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quarta-feira, outubro 8, 2025

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Congresso Mega Brasil será online, gratuito e distribuído por treze manhãs

Crise traz oportunidade de ampliação de audiência e formato inovador, que inclui sessões matinais, programação complementar e o Crème de la Crème, reunindo o melhor do Congresso

O 23º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégicas Corporativas será inovador e estratégico, como aponta o próprio nome do evento. Marcado inicialmente para os dias 11 e 12 de agosto, no Teatro do CIEE, em São Paulo, ele foi transformado num evento online, gratuito e, ao em vez de uma programação intensiva concentrada em dois dias, terá seu conteúdo distribuído por treze manhãs, entre os dias 10 e 14/8 e 17 e 19 de agosto, com a Programação Oficial; e entre 24 e 28 de agosto, com a Programação Complementar. Sempre no horário de 9h30 às 12 horas. E para que ninguém perca os detalhes do evento, a Mega Brasil, além de colocar a íntegra dos debates e apresentações on demand em seu canal no YouTube, vai preparar o especial Crème de la Crème, com o melhor do Congresso.

As inscrições estão abertas e são gratuitas

Pela primeira vez na história. o Congresso Mega Brasil será gratuito e aberto a todo o mercado. Os participantes terão acesso livre à íntegra da programação, o que inclui mesas de debates, conferências, Arena da Inovação, Fórum do Pensamento e Prêmio Personalidade da Comunicação, além da Programação Complementar. Os participantes também terão direito, nesse caso mediante pagamento, a certificados de participação, acesso on demand a toda a programação do evento e ao especial Crème de la Crème, uma análise profunda de todo o conteúdo, mostrando o que o Congresso apresentou de melhor e mais inovador, pelo olhar de especialistas de grande experiência e reconhecida trajetória na atividade. Para participar da 23ª edição do Congresso Mega Brasil, basta fazer a inscrição clicando aqui.

Uma homenagem diferente a Laurentino Gomes, Personalidade da Comunicação 2020

Também o Prêmio Personalidade da Comunicação, este ano homenageando o jornalista e escritor Laurentino Gomes, autor da trilogia 1808, 1822 e 1889 e que atualmente dedica-se a uma segunda trilogia, sobre Escravidão, vai ganhar um novo formato. No lugar do evento presencial, que aconteceria na noite do primeiro dia do Congresso, haverá uma entrevista com o homenageado, diretamente de sua residência em Itu, sobre sua trajetória pessoal e profissional e a transição do jornalismo para a literatura, atividade que o transformou num dos mais reconhecidos e bem sucedidos escritores da língua portuguesa.

TOP Mega Brasil será em setembro

A sexta edição do TOP Mega Brasil, premiação que distingue as feras da comunicação corporativa, também mudou. Será realizada de forma independente – e não mais na mesma programação do Congresso Mega Brasil – em setembro e, assim como o Congresso, será online.

Outra novidade da premiação é a criação da categoria Comunicadores do Serviço Público, que, a exemplo das duas outras (Executivos de Comunicação Corporativa e Agências de Comunicação), terá premiação nacional (TOP 10) e regional (TOP 5 das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul).

A votação do 1º turno do TOP Mega Brasil, iniciada em fevereiro passado e suspensa em decorrência da crise da Covid-19, será retomada e anunciada nos próximos dias.

Quase 30 organizações associaram-se ao Congresso Mega Brasil

A despeito da crise causada pela pandemia do coronarírus, a edição 2020 do Congresso Mega Brasil acontecerá em formato online e gratuito graças ao apoio de algumas das mais importantes marcas brasileiras. São elas: Vale (patrocinadora master), Ajinomoto, Carrefour, CIEE, Chevrolet (GM), Gerdau, Grupo In Press, Latam, MVR, Nespresso, Samsung, Philip Morris, Roche, Syngenta, Votorantim e Weber Shandwick.

