O Tribunal de Justiça de Goiás arquivou, na última segunda-feira (9/5), um pedido do procurador federal Ailton Benedito para censurar uma reportagem do Aos Fatos e indenizá-lo pela publicação.

Mencionado na reportagem Apoio à cloroquina engaja mais no Twitter sustentado em desinformação, publicada em maio de 2020, Benedito foi apontado como um dos usuários bolsonaristas do Twitter que mais promoveram o uso da cloroquina contra a Covid-19.

O juiz Felipe Vaz de Queiroz, do 10º Juizado Cível Especial, rejeitou o pedido em março deste ano, decidindo pelo arquivamento da ação. Em 11 de abril, ele negou um embargo declaratório de Ailton Benedito. Após o fim do trânsito em julgado da sentença, os autos foram arquivados.

A reportagem, de Marina Gama Cubas, Bruno Fávero e Amanda Ribeiro, lista o procurador dentre os usuários que mais tuitaram sobre cloroquina. Em março, em sua decisão, o juiz Felipe Vaz de Queiroz considerou que, no texto do Aos Fatos, “dados foram genericamente apresentados, sem cunho vexatório, intimidatório, calunioso ou difamatório”.

A ação do procurador foi precedida de episódios de assédio ao Aos Fatos nas redes sociais fomentada por expoentes do bolsonarismo. O procurador chegou a ameaçar a publicação em seu Twitter e estimulou a prática de assédio judicial contra outros jornalistas. Na época, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou uma nota de solidariedade ao Aos Fatos e de repúdio às tentativas de intimidação.

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