O projeto Voces del Sur, composto por Abraji e outras dez entidades defensoras do jornalismo, lançou o dossiê 182 dias de contrastes: a situação da imprensa na América Latina, que contabilizou 630 ataques a jornalistas na região entre janeiro e junho.
A pesquisa, que leva em conta dados de 11 países latino-americanos, incluindo o Brasil, indicou que 708 profissionais e veículos de imprensa foram alvos de agressões. Segundo a Abraji, dos 630 ataques, 167 ocorreram no Brasil. Os ataques mais frequentes são agressões físicas, seguidas de discursos estigmatizantes feitos apenas por políticos e agentes públicos.
O documento destaca a emergência de uma nova agenda comum entre os meios de comunicação latino-americanos, além dos perigos da desinformação, vista como uma ameaça à democracia.
Juliana Fonteles, assessora jurídica da Abraji, declarou que “na América Latina, houve endurecimento das represálias estatais contra a imprensa e imposição de embaraços à disseminação de informação sobre o quadro epidemiológico. Além disso, as tentativas de contenção de desinformação que já estavam sendo discutidas, como o PL das fake news, tiveram maior espaço nesse período, contribuindo para comprometer o livre exercício do jornalismo”.
Os programas Troca de Passes (SporTV) e Sportscenter (ESPN) interagiram durante 30 minutos, com homenagens ao apresentador. Participaram da transmissão o apresentador Fred Ring e o comentarista Paulo Nunes, pelo SporTV, e a apresentadora Marcela Rafael e o comentarista Paulo Calçade, da ESPN. Eles relembraram a parceria com Rodrigo Rodrigues, muito querido por colegas de profissão, conhecido por seu bom humor, carisma e generosidade.
A homenagem conjunta teve também depoimentos do ex-jogador Zico, do ex-jogador e comentarista da ESPN Alex, do ex- ESPN José Trajano, do narrador da Globo Galvão Bueno, do ex-jogador e comentarista do SporTV Petckovic, do ex-treinador e comentarista do SporTV Muricy Ramalho e do comentarista do SporTV Raphael Rezende.
O repórter César Fabris (Rádio Grenal), escalado para cobrir o jogo entre Internacional e Esportivo em 25/7, foi substituído por um colega na entrevista coletiva online do técnico Eduardo Coudet e dirigentes do Internacional por ordem da Rede Pampa, dona da Rádio Grenal. A alteração foi feita após um suposto pedido do setor de comunicação do Internacional.
Segundo o repórter, o assessor do Internacional Rafael Antoniutti pediu que outra pessoa participasse da coletiva representando a rádio: “O Antoniutti disse que ou indicavam outra pessoa ou a Grenal ficaria de fora da coletiva. Eu fiquei muito chateado e liguei para o presidente. Ele disse que não foi decisão do clube, que o assessor fez isso por conta própria”.
Fabris contou que chegou a perguntar ao assessor do Internacional sobre como funcionaria a entrevista online. Antoniutti respondeu que o repórter que participaria da coletiva era Nicolas Wagner, e que a própria Rede Pampa havia passado essa informação para ele.
O repórter garantiu que nunca atacou o Internacional. Assumidamente gremista, explicou que apenas provoca o amigo Carlos Lacerda, torcedor do Inter, pelas redes sociais e quando estão no ar.
O caso foi caracterizado como censura por diversos torcedores, jornalistas e entidades. Ao Coletiva.net, a assessoria do Internacional declarou que o clube não comenta o caso e que o assunto “já foi tratado e resolvido internamente”. A Rádio Grenal também se pronunciou, afirmando que o ocorrido “foi um fato lamentável, que não condiz com a conduta da instituição, sempre pautada pela liberdade de imprensa. Marjana Vargas, diretora da Rádio Grenal, destacou a imediata atenção dispensada pela direção colorada no esclarecimento do episódio, assim como no alinhamento de providências para que tal situação não volte a ocorrer”.
