O Grupo Estado iniciou em 2/9 uma nova fase em sua trajetória de quase 145 anos de jornalismo: uma transformação na forma de produzir e de distribuir conteúdos, em diálogo permanente com o leitor que vive em uma sociedade em rede.
A inovação ocorre após um ciclo de três anos de planejamento e preparação da empresa, batizado de projeto Estadão 21, e de investimentos de mais de R$ 60 milhões em tecnologia, ferramentas, pessoas e novos produtos digitais. Segundo a empresa, o processo teve como norte reafirmar o jornal impresso como pilar fundamental, com mais profundidade e análises, e expandir a presença digital do Grupo em todas as plataformas.
A mudança contou com a consultoria da espanhola Prodigioso Volcán, que liderou projetos semelhantes em veículos internacionais. Foi precedida também de visitas de profissionais do Estadão a dez jornais, nos Estados Unidos e na Europa.
A nova redação multiplataforma passa a funcionar com as equipes em operação reforçada desde as primeiras horas da manhã, com foco na jornada do leitor e em suas necessidades informativas. A produção do noticiário será feita observando a distribuição nos diversos canais de consumo de informações dos usuários, como celular, site estadão.com.br, podcasts, newsletters e redes sociais, buscando o diálogo com a audiência durante todo o dia.
O jornal criou um Núcleo de Fechamento Impresso com quase 20 pessoas para preparar as reportagens que estarão, no dia seguinte, nas páginas da edição impressa. Na dança das cadeiras, Eduardo Kattah assume como editor de Politica/Internacional, duas editorias que se fundem. Os cadernos Metrópole (com o Caderno 2) e Esporte ficam sob o comando de Daniel Fernandes. Marta Curi assume a editoria de Política. Adriana Ferraz deixa de ser pauteira e volta para reportagem. Bruno Ribeiro deixa Metrópole e se muda para Política, onde vai cobrir administração municipal. Fábio Leite deixou a editoria de Política e o jornal a caminho da Crusoé. Da coluna Direto da Fonte, Paula Reverbel foi para Política, e foram contratadas Cecilia Ramos e Marcela Loureiro; Marília Neustein deixou a casa. Bia Reis segue como editora de Metrópole e Ubitaran Brasil no Caderno 2. (Veja+)
(Brasília - DF, 03/01/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante entrevista para o jornal do SBT. Foto: Alan Santos/PR
(Brasília – DF, 03/01/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante primeira entrevista exclusiva, para o jornal do SBT. Foto: Alan Santos/PR
Presidente concedeu 31 entrevistas exclusivas em oito meses de governo
Desde que assumiu a Presidência da República em janeiro, Jair Bolsonaro concedeu 31 entrevistas exclusivas à imprensa. Falou a 22 veículos e quatro canais do YouTube. As empresas de comunicação que mais tiveram acesso a ele foram: SBT (5), Record (5), Band (4), Globo (2) e Jovem Pan (2).
O presidente também se reuniu com cinco jornalistas no Planalto – o mais recebido foi Alexandre Garcia, ex-Globo, que esteve com ele quatro vezes. Recebeu ainda 16 executivos e donos de mídia, além de 114 jornalistas em cafés e mais de 50 representantes da mídia do Sul.
Os dados foram coletados pela repórter Sabrina Freire e publicados
em 2/9 no Poder360. O portal preparou um
infográfico com os principais dados sobre as entrevistas, a relação dos
jornalistas e seus respectivos veículos, o número de vezes que estes estiveram
com o presidente desde a posse e outros detalhes que marcaram a cobertura da
imprensa e a presença dos meios de comunicação no Palácio do Planalto.
* Por Luciana Gurgel, especial para o Portal
dos Jornalistas
Luciana Gurgel
Ainda que a disputa pelo furo continue sendo parte da vida de qualquer jornalista, as mudanças que a imprensa enfrenta acrescentaram novos inimigos ao roteiro. E a união pode fazer a diferença no final deste filme.
Essa é a tese de Sue Brooks,
diretora de produto e estratégia da Reuters: “Competição sempre vai existir, e
isso é bom, mas muitos já compreenderam que o mais importante neste momento é
transmitir informação confiável para o público, em vez de perdermos tempo e
energia brigando entre nós, pois isso não vai ajudar em nada a melhorar o
cenário”.
