Cientistas políticos das universidades da Carolina do Norte (EUA), UFMG e UFPE, em parceria com a Folha de S. Paulo e a consultoria Quaest, lançaram uma pesquisa sobre como o jornalismo profissional afeta a propagação de notícias falsas. O estudo indicou que o trabalho de qualidade da imprensa reduz consideravelmente a chance de uma pessoa acreditar em fake news.
O estudo foi feito entre novembro e dezembro, e envolveu dois grupos de 500 participantes cada. Ambos foram convidados a ler notícias consideradas enganosas por agências de checagem. Mas um dos grupos recebeu uma assinatura da Folha, enquanto o outro não teve acesso a notícias de empresas jornalísticas. Entre os que receberam as notícias, cerca de 46% acreditaram em ao menos uma fake news. Já no grupo que não teve acesso a informações confiáveis, esse índice subiu para 65% dos entrevistados.
Em uma segunda entrevista, cerca de 20 dias depois, o índice de crença em fake news entre os participantes do grupo que recebeu as notícias da Folha caiu significativamente, enquanto que entre as pessoas que não tiveram acesso a notícias esse número aumentou.