O encontro reúne também o apoio institucional de Aberje, Abracom, ABRH, Cebeds e Sistema Conferp/Conrerp; e o apoio de divulgação de Jornal da Comunicação Corporativa, Rádio/TV Mega Brasil Online, Jornalistas&Cia, Portal dos Jornalistas e I’Max.

Congresso será transmitido pelo canal Mega Brasil no YouTube

A transmissão integral do Congresso será feita pelo canal da Mega Brasil no YouTube, o mesmo que abriga os programas da própria Mega Brasil e que também promoveu os lançamentos virtuais das edições 2020 do Anuário da Comunicação Corporativa e do Prêmio Jatobá PR. O evento será integralmente ancorado pelos jornalistas Marco Antonio Rossi e Eduardo Ribeiro, diretores da Mega Brasil e idealizadores deste evento, que é realizado de forma ininterrupta desde o final dos anos 1990.

Programação oficial é um mergulho profundo no mundo da Comunicação

A programação oficial do Congresso Mega Brasil está sendo mantida na íntegra no novo formato, sobretudo pela contemporaneidade das discussões e reflexões propostas. Ela é integrada pelos seguintes painéis:

1) Prêmio Personalidade da Comunicação 2020, homenageando o jornalista e escritor Laurentino Gomes;

2) Conferência de abertura: Humanismo Comunicação, reputação e valorização do ser humano – O papel do Legislativo na construção de um novo Brasil;

3) Arena da InovaçãoO Humanismo no centro de gravidade;

4) Mesa de debates: A Comunicação Corporativa e os múltiplos canais – quais os critérios na hora de estabelecer estratégias e relevâncias;

5) Mesa de debates: Sustentabilidade – Economia Circular e Reputação nos Negócios, uma receita positiva;

6) Mesa de debates: Empresas Cidadãs – O papel social das marcas e sua relação com as políticas públicas;

7) Mesa de debates: Cultura organizacional – Marca, cultura e reputação em meio às transformações na sociedade e ambiente de negócios;

8) Fórum do Pensamento: Sociedade Líquida, seus encantos e consequências;

9) Conferência: O impacto da Comunicação no Terceiro Setor;

10) Mesa de debates: A Comunicação, o Marketing Digital e os Influenciadores – Do que as empresas procuram e as marcas precisam?;

11) Mesa de debates: Gestão de Crise: Os ensinamentos do Coronavirus – Desafios para a Comunicação diante da pandemia global;

12) Mesa de debates: Diversidade e Inclusão nas empresas – Ganhos e desafios;

13) Mesa de debates: Ideologia – A sociedade polarizada e os impactos no mundo corporativo.

Programação Complementar mostrará a Comunicação sob os efeitos da Covid-19

Efeito da crise, o evento está ganhando também uma Programação Complementar com lideranças da área focada exclusivamente nas soluções de comunicação para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Os temas complementares programados são os seguintes:

14) Como a Comunicação está ajudando as organizações a enfrentar a pandemia;

15) O papel da Comunicação no pós-pandemia e nos desafios do “novo normal”;

16) As lições da pandemia na Comunicação com os Empregados – Legados e desafios;

17) A crise e os propósitos empresariais – Como a Comunicação está contribuindo e influenciando as organizações neste novo momento do capitalismo humanizado;

18) A Covid-19 e o que mudou na vida dos profissionais de Comunicação Corporativa.

Outras informações pelo 11-5576-5600 ou eventos@megabrasil.com.br.

Natalia Cuminale (ex-Veja) lança hub de conteúdo digital sobre saúde

Natalia Cuminale lançará o Guia de obesidade em 18/2

Futuro da Saúde abordará a temática a partir de três plataformas: site com notícias e análises, podcast e Instagram

Estreou nesta segunda-feira (20/7) o Futuro da Saúde, hub de conteúdo digital criado pela jornalista especializada Natalia Cuminale. A plataforma tem como objetivo transformar a relação das pessoas com a informação e a educação em saúde, e nasce em um momento de extrema relevância do tema no âmbito global, em decorrência da pandemia da Covid-19.