Brooks refere-se ao pesadelo das fake
news e à mudança de hábitos dos consumidores, principalmente aqueles abaixo
dos 30 anos. No Reino Unido há várias iniciativas colaborativas entre veículos,
como o que une a BBC a uma rede de jornais regionais para a produção de
conteúdo local.
A Reuters também está nesse jogo. Em 2017 criou a Reuters Connect, que
se propõe a ser uma one-stop-shop de
conteúdo, oferecendo aplicativos de parceiros externos que vão de grandes
corporações jornalísticas, como CNN e BBC, a especializados como Variety,
National Geographic e Weather Channel.
Sue admite que no início a equipe da agência viu com preocupação a
ideia de permitir a competidores o acesso ao seu público. Mas é enfática ao
defender a colaboração: “Se nós mesmos
não formos disruptivos, alguém será por nós”. E sinalizou que a rede poderá ser
expandida para um mecanismo de colaboração entre jornalistas produzindo
matérias ou checando fatos mundo afora.
O que os jovens querem? – Essa pode ser uma
das fórmulas para contornar os desafios que afetam o jornalismo, que são reais.
Um novo estudo do Instituto Reuters, que funciona na Universidade de Oxford,
reconfirma as preocupações que vêm dominando o debate sobre o futuro da
imprensa.
O objetivo do trabalho foi mapear como os jovens consomem notícia e o
que os veículos tradicionais devem fazer para conquistá-los. Concluiu que se
trata mesmo de uma questão geracional: o público jovem difere dos grupos
maduros não apenas na maneira como se informa, mas também em suas expectativas
em relação ao noticiário, mais alinhadas ao desejo de progresso e diversão em
suas vidas.
Foram pesquisados jovens de Reino Unido e Estados Unidos, divididos em
dois grupos: 18-24 anos e 25-35 anos. Eles tiveram a atividade dos smartphones acompanhada, preencheram
questionários e foram entrevistados sobre os hábitos e percepções.
Segundo o trabalho, os jovens têm sede de notícias que conectem seu
próprio mundo com o mundo exterior, mas não veem a imprensa tradicional como a
melhor fonte para obter tal conteúdo. De forma simplificada, o Instituto
Reuters aponta que as empresas jornalísticas veem as notícias como “aquilo que
o leitor precisa saber”, enquanto os jovens vão além: não apenas aquilo
que precisam saber, mas que também seja útil, interessante e divertido.
Uma das conclusões mais impressionantes é a atitude diante das fake news. Para a faixa etária
pesquisada, são vistas como um “inconveniente” e não como uma ameaça ao
jornalismo ou à democracia.
O estudo é longo, detalhado e pode servir como base para a definição de
estratégias de longo prazo destinadas a capturar as novas gerações. Elas foram
resumidas em três recomendações.
A primeira é que as organizações de mídia tradicionais precisam
facilitar o acesso por meio de sites e aplicativos destinados a grupos mais
jovens, simples e intuitivos como Facebook e Netflix, tornando as notícias mais
fáceis de consumir. Isso se traduz em linguagem mais clara, narração mais
interativa e conteúdo de interesse dessa faixa etária.
A segunda é que os veículos precisam dar a notícia de forma mais
alinhada ao momento em que o público jovem está aberto a recebê-la, empregando
formatos adequados às plataformas móveis e mídias sociais, sem perder a
associação com a legitimidade de suas marcas.
O estudo recomenda ainda que a maneira de cobrir notícias seja revista
no que diz respeito a questões como negatividade, estereótipos e diversidade.
Os autores afirmam que os jovens não querem que a mídia deixe de abordar temas
difíceis ou sérios, mas gostariam de ver mais matérias que inspirem mudança e
indiquem caminhos positivos. E que tenham utilidade pessoal ou contribuam para
o seu próprio desenvolvimento.
Parece uma boa receita, e não tão difícil de ser seguida. Mas o
Instituto Reuters não é muito otimista sobre o futuro. Destaca que, mesmo que a
imprensa tradicional adote as sugestões do relatório, não há garantia de
sucesso, pois vai ser cada vez mais difícil engajar essa turma. Será que ficou
tarde demais para mudar?