Em nota, a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúches (Aceg) escreveu que “se posiciona em favor da liberdade de expressão (…) e se solidariza com o repórter da Rádio Grenal, César Fabris. (…) O pedido de veto partiu da assessoria do clube. O motivo seria porque Fabris é declaradamente gremista. Precisamos lembrar, neste momento, que vivemos em um estado democrático. Repórteres colorados e gremistas participam de coletivas e coberturas dos dois clubes, sempre com respeito mútuo e profissionalismo, como deve ser. Lamentamos o cerceamento ao profissional e também a postura de sua emissora em concordar com o veto por parte da assessoria do clube. A Aceg não vai se furtar de lutar pelo direito de seus associados”.
Nas semanas que antecederam as eleições gerais britânicas, em 2019, o então primeiro-ministro Boris Johnson foi pressionado por todos os lados para divulgar o Relatório Rússia, elaborado pelo comitê de inteligência do Parlamento, que traria conclusões sobre interferência da administração de Vladmir Putin no país e sobretudo no plebiscito do Brexit. Ele resistiu, foi referendado no cargo com margem folgada e só agora trouxe a público o documento, que além das implicações políticas envolve o jornalismo do país.
Um dos alvos é a emissora RT (Russia Today), que entrou na mira por sua suposta atuação como braço da influência russa em solo britânico. Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, hábil advogado de tribunal, foi uma das vozes a se levantar contra a rede assim que saiu o relatório. Exige que a estação controlada pelo Estado russo perca a licença de transmissão no Reino Unido.
O caso coloca em pauta o papel de emissoras estatais globais, caso da própria BBC, maior braço do soft power britânico, levando ao mundo a influência cultural do país. Outras nações poderosas também financiam o jornalismo além das fronteiras por meio de redes públicas, como França e Alemanha. Os Estados Unidos têm uma agência governamental para cuidar disso, a USAGM (US Agency for Global Media), que supervisiona servicos como a Voz da América.
Ainda que oferecendo programas de qualidade, todas representam interesses do país de origem. Mas poucas foram tão longe no alinhamento político como a RT − que passou a usar a sigla e não o nome completo talvez para não deixar tão evidente a conexão com a Rússia. Ao percorrer a grade de canais de TV no Reino Unido, um desavisado nem percebe tratar-se de um canal ligado ao país.
Os problemas de imparcialidade da RT não são novos. O próprio órgão de controle de telecomunicações do Reino Unido, o Ofcom, já andava de olho na emissora. Ano passado, multou-a em £ 200 mil por sete violações ao código de transmissão em relação à cobertura do caso de envenenamento de um ex-espião russo em Salisbury, que teria sido praticado por integrantes do serviço secreto do país.
A emissora tentou reverter a punição alegando direito à liberdade de expressão. Mas não teve sucesso. A pena foi confirmada pelo Supremo Tribunal.
A teia política que envolve a RT com o Reino Unido é extensa. Dois dos programas punidos por quebrar as regras de imparcialidade foram apresentados pelo britânico George Galloway, um ex-parlamentar que se tornou apresentador na emissora. Alex Salmond, ex-líder do Partido Nacional Escocês (SNP) é outro que mantém um programa na RT.
São exemplos das ramificações na sociedade britânica apontadas pelo relatório, que revelou a presença russa em círculos sociais e de negócios, principalmente imobiliários. E também jornalísticos.
Ano passado causou estranheza na imprensa mundial o fato de uma obscura agência de notícias chamada Ruftly ter sido a única a obter imagens do momento em que Julian Assange deixou a embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado havia quase sete anos. A sortuda agência, que estava no lugar certo na hora certa, pertence à RT, levantando suspeitas de que poderia ter sido favorecida devido a ligações de Assange com Putin.
Dois dos principais jornais britânicos, o Evening Standard e o Independent, pertencem ao empresário e ex-agente da KGB Alexander Lebedev e seu filho Evgeny. Eles compraram o Standard em 2009 e o Independent no ano seguinte, por valores simbólicos.
