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quinta-feira, dezembro 18, 2025

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Hermano Henning negocia retorno ao SBT

Hermano Henning

Embora seu contrato com o SBT tendo terminado em 31/5, Hermano Henning negocia com a emissora um programa nas manhãs de domingo. A informação é de Thell de Castro, em seu TV História.

Segundo ele, o programa é o Horse Brasil, que Hermano apresenta há anos no Canal Rural. Thell diz que Hermano havia falado sobre a negociação em entrevista ao TV História em março passado e agora, em novo contato, disse que as conversas evoluíram: ele e sua equipe já preparam o piloto, com uma ou meia hora de duração, para submeter à direção do SBT.

Vale lembrar que Hermano cria cavalos na região de Sorocaba (SP).

Imprensa é a segunda instituição mais confiável, aponta Datafolha

A imprensa é a segunda instituição brasileira com o maior índice de confiança dos brasileiros, perdendo apenas para as Forças Armadas. É o que aponta pesquisa do Datafolha divulgada na semana passada. Segundo a Folha de S.Paulo, 22% dos entrevistados disseram confiar muito na imprensa, 49% um pouco e 28%, não, absolutamente. Entre os mais novos, contudo, a desconfiança é maior. Dos entrevistados de 16 a 24 anos, 10% confiam muito na imprensa, 48% um pouco e 41% não confiam.

O levantamento mostra que as Forças Armadas são a instituição em que a população mais confia no País hoje, enquanto o Congresso, a Presidência e os partidos políticos caíram em descrédito. A pesquisa aponta que 40% da população dizem confiar muito nas Forças Armadas e 43% confiam um pouco. Outros 15% não confiam e 2% não souberam responder.

O Datafolha ouviu 2.771 pessoas de 21 a 23/6 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Morre Paulo Nogueira, criador do DCM

Faleceu na noite dessa quinta-feira (29/6) em São Paulo, aos 61 anos, de um câncer diagnosticado há dez meses, Paulo Nogueira, que criou e desde 2012 dirigia diretamente de Londres o site Diário do Centro do Mundo, um dos principais de oposição ao atual governo brasileiro.

Começou a carreira como revisor na Folha de S.Paulo em 1970, ocupou diversos postos na Editora Abril, entre eles o de diretor de Exame, e foi diretor editorial na Editora Globo. Deixa mulher, quatro filhos e três irmãos. O corpo foi enterrado no Cemitério Gethsêmani do Morumbi.

Kiko Nogueira, irmão que dirige em São Paulo o DCM, publicou no site o texto que reproduzimos a seguir.

“Paulo Nogueira morreu na noite de 29 de junho. Tinha 61 anos.

Estava com câncer. Depois de uma batalha de dez meses, finalmente descansou.

Paulo está vivo.

Paulo está em seus filhos: meus sobrinhos Emir, Pedro, Camila e Fernando. Paulo está em minhas cunhadas Erika e Luísa.

Está nos seus irmãos Mari, Zé, Kika. Nos seus sobrinhos e sobrinhas. Na minha tia Maria Ely. Nos amigos, como Sergio Berezovsky, Caco de Paula, Bia Parreiras e aqueles que peço desculpas por não citar nesse momento.

Está em mim e em você.

Está em seu legado vasto e generoso, digno do nosso pai, o jornalista Emir Nogueira, a quem Paulo dedicou linhas e linhas de beleza e gratidão.

Ele fez de tudo no jornalismo. Foi repórter, editor, diretor de redação, superintendente. A maior parte da carreira na Editora Abril, outra parte na Editora Globo, os anos mais recentes neste Diário do Centro do Mundo.

Um dos maiores jornalistas do país, passou pela Veja, foi editor da Veja São Paulo, reinventou a Exame, lançou diversas outras publicações.

Deixou sua marca em cada uma delas. A vibração, a provocação, o apuro, a busca da excelência. Antecipou tendências, fez acontecer.

Nunca foi santo. Era duro. Era também de uma paciência infinita. Fez companheiros para a vida toda nas redações e revelou vários talentos. Fez inimigos, também, como todo grande homem.

