informar e educar os leitores sobre riscos e potenciais danos da Inteligência Artificial, além de mostrar aos jornalistas como é possível usar a tecnologia de forma responsável e ética.
A Agência Lupa venceu a categoria Melhor campanha publicitária nativa (local/pequena) com a iniciativa Mitos e verdades sobre obesidade e diabetes. A empresa de saúde dinamarquesa Novo Nordisk contratou a Lupa para combater a desinformação e notícias falsas sobre obesidade e diabetes.
E o Amazon Underworldvenceu a categoria Melhor Projeto de Jornalismo (Local/Pequeno). Investigação colaborativa de InfoAmazonia (Brasil), La Liga Contra el Silencio (Colômbia) e Armando.Info (Venezuela), o projeto criou um mapa interativo sobre a presença de grupos armados e economias ilícitas nas regiões fronteiriças dos países amazônicos.