Johnson e Evgeny Lebedev socializam em festa do Evening Standard (Crédito: David M Benett/Getty Images)
No dia seguinte à vitória nas eleições de 2019, Johnson foi comemorar justamente na casa do magnata, em uma festa regada a caviar, segundo a imprensa britânica. Russo, certamente.
O recesso parlamentar de verão deve dar uma trégua na política britânica por algumas semanas. Mas o impacto do Relatório Rússia foi tão grande que a RT pode esperar dias difíceis pela frente. Parece história de filme de espionagem. E talvez seja mesmo.
Morreu nesta terça-feira (28/7) o apresentador Rodrigo Rodrigues (Globo/SporTV), aos 45 anos, no Rio de Janeiro. Diagnosticado com coronavírus, ele estava internado desde o último sábado, teve trombose venosa cerebral (TVC), foi submetido a uma cirurgia e estava em coma induzido.
Rodrigo nasceu no Rio de Janeiro em 1975. Iniciou a carreira em 1995, na Rede Vida. Atuou em veículos como TV Cultura, SBT, ESPN Brasil, Band, Gazeta e Esporte Interativo. Desde 2011 no setor esportivo, Rodrigo apresentou o Resenha ESPN na ESPN Brasil. Contratado em janeiro de 2019 pela Globo, comandou programas como Troca de passes, Redação SporTV, SporTV News, Tá na Área e Seleção SporTV no SporTV, e apresentava o Globo Esporte aos sábados, no lugar de Felipe Andreoli. Atuou também como locutor e apresentador da Rádio Globo em São Paulo.
Além da carreira no jornalismo esportivo, Rodrigo trabalhou na área cultural, em programas como Vitrine, da TV Cultura; 5 Discos, da Gazeta; e Cor de Rosa, do SBT. É autor dos livros As Aventuras da Blitz, que conta a trajetória do grupo musical, e London London, um guia para conhecer Londres de metrô. Era guitarrista da banda The Soundtrackers, que chegou a se apresentar no quadro Ding Dong do Domingão do Faustão.
No site do GloboEsporte, a Globo escreveu que “a morte de Rodrigo abre uma ferida que vai muito além do profissional insubstituível. Dentro e fora da Globo, dezenas de pessoas sentem a perda de um amigo. E a família chora a partida de um parente que conquistou uma legião de admiradores”.
O Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo, organizado pela Google News Iniciative, já ajudou cerca de 5.600 veículos de notícias ao redor do globo. Foram direcionados US$ 39,5 milhões em recursos para pequenas e médias empresas em 115 países.
A iniciativa visa a ajudar publicações e sites de notícias que enfrentam dificuldades financeiras por causa crise econômica agravada pela pandemia. Após o anúncio do Fundo, o Google recebeu mais de 12 mil solicitações. Quase 60% dos beneficiários são veículos impressos e digitais.
O projeto permitiu que o Google identificasse determinadas tendências no jornalismo local pelo mundo. No que se refere a publicidade, metade dos veículos que receberam recursos do fundo disse ser totalmente dependente de anúncios. Outros dados relevantes são que 30% operam com alguma forma de paywall e 18% dependem de contribuições de associações locais para trabalhar. Além disso, cerca de 20% dos responsáveis pelas publicações priorizam mudanças culturais que incluam diversidade, equidade e inclusão nas redações.
A deputada Joice Hasselmann (PSL) demitiu em 24/7 62 funcionários terceirizados da Secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados. O corte representa mais de 20% da equipe, formada por 289 pessoas dos setores Técnico e de Jornalismo, divididas nos veículos comandados pelo órgão (TV e Rádio Câmara, Voz do Brasil, redes sociais, Secretaria de Participação, Interação e Mídias Digitais, portal, eventos, visitas guiadas, plenário e comissões). Na lista, 38 profissionais da área técnica da TV e da Rádio, e 14 jornalistas, distribuídos entre as funções de produção, direção e edição de imagens, muitos deles com anos de trabalho na Secom − todos contratados pela empresa Plansul.
