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Pedro Cavalcanti e as memórias de muito antes da redação

Pedro Cavalcanti (Crédito: Reprodução/Biblioteca de São Paulo)

Por Luiz Roberto de Souza Queiroz

Anos antes de se tornar correspondente de Veja na Europa e cobrir as guerras do Oriente Médio, Pedro Rodrigues de Albuquerque Cavalcanti, que nos deixou no mês passado, desembarcou em Paris, garotão ainda, carregando um jacaré que eu tinha empalhado mal e porcamente.

O jacaré tinha um olhar estapafúrdio, devido ao olho de vidro que eu furtara de uma boneca de minha irmã e, contava Pedro, “o pessoal da imigração ria tanto do bicho, que eu levava como se fosse um guarda-chuva, que não examinaram minha mala onde iam pedras brasileiras cuja venda devia me sustentar na França” e que ele descobriu que não valiam nada.

A viagem a Paris foi a primeira aventura urbana de Pedro, depois de uma adolescência maluca que tivemos. Aos 13 ou 14 anos, não lembro, com uma Winchester 22, nos mandamos de carona de caminhão para o Pantanal, “viver um tempo numa tribo de índios”, que, soubemos depois, não existia.

Éramos quatro: Pedro, eu, José Aranha, que já se foi, e João Celidônio. Sem os índios, inexistentes, paramos em Coxim, onde compramos um barco “piracicabano” bem velho, arranjamos um caboclo como guia, Joaquim Nêgo, e, remando ou de bubuia (NdaR: flutuando na correnteza), descemos o rio Taquari e um trecho do Paraguai.

Foram 720 quilômetros numa viagem inesquecível. A comida, pacus imensos que iscávamos com mangas inteiras, churrasco nas fazendas onde parávamos para pernoitar. Não sei se era verdade, mas os vaqueiros contavam que de manhã colocavam uma manta de carne sob o baixeiro, a sela em cima, cavalgavam sobre essa carne até a hora do almoço, quando ela estava macia e salgada com o suor do cavalo.

O que sei é que a carne era ótima, e a sobremesa, araticum, pequi ou caju do cerrado. Só não comemos jacaré porque, alvejados nadando, afundavam e cadê coragem para mergulhar atrás dos bichos no fundo do rio.

Os fazendeiros das margens nos convidavam para ficar uns dias e acompanhar a lida do campo. Uma vez fomos de caminhão até um rancho a 40 quilômetros da sede de uma fazenda. Não havia estrada, o capim alto jogava tanta semente no radiador que ao fim da viagem foi preciso retirá-lo, lavá-lo, para o caminhão não ferver.

Na hora de recolocar, o radiador não foi bem preso, estourou e voltamos a pé, o pantaneiro dizendo que os estalos que ouvíamos era a orelha da onça, que batia para espantar as moscas. Será que era verdade?

Outra vez, de preguiça de montar a barraca, resolvemos dormir numa tapera, apesar do aviso de que tinha muito percevejo. Não adiantou forrar o chão com a barraca, eram tantos, mas tantos, que depois da noite mal dormida tivemos que colocar a lona num banco de areia para o sol espantar os insetos. Em minutos um bando de passarinhos veio almoçar os bichinhos.

Chegamos a tentar comer uma cobra que matamos, mas ao tirar a pele, a carne estava cheia de vermes, certamente o motivo de não ter reagido quando capturada.

O calor do rio era tão intenso que o guia ficava no barco, remando, e nós acompanhávamos, nadando rio abaixo grande parte do dia. Hoje, o Taquari está assoreado, mas há 60 anos era um sonho para os garotos que éramos. Nadar no meio das piranhas, uma brincadeira, e deu até pena quando, já no rio Paraguai, chegamos a Porto Esperança, nosso destino.

Tempos depois, metemos na cabeça repetir o trajeto dos bandeirantes que avançavam da bacia do Paraná para a do Amazonas e desciam o rio Xingu. Para a empreitada, nosso grupo uniu-se a Toninho Rego Freitas, Tatu Mão Sangrenta (quebrava tudo em que tocava), e Chico Brasileiro, filho do Chicão, que comandara na juventude a Bandeira Piratininga, primeira a entrar em contato com os xavantes, então perigosíssimos.

De carona de caminhão de novo, chegamos ao Sul de Mato Grosso, já na selva amazônica, onde uma empresa japonesa plantava pimenta do reino. Tami “san”, o gerente, encantou-se com a garotada, aproveitou a serraria que montara e, de graça, construiu um barco de tábuas grossas para descermos o rio Ferro e – sonho maluco − chegarmos a Belém do Pará.

Tami “san” nos paparicava. Aprendemos como cozinhar e descascar a pimenta, matéria-prima para o cromo alemão, a comer com hashi, não só arroz, mas também carne de onça, que é escura e bastante dura.