O projeto vinha sendo desenvolvido desde setembro do ano passado, quando Natália anunciou sua saída Veja, onde era repórter de Saúde, e contará com informações, análises de notícias e reflexões sobre o universo da saúde em diferentes formatos e linguagem moderna e didática.

Inicialmente, o Futuro da Saúde oferecerá conteúdo em três pilares: um site (www.futurodasaude.com.br) com notas, colunas e análises, divididas nas editorias de Inovação, Saúde Mental e Sua Saúde; uma série quinzenal de podcasts com dez episódios; e um perfil no Instagram (@natcuminale), que já oferece conteúdo de fácil compreensão para o público.

“A pandemia de coronavírus escancarou uma situação que se arrastava na cobertura jornalística: a importância do contexto”, destaca ela. “Nunca foi tão essencial traduzir e tornar acessíveis informações para a sociedade e ainda temos um espaço enorme para conectar a sociedade ao tema, do público geral aos profissionais que lidam diretamente com a saúde. O uso de plataformas sociais para se comunicar com o público faz parte da essência do projeto, uma vez que é justamente nas redes que as pessoas passam a maior parte do tempo e é lá também que consomem conteúdo de qualidade duvidosa”.

Com mais de uma década de atuação na área, Natália foi repórter de saúde da Veja e âncora do programa em vídeo Veja Saúde. Ganhou diversos prêmios ao longo da carreira, entre eles o Prêmio Abril de Jornalismo, o Prêmio de Jornalismo da Associação Brasileira de Psiquiatria, o Prêmio de Jornalismo da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e o Prêmio Especialistas, na categoria Saúde, da revista Negócios da Comunicação. Conta ainda em seu currículo com especializações na Universidade de Harvard (Boston), Mayo Clinic (Jacksonville) e Warwick Business School (Londres).

Site

Contará uma mistura de notícias enxutas e diretas com análises profundas sobre inovações e tendências na área da saúde, reflexões sobre estudos científicos, informações que impactam o dia a dia das pessoas, além de novidades de diversos elos do setor – indústria farmacêutica, hospitais, empresas de diagnóstico, startups, ONGs e institutos etc. O portal trará também colunas mensais de especialistas como o oncologista Fernando Maluf, o psiquiatra Guilherme Polanczyk, a intensivista Mariana Perroni, a empreendedora social Marlene Oliveira, o neurologista Renato Anghinah, a infectologista Rosana Richtmann e o dermatologista Sergio Palma.

Podcasts

O canal trará convidados para debater temas diversos que envolvem a área da saúde. A primeira temporada terá dez episódios de aproximadamente 30 minutos, que serão lançados a cada 15 dias.

Os três primeiros episódios, já disponíveis nas principais plataformas da mídia, como Spotify, Deezer e Apple Music, contam com as participações de Nelson Teich, ex-ministro da Saúde, Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, e o psiquiatra Guilherme Polanczyk.

Instagram

A partir de sua conta (@natcuminale), que se tornou fonte diária de informação confiável durante a pandemia de Covid-19, Natália estreitará o contato com o público com abordagens essenciais para a criação de um conteúdo pensado especificamente para atender a audiência. Os temas são apresentados de forma dinâmica e linguagem moderna, em postagens, lives com personalidades e especialistas, stories e análises mais amplas no IGTV.

CNN Brasil contrata Alexandre Garcia e Sidney Rezende

Sidney Rezende (esq.) e Alexandre Garcia (crédito: CNN Brasil)

A CNN Brasil anunciou nesta segunda-feira (20/7) a contratação de Alexandre Garcia e Sidney Rezende. Eles comandarão um novo quadro da emissora, o CNN – Liberdade de Expressão, que estreia em 27/7 e irá ao ar a partir das 7h, no jornal Novo Dia.