Hasselmann disse que a Secretaria precisa de uma reformulação e que vai mudar toda a programação. Ela declarou que, “em função da pandemia e da redução de conteúdo da rádio e da TV Câmara, pedi readequação dos contratos pelo bom zelo do dinheiro público. Essa demanda de redução da conta dos veículos de comunicação da Casa estava parada na Secretaria de Comunicação há mais de um ano. É preciso responsabilidade com cada centavo do dinheiro do contribuinte”.
A medida teve repercussão não só pela dispensa em plena pandemia, mas também porque informou-se que a lista incluía intérpretes de libras da TV Câmara. O fato fez com que Joice publicasse no Twitter a manutenção desses profissionais.
Ivan Martínez-Vargas deixou em 24/7 a Folha de S.Paulo, onde estava desde 2016, no último ano e meio no caderno de Mercado, cobrindo infraestrutura, aviação e litígios. Na próxima segunda-feira (3/8) ele começa como repórter de O Globo e Época em São Paulo, cobrindo as mesmas áreas e eventualmente política, na equipe liderada por Letícia Sander e Renato Andrade.
Na Folha, Ivan foi repórter de Mercado Aberto, coluna editada pela então diretora de redação Maria Cristina Frias, de 2017 até o final do espaço, em março de 2019. Também passou pela coluna Painel S.A. e pela homepage. Esteve ainda na TV Record e no Estadão.
Orbis Media Review – Além do novo trabalho, na área acadêmica Ivan assumiu agora em julho a função de pesquisador associado do think thank Orbis Media Review, da ISE Business School, sob a batuta de Carlos Alberto Di Franco e Ana Brambilla.
Nos próximos meses, ele vai desenvolver um estudo sobre modelos de negócios de startups no jornalismo brasileiro. Empresas interessadas em participar da pesquisa podem contatá-lo pelo e-mail [email protected].
Ivan foi bolsista do tradicional Máster em Jornalismo da ISE, em 2018. É mestre em Relações Internacionais pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), onde foi bolsista da Fundação Escola de Sociologia e Política.
A morte do negro George Floyd nos Estados Unidos detonou mais uma bomba de protesto naquele país, cujos estilhaços alcançaram vários países. O assassinato, cometido por um branco, foi mais um de uma vasta coleção da Polícia norte-americana. Diversas mortes desencadearam movimentos sociais que transbordaram para diversos Estados, mas Floyd foi o primeiro, que me lembre, a reverberar em outros idiomas com o mesmo leiaute.
Racismo é uma coisa execrável em qualquer sociedade humana. Todavia, a mim parece que a questão, como num caleidoscópio, tem nuances, coloridos e formatos variáveis. Portanto, não pode nem deve ser vista e discutida com um único diapasão. Na minha visão, por exemplo, a questão do racismo deve ser encabeçada pelos brancos que são devedores e não credores de uma fatura em aberto.
Os ecos dos apelos de Floyd antes de morrer chegaram até nós, mas esvaeceram céleres porque o momento político tinha outros interesses e já existia a pandemia.
Retido por mais tempo dentro de casa em função da Covid-19 deparei-me com memórias já bem descoloridas pelo tempo, mas significativas neste momento. Algumas tiveram como espaço redações por onde passei.
Por exemplo. Em meados dos anos 70 do milênio passado, quando cheguei ao mercado a presença de negros nas redações de São Paulo era praticamente nula. Apenas os dedos de uma das mãos eram suficientes para fazer a contagem. Hoje, acho que já dá para usar as duas.
