A entrega do novo site do Valor Econômico marca também a saída da diretora de Conteúdo Digital Raquel Balarin, que participou do núcleo de coordenação do projeto e que estava no Valor desde a sua fundação, em 2000.
Ali, Raquel foi repórter especial (quando ganhou um Prêmio Esso com reportagem publicada na primeira edição do jornal), editora especial e, em 2008, assumiu funções executivas como diretora de Conteúdo Digital, acumulando mais tarde também a diretoria de Negócios Digitais, na equipe da diretora de Redação Vera Brandimarte.
Raquel assume nesta semana a Diretoria de Comunicação e Marketing de uma startup do setor financeiro e começa em algumas semanas a montar sua equipe. Não há ainda substituto definido no Valor para as funções dela.
O Valor Econômico lançou em 13/9 seu novo site, com design arejado e navegação mais fácil e organizada, mantendo a curadoria editorial e simplificando a leitura em dispositivos móveis. Além do novo visual, o site marca uma profunda mudança tecnológica e de produção do noticiário do Valor voltada à jornada digital de consumo de notícias por parte dos leitores. É a primeira grande mudança desde que o Grupo Globo passou a ser o único acionista do jornal, em 2017.
O site foi construído sobre a plataforma Backstage, gerenciador de conteúdo (CMS, na sigla em inglês) desenvolvido pela Globo.com e que já é utilizado em G1, GE, GShow e no ValorInveste, site de investimento e educação financeira lançado em maio pelo Valor. Em poucos meses, o mesmo sistema passará a ser utilizado para a produção do noticiário do sistema de informação em tempo real Valor PRO.
O Valor Econômico tem uma única redação, integrada, que produz noticiário e edita três produtos: Valor PRO, site e jornal impresso. Além do noticiário integrado, o novo site beneficia-se da utilização de outras duas bases de informações econômico-financeiras: de balanços de empresas e de cotações/indicadores.
Faleceu em 14/9, aos 44 anos, em Santa Maria, Luiz Roese. Ele atuava voluntariamente como assessor de imprensa da Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, e em sua carreira passou pelos jornais A Razão, Diário de Santa Maria e Zero Hora. Luiz lutava contra esclerose múltipla e teve uma parada cardíaca.
Natural de São Paulo, residia no Rio Grande do Sul desde os seis anos. Após a tragédia da Boate Kiss, ele passou a atuar voluntariamente com os membros da entidade na divulgação de informações e auxiliava o grupo no acompanhamento dos processos judiciais envolvendo o caso.
Luiz deixa a esposa Erenice de Oliveira, também jornalista.
J&Cia recebeu recentemente manifestações de colegas da Editora Três sobre recorrentes atrasos de salários. Segundo um deles, a empresa, em recuperação judicial desde agosto de 2007, vem atrasando há tempos os pagamentos, embora mantivesse alguma regularidade nos desembolsos até maio passado, o que teria deixado de fazer. Como resultado, de acordo com a mesma fonte, os profissionais enfrentam problemas de toda ordem em suas vidas pessoais e muitos têm deixado a empresa.
Em função disso, solicitamos a Caco Alzugaray, presidente executivo da empresa, um posicionamento oficial sobre a situação relatada. Transcrevemos a seguir a íntegra da declaração que nos enviou:
“Caros, não é novidade para ninguém em nossa atividade que o jornalismo profissional está passando pelo seu desafio de toda uma existência. O Jornalismo virou praticamente uma missão amparada por outras operações financeiras, como, para citar poucos exemplos, o da Folha de S.Paulo pela Pag Seguro (Moderninha), o da Infoglobo pela Globopar (Big Brothers, Campeonatos de futebol/acordos com a CBF etc…), o da Editora Abril, amparado por um grande banco de investimentos, como o de importantes sites amparados por importantes instituições financeiras, e assim por diante. Ou seja, neste novo e desafiador contexto, a Editora Três tem tentado se manter como uma das únicas empresas brasileiras de mídia independente, e isso nos traz uma dificuldade peculiar em relação às outras.
Estamos nos esforçando para que todas as questões salariais sejam resolvidas, para que os empregos de nossos jornalistas sejam preservados e lamento que este grupo de profissionais que os tenham procurado tenham entendido que esta seria uma boa forma de ‘pressionar’ a direção da Três, pois isso apenas atrapalha o nosso trabalho de recuperação de nossa atividade de preservação do nosso jornalismo independente e profissional, cada vez mais raro em nosso País.”
Termina em 20/9 o prazo para concorrer à sétima edição do Prêmio Abear de Jornalismo. Promovida pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a iniciativa estimula, reconhece e valoriza matérias jornalísticas sobre a aviação comercial brasileira, e distribuirá R$ 48 mil em prêmios nesta edição.