A atração também será exibida em horário alternativo, todos os dias, a partir das 13h, durante o jornal Visão CNN. Garcia e Rezende responderão às perguntas dos âncoras, apresentando análises e opiniões sobre temas atuais.

Alexandre trabalhou por mais de 30 anos na TV Globo, onde foi âncora e comentarista de política em diversos programas na emissora. Hoje referência entre os analistas políticos, ele deixou a TV Globo em 2018. Sidney esteve por 20 anos na CBN e ancorou alguns programas na TV Globo. Hoje, tem intensa atividade nos meios digitais e realiza palestras.

Vale lembrar que os dois têm posições políticas antagônicas.

Mais de quatro mil jornalistas sofreram impactos salariais durante a pandemia, diz Fenaj

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) fez um levantamento sobre os impactos que a pandemia trouxe aos salários dos jornalistas, principalmente no que se refere à MP 936, que, entre outros pontos, possibilita a prorrogação da redução de salário e jornada ou a suspensão do contrato de trabalho. Os dados obtidos indicam que mais de quatro mil jornalistas foram prejudicados com a MP.

Cerca de 3.900 profissionais de imprensa sofreram redução de salário e jornada durante a pandemia; 81 tiveram seus contratos de trabalho suspensos e 205 foram demitidos. O levantamento utilizou dados cedidos pelos sindicatos de jornalistas de Município do Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Ceará, Londrina, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Minas Gerais, Sergipe, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraíba.

A pesquisa analisou acordos individuais de redução de 25% do salário (3.808 jornalistas) e acordos coletivos para redução de 50 a 70% do salário (122 jornalistas) em aproximadamente 11 empresas de todo o País. As bases com maior número de acordos são do Estado de São Paulo e do Município do Rio de Janeiro, com 1.175 e 1.204 jornalistas afetados, respectivamente.

Rafael Mesquita, diretor do Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Fenaj, que participou da elaboração do levantamento, declarou que “os jornalistas foram incluídos entre os profissionais de atividades essenciais. Mas, diferentemente de trabalhadores da linha de frente, que em alguns casos conquistaram, merecidamente, algum tipo de adicional, nós fomos submetidos às medidas que reduzem direitos durante a crise sanitária. Enquanto arriscamos nossas vidas na cobertura noticiosa e nas assessorias de imprensa, somos massacrados pela redução salarial, as suspensões e as demissões”.

Confira o levantamento na íntegra.

Uma lembrança da Abril

Capa da edição nº 1 do Pato Donald (reprodução acervo Guia dos Quadrinhos)

Por José Maria dos Santos

No dia 12 de julho, há 70 anos − uma quarta-feira −, o Pato Donald ia pela primeira vez às bancas, registrando publicamente a Editora Abril. (Anteriormente, Victor Civita havia lançado o herói Raio Vermelho, que não vingou, fazendo do palmípede, para todos os efeitos, o marco inicial da empresa).

Segundo registra o site Guia dos Quadrinhos, era uma revista mensal em tamanho grande − 20 x 28 cm − que custava três cruzeiros, quantia difícil de ser calculada em reais devido à profusão de moedas e de inflações que tivemos de lá para cá. O lançamento, na linha do tempo, sugere ter sido uma temeridade, pois ocorreu a quatro dias da final da Copa do Mundo de 1950 entre Brasil e Uruguai que empolgava todo o País. Quem iria dar atenção para uma revista infantil naquelas circunstâncias, quando o Brasil se preparava para viver um dos seus dias mais gloriosos, que foi tragicamente abortado pelo segundo gol de Gighia?.