Ninguém acreditava que fizéssemos os quase 3.000 quilômetros até Belém e o vigia de uma fazenda distante disse que teria de ir à beira do rio e deixaria um sinal na margem, para podermos voltar pela mata se desistíssemos da empreitada. Empurrando o barco para o rio encachoeirado, nos mandamos atrás do irrealizável.

Foram acho que dois meses descendo o rio, caçando pouco, o melhor almoço foi um pato que o Pedrinho abateu a bala, porque não tínhamos cartucheira, além de um macaco-aranha que, sem o couro, parecia uma criancinha, mas que, mercê da fome, foi comido assim mesmo.

O rio era tão sinuoso que, uma noite, ao acamparmos, descobrimos que tínhamos passado o dia fazendo uma imensa volta e estávamos a poucos metros do acampamento da noite anterior. Mas nada afetava o Pedro, que tivera aulas de pintura e comentava ao ver um pôr do sol: “Se eu pusesse essas cores numa tela, meu professor criticaria, dizendo que era invenção”.

Até hoje, tanto tempo depois, sinto falta do silêncio do rio, cortando a majestade da mata amazônica – lugar-comum, mas verdadeiro −, um ou outro canto de pássaro apenas e nós, introspectivos. Passávamos horas sem falar, cada um voltado para dentro de si, apenas curtindo a natureza, sentindo-se unido a ela, próximo de Deus e, ao escurecer, já na rede que fazia as vezes de cama, uma oração de agradecimento, a felicidade da vida que nos foi dada.

Com o tempo, porém, a comida foi terminando, ficou claro que não chegaríamos a Belém, horizonte longe demais. Soubemos depois que nossos pais acionaram a FAB, que chegou a mandar um C-47 à nossa procura e desistiu, porque a selva era tão fechada que do ar mal se podia ver o rio em que navegávamos.

Quando chegamos à embocadura do rio Ferro com o Von Den Steinen, formadores do Xingu, não dava para continuar, sem comida. Foi então que vimos na beira do rio um pedaço de camisa velha pendurado numa árvore, o “sinal” se quiséssemos acessar uma entrada.

Colocamos o barco numa forquilha de árvore, elevada, para que a cheia não alcançasse, entramos pelo meio da mata, altíssima, e caminhamos buscando os sinais do que seria o caminho, até alcançarmos a estrada, pela qual acabamos chegando à casinha do nosso salvador.

Voltamos a São Paulo atrasados para a escola – a aventura durara mais que as férias de fim de ano −, mas Chico Brasileiro não se conformou. Arranjou algum dinheiro, voltou para Mato Grosso, tirou nosso barco da árvore e continuou remando, até o Parque Nacional do Xingu, onde, sozinho, acabou morto pelos índios kajabi, a golpes de borduna, como muitos anos depois Orlando Villas Boas me contou.

Pedro Cavalcanti queria porque queria voltar à região para recuperar os restos mortais de Chico, mas a empreitada seria cara, era preciso helicóptero e, garotões sem trabalho, não tínhamos como custear.

A vida continuou, entrei no Estadão e após assinar algumas matérias me convidaram para escrever uma série de fascículos sobre pintores famosos, a ser lançada pela Abril.

Até que tentei, mas não era minha praia. Quando o editor concluiu que não dava certo, perguntou se eu tinha alguém que entendesse de arte para indicar. Indiquei o Pedro Cavalcanti. Deu certo e ele fez uma linda carreira na Editora Abril, primeiro aqui, depois na Europa, porque, apesar do inusitado de chegar a Paris com meu jacaré em punho, foi lá que encontrou seu amor da vida inteira, Denise, mãe de seus filhos, que agora deixa viúva.


Luiz Roberto de Souza Queiroz

A história desta semana é novamente uma colaboração de Luiz Roberto de Souza Queiroz, o Bebeto ([email protected]), que foi por mais de 40 anos repórter no Estadão e hoje atua com sua própria agência de comunicação. Diz ele a título de explicação: “Escrevinhei um texto sobre o Pedrinho Cavalcanti, que foi meu colega no Colégio Santa Cruz e grande companheiro na adolescência. A lembrança veio, o artigo ‘pediu’ para ser escrito e não tive como dizer não. Como J&Cia publicou um texto sobre ele enquanto jornalista, envio este outro, para saber do outro lado, dele e meu, antes de nos amarrarmos na profissão”.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].

MediaTalks by J&Cia: QAnon usa fake news para conquistar adeptos

De Londres, MediaTalks by J&Cia destaca as manifestações promovidas por pessoas que se opõem a medidas de isolamento social e vacinação. Elas são a face de uma perigosa tendência: teorias conspiratórias − principalmente do QAnon − que usam fake news via redes sociais para conquistar adeptos e unir forças com grupos organizados em torno da Covid-19. Com isso, o movimento QAnon cresce a passos largos, inclusive no Brasil.