‘Sempre que você se desentender com alguém, lembre que em pouco tempo você e o outro estarão desaparecidos’, dizia, repetindo Marco Aurélio, o imperador romano, seu filósofo de cabeceira.

O DCM era seu projeto preferido. Ele falava do privilégio de poder exercer o ofício depois dos 50. Poderia ter tido uma aposentadoria tranquila, jogando tênis e pôquer às margens do Tâmisa.

Preferiu combater o bom combate, com a mesma paixão de sempre. Em 2012, quando começamos, comemorávamos quando conseguíamos alcançar 20 mil visualizações num dia. Ele de Londres, eu de São Paulo. Hoje são 500 mil.

O Paulo tinha uma visão e a perseguia com a mesma obstinação que tinha jogando futebol (um dia eu conto do gol mais bonito que ele fez. Um dia eu faço isso, quando não me doer desse jeito).

A utopia do Brasil escandinavo, um Brasil mais justo, foi a nossa bússola no DCM. Continuará sendo.

Uma vida intensa, um homem que fez tudo à sua maneira. Nasceu e morreu no mesmo quarto na casa dos nossos pais, no Jardim Previdência.

Como ele queria.

O Paulo vive. Obrigado, Fratello.”

Viagem de trem à Bahia

* Por Regina Helena Paiva

 

Em 1956, bem foquinha ainda, fui viajar com meus tios para o Nordeste. Fui de trem, voltei de Ita. Sofri quase tanto como sovaco de aleijado, mas foi ótimo. Uma foca da minha estirpe precisava, mesmo, jogar-se Brasil afora (ou a dentro?), ver o sofrimento do povo, observar de perto a saga dos migrantes, viajar de “trem baiano”, não dormir à noite de tanto balanço na bitola de apenas um metro, sufocar durante o dia com a poeira que o trem jogava no último vagão e pegar tempestade num Ita sem o romantismo de Caymmi cantando “peguei um Ita no Norte e fui pro Rio morar”. Foi uma experiência pra professor algum de jornalismo botar defeito.

O Brasil era, sim, bem pior do que hoje e aprendi lições que serviram para toda a vida. O Prêmio Esso, naquela altura, tinha menções honrosas, e ganhei uma. Guardei o recorte que me dava essa honra, mas cadê ele? Perdi. Nunca mais pude comprovar a tal menção. Mas é o de menos. O bom foi ver de perto o Brasilzão sofrido e mergulhar nele.

Essa história da foquinha que trabalhava em A Gazeta está agora no meu blog.

 

* Regina Helena Paiva ([email protected]) trabalhou por muitos anos em A Gazeta, de São Paulo, e hoje, aposentada, dedica-se à literatura e a pilotar o blog Escrevinhações da Regina.

Empregados da RAC decidem entrar em greve

Depois de um ano e meio de pagamentos atrasados e após várias tentativas de negociação com a Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), de Campinas, os jornalistas, gráficos e administrativos da empresa decidiram entrar em greve a partir das 11h desta quarta-feira (28/6).

Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, como a empresa não tem cumprido nenhum dos acordos para regularização dos pagamentos, a decisão de cruzar os braços foi tomada em assembleia na tarde de 26/6, convocada pela Regional Campinas da entidade e pelos sindicatos dos trabalhadores gráficos e dos administrativos.

Em nota no seu site, a entidade informa que, além de dois meses de atrasos nos salários, os profissionais também não receberam o 13º que, pelo prometido pela RAC, deveria ter sido quitado em quatro parcelas, de fevereiro a maio último. Diz ainda que, “no começo do ano, a RAC havia se comprometido, ainda, a minimizar a situação dos atrasos com pagamentos semanais de um quarto de salário e das férias, mais os vales correspondentes aos cinco dias da semana, mas a empresa não cumpriu o acordo.Os vales-refeição e alimentação estão atrasados desde dezembro passado, pois o grupo também não cumpriu acordo nem com a empresa que administrava os benefícios, nem com os trabalhadores que deveriam passar a receber os valores semanalmente”.