Mas Victor Civita, conforme revelou sua trajetória, gostava de arriscar. (Quando lançou 4 Rodas, em 1960, disseram que a revista iria durar três números, porque tínhamos somente três rodovias que mereciam esse nome: Dutra, Anchieta e Anhanguera). Mandou tirar O Pato Donald com 82 mil exemplares. Naquele ano a população brasileira era de 51.944.397 habitantes e São Paulo, por todos os títulos o principal mercado, dada a dificuldade de distribuição, tinha 2.198.096. De início, a publicação era mensal; mas logo se tornaria semanal e assim permaneceria, confirmando o tradicional e posteriormente famoso otimismo do editor. A revista infantil iria ganhar a companhia de Capricho em 1952 e de Manequim, em 1959, construindo o alicerce que faria da Abril a maior editora da América Latina.

Capa da Revista SP (reprodução acervo Cacalo Kfouri)

Certamente, os 70 anos deverão merecer atenção mais aprofundada de Jornalistas&Cia, considerando a importância da data. Por ora, quero adiantar aqui uma curiosidade da casa, relativa, salvo engano, à única revista que a editora produziu deliberadamente para não ser lançada. Foi uma espécie de protótipo, como se verá adiante, batizada internamente como SP, que se tornou seu logotipo. Como o título sugere, era uma publicação destinada à cidade de São Paulo, inspirada na londrina Time Out e no célebre Metropolitan Diary do New York Times.

Essa aventura ocorreu na virada de 1974 para 75. Mestre Paulo Patarra era o chefe da equipe, seguido por Luiz Fernando Mercadante e Eurico Andrade. Depois vinham Hamílton Almeida Filho, eu, Cacalo Kfouri e Luigi Mamprin na fotografia, Carlos Grasseti na arte. Sem esquecer, é claro, a habitual nuvem de jovens estagiários em torno do Ppat, como Patarra era chamado, devido à sua rubrica nas ordens de serviço.

Como convinha a uma publicação com aspirações metropolitanas, a matéria de capa, feita por mim e Hamiltinho, reunia o Zoológico paulistano e as primeiras manifestações apocalípticas da poluição na cidade. A pauta, sua justificativa e a forma de execução, decididas pelo trio de chefes, eram oportunas e brilhantes. A cidade estava conhecendo o fenômeno da inversão térmica, até então inédito aos paulistanos, que, além de comprometer concretamente a qualidade do ar, afetava fisicamente as pessoas. Assisti, no centro da cidade, a cenas dramáticas de pessoas lacrimejando, na verdade derrubando lágrimas à vista de todos, e a consequente corrida às farmácias para comprar colírios e remédios contra asma ou bronquite, que estariam na capa dos jornais na manhã seguinte. Como contraponto, o prestígio do Parque Zoológico, que permanece, estava no auge, era o xodó da cidade., particularmente o formigueiro montado pelo diretor Mário Autuori. Juntava gente, à semelhança da Mona Lisa no Museu do Louvre.

Também havia o fã-clube de um orangotango que se postava numa espécie de plataforma à meia altura, no seu recinto, estendendo a mão suplicantemente à frente, como se pedisse esmola, para as pessoas atirarem comida. Quando um dos zeladores fazia soar seu apito de repressão, o orangotango descia agilmente do seu posto, pegava areia do chão e lhe atirava. (Autuori é autor do mais convicente argumento que ouvi para demover o público de oferecer guloseimas aos animais: “Nos fins de semana, o Zoológico recebe cerca de 10 mil pessoas. Se cada uma der uma pipoca ao macaco, não há estômago de macaco, e o resto,que aguente”.).

Luigi Mamprim, encarregado de providenciar a fotografia que resumisse os dois temas, surgiu com a foto de um macaco-prego, ou bugio, não tenho certeza, portando uma máscara contra gases; o primata apontava aquele filtro em forma de focinho respirante para os leitores. Ficamos todos encantados, e curiosos, em saber como Luigi conseguira prender o equipamento em bicho tão irrequieto. Ele nos fitou com desprezo e alguma comiseração: “Arrumei uma máscara, fui no Museu da USP e coloquei num macaco embalsamado”.