Você conhece o QAnon, suas teses absurdas − como a existência de túneis subterrâneos sob as cidades com crianças aprisionadas −, e sabe como ele vem avançando apoiado em uma poderosa máquina de desinformação nas mídias sociais? MediaTalks conta a história do movimento, nascido entre partidários do presidente Trump, e que foi classificado como ameaça terrorista pelo FBI. O QAnon fundamenta sua ideologia nos Protocolos de Sião, que inspiraram o nazismo.

Na sequência, examina como as fake news resistem apesar da consciência da sociedade e dos esforços de governos, ONGs, agências de checagem e imprensa. O artigo mostra pesquisas recentes sobre seu efeito na saúde pública, ao influenciarem negativamente a adesão a medidas de isolamento e a intenção de se vacinar. Destaca como o Brasil já era o país mais preocupado com notícias falsas antes da pandemia dentre as 40 nações retratadas no Relatório Reuters de Notícias Digitais. E fala de outro estudo do Instituto classificando os tipos e origens de notícias falsas sobre a Covid-19.

Confira em MediaTalks by J&Cia.

Trump elogia agressões a jornalistas durante protestos: “Uma bela visão”

Em comício realizado em 21/9, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump elogiou as agressões a profissionais de imprensa ocorridas entre maio e junho deste ano, durante protestos antirracistas promovidos por todo o País. Trump disse que os policiais “algumas vezes agarraram” os jornalistas e “os atiram para o lado como se fossem um pequeno pacote de pipocas”. Ele classificou tais cenas como “uma bela visão”.

O presidente referia-se aos jornalistas australianos Amelia Brace e Tim Meyers, da 7News, que foram vítimas de agressões policiais nas imediações da Casa Branca no dia 2 de junho. Na ocasião, a polícia fez uma operação para permitir que Trump saísse a pé da Casa Branca e fosse a uma igreja local.

Trump também ironizou agressão sofrida por Ali Velshi, do canal de televisão MSNBC, que foi atingido por uma bala de borracha disparada pela polícia de Minneapolis no fim de maio. O presidente disse: “Lembram-se daquela bela visão? A rua estava uma confusão. Aquele repórter idiota da CNN foi atingido por uma lata de gás lacrimogêneo. E foi ao chão. ‘Fui atingido. Fui atingido’. Ele foi atingido”. Trump confundiu a emissora na qual Velshi trabalha e o tipo de agressão que ele sofreu.

Em resposta à fala do presidente, a MSNBC declarou que “a liberdade de imprensa é um pilar da nossa democracia. Quando o presidente goza de um jornalista pelo ferimento que sofreu enquanto se punha em perigo para informar o público, põe em perigo milhares de outros jornalistas e compromete as nossas liberdades”.

Com informações do Portal Imprensa.

2º Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados recebe inscrições até 1º/10

A Escola de Dados e a Transparência Brasil lançam a segunda edição do Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, que valoriza trabalhos que usem dados para reportar, analisar e investigar temas relevantes para a sociedade brasileira.

Interessados podem se inscrever nas categorias Investigação guiada por dados, Visualização de dados, Inovação e Dados abertos. O vencedor de cada categoria receberá R$ 2.500. A premiação será na V Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais (Coda), marcada para 7 de novembro, em ambiente virtual.

Inscreva-se!

TOP Mega Brasil anuncia as feras da comunicação corporativa 2020

Top Mega Brasil

Em inédita cerimônia online, foram revelados os vencedores da edição 2020 do TOP Mega Brasil, premiação que homenageia as feras da comunicação corporativa em todo o Brasil

Em inédita cerimônia online, transcorrida entre às 11h e às 14h, nesta quinta-feira, 24 de setembro, foram revelados os vencedores da edição 2020 do TOP Mega Brasil, premiação que homenageia as feras da comunicação corporativa em todo o Brasil, nas categorias Agências de Comunicação, Executivos de Comunicação Corporativa e, a partir deste ano, os Comunicadores do Serviço Público.

A cerimônia foi conduzida por Marco Rossi, com comentários de Eduardo Ribeiro, ambos diretores da Mega Brasil, e participação especial de Regina Antonelli, apresentadora do programa Making Of na Rádio e TV Mega Brasil, a quem coube anunciar os vencedores.

Disputaram os certificados e troféus de TOP 10 Brasil e TOP 5 das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, 131 Comunicadores do Serviço Público (84 concorrendo aos TOP 5 regionais e 47 ao TOP 10 Brasil); 120 Executivos de Comunicação Corporativa (79 concorrendo aos TOP 5 regionais e 41 ao TOP 10 Brasil); e 133 agências de comunicação (82 concorrendo aos TOP 5 regionais e 51 ao TOP 10 Brasil).

A live de premiação contou com três partes: na primeira foram anunciados os TOP 5 regionais, exceção aos campeões; na segunda, os TOP 10 Brasil, exceção aos 1º, 2º e 3º colocados, que compuseram o Pódio Brasil; e, na terceira e última, os campeões regionais e os 1º, 2º e 3º colocados nacionais.