A RAC edita os jornais Correio Popular, Notícias Já, a revista Metrópole e o portal rac.com, e, até o final do ano passado, empregava 250 trabalhadores, dos quais mais de 60 jornalistas, dez gráficos e mais de 170 administrativos.

STJ libera Falha de S.Paulo após sete anos de censura

Criado pelos irmãos Lino e Mario Bocchini em 2010 para satirizar a cobertura jornalística da Folha de S.Paulo e tirado da rede menos de um mês depois em função de uma ação judicial movida pelo jornal, o site Falha de S.Paulo pode voltar a funcionar por decisão da Quarta Turma do STJ. A Folha entrou com o processo alegando que o site havia usado indevidamente a marca, teria copiado o projeto gráfico e o logo do impresso e os explorado comercialmente.

A suspensão do site satírico continua sendo considerada um caso clássico de censura na área da comunicação. O jornal ainda pode recorrer da decisão do STJ, mas os irmãos Bocchini já estudam a retomada da publicação.

Lino informou à Revista Fórum que isso não ocorrerá automaticamente: “Estamos vendo com os advogados o que é preciso fazer, quem é preciso avisar etc. Ainda preciso conversar melhor com meu irmão, mas a intenção é recolocar no ar, sim, nem que seja uma memória do caso e um alerta para que não se repitam situações de censura como essa”.

Para ele, a decisão do STJ é boa inclusive para a Folha: “Como foi a primeira vez que um órgão de imprensa censurou um pequeno blog, abria-se uma jurisprudência terrível, que poderia ser usada contra eles mesmos, que tantas vezes se utilizam de paródias em suas colunas, charges etc”.

Terra encerra operações em sete países

*Atualizado em 29/6, às 17h59

 

O site mexicano Siete24 informou nessa segunda-feira (26/7) o fim das operações do portal Terra em sete dos oito países em que atua. De acordo com a publicação, apenas a operação brasileira seguirá ativa, mas em função de negócios digitais não relacionados ao jornalismo.

Com a decisão, a partir das 23h59 da próxima sexta-feira (30/6), sairão da rede as versões do Terra em México, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Espanha e Peru. Nenhuma das páginas informou oficialmente o fim de suas operações, mas todas estão comunicando aos usuários sobre o fim do serviço de e-mails, que até então era gratuito.

A decisão comprova que o jornalismo deixou de ser um dos negócios do grupo, criado há 18 anos, e que atualmente pertence à espanhola Telefónica. No Brasil, as operações editoriais da página já haviam sido reduzidas drasticamente há cerca de dois anos, quando perto de 60 profissionais foram demitidos.

Este Portal dos Jornalistas entrou em contato com a assessoria de imprensa do Terra Brasil, que preferiu não se pronunciar sobre o caso.

 

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“Jornalista-robô” do LA Times reporta terremoto de 1925

Um caso curioso agitou a redação do Los Angeles Times na última semana. Um “jornalista-robô” noticiou, via Twitter, um terremoto de magnitude 6.8, ocorrido na cidade de Santa Bárbara, no último dia 21/6, às 16h51. O problema é que a ferramenta publicou como novo um evento ocorrido em 1925.

Como ninguém sentiu a terra tremer – algo improvável para um fenômeno dessa magnitude –, eles decidiram investigar e descobriram que o “jornalista-robô” interpretou dados de forma errada antes de disparar a notícia.

De acordo com o Yahoo, a publicação usa o Quakebot, um algoritmo que busca dados no site da United States Geolocial Survey (USGS), agência americana que monitora terremotos, e publica notícias automaticamente de forma rápida.

Segundo o jornal californiano, um funcionário do instituto enviou um alerta de terremoto por engano, quando atualizava um mapa antigo no site da agência, fazendo com que o robô cometesse o erro. O Los Angeles Times tirou a notícia do ar e pediu desculpas a seus seguidores.

Apesar de não ter gerado nenhuma consequência mais grave, o fato reacende a discussão sobre sistemas desse tipo, e mostra que a ferramenta não é tão precisa e pode ser atacada por hackers que buscam levar cidades inteiras rumo ao caos.