Dentre as novidades deste ano, a categoria especial Asas do Bem, lançada na última edição da premiação para destacar o transporte gratuito de órgãos para transplante realizado pelas companhias aéreas, passa a chamar-se Asas do Bem e Responsabilidade Social. A categoria é voltada para trabalhos que abordam, além do transporte de órgãos, ações realizadas ou apoiadas pela aviação comercial nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte, acessibilidade, moradia, meio ambiente e sustentabilidade.
A sétima edição do concurso também conta com as tradicionais categorias Experiência de voo; Competitividade, Cargas, Inovação e Sustentabilidade; e Imprensa setorizada, além do Prêmio Imprensa Regional, que reconhece veículos e jornalistas sediados fora das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O melhor trabalho dentre todos os inscritos também será contemplado com o Grande Prêmio Abear de Jornalismo.
Podem concorrer matérias veiculadas no período de 1º de outubro de 2018 a 20 de setembro de 2019. Em seis edições, o prêmio recebeu mais de 700 inscrições de 23 Estados e Distrito Federal e premiou mais de 30 profissionais. A cerimônia de premiação será em novembro, em Brasília. Mais informações e inscrições no link.
O NeoFeed, plataforma online sobre empreendedorismo, inovação, transformação digital e negócios, inaugurou em 16/9 com a Jovem Pan uma parceria que visa a levar as informações mais relevantes do mundo dos negócios para milhões de pessoas diariamente, por meio da veiculação de notícias do NeoFeed no site da rádio e a participação no seu serviço de streaming PanFlix.
A plataforma de empreendedorismo também tem um
espaço diário para comentários no Jornal
da Manhã, batizado de NeoFeed da Pan,
feitos por Carlos Sambrana,
cofundador do NeoFeed.
Antônio
Augusto Amaral,
o Tutinha, presidente do grupo Jovem Pan, diz que ”esse é um assunto em que a
Pan não tem primazia e fazia tempo que eu queria ter esse tipo de conteúdo. O
NeoFeed tem essa expertise”.
O desenhista Maurício de Sousa foi premiado em 15/9 no 31º Troféu HQMix, em festa na Comedoria do Sesc Pompeia, em São Paulo.
Ele recebeu troféus nas categorias Edição Especial Nacional, com a Graphic MSP Vol.18 – Jeremias; Publicação Juvenil, com a Graphic MSP 18
Jeremias; Grande Contribuição do Ano,
com “Gibizão” da Turma da Mônica [Guinness World Records para a maior
revista em quadrinhos publicada] (Panini e MSP), empatada com Coleção Grande
Encontro Turma da Monica & Liga da Justiça (Panini, MSP e DC).
O evento reuniu os melhores profissionais e lançamentos de
quadrinhos e humor gráficos de 2018, escolhidos por um júri composto por mais
de dois mil profissionais da área.
O Nexo Jornal e a The New York Times Company anunciaram nesta semana uma parceria para oferecer ao público brasileiro um combo de assinaturas digitais de ambos e uma newsletter exclusiva para os assinantes do pacote, com indicações de leitura.
A data do lançamento ainda não foi definida, mas o acesso à oferta estará disponível inicialmente para uma parte da base atual de assinantes do Nexo. A liberação acontecerá de forma gradativa e será feita por e-mail. Esta é a primeira vez que o New York Times faz uma parceria com um jornal digital brasileiro para comercializar assinaturas conjuntamente.
“Uma colaboração como essa que estamos firmando com The New York Times Company reafirma o compromisso do Nexo em ampliar o acesso à informação e ao jornalismo de qualidade, capaz de dialogar com o debate público nacional e global”, afirma Paula Miraglia, CEO e cofundadora do Nexo. “Tenho certeza de que, para nossos assinantes, essa colaboração será celebrada como outras iniciativas do jornal nos últimos meses. Ela reflete uma convergência de valores de ambos os veículos, que valorizam o compromisso com a verdade e com a inovação. São duas experiências digitais, premiadas e muito queridas por seus leitores, que além de muito exigentes, acreditam na importância do jornalismo independente e de qualidade”.
O pacote será composto de um ano de assinatura do Nexo e um ano do plano digital do New York Times, com acesso completo e irrestrito aos conteúdos e newsletters que cada veículo oferece. Além de vantagens como descontos e a possibilidade de pagar no boleto e em reais, o Nexo vai oferecer aos assinantes do combo uma seleção exclusiva de conteúdos do jornal americano na newsletter semanal O que estamos lendo no NYT.
“Hoje, a nossa newsletter, batizada de O que estamos lendo, tem uma das maiores taxas de abertura entre nossos produtos de e-mail, além de ser muito bem avaliada pelos assinantes”, explica Paula. “Essa primeira derivação, O que estamos lendo no NYT, parte do mesmo princípio de curadoria, que é uma das marcas do jeito Nexo de fazer jornalismo. O The New York Times sempre esteve entre nossas indicações, pois também somos ávidos leitores do jornalismo de qualidade que eles produzem”.
Fonte ouvida na tarde dessa terça-feira (17/9) por este Portal dos Jornalistas informou que a cúpula da redação de Época deixou a revista.
