Morreu em São Paulo na sexta-feira passada (31/3), vítima de septicemia, Palmério Dória, aos 74 anos. Enfrentava uma doença degenerativa e viveu nos últimos anos sob cuidados paliativos.

Nascido em Santarém, no Pará, Dória trabalhou em Folha de S.Paulo, Estadão e foi chefe de Reportagem da TV Globo. Passou ainda pelas revistas Caros Amigos e Sexy, nesta última como diretor de Redação.

Conhecido por seu estilo crítico e humor ácido, publicou livros sobre política que desagradaram personalidades da área, como Príncipe da Privataria, sobre o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2009, lançou Honoráveis Bandidos – Um retrato do Brasil na era Sarney. O evento de lançamento deste, em São Luís (MA), terminou em confusão e Dória foi alvo de ovos atirados por estudantes que apoiavam o ex-presidente José Sarney. O livro ficou entre os mais vendidos do Brasil à época.

Dória lançou também Golpe de Estado, escrito com Mylton Severiano. Como diretor de Redação da Sexy deu qualidade jornalística ao conteúdo da revista. As entrevistas com mulheres famosas geraram o livro Evasão de Privacidade.

Nos últimos anos, mesmo fora da grande mídia, usava o Twitter para expor seus pensamentos sobre a imprensa e a sociedade.

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