Após o fechamento, a revista seguiu rotineiramente  para a gráfica. Mas o processo de impressão foi interrompido na boca da rotativa, como se diz no jargão dos gráficos. Foram processadas apenas as provas em ciano, que é uma espécie de checagem antes de se iniciar a impressão definitiva. (Essas provas são em azul ciano, porque é a melhor coloração para identificar problemas na imagem). Paulo Patarra informou que “Seu” Victor havia mandado guardar as provas no cofre da editora e nada mais foi dito.

Daquela experiência, que durou alguns meses, guardo uma lembrança sarcasticamente original. Numa certa tarde, Carlos Grasseti, ou algum assistente dele, estabeleceu um título com a exígua medida de duas linhas com até quatro toques para uma matéria que Hamiltinho estava fechando. Hamiltinho atendeu com a rapidez da sua aflição. Assim:

Cu

Cu

(Quem já fechou matéria nessas condições sabe o tormento que Hamiltinho tinha pela frente.)

Em 1983 ocorreu o lançamento de Veja São Paulo, a Vejinha. Até hoje suspeito que o Projeto SP foi uma espécie de ensaio.

José Maria dos Santos

Esta é novamente uma colaboração de José Maria dos Santos, ex-Diários Associados, Manchete, Abril e Diário do Comércio, de São Paulo, entre outros.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

Morre José Paulo de Andrade, ícone do radiojornalismo brasileiro

Morreu nesta sexta-feira (17/7), em São Paulo, o jornalista e radialista José Paulo de Andrade, aos 78 anos, vítima de Covid-19. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 7/7 por causa da doença. Deixa mulher e dois filhos.

Uma grande referência no radiojornalismo brasileiro, José Paulo iniciou sua carreira como radioescuta do plantão esportivo da Rádio América, de São Paulo. Trabalhou também como narrador esportivo em 1963. Dez anos mais tarde, estreou na Rádio Bandeirantes, onde ficou conhecido por apresentar o programa O Pulo do Gato. Ele trabalhou na emissora por 57 anos.

Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, José Paulo participou de debates políticos na televisão, foi âncora de telejornais como Titulares da Notícia, Jornal de São Paulo, Rede Cidade, Band Cidade e Entrevista Coletiva, e interpretou Don Diego/Zorro em As Aventuras do Zorro, em 1969, na TV Bandeirantes.

Em nota, o Grupo Bandeirantes lamentou a morte do apresentador: “Com uma voz firme, amplo conhecimento político-econômico, são-paulino fanático e um dos maiores formadores de opinião do Brasil, José Paulo tinha um coração gigante e um caráter ímpar. Com 57 anos de Rádio Bandeirantes, José Paulo de Andrade deixará um legado indiscutível, um vazio enorme e muitas saudades”.

Com informações do G1.

Renata Mendonça é a nova comentarista esportiva da Globo

Renata Mendonça (Foto: Arquivo pessoal / GloboEsporte)

O Grupo Globo anunciou em 16/7 a contratação de Renata Mendonça, que passa a integrar a equipe de comentaristas da emissora. Ela é cofundadora do site Dibradoras, que visa a dar mais visibilidade para as mulheres nos esportes.

Renata foi convidada do Redação SporTV em diversas ocasiões, e agora estará presente nos demais programas da Globo e em transmissões de jogos. Antes, ela trabalhou em ESPN Brasil e BBC.

Com informações do GloboEsporte.

Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ) será gratuito pela primeira vez

O Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ, em inglês), promovido pelo Centro Knight de Jornalismo, será realizado em formato totalmente online e gratuito, pela primeira vez em sua história. Criado em 1999, o evento discute o impacto da revolução digital no Jornalismo, promovendo uma aproximação entre Academia e o mercado de notícias.

O ISOJ 2020 ocorrerá ao longo da próxima semana, de 20 a 24 de julho, diferentemente dos anos anteriores, nos quais durava apenas dois dias. O evento será em inglês e terá tradução simultânea para o espanhol. Para inscrever-se e ver a programação completa acesse o site.