Segundo apurou o portal R7, os três jornalistas que pediram demissão após divulgação da nota em que o Grupo Globo desculpou-se pela reportagem publicada na última edição da revista sobre Heloísa Bolsonaro, esposa do deputado Federal Eduardo Bolsonaro, foram a diretora de Redação Daniela Pinheiro, o redator-chefe Plínio Fraga e o editor Marcelo Coppola.
O motivo seria a insatisfação com o teor do comunicado, que contradisse nota da própria Época na qual afirmava que a reportagem em questão não havia extrapolado os limites éticos do Jornalismo.
Reportagem publicada na edição de 13/9 seria o motivo da saída da cúpula da Revista Época
Na matéria, o repórter João Paulo Saconi relatou sua experiência em sessões online de Heloísa como coach e psicóloga. Para apurar a reportagem, ele não se identificou como jornalista. O caso gerou pressão por parte do parlamentar que, pelas redes sociais, ameaçou processar o autor da reportagem, além de Plínio e Daniela.
Segundo a fonte do Portal, Pedro Dias Leite, editor executivo do jornal O Globo, assume interinamente a publicação até o final do ano.
O Conselho Editorial do Grupo Globo divulgou nessa segunda-feira (16/9) nota reconhecendo “erro” e “decisão editorial equivocada” a publicação de reportagem da revista Época que investigou a atuação como coach de Heloísa Wolf Bolsonaro, esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro.
A reportagem O coaching online de Heloísa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador, de João Paulo Saconi, foi publicada pela revista na última sexta-feira (13/9). Nela, Saconi narra a experiência de vivenciar cinco sessões de coach com Heloísa via webcam.
Segundo a nota da empresa, o Conselho Editorial avaliou que o erro de Época foi “tomar Heloísa Bolsonaro como pessoa pública ao participar de seu coaching online”. A revista ponderou que a mulher de Eduardo Bolsonaro leva uma vida discreta, não participa de atividades públicas e que, por isso, não pode ser considerada uma figura pública. “Foi um erro de interpretação que só com a repercussão negativa da reportagem se tornou evidente para a revista“, desculpou-se o Grupo Globo.
Em retaliação à reportagem, Eduardo Bolsonaro ameaçou, nominalmente, nas redes sociais o autor da reportagem, o editor Plínio Fraga e a diretora de Redação Daniela Pinheiro.
Confira a íntegra da nota do Grupo Globo:
Como toda atividade humana, o jornalismo não é imune a erros. Os controles existem, são eficientes na maior parte das vezes, mas há casos em que uma sucessão de eventos na cadeia que vai da pauta à publicação de uma reportagem produz um equívoco.
Foi o que aconteceu com a reportagem “O coaching on-line de Heloisa
Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador”, publicada na
última sexta-feira. ÉPOCA se norteia pelos Princípios Editoriais do Grupo
Globo, de conhecimento dos leitores e de suas fontes desde 2011. Mas, ao
decidir publicar a reportagem, a revista errou, sem dolo, na interpretação de
uma série deles.
É certo que em sua seção II, item 2, letra “h”, está dito: “A privacidade
das pessoas será respeitada, especialmente em seu lar e em seu lugar de
trabalho. A menos que esteja agindo contra a lei, ninguém será obrigado a
participar de reportagens”. A letra “i” da mesma seção abre a seguinte exceção:
“Pessoas públicas – celebridades, artistas, políticos, autoridades religiosas,
servidores públicos em cargos de direção, atletas e líderes empresariais, entre
outros – por definição abdicam em larga medida de seu direito à privacidade.
Além disso, aspectos de suas vidas privadas podem ser relevantes para o
julgamento de suas vidas públicas e para a definição de suas personalidades e
estilos de vida e, por isso, merecem atenção. Cada caso é um caso, e a decisão
a respeito, como sempre, deve ser tomada após reflexão, de preferência que
envolva o maior número possível de pessoas”.
“O erro da revista foi tomar Heloisa Bolsonaro como pessoa pública ao
participar de seu coaching on-line. Heloisa leva, porém, uma vida discreta, não
participa de atividades públicas e desempenha sua profissão de acordo com a
lei. Não pode, portanto, ser considerada uma figura pública. Foi um erro de
interpretação que só com a repercussão negativa da reportagem se tornou
evidente para a revista.
Em sua seção 1, item 1, letra “r”, os Princípios Editoriais do Grupo
Globo determinam: “Quando uma decisão editorial provocar questionamentos
relevantes, abrangentes e legítimos, os motivos que levaram a tal decisão devem
ser esclarecidos”. E o preâmbulo da mesma seção estabelece com clareza: “Não há
fórmula, e nem jamais haverá, que torne o jornalismo imune a erros. Quando eles
acontecem, é obrigação do veículo corrigi-los de maneira transparente”.
É ao que visa esta Carta aos Leitores. Explicar o que levou à decisão editorial equivocada, reconhecer publicamente o erro e pedir desculpas a Heloisa Bolsonaro e aos leitores de ÉPOCA.