A maior surpresa da premiação ficou reservada para a entrada ao vivo dos campeões regionais e também dos vencedores do Pódio Brasil. Minutos antes do anúncio, o vencedor recebia um WhatsApp da produção com o link para entrar ao vivo na transmissão. E foram muitas as surpresas, a maioria celebrando em casa, mas com a equipe toda acompanhando.

Uma das novidades do TOP Mega Brasil foi a criação, em 2019, do TOP de Ouro, para os profissionais ou agências que conquistarem cinco vezes a premiação no mesmo segmento, ou seja TOP 5 ou TOP 10. E três foram as agências que receberam, este ano, o novo troféu: a In Press Porter Novelli, que, em verdade, o conquistou em 2019, após ter vencido por cinco anos seguidos a premiação como TOP 5 Sudeste, mas que só foi formalizado este ano; a Temple, de Belém (PA) e a In Press Oficina, de Brasília (DF). Ao conquistar o TOP de Ouro, elas passam a cumprir uma quarentena de dois anos, período em que não poderão concorrer na mesma categoria, no caso o TOP 5 – mas as três poderão continuar concorrendo ao TOP 10 Brasil.

Confira abaixo todos os vencedores do TOP Mega Brasil 2020:
(A cerimônia virtual pode ser acompanhada na íntegra pelo link https://youtu.be/bUYj0fu2h3M )
 

TOP 5 Brasil – Região Norte – Comunicadores do Serviço Público

5º) Samuel da Silva Alvarenga (Prefeitura de Santarém)-Santarém, PA

4º) Mônica Maia (Ministério Público do Estado do Pará) – Belém (PA)

3º) Vera Rojas Rojas (Fundação Hemopá) – Belém (PA)

2º) Caroline Degaspari da Costa (Centro Universitário Fametro) – Manaus (AM)

1º) Alinne Passos (Governo do Estado do Pará) – Belém, PA


TOP 5 Brasil – Região Nordeste – Comunicadores do Serviço Público

5º) Bianca Felippsen (Defensoria Pública Estado do Ceará) – Fortaleza, CE; e Kelly de Castro (Tribunal de Contas do Estado do Ceará) – Fortaleza, CE

4º) Ciro Câmara (Governo do Estado do Ceará) – Fortaleza, CE

3º) Adriana Jacob (Secretaria de Estado da Cultura da Bahia) – Salvador, BA

2º) Ana Cristina Cavalcante (TV Ceará) – Fortaleza, CE

1º) André Curvello (Governo do Estado da Bahia) – Salvador, BA


TOP 5 Brasil – Região Centro-Oeste – Comunicadores do Serviço Público

5º) Juliana Neiva (STJ – Superior Tribunal de Justiça) – Brasília, DF

4º) Cláudio Severo (INSS MS)- Campo Grande, MS

3º) Ana Paula Ergang (AGU – Advocacia Geral da União) – Brasília, DF

2º) Carlos Kuntzel (Tribunal de Justiça MS) – Campo Grande, MS

1º) Ico Victorio (Governo do Estado Mato Grosso do Sul) – Campo Grande, MS


TOP 5 Brasil – Região Sudeste – Comunicadores do Serviço Público

5º) Marília Villas Boas (Hospital Militar) – São Paulo, SP

4º) Emily Gonçalves (Sec. Estado Saúde de São Paulo) – São Paulo, SP

3º) Elisa Andries (Fiocruz) – Rio de Janeiro, RJ

2º) Cleber Mata (Governo do Estado de São Paulo) – São Paulo, SP

1º) Mônica Salomão (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG) – Belo Horizonte, MG