O coronavírus e os veículos de comunicação – XIX

Abracom define protocolos de retomada para agências

A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) anunciou em 9/7 os protocolos de retomada para a reocupação dos escritórios de suas agências associadas. A orientação geral é de que a retomada seja lenta, gradual e baseada em etapas progressivas, com medidas constantes de higienização, espaçamento entre mesas e escalonamento de equipes e horários.

Segundo a entidade, ainda na primeira semana das medidas restritivas, 91% dos trabalhadores do setor já estavam em home office, chegando a 100% do efetivo na semana seguinte. “Com uso intensivo de tecnologia, organização do fluxo de trabalho e engajamento das equipes, as agências associadas Abracom mostraram capacidade de manter seus profissionais protegidos do contágio no ambiente de trabalho ou em atividades profissionais”, destacou a associação em nota.

Pesquisa realizada em 2 e 3/7 apontou que 36% das empresas pretendem reocupar seus escritórios somente após a liberação geral das atividades econômicas nas cidades onde estão situadas. Em 18,4% dos casos, o intuito é retomar já a partir de 1º/8, enquanto 17,3% marcaram o retorno para setembro, 13,3% para outubro, e 10,7% não pretendem reocupar as estações de trabalho antes de 2021. Juntas, as associadas empregam mais 15 mil profissionais em todo o País.

Confira no Portal dos Jornalistas as orientações emitidas pela entidade.

E mais…

A Latam Intersect PR está fazendo uma pesquisa para tentar entender como jornalistas e profissionais de comunicação enfrentam a crise da Covid-19. Segundo a agência, as respostas serão anônimas. O questionário está no link A imprensa e o impacto da Covid-19.

O projeto Bora Testar, criado pelas agências Outdoor Social, Alchemy Strategy e Latam Intersect PR, vai levar testes de Covid-19 para favelas de todo o País. A primeira fase da campanha atenderá a oito comunidades em São Paulo e Rio de Janeiro.

As equipes que aplicarão os testes serão formadas por profissionais de saúde e moradores locais que portarão termômetros e oxímetros. É possível fazer doações em qualquer valor acima de R$ 10 na plataforma de arrecadação do projeto.

Mauro Teixeira

Mauro Teixeira, que dirige as áreas de comunicação financeira e advocacy da LLYC e que se tem dedicado em especial à gestão de reputação para situações de recuperação judicial das companhias, sobretudo por causa da gravidade da pandemia, publicou artigo sobre o tema no Linkedin. Interessados podem conferir a íntegra aqui.

Internacional

LLYC identifica desafios-chave dos CMOs na pandemia

A consultoria LLYC está divulgando seu novo levantamento que mostra a nova realidade que os profissionais de marketing e suas organizações enfrentam após a irrupção da Covid-19. Realizado no período de 21/5 a 5/6, com a participação dos responsáveis pelo marketing de empresas líderes em dez mercados (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal, Panamá, Peru e República Dominicana), o estudo teve como objetivo identificar os desafios-chave dos CMOs. Os principais são:

A maioria das empresas participantes optou por promover publicidade, ofertas e promoções em seus próprios canais e mídias digitais e de terceiros. As relações públicas tiveram sua prioridade aumentada e o marketing de influenciadores foi mantido. As demais ações publicitárias foram contidas ou paralisadas, buscando priorizar aquelas com uma relação mais positiva entre o lucro por venda e seu custo direto, a fim de cuidar da saúde financeira e do fluxo de caixa.

A experiência geral do consumidor e o aumento da segurança e da confiança em todas e cada uma de suas fases torna-se um desafio-chave para CMOs das organizações. Fortalecer o atendimento ao cliente e apostar em certificações de segurança e qualidade são as ações de maior prioridade para superar esse desafio.