Para meu gáudio, quando fui encaminhado pelo saudoso José Louzeiro ao Adilson Laranjeiras, um dos chefes de Reportagem da Agência Folhas, este defendia a tese de que a Folha devia contratar jornalistas negros. Com o passar dos primeiros meses percebi que não fora fácil quebrar a resistência de muitos na casa, ainda mais num momento em que a presença dos diplomados era rigidamente rejeitada pelos veteranos, forjados pelas aldravas das redações.
Poucos anos depois, vencidas várias investidas racistas, fui cumprir uma pauta na então Emurb, empresa municipal que cuidava do urbanismo paulistano. À medida que os repórteres chegavam para uma coletiva eram acomodados num grande sofá na sala de espera.
Quando já éramos quase 20 pessoas, a secretária do diretor chamou pela copeira, uma negra com mais ou menos uns 40 anos, e pediu que servisse café para os jornalistas.
Com um carrinho de copa, a mulher começou a servir as pessoas que estavam sentadas no sofá. Depois de servir o colega que estava à minha direita passou por mim e serviu o seguinte. Percebendo o fato, a secretária interveio.
− Dona Cláudia, a senhora esqueceu-se de servir o Bira.
− A senhora disse que era para servir os jornalistas − retrucou.
− Está certo, mas ele também é jornalista.
A copeira não se alegrou com a informação. Afinal, ali estava um negro que conseguira atravessar a borrasca e seria tratado com a mesma reverência. Ao contrário, fechou o semblante e me serviu sem me levantar os olhos.
De todos os gestos de racismo que sofri esse foi o único que me feriu. Não porque foi um golpe desferido por alguém da mesma cor, mas porque lançado por uma pessoa cuja falta de instrução e formação incorporou e assimilou a mensagem de inferioridade e incapacidade apresentada aos negros desde há muitos séculos, como se fora uma sina a ser aceita sem discussão.
A meu ver, esse axioma é que deveria ser o fulcro das diversas entidades que defendem a causa negra no País. Esclarecer os negros informá-los, prepará-los, educá-los deveria, creio, ser o principal item de suas cartilhas de ação. Mas, infelizmente, outras questões são prioritárias, até porque transitar pela periferia é cansativo e empoeira muito os sapatos.
Ubirajara Júnior
A história desta semana é uma colaboração de Ubirajara Júnior, que teve passagens por Folha de S.Paulo, Diário Popular, TV Globo, TV Gazeta, SBT, Rádio Gazeta, Autolatina, Radiobras (Brasília), Secretaria Estadual de Esporte e Turismo (S. Paulo), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Jornal da Ciência (SBPC) e Agência Espacial Brasileira (AEB). Diz que depois de 41 anos de atividade resolveu cuidar só da própria vida e se aposentou.
Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].
O Superior Tribunal de Justiça concedeu em 24/7 liminar para que o jornalista Arimateia Azevedo, criador e diretor do Portal AZ, retorne à prisão domiciliar.
A medida revogou a decisão da última quarta-feira (22), do Tribunal de Justiça do Piauí, que determinou que ele fosse encaminhado a um presídio e ainda “o afastamento da direção e de qualquer participação – administrativa, jornalística, ou qualquer outra”, do jornalista, de qualquer veículo de imprensa, incluindo o de propriedade do comunicador.
Ele é investigado por suspeita de extorsão, segundo a Polícia Civil do Piauí, e está preso preventivamente desde 12 de junho. O motivo seria um possível acerto com o cirurgião plástico Alexandre Andrade, para que o Arimateia não publicasse notícias sobre um caso de erro médico que quase resultou na morte de uma paciente.
Segundo a defesa de Arimateia, a acusação apoia-se exclusivamente na palavra do médico, que teria procurado o jornalista para evitar publicações que mostravam o caso. Insiste ainda que há ausência de justa causa para a ação penal e para a prisão preventiva, decretada sob a alegação de risco para a ordem pública. Os advogados entendem que o caso também causa perplexidade porque se trata de prisão preventiva de um jornalista conhecido, sem antecedentes criminais e com endereço fixo.