
O Superior Tribunal de Justiça concedeu em 24/7 liminar para que o jornalista Arimateia Azevedo, criador e diretor do Portal AZ, retorne à prisão domiciliar.
A medida revogou a decisão da última quarta-feira (22), do Tribunal de Justiça do Piauí, que determinou que ele fosse encaminhado a um presídio e ainda “o afastamento da direção e de qualquer participação – administrativa, jornalística, ou qualquer outra”, do jornalista, de qualquer veículo de imprensa, incluindo o de propriedade do comunicador.
Ele é investigado por suspeita de extorsão, segundo a Polícia Civil do Piauí, e está preso preventivamente desde 12 de junho. O motivo seria um possível acerto com o cirurgião plástico Alexandre Andrade, para que o Arimateia não publicasse notícias sobre um caso de erro médico que quase resultou na morte de uma paciente.
Segundo a defesa de Arimateia, a acusação apoia-se exclusivamente na palavra do médico, que teria procurado o jornalista para evitar publicações que mostravam o caso. Insiste ainda que há ausência de justa causa para a ação penal e para a prisão preventiva, decretada sob a alegação de risco para a ordem pública. Os advogados entendem que o caso também causa perplexidade porque se trata de prisão preventiva de um jornalista conhecido, sem antecedentes criminais e com endereço fixo.