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quinta-feira, abril 25, 2024

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Outubro agitado para o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo

Entidade se mobiliza principalmente por indefinições nas redações de Diário de S.Paulo/Bom Dia, TVT/ABCD Maior e TV Alesp

Outubro está se mostrando um mês particularmente agitado no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, que se tem mobilizado para garantir o cumprimento da legislação trabalhista e de obter benefícios para os profissionais de ao menos três organizações que passam por indefinições resultantes de troca de comando, de regime jurídico ou de cortes de pessoal: as redações de Diário de S.Paulo/Bom Dia, TVT/ABCD Maior e TV Alesp.

Nos jornais Diário de S.Paulo e Bom Dia, antes pertencentes ao grupo Traffic e vendidos recentemente para a Cereja Comunicação Digital, a direção do Sindicato acompanha a transição de administração, mas, segundo o presidente José Augusto Camargo, essa tarefa tem sido dificultada pelo fato de a empresa não definir um interlocutor para as negociações nem apresentar uma proposta formal de recontratação dos jornalistas.

Todos os profissionais da Rede Bom Dia foram demitidos e estavam cumprindo aviso prévio, que, segundo cálculos do Sindicato, encerrou-se no último dia 9 de outubro. Na 2ª.feira (14/10), chegou à entidade a informação de que eles estariam sendo efetivados no regime de cinco horas CLT, com data retroativa ao dia 9, mas para trabalhar em sistema de home office.

“Como não há um canal direto com a empresa, tudo ainda está muito nebuloso”, diz Guto. “Parece que ela vai fornecer equipamento para o pessoal trabalhar em casa, mas não sabemos em quais condições. Será um jornal sem redação? Ainda precisamos avaliar as implicações jurídicas dessa situação”.

De qualquer modo, o Sindicato já conseguiu assegurar o pagamento de 2,5 salários a todos os demitidos do Bom Dia a título de indenização, pois a Traffic havia assinado um acordo de estabilidade até dezembro. As homologações estavam marcadas para esta 4ª.feira (16/10) na Capital, para os profissionais dos Bom Dia ABC e Jundiaí, e nas respectivas regionais, para os de Bauru, São José do Rio Preto e Sorocaba.

Os sete que foram demitidos antes das negociações com o Sindicato terão seis meses de convênio médico. TVT/ABCD Maior –  O Sindicato também entrou em contato com Valter Sanches, secretário de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e presidente da Fundação Comunicação, Cultura e Trabalho (responsável pela TVT e pelo jornal ABCD Maior), para tratar das demissões de 19 jornalistas, sendo 11 na TV e oito no impresso.

Em nota oficial, Sanches declarou que as demissões só ocorreram “após diversas tentativas de encontrar uma alternativa financeira que viabilizasse a manutenção da estrutura inicial”.

Para minimizar os efeitos das demissões, o Sindicato reivindicou para os desligados a extensão por cinco meses do plano de saúde e o pagamento do vale-refeição e do vale-alimentação pelo mesmo período. Fundação e Sindicato dos Metalúrgicos concordaram em dar o plano de saúde por mais três meses, mas ainda não se manifestaram sobre vale-refeição e vale-alimentação.

Alesp – Já na tevê e rádio Alesp, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde um imbroglio jurídico vem impossibilitando a entrada de nova contratada, jornalistas e radialistas decretaram estado de greve em assembleias próprias na última 6ª.feira (11/10).

Eles exigem a readmissão de quatro colegas dispensados, abertura imediata de negociações e estabilidade no emprego por seis meses, período de duração do contrato emergencial firmado com a Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac), que continua prestando serviços à Alesp, uma vez que o processo licitatório não foi concluído.

Mas esse contrato tem valores e condições inferiores às que existiam anteriormente, o que teria motivado as demissões. “Desde que a Alesp iniciou o processo de licitação da produção da tevê existe um clima de insegurança entre os trabalhadores”, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Guto Camargo. “E como não existem no novo contrato salvaguardas para os jornalistas, eles decidiram decretar estado de greve como forma de preservar seus empregos e abrir negociação com a Fundac e a Assembleia. Por se tratar de uma situação diferenciada, envolvendo o poder público, a negociação exige um tratamento político, já que a remuneração, ao final, tem origem em recursos públicos”.

Em 14/10 foi protocolado ofício junto à Mesa Diretora da Alesp, ao Colégio de Líderes e â Comissão de Trabalho solicitando reunião urgente com os deputados para tratar da questão da TV Assembleia, que seria realizada entre os sindicatos dos Jornalistas e Radialistas, a Fundac e a Mesa Diretora.

Plebiscito – E profissionais de Jornais e Revistas da Capital aprovaram no segundo plebiscito realizado pelo Sindicato a proposta negociada com os patrões na mesa de negociação. Eles terão reajuste de 6,95% (INPC do período) nos salários até R$ 11.863,54; para os vencimentos entre esse valor e R$ 13.740, haverá um reajuste fixo de R$ 824,50; acima disso o índice de reposição é de 6%. Com essa decisão, o piso salarial para 5 horas de passará a ser de R$ 2.342,40 e o de 7 horas, para R$ 3.747,84. Esses reajustes são retroativos à data-base da categoria, que é 1º de junho.

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