TOP 5 Brasil – Região Sul – Comunicadores do Serviço Público

5º) Alexandre Elmi (Secom do Rio Grande do Sul) – Porto Alegre, RS

4º) Emanuele Nicola (Prefeitura de Bento Gonçalves) – Bento Gonçalves, RS

3º) Andréa Percegona (Governo do Estado do Paraná) – Curitiba, PR

2º) Mônica Santanna (Prefeitura do Município de Curitiba) – Curitiba, PR

1º) Filipi Oliveira (Câmara Municipal de Curitiba) – Curitiba, PR


TOP 5 Brasil – Região Norte – Executivos de Comunicação Corporativa

5º) Silvia Fujioshi (Alcoa) – Juruti, PA

4º) Juliana Carvalho (Imerys) – Barcarena, PA

3º) Elen Neris (Sistema Fiepa) – Belém, PA

2º) Carlos Hubert (Equatorial) – São Luiz, MA

1º) Elena Brito (Norsk Hydro) – Belém, PA


TOP 5 Brasil – Região Nordeste – Executivos de Comunicação Corporativa

5º) Neliza Ferraz (Grupo Aço Cearense) – Fortaleza, CE

4º) Marcelo Gentil (Odebrecht) – Salvador, BA

3º) Isabelle Bento (Banco do Nordeste) – Fortaleza, CE

2º) Clarisse Linhares (Beach Park) – Fortaleza, CE

1º) Mariana Matos (Unimed Fortaleza) – Fortaleza, CE


TOP 5 Brasil – Região Centro-Oeste – Executivos de Comunicação Corporativa

5º) Jorge Duarte (Embrapa) – Brasília, DF

4º) Renata Valenti (Vale) – Corumbá, MS

3º) Maira Garcia (Taquatinga Shopping) – Brasília, DF

2º) Anderson Polarini (Suzano) – Três Lagoas, MS

1º) Bianca Nigres (Energisa) – Campo Grande, MS


TOP 5 Brasil – Região Sudeste – Executivos de Comunicação Corporativa

5º) Fábio Toreta (Sabesp) – São Paulo, SP

4º) Catharina Pires (Bayer / Nutrien) – São Paulo, SP

3º) Cristiano Caporici (Tecnobank) – São Paulo, SP

2º) Pedro Alves (Mastercard) – São Paulo, SP

1º) Pamela Vaiano (99) – São Paulo, SP


TOP 5 Brasil – Região Sul – Executivos de Comunicação Corporativa

5º) Amanda Guedes (Jasmine) – Curitiba, PR

4º) Adriana Lopes Martins (Uninter) – Curitiba, PR

3º) Gerson Silva (Unimed Porto Alegre) – Porto Alegre, RS

2º) Carmem Murara (Grupo Marista) – Curitiba, PR

1º) Eveline Martins (Instituto das Cidades Inteligentes) – Curitiba, PR


TOP 5 Brasil – Região Norte – Agências de Comunicação

5º) Agência Vanguarda.com (Belém, PA)

4º) Planet Comunicação (Marabá, PA)

3º) Gaby Comunicação (Belém, PA)

2º) Três Comunicação e Marketing (Manaus, AM)

1º) Temple Comunicação (Belém, PA)


TOP 5 Brasil – Região Nordeste – Agências de Comunicação

5º) A.T.Com (Salvador, BA)

4º) Capuchino Press (Fortaleza, CE)

3º) Caramelo Comunicação (Fortaleza, CE)

2º) AD2M Engenharia de Comunicação (Fortaleza, CE)

1º) AC Comunicação (Salvador, BA)


TOP 5 Brasil – Agências de Comunicação – Região Centro-Oeste

5º) RE 9 Comunicação (Brasília, DF)

4º) Kasane Comunicação (Goiânia, GO)

3º) DGBB Comunicação & Estratégia (Brasília, DF)

2º) Contexto Mídia (Campo Grande, MS)

1º) In Press Oficina (Brasília, DF)


TOP 5 Brasil – Região Sudeste – Agências de Comunicação

5º) RPMA Comunicação (São Paulo, SP)

4 º) Edelman (São Paulo, SP; Rio de Janeiro, RJ)

3º FleishmanHillard Brasil (São Paulo, SP; Rio de Janeiro, RJ)

2º) Approach Comunicação (São Paulo, SP; Rio de Janeiro, RJ)

1º) FSB Comunicação (Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, SP; Brasília, DF)


TOP 5 Brasil – Região Sul – Agências de Comunicação

5º) Fábrica de Comunicação (Florianópolis, SC)

4º) Enfato Multicomunicação (Porto Alegre, RS)

3º) NQM Comunicação (Curitiba, PR)

2º) Excom Comunicação (Curitiba, PR)

1º) Central Press (Curitiba, PR)


TOP 10 Brasil – Comunicadores do Serviço Público

10º) Karla de Melo (Casa da Moeda) – Rio de Janeiro, RJ

9º) Eduardo Pugnali (Governo do Estado de São Paulo) – São Paulo, SP

8º) Ana Paula Ergang (AGU – Advocacia Geral da União) – Brasília, DF

7º) Beto Pacheco (Paraná Esporte) – Curitiba, PR

6º) Ana Cristina Cavalcante (TV Ceará) – Fortaleza, CE

5º) Adriana Jacob (Secretaria de Estado da Cultura da Bahia) – Salvador, BA

4º) Emily Gonçalves (Sec. Estado Saúde de São Paulo) – São Paulo, SP

3º) Luiz Guilherme Fabrini (Pref. Municipal de Campinas) – Campinas, SP

2º) Filipi Oliveira (Câmara Municipal de Curitiba) – Curitiba, PR

1º) Cleber Mata (Governo do Estado de São Paulo) – São Paulo, SP


TOP 10 Brasil – Executivo de Comunicação Corporativa

10º) Alessandra Fonseca (Norks Hydro) – Rio de Janeiro, RJ

9º) Elisa Prado (Telefônica | Vivo) – São Paulo, SP

8º) Pedro Torres (Gerdau) – São Paulo, SP

7º) Priscilla Cortezze (Volkswagen) – São Bernardo do Campo, SP

6º) Gabriel Didier (Ambev) – São Paulo, SP

5º) Mariana Scalzo (Grupo Boticário) – Curitiba, PR

4º) Helio Muniz (Via Varejo) – São Paulo, SP

3º) Mariana Matos (Unimed Fortaleza) – Fortaleza, CE

2º) Viviane Mansi (Toyota do Brasil) – São Bernardo do Campo, SP

1º) Matheus Lombardi (XP Incorporated) – São Paulo, SP


TOP 10 Brasil – Agências de Comunicação

10º) BCW Brasil (São Paulo, SP)

