A Alma Preta Jornalismo lançou em 9/8 seu primeiro manual de redação antirracista. O lançamento do Manual de Redação: o jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta foi realizado na sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (Siemaco), no centro da cidade.

Fruto de três anos de estudo e trabalho com pesquisadores, jornalistas e estudantes, o manual contribui para a construção de um cenário jornalístico antirracista. Visto como um marco para a agência, o texto resgata a história de quase três séculos de imprensa negra no Brasil.

“A Alma Preta assumiu um compromisso, de muitas mãos, de construir um manual de redação de uma agência de mídia negra”, aponta Pedro Borges, editor-chefe da Alma Preta e um dos idealizadores do manual. “Foi um processo longo, de mais de três anos, de escuta de muitos profissionais, de leitura de muitos cadernos da imprensa negra do século XIX e XX”.

O processo de pesquisa foi acompanhado da consultoria da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, que além de presidir o Arquivo Nacional é professora da UnB; e do jornalista Juarez Xavier, professor e vice-diretor da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação (FAAC) da UNESP.

Fernanda Rosário, uma das redatoras do manual, aponta que o levantamento histórico feito pelo livro resgata a “negritude pioneira do passado” e retoma a atual discussão do tema na área.

“Além dessa consciência histórica que inspira o presente e os caminhos futuros, o manual se torna indispensável ao sistematizar e sugerir estratégias importantes de combate ao racismo no Jornalismo em tempos de hiperinformação”, conclui.

O livro aborda critérios de noticiabilidade e ensina cuidados e termos adequados para comunicadores adquirem durante coberturas de temáticas raciais. A previsão é que as vendas comecem em breve.

 

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