O Google anunciou que padronizará a maneira como apresenta as políticas de conteúdo aos editores, em um esforço para simplificar suas restrições e processos. A ideia é deixar as regras, regulamentos, termos e condições mais fáceis e simples, para que os publicadores tenham total entendimento de como funcionam ferramentas como AdSense, AdMob e Ad Manager.
A partir deste mês, os editores de conteúdo começarão a ver atualizações no novo formato, já com esboços mais claros, baseados nos tipos de conteúdo e locais em que o Google não permite ou restringe publicidade, por exemplo.
Dados da gigante de tecnologia informam que no ano passado mais de 700 mil editores e desenvolvedores de aplicativos, e 28 milhões de páginas, foram removidos da rede de anunciantes e anúncios por violarem as políticas de publicação.
“Os editores não receberão uma violação da política por tentarem gerar receita com esse conteúdo, mas apenas alguns anunciantes e produtos de publicidade — aqueles que escolhem esse tipo de conteúdo — farão lances”, escreveu Scott Spencer, diretor de anúncios sustentáveis, em um post. “Como resultado, o Google Ads não aparecerá nesse conteúdo e receberá menos publicidade do que o conteúdo não restrito”.
Fábio Pannunzio anunciou nessa quarta-feira (4/6) sua saída da Bandeirantes após 20 anos de casa. Em entrevista a Flavio Ricco, colunista do UOL, informou que foi uma saída amistosa, sem qualquer motivação profissional ou política: “Apesar das minhas críticas, especialmente ao atual governo, não foi por causa disso. Saio para cuidar da saúde”.
Em 2 de agosto passado, Pannunzio sofreu um problema sério no coração, tendo inclusive que sair da bancada do Jornal da Noite, que apresentava, direto para o hospital. Ficou um mês afastado, tratando desse problema.
Agora, recuperado, decidiu mudar completamente seus hábitos, que incluem horários de trabalho. Dentre seus planos está a criação de uma Web TV. “Vou reencontrar vocês na internet em um projeto fantástico cujo nome provisório é PRK30. Mas vocês vão me ajudar a construir a proposta e o nome. Falamos depois sobre isto”, explicou em suas redes sociais.
A ESPN estreou em 2/9 sua nova programação. O programa SportCenter é o carro-chefe, com quatro edições diárias, mas formatos diferentes.
A primeira edição será
das 11h às 12h, com apresentação na bancada e reportagens; a segunda das 15h às
18h, com um apresentador e dois comentaristas; a terceira das 20h às 22h no
formato tradicional e a quarta e última edição do SportCenter será das 0h até 1h,
com apresentação de Paulo Soares e Antero Greco.
A emissora contratará
novos apresentadores e comentaristas, e quer aumentar a presença feminina na
equipe.
Os executivos responsáveis
pelo canal sinalizaram que a linha editorial será mantida, mas que haverá
mudanças na identidade visual e no formato dos programas.
Renata de Medeiros durante o jogo entre Internacional e Botafogo, pela Rádio Gaúcha
Pela primeira vez em seus 92 anos de história, a rádio Gaúcha escalou uma mulher como repórter de campo. O fato ocorreu em 31/8, durante a transmissão da partida entre Internacional e Botafogo, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. O jogo contou com a estreia de Renata de Medeiros na função. Curiosamente, ela estava escalada para o pré-jogo e para a cobertura da chegada da torcida, e 30 minutos antes do início da partida recebeu o convite do locutor Pedro Ernesto.
“Só me dei conta da importância daquele
momento quando o Pedro disse no ar que eu teria a missão de ser a primeira
mulher a fazer reportagem de campo na Gaúcha”, destacou Renata. “Gostaria
que não fosse notícia o fato de, em 2019, uma mulher ser a primeira a fazer
alguma coisa. Mas prefiro valorizar que isso abre espaço para assumirmos
funções que já merecemos há tempo: na reportagem, nos comentários, nas
narrações. Precisamos de mais mulheres em posições de destaque para que esse
processo seja absorvido pela sociedade”.
Atualmente, a jornalista realiza a cobertura
diária da dupla Gre-Nal e de futebol feminino, além de reportar torcida e
produzir os programas do Esporte. “Portanto, estou pronta para ser
escalada para realizar novamente a reportagem de campo ou qualquer outra
função”, finalizou.