9º) Edelman (São Paulo, SP; Rio de Janeiro, RJ)

8º) CDN Comunicação (São Paulo, SP; Rio de Janeiro; Brasília, DF)

7º) A.T.Com (Salvador, BA)

6º) Approach Comunicação (São Paulo, SP; Rio de Janeiro, RJ)

5º) AD2M Engenharia de Comunicação (Fortaleza, CE)

4º) In Press Oficina (Brasília, DF)

3º) Central Press (Curitiba, PR)

2º) FSB Comunicação (Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, SP; Brasília, DF)

1º) In Press Porter Novelli (São Paulo, SP; Rio de Janeiro, RJ; Brasília, DF)

Justiça derruba censura contra reportagem da Quatro Rodas

Após recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a Editora Abril conseguiu suspender a liminar que impedia a publicação da reportagem Militec-1 pode ser corrosivo para o motor e não tinha registro na ANP, pela Quatro Rodas. O Agravo de Instrumento foi concedido pelo Desembargador Roberto Portugal Bacellar, e reverteu a decisão anterior concedida pela juíza Beatriz Fruet de Moraes.

A matéria, do editor assistente Henrique Rodriguez, foi publicada em 14/8 e retirada um dia depois, após pedido de tutela antecipada provisória em caráter antecedente determinando a sua suspensão.

O pedido foi feito pela Militec Brasil Importação e Comércio Ltda., representante do produto Militec-1 no Brasil. A liminar suspende a veiculação da matéria até o julgamento final do processo.

A decisão destacou que o inteiro teor da sentença da ANP é público e que “há veracidade nas informações, consubstanciadas na reprodução e transcrições fiéis tanto do relatório de ensaio quanto do conteúdo da sentença administrativa, bem como referência de que a ausência de regular registro perante o órgão público e a conclusão de que a utilização do produto Militec 1 pode acarretar em “corrosão dos motores”. Logo, a princípio, pelo que temos nos autos até o momento, não se trata de “fake news” como alegado pela agravada”.

Abraji vai monitorar bloqueio de jornalistas por autoridades nas redes sociais

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai monitorar durante um ano o bloqueio de jornalistas por autoridades públicas nas redes sociais. A ação, que vai durar até agosto de 2021, visa a buscar formas de impedir que políticos e gestores públicos restrinjam o acesso a postagens em seus perfis.

Segundo o artigo 19 do PL das Fake News, perfis de autoridades e órgãos públicos nas redes sociais são de interesse público e, por isso, não podem restringir o acesso de outras contas a suas publicações.

O presidente Jair Bolsonaro é uma das autoridades que bloqueia e segue bloqueando jornalistas e outros internautas em suas redes sociais. Em maio, a Abraji fez um levantamento sobre contas bloqueadas pelo presidente, e recebeu 28 denúncias. Os motivos para os bloqueios giram em torno de comentários, perguntas ou críticas que vão contra os pensamentos de Bolsonaro.

O monitoramento tem o apoio da Open Society. Para denunciar um bloqueio, basta preencher o formulário e anexar um print da tela que mostre a mensagem de bloqueio. 

Rose Weber derruba censura a reportagem da Crusoé

Rosa Weber

A ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a liminar que determinava que a revista Crusoé ocultasse o nome da deputada Bia Kicis (PSL-DF) na reportagem A coalizão pró-impunidade, que fala sobre articulações no Congresso para barrar a proposta de autorização da prisão em segunda instância.

Em agosto, o magistrado Hilmar Castelo Branco Raposo Filho determinou que a revista retirasse o texto de circulação ou apagasse o nome da congressista, a pedido da deputada. A Crusoé optou por cobrir o nome de Kicis com uma tarja preta. A desembargadora do Distrito Federal Maria Ivatonia Barbosa dos Santos manteve a decisão e argumentou que a matéria continuaria no ar, mesmo após a supressão do nome da parlamentar, e que por isso não se poderia dizer ter havido censura.

Rosa Weber discordou da decisão e declarou que “vedar a publicação de matérias (…) pode gerar indesejável chilling effect (efeito inibidor) na mídia”. Raposo Filho argumentou que não foi possível comprovar que “a matéria questionada tenha seguido os parâmetros éticos da atividade”. A ministra do STF rebateu o argumento, dizendo que, “por essa lógica, se passaria a não mais publicar aquilo que não fosse cabalmente comprovado ou que fosse controvertido ou polêmico, por temor a possíveis represálias aos jornalistas”.

