O repórter Marcelo Castro e o produtor Jamerson Oliveira, da TV Itapoan, afiliada da Record na Bahia, foram indiciados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O caso se refere ao chamado Escândalo do PIX, esquema que desviou cerca de R$ 800 mil de uma campanha da própria Record para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Segundo informações do Na Telinha (UOL), os dois jornalistas já foram demitidos da emissora. Em entrevista coletiva realizada na terça-feira (20/6), o delegado Charles Leão, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), falou sobre o depoimento da dupla.

“Eles tiveram, de forma ampla, acesso ao procedimento e até o presente momento posso informar que todas as suas alegações trazidas não foram alicerçadas com qualquer documento. Isso dá uma convicção de que acredito mais nas vítimas do que na afirmativa separada de qualquer fundamento documental ou qualquer outro meio de prova”, disse o delegado. Ele destacou também que as investigações são demoradas, pela quantidade de pessoas que estariam envolvidas no golpe.

Em março deste ano, a Polícia Civil da Bahia começou a investigar desvios de doações feitas via PIX à Record da Bahia/TV Itapoan. Os golpes teriam sido aplicados entre setembro do ano passado e janeiro deste ano, durante o Balanço Geral Bahia.

O programa exibiu casos de pessoas em situações dramáticas e de vulnerabilidade social, como o de uma menina com câncer ou de um vendedor de milho que perdeu tudo após ter sua casa arrombada. O programa exibiu na tela chaves PIX para os telespectadores fazerem doações e ajudarem os envolvidos, mas o dinheiro não chegava até eles. Essas chaves PIX não estavam ligadas às pessoas das reportagens, e sim aos golpistas. A TV Itapoan realizou uma investigação interna para identificar os envolvidos no esquema.

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