O surgimento da crise da saúde reforçou ainda mais a aposta por uma empresa com propósito. Entre os propósitos mais proeminentes, estão: a preocupação com a segurança pessoal, a convivência e a sensibilidade em relação ao respeito e aos cuidados com os idosos – grupo populacional que mais sofreu com a pandemia.

A pandemia vivida é percebida pelo CMO e suas organizações como um catalisador para o desenvolvimento e promoção de uma cultura empresarial mais colaborativa entre as áreas, com agilidade na detecção e superação de desafios e focada na experiência e comunicação com o cliente.

O relatório completo pode ser baixado por aqui.

Outras iniciativas

Pesquisa evidencia a precarização do trabalho de jornalistas na pandemia

Os resultados da pesquisa Como trabalham os comunicadores em tempos de pandemia da Covid-19?, realizada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da ECA-USP, indicam que a crise aumentou a insegurança dos profissionais. O levantamento contou com a colaboração de 557 participantes de todo o País, sendo um de Portugal, que responderam de maneira remota, entre 5 e 30 de abril, o questionário formulado pelo grupo científico.

O estudo mostra que a situação de precarização do trabalho, em especial dos jornalistas, agravou-se e tornou-se ainda mais evidente com as condições impostas pela Covid-19. Entre os resultados que despontaram estão o aumento da jornada de trabalho e a intensificação da atividade, com uso de equipamentos dos próprios trabalhadores, que ainda têm de cuidar da manutenção e assumir os custos dessa infraestrutura, muitas vezes montada em virtude justamente da situação gerada pelo novo coronavírus.

“A pandemia da Covid-19 encontra o setor da comunicação em profunda crise, com um quadro bastante dramático para o mundo do trabalho dos comunicadores: demissões, contratos precários, rebaixamento salarial, densificação do trabalho, todo tipo de estresse, além do quadro de incertezas sobre o futuro”, diz Roseli Figaro, coordenadora do CPCT.

Outras questões que emergiram foram a utilização elevada das plataformas e aplicativos no processo produtivo para a organização, o controle da gestão do trabalho, da rotina laboral (que acaba dividida, com muitas dificuldades, entre os cuidados com a casa e os filhos) e do fluxo de informação.

A desilusão com o futuro fica bastante evidente nos depoimentos dados pelos profissionais. Aparecem a incerteza e a preocupação com a manutenção dos trabalhos, de se contaminarem e transmitirem o vírus à família, além do receio dos serviços de saúde públicos e privados não darem conta de tratar dos pacientes infectados e, pior, o temor de morrerem em virtude da Covid-19.

Morre a fotógrafa Vânia Toledo, referência na área de Cultura

Vânia Toledo (Crédito: Tiago Queiroz / Estadão)

Morreu nesta quinta-feira (16/7), aos 75 anos, em São Paulo, a fotógrafa Vânia Toledo. Ela estava internada no hospital Santa Casa e teve complicações por causa de uma infecção urinária.

Vânia é referência em fotografia sobre cultura e artes em geral, tendo sido uma das primeiras a registrar a vida noturna paulistana. Nascida em Paracatu (MG), em 1945, foi para São Paulo em 1961 cursar Ciências Sociais na USP. Trabalhou em veículos de imprensa nacionais e internacionais, como Vogue, Claudia, Veja, IstoÉ, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, Interview, Time e Life.

Entre os diversos trabalhos ao longo de sua carreira, destaca-se o registro da passagem do autor espanhol Fernando Arrabal por São Paulo, na época da montagem de Cemitério de Automóveis (1968), além de importantes encenações como O Balcão (1969), Macunaíma (1978), Hair (1968), Fala baixo senão eu grito (1969), O arquiteto e o imperador da Assíria (1970), Beijo no Asfalto (1970), Seu tipo inesquecível (1970), Os rapazes da banda (1971), Alícia que delícia (1977), Doce Deleite (1981), O Mistério de Irmã Vap (1988) e A vida é sonho (1991). Produziu também capas de livros, discos e calendários.

Com informações do Estadão.

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