Com informações da Abraji.

Na linha do tempo

José Luiz Schiavoni

Por Ceila Santos

Ceila Santos

Eu o conheci na época que vivi o auge da minha carreira de jornalista. Não fui próxima, não tive vínculo nem soube das peculiaridades que o classificaram como o líder mais votado da pesquisa que realizei em junho deste ano e trouxe também Viviane Mansi entre os 22 citados. Era começo do milênio. Dos altos e imperativos emocionais que vivia dos meus 26 anos sabia apenas que: “O era o cara que tinha feito junto com Ronaldo a virada na hora certa, com a chegada da Microsoft no Brasil”.

Vinte anos depois, em plena pandemia de inverno, descubro que o marco da virada do José Luiz Schiavoni aconteceu antes do vínculo com a Microsoft, pois o impulso que gerou a transformação dos jornalistas de TI em donos da S2 foi a percepção da oportunidade de negócio:

“O Brasil estava numa corrida presidencial entre Collor e Lula. Havia uma possibilidade de abertura comercial do mercado, com Collor ganhando. Recebia muita comunicação de fora do Brasil. Não tinha internet. Montar uma empresa de comunicação corporativa não dava certo porque éramos editores e, se conseguíssemos criar uma agência com propósito jornalístico, talvez, conseguiríamos nos diferenciar do mercado”, conta Zé, quando teve o seu estalo junto com Ronaldo Souza para se tornar empresário.

Sem dúvida, ele é o líder que traz o valor da LINHA DO TEMPO para quem deseja realizar uma Liderança Colaborativa. Um valor que se aprende desde cedo nas universidades, que se baseia na dialética do materialismo de Marx para fundamentar a ação comum, que se esconde na palavra COMUNICAÇÃO. O valor da pesquisa, da experiência, da percepção e da escolha de olhar o passado não só para saudá-lo e discernir do presente, mas, acima de tudo, para compreendê-lo.

“Quem não fundamenta sua ação em compreensão comporta-se como um cavalo cego”, ensina o pensador holandês que pesquiso profundamente desde que iniciei essa jornada: Lex Bos, que citei no primeiro artigo desta coluna, com Leandro Modé.

Novos Tempos

Não foi o valor do tempo que me impressionou no dia em que ouvi Zé por quase quatro horas ainda no coração do meu Brasil, em São Tomás de Aquino. Naquele dia de julho, depois de receber o presente da lucidez e da memória do atual CEO da Weber Shandwick, eu me senti plena e integrada com o valor da consciência econômica. Zé tinha a mesma força que reconheci em Priscilla Naglieri da relação do trabalho com a superação das necessidades econômicas.

Ele trazia no discurso a clareza da função do trabalho como jornalista desde quando ocupou o papel de análise de produtos da revista Somtrês em vez de fazer parte do grupo dos talentosos. Ele não podia fazer parte deste grupo, mas daqueles que precisam de salário para trabalhar na entrega da informação.

Vale esclarecer a contradição que se cria, na frase anterior, entre talento e necessidade para a parte da nossa mente acostumada a julgar o não pelo sim. Há muitos talentos, no Brasil, que vêm integrados com a mochila da necessidade econômica. Zé conta sua trajetória com a sabedoria de quem viveu o pulo da governança, tão cega entre a maioria dos comunicadores que segue a paixão da prática na medida da capacidade do talento sem considerar a régua da necessidade.

Com a calma e a simplicidade de um bom contador de estórias, ele usa as palavras para dar um tom de humildade que fica oculta, sua verdadeira capacidade, e deixa, nas entrelinhas, a consciência adquirida da lição, que eu ainda não aprendi no exercício da escrita.

Zé conta que, na década de 80 do século passado, a revista Somtrês era dividida em duas grandes áreas: análise de músicas, da qual fazia parte o grupo dos talentosos, e análise de equipamentos sonoros, da qual o Zé fazia parte: “Não me julgava capacitado pra fazer o que o grupo dos talentosos fazia: eu te dou disco, você analisa e o pagamento da sua escrita é o próprio disco analisado. Fui trabalhar em análise de equipamentos sonoros, receivers, amplicadores, toca-discos, aparelhos 3 em 1, que pagavam em dinheiro. Assim, fazia uma troca mais justa”.

Escuta do Dono

Saí da escuta da trajetória daquele jornalista − que teve o estalo antes da chegada de Collor, virou o jogo das agências com articulação associativa, foi pioneiro na onda das aquisições globais e tornou-se executivo da organização da qual tinha sido acionista – com uma sensação bem diferente de ouvir um líder que gerencia uma área de comunicação.

