A Revista Afirmativa abriu em 26/8, em parceria com o fundo internacional Vida Afrolatina, uma chamada pública convocando jornalistas e videomakers para a realização de uma série de reportagens multimídia sobre Narrativas pelo Enfretamento à Violência Sexual.

Com bolsa de R$ 800 a R$ 1.200 e formulário de inscrição disponível até 3/9, o objetivo é promover o debate acerca de diferentes perspectivas, colaborando para a educação do público geral e evidenciar canais de denúncia e acolhimento das vítimas. O projeto abrange profissionais graduades ou em formação em jornalismo, comunicação e audiovisual.

Para concorrer, interessades devem enviar proposta de pauta para reportagem de texto; ou um roteiro de vídeo para videorreportagens ou minidocumentários de até sete minutos, a serem produzidos exclusivamente para a Afirmativa. Serão selecionadas entre 5 e 10 destas propostas para serem produzidas.

As pautas inscritas devem ter como foco evidenciar: a letalidade da cultura machista e racista na vida das mulheres; as diversas formas de violência sexual; a naturalização da cultura do estupro e de outras violências de gênero contra meninas e mulheres negras; a sexualização infantil das mulheres negras; a realidade dos casamentos infantis no Brasil; o abuso sexual de crianças ou vulneráveis em geral; a ação da cis-heteronormatividade na legitimação dos chamados estupros “corretivos” contra mulheres lésbicas, bissexuais e transgêneros; os impactos negativos da construção de masculinidades tóxicas, sobretudo para as mulheres, mas também para o conjunto de famílias e comunidades negras; a responsabilidade e negligência do Estado no contexto das violências sexuais; a responsabilidade e legitimação das instituições religiosas na violência sexual; o uso das tecnologias digitais para realizar assédio e exposição sexual indesejada; o abuso sexual por profissionais de saúde; ataque sexual por múltiplos agressores; o racismo enquanto cultura e estrutura determinante na naturalização e maior vulnerabilidade das mulheres e meninas negras à violência sexual; a ação dos movimentos de mulheres negras no Brasil, e movimentos feministas em geral, no acolhimento, cuidado e tratamento das sobreviventes da violência sexual; e a relação entre o problema da violência sexual e a agenda dos direitos sexuais e reprodutivos.

E mais:

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