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terça-feira, abril 22, 2025

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O adeus a Clóvis Galvão

Morreu no final da noite de 24/11, aos 76 anos, Clóvis Galvão, ex-editorialista de A Tribuna, de Santos. Ele estava internado há um mês na UTI da Casa de Saúde da cidade com problemas respiratórios e cardíacos, mas seu estado de saúde piorou no final da semana, evoluindo para a falência de múltiplos órgãos. Natural de Três Lagoas (MS), Clóvis Murilo Filgueiras Galvão trabalhou em A Tribuna por 53 anos, tendo ocupado diversas funções. Ele deixou a Redação em maio do ano passado. Era sobrinho de Patrícia Galvão, a Pagu, musa do Modernismo, casada com Geraldo Ferraz, que foi editor-chefe do jornal e que o levou para trabalhar lá em 1960. Passou pelas editorias Local, Sindical, Nacional e Internacional e, em 1962, foi convidado para ser editor de Esportes, no auge do Santos de Pelé, posto em que permaneceu dois anos. Em 1969, foi promovido a subsecretário de Redação, ao lado de Lauro Tubino. Ambos ocuparam a função por 15 anos. Depois passou a editor-adjunto e, em 1990, a editor de Opinião, apesar de ter começado a escrever os editoriais de A Tribuna em 1979. O último que escreveu, em 14/5/2013, intitulado As duas faces de Renan Calheiros, foi ao se aposentar, aos 75 anos, depois de 53 anos no jornal, 34 dos quais como responsável pelos editoriais. Era casado desde 1970 com Ednéa Della Casa Galvão e deixa duas filhas – Maria Estela, a Teca (editora de Internet de A Tribuna), e Maria Elisa – e os netos Talles, Sabrina e Rayssa. No facebook, Teca escreveu sobre o pai: “Meu contador de histórias se foi… partiu no dia do meu aniversário levando um pedaço de mim… Mas eu sei, pai, era a hora. Tinha que ser nesse dia. Que a sua passagem seja serena e tranquila como você sempre foi. Meu amor, minha vida, minha referência de valor e sabedoria. Aquele que me tranquilizava mesmo em silêncio, a quem eu devo tudo. Vai, meu pai, segue seu caminho. Você será recebido com carinho por quem já te esperava. Fique em paz”. Carlos Conde, que foi editor-chefe de A Tribuna, também escreveu no facebook: “Conheci Clóvis em 1966, na minha primeira experiência na Tribuna. Logo ficamos amigos e amigos continuamos para sempre. Cada vez mais próximos. Figura humana de gestos discretos mas tocantes, me emocionou ao interromper as férias para comparecer à minha posse como editor-chefe em 2009. Nesses últimos cinco anos trocamos muitas ideias sobre o jornal. Jornalista ético, completo, tinha muito a dizer. E disse, com a franqueza às vezes rude que só os amigos sabem ter. No amargor da sua partida fica o legado do seu exemplo de figura humana especial e de profissional como bem poucos. Vai em paz, meu grande e querido amigo”.

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