Alana Rocha, apresentadora do programa Hora da Verdade, da Gazeta FM, de Riachão do Jacuípe, a cerca de 200 km de Salvador, denunciou em suas redes sociais que sofreu ofensas e perseguição de um funcionário da prefeitura de sua cidade.

Em vídeo postado no Instagram, Alana mostra um homem conduzindo uma moto que passa ao lado do carro da jornalista. Segundo ela, ele teria feito xingamentos transfóbicos e criticado seu trabalho.

No Hora da Verdade, a jornalista havia feito críticas à administração pública local: “O programa já tem o histórico de dar voz à população, seja na esfera criminal, seja referente a problemas de segurança ou mesmo de gestão. E isso incomoda as autoridades”, explicou Alana à Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A apresentadora enfrenta atualmente cinco processos judiciais, sendo quatro sobre supostos crimes de difamação, injúria e calúnia. Dois deles partiram de secretários municipais. Segundo Alana, todos os processos foram movidos por apoiadores do prefeito Carlinhos Matos.

A jornalista contou também que recebeu, por meio de terceiros, mensagens que circularam no WhatsApp falando dela e de seu trabalho, com declarações ofensivas e preconceituosas.

Em seu Instagram, Alana destacou o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, comemorado em 2/11, data da publicação: “Mas seguirei firme, minha missão no jornalismo está sendo cumprida, com honradez e ética que me aparam e amparam minhas ações diante dos microfones dos quais estou a serviço da boa comunicação e da voz da população. Vocês não me calarão”.

À Abraji, Alana disse que o fato de ser mulher trans desperta preconceito de algumas pessoas, que não aceitam alguém trans em uma posição de destaque: “Tentam atingir minha imagem de mulher e desconstruir a minha identidade de gênero”.

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