* Com informações da ANJ.

The Intercept Brasil busca editor executivo

Intercept Brasil

Depois de anunciar no mês passado vagas para editor e produtor de vídeo, agora The Intercept Brasil, de Glenn Greenwald e Jeremy Scahill, está em busca de um editor executivo.

O profissional será responsável por liderar uma equipe de até 12 membros, baseada no Rio de Janeiro, e estará subordinado à editora-chefe do TI em Nova York. De acordo com o descritivo da vaga, “o papel central do editor executivo será inovar no modelo existente do TIB e executar uma estratégia editorial coerente, que seja única no contexto dinâmico do mercado jornalístico digital brasileiro, mantendo-se fiel à principal missão do The Intercept: promover a responsabilização de instituições poderosas”.

Características como criatividade, confiança, independência, habilidade com tecnologias digitais e disposição para tomar posições editoriais corajosas estão entre os predicados buscados pela empresa. O candidato deve ter ainda domínio da língua inglesa e mais de dez anos de experiência em jornalismo, quatro deles como editor executivo, gerente ou supervisor, além de morar ou ter disponibilidade de mudança para o Rio de Janeiro.

Confira detalhes sobre inscrição e descritivo completo da vaga.

Grupos brasileiros de mídia estão na mira da RSF

Parceria da ONG Repórteres sem Fronteiras e do coletivo Intervozes, Media Ownership Monitor (MOM) mapeia os maiores grupos controladores das empresas de mídia no Brasil, seus interesses econômicos e o uso das verbas públicas no setor

 

Com base na premissa de que a transparência na mídia é um pré-requisito essencial para o pluralismo, a diversidade de opiniões e o fortalecimento da democracia, a ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) e o coletivo de comunicação social Intervozes lançam em São Paulo e no Rio a unidade brasileira do Media Ownership Monitor (MOM).

O Brasil é o 11º país a receber esse projeto internacional que a RSF criou em 2015 e que tem como objetivo responder a perguntas que ajudam a ampliar essa transparência: quem é o dono da rádio, da TV ou do jornal que você acompanha? Quais os interesses econômicos do grupo? Quais são as regras às quais as empresas de mídia estão submetidas no País? Há leis que impeçam a concentração de mercado ou estimulem a diversidade? Há uma política de Estado para o uso das verbas publicitárias públicas? Ou elas podem ser usadas apenas de acordo com os interesses políticos do governo da vez?

Na capital paulista, o lançamento será nesta quinta-feira (29/6), às 9h, no segundo piso do Sindicato dos Engenheiros (rua Genebra, 25); no Rio, está programado para a próxima terça (4/7), na Casa Pública (rua Dona Mariana, 81), às 19 horas. Em São Paulo, participam as jornalistas Ana Claudia Mielke (Intervozes) e Laura Capriglione (Jornalistas Livres) e a pesquisadora Elizabeth Saad (ECA/USP); no Rio, André Pasti (coordenador da pesquisa no Brasil), Bruno Marinoni (Intervozes) e a pesquisadora Suzy dos Santos (UFRJ/ PEIC). Os dois eventos contarão com a presença de Olaf Steenfadt, diretor da seção alemã do MOM, que estará no Brasil para apresentar a pesquisa a jornalistas, empresas, estudantes e pesquisadores.

O mapeamento criará um banco de dados, continuamente atualizado, com as 40 maiores empresas de comunicação do País, seus controladores e as regras às quais estão submetidas. Pelo tamanho territorial, o Brasil terá um levantamento, inédito para o projeto, sobre a mídia regional. A pesquisa será feita nos próximos meses, com a divulgação dos resultados em outubro. Como a metodologia é universal, os dados brasileiros poderão ser comparados com os de outros países e também da região.

Mais informações, em São Paulo, com Ana Claudia Mielke (11-996-518-091) e, no Rio, com Iara Moura (Intervozes – 21-996-681-214) e Artur Romeu (RSF – 964-660-407).

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