Era a primeira vez que ouvia um dono. Antes, sentia apenas a liderança de uma área. Por isso, a sensação de vazio e indignação, que expressei no artigo da Viviane Mansi. Agora, eu conhecia a diferença do jornalista que aprende a ser empresário, escolhe agir associativamente para lidar com a burocracia brasileira, torna-se acionista e vira executivo global. São lugares muito diferentes e eles mudam a tecitura da alma.

O exemplo da virada do Zé impactou a minha coluna social. Entendi o percurso que vivi com Leandro, Nelson e Pedro na busca pelo discurso da governança até chegar na digestão do meu processo pessoal, de aceitar e integrar a jornalista em mim – etapa que só foi possível a partir da escuta das seis mulheres, que ouvi antes do cara que virou manchete do Estadão com a venda da sua agência.

Zé iluminou o tempo da doação que faço ao querer ressignificar o jornalismo no mundo. Adoraria continuar a escuta das histórias de líderes da comunicação, trazer o reconhecimento que todo profissional que atingiu o topo das hierarquias organizacionais merece, mas não há mercado pra isso. É hora de transformar a minha história. Sinto muito, assessorias!

Como diz o generoso Edu: “É preciso criar asas quando o propósito chega ao fim”. Primavera chegou, pandemia ganha novo ano (2019-2021) e anuncio o fim da coluna Liderança Colaborativa na newsletter Jornalistas & Cia.

É um anúncio, não o fim. Fecho o ciclo, em dezembro, com quem comecei: Leandro Modé, seguindo a Teoria U, do Otto Scharmer, que ensina que é hora de voltar aos primeiros stakeholders quando ainda não se vê luz no fim do túnel. Entre Zé e Leandro, entrevistei mais dois donos de agência e, em breve, conversarei com duas mulheres e, assim, fecho meu ciclo de março, que veio ao mundo para celebrar o Dia do Jornalista. Obrigada!

José Luiz Schiavoni
CEO Weber Shandwick
Linha do Tempo dos Papéis

1979 a 1982 – Universitário
Instituição: ECA/USP

1982 a 1989 – Jornalista  
Veículos: Revista Somtrês (1983), Folha de S Paulo (1983 e 1984), revistas Micro&Video, Programação e MSX Micro (Fonte Editorial – 1984 e 1985), jornais MicroMundo e Data News, IDG 1986 a 1989)

1989-2016 – Empresário
Agências: S2, S2 Publicom e Weber Shandwick

2004-2008 – Presidente (2020- Vice-presidente)
Entidade: ABRACOM

2017 – 2020 – Executivo
Agência: Weber Shandwick

Ouvir a trajetória do Zé me fez pensar quanto o tempo contribui para quem é atento a ele. Sua escolha em analisar a tecnologia em vez da cultura no início da sua carreira permitiu-lhe perceber a virada que a abertura do mercado traria com o glamour das TICs. Ele cita muita gente conhecida da sua época de grande imprensa: Jose Eduardo Mendonça, Mauricio Kubruzli, Matinas Suzuki, Alda Campos.Para a virada da S2, no entanto, foi mesmo sua atenção ao negócio, que lhe permitiu reconhecer a fortaleza que tinha se tornado fraqueza da agência. Ele diversificou a clientela na hora certa. Na parceria com Aldo de Luca e Luciana Gurgel, o tempo veio de novo lhe visitar e, depois do acordo entre S2 e Publicom, chegou a hora de ser minoritário. Ele aprendeu o tempo dos acordos: os longos, que o levou a tornar-se executivo global. Vale um livro conhecer a vivência de governança do Zé e o modelo que ele replicou para adquirir a Cappucino, em 2018.

Em novo livro, Amaury Ribeiro Jr. denuncia casos de pedofilia na Amazônia

Amaury Ribeiro Jr. lançou o livro Poderosos pedófilos, que denuncia casos de pedofilia em diferentes regiões da Amazônia nos últimos 20 anos. Em 224 páginas, escreve sobre a impunidade de crimes contra crianças e adolescentes, que acontecem desde 1997 e que, em 2020, seguem acontecendo.

Amaury começou a investigar o tema enquanto trabalhava para O Globo, há mais de 20 anos. A primeira abordagem foi a das chamadas “disneylândias do sexo”, boates-cassino que exploravam crianças e adolescentes no centro de Manaus. Ele e o fotógrafo Sergio Tomisaki fingiram-se de turistas e investigaram os locais. A reportagem causou muita comoção na época, mas Amaury afirma que “o que se vê é que hoje esse assunto já não mobiliza”.

“Eles têm posições de destaque na sociedade. São juízes, delegados, procuradores de Justiça, empresários de sucesso”, destaca a descrição da obra, disponível em versões física e e-book. “Do alto de suas atuações, poderiam estar ajudando diversas pessoas, promovendo o progresso e combatendo bandidos. Mas praticaram um dos mais hediondos crimes: o abuso sexual de menores de idade”.

Com passagens por IstoÉ e Record, Amaury é autor, entre outros, de A privataria tucana (2011) e foi coautor de O lado sujo do futebol (2014).

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