Fernanda Gentil deve estrear seu próprio programa, Se joga, ainda este mês, nas tardes da TV Globo. A notícia é de Keila Jimenez, no R7. No que a colunista chamou de “time gigante e uma superprodução”, haverá cerca de 15 nomes. Dois reforços na ancoragem do programa – Érico Brás e Fabiana Karla – um professor de inglês, o pensador Leandro Karnal, um astrólogo, uma sexóloga e uma blogueira de moda, entre outros. Mais quatro atores de humor e um quadro com Marcelo Adnet.
Voltado para o entretenimento, o programa terá
o objetivo de manter a audiência que a Globo conquistou no período vespertino
da semana. Depois de quase um ano afastada do jornalismo, Fernanda Gentil volta
à programação da emissora. Se joga deve ir ao ar no dia 30 de setembro.
Com a decisão, plataforma passa também a contar
com conteúdo produzido por parceiros independentes
A Editora Abril acaba de colocar na rede a nova plataforma digital da Quatro Rodas. Ela deixa de ser um site, com conteúdo produzido exclusivamente por sua equipe de redação, e passa a apostar no modelo de portal de notícias, reunindo conteúdo próprio e de parceiros.
Três sites
estreiam no novo formato: Autos
Segredos, especializado em segredos automotivos; Duas Rodas, mais antiga e
publicação sobre motociclismo no País; e Projeto Motor,
com conteúdo sobre cultura do automobilismo.
“O Portal
Quatro Rodas faz parte de uma estratégia de expansão de marca, que não só
reforça esse nome como referência no setor automotivo, mas principalmente
inaugura a próxima fase do nosso projeto digital”, destaca Zeca Chaves,
redator-chefe do portal e revista Quatro Rodas. “É uma ação que combina de uma
só vez aumento de audiência, diferenciação editorial e nova fonte de
monetização”.
Com as parcerias,
o novo portal abrirá um espaço em sua página principal para destacar conteúdos
dos sites associados, além de promover chamadas em suas redes sociais. “A ideia
é contemplar os leitores com uma cobertura jornalística mais rica e abrangente
de tudo o que rola no mundo dos carros, das motos e das competições
automobilísticas”, conclui Zeca.
Termina neste domingo o financiamento coletivo Kickante para levantar fundos para impressão do livro inédito Como DIZER e AGIR pelo texto, de Manoel Carlos Chaparro. Até o momento, a campanha arrecadou quase 30% da meta da inicial, de R$ 30 mil. A quantia já garante a impressão da obra, porém em uma quantidade bem abaixo da esperada inicialmente, de pelo menos mil exemplares.
Termina neste domingo o financiamento coletivo Kickante para levantar fundos para impressão do livro inédito Como DIZER e AGIR pelo texto, de Manoel Carlos Chaparro. Até o momento, a campanha arrecadou quase 30% da meta da inicial, de R$ 30 mil. A quantia já garante a impressão da obra, porém em uma quantidade bem abaixo da esperada inicialmente, de pelo menos mil exemplares.
Dividido em quatro capítulos, Como DIZER e AGIR pelo texto parte de uma estratégia pedagógica para mostrar os caminhos de como alcançar sucesso no uso da linguagem escrita em ações interlocutórias.
“Temos a oportunidade de editar um livro inédito que traz ensinamentos práticos e objetivos que ajudam as pessoas a escreverem com mais objetividade e assertividade”, destaca Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora. “É um livro que foi escrito em 2017, mas que permaneceu guardado pelo professor Chaparro, que atualmente recupera-se de um AVC e está, portanto, sem condições de seguir os caminhos tradicionais de busca por uma editora, mesmo com o alto potencial da obra”.
Doutor em Ciências da Comunicação e professor de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, Chaparro é jornalista desde 1957, quando iniciou sua carreira em Lisboa. No Brasil, para onde imigrou em 1961, foi repórter, editor e/ou articulista em vários jornais e revistas de grande porte e circulação. Com reportagens individuais, por quatro vezes teve trabalhos premiados no Prêmio Esso de Jornalismo. É autor de outros três livros sobre Jornalismo: Pragmática do Jornalismo (Summus, 1994), Sotaques d’aquém e d’além-mar – travessias para uma nova teoria de gêneros jornalísticos (Summus, 2008), e Linguagem dos Conflitos (Minerva Coimbra, 2001).