Menos de um ano após sua saída para a CNN Brasil, Reinaldo Gottino está de volta à Record, reassumindo o comando do Balanço Geral SP. A data da reestreia, porém, ainda não está definida.
Pela CNN, Gottino apresentou os programas CNN Novo Dia e CNN 360º. Ele substituirá a Geraldo Luís, que assumiu o Balanço Geral SP após o próprio Gottino ir para a CNN Brasil, mas foi afastado por causa do coronavírus.
A Record TV confirmou para junho a estreia do JR Entrevista, programa multiplataforma transmitido diretamente de Brasília, que terá entrevistas com personalidades do mundo político. A atração irá ao ar das 22h às 23h, com estreia prevista para 10 de junho.
O programa será conduzido pelos próprios repórteres da emissora em Brasília, dois ou três por edição. Dependendo do convidado e do andamento da entrevista, haverá a participação de apresentadores titulares ou reservas do Jornal da Record. Portanto, não terá necessariamente a figura do âncora. O JR Entrevista será transmitido no canal Record News e no portal R7.
No texto O Livreiro, Monteiro Lobato nos ensina que “os ignorantes dão de ombros, porque é próprio da ignorância sentir-se feliz em si mesma”. E, ressalta ele, “a ignorância se perpetua e se perpetua”.
Eis a razão desse meu nariz de cera todo. Já senti algumas vezes à flor da pele o pavor de tamanhas estupidezes. Certo dia um empresário da cidade onde comecei no batente do jornalismo ameaçou-me por telefone sem sequer disfarçar a voz: “Você fica aí fazendo essas perguntas ‘descabidas’; vai embora para São Paulo aprender a ser repórter”. E eu fui, é claro.
Até pelo fato de nesses lugares o despotismo ser muito pior. Comenta-se que por aquelas bandas ainda quase todas “autoridades” frequentam as mesmas quermesses e colunas sociais.
Noutro “causo”, o saudoso cantor e compositor Belchior estava na cidade, para duas noites de show num final de semana. Apaixonado por música, entrevistei-o para uma FM local. Na segunda-feira, o diretor da emissora me chamou à sala dele para, raivosamente, me inquerir: “Como você ousa ir ao ar com um ‘artistazinho’ desses?”. Triste, não é? Parece que esse tal diretor seguiu fazendo a mesma coisa naquele antro de “jabás” e “permutas”. É, sim! Porque muitas vezes a “notícia” naquilo que eles dizem ser um veículo de comunicação vale um quilo de carne no açougue da esquina mais próxima. É submundo das almas mesmo.
Meu pai morreu quando tinha 48 anos. Era assistente social e lecionava Latim e Português. Da nossa curta convivência ficou cravada em mim uma frase dele solta no ar ante a minha percepção infantil: “Uma única palavra pode custar vidas, meu filho”.
E é exatamente o que está acontecendo no Planeta Terra. Nossos “líderes” são tiranos, “dinheiristas”, descarados e desalmados que seguem versando mal as palavras, populistas que dão aos fatos a versão que bem entendem e, o pior, exterminam assim toda a gente de bem. São ignorantes profissionais.
Relutei a escrever estas linhas, mas o fiz para não cair em desalento – “o pior dos sentimentos”, segundo Madre Teresa de Calcutá.
Então, meus caros colegas, para a frente e para cima! Não se intimidem. A ignorância, assim como a vaidade dos políticos, é a mãe de todas as violências.
Parafraseando o mestre Pasquale Cipro Neto: “É isso!”.
Paulo de Tarso Porrelli
A história desta semana é novamente uma colaboração de Paulo de Tarso Porrelli (tarsoporrelli@outlook.com), escritor e jornalista há quatro décadas, com trabalhos em rádios, TVs, comunicação corporativa e produção cultural.
Morreu nesta sexta-feira (29/5), em São Paulo, o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein, aos 63 anos, vítima de um câncer no pâncreas, que teve metástase no fígado, descoberto em 2019. Era responsável pelo site Catraca Livre.
Dimenstein formou-se pela Faculdade Cásper Líbero e iniciou a carreira em 1977, na revista Shalon, da comunidade judaica no Brasil. Trabalhou em diversos veículos, como Folha de S.Paulo, onde foi diretor e correspondente internacional; rádio CBN, como comentarista; O Globo; Jornal do Brasil; Correio Braziliense; Última Hora; e as revistas Educação, Visão e Veja.
Ganhou dois Prêmios Esso de Jornalismo: o primeiro em 1988, na categoria Principal, com a reportagem A lista da fisiologia; e o segundo no ano seguinte, na categoria Informação Política, com a reportagem O grande golpe. Também ganhou dois Líbero Badaró de Imprensa e um Jabuti de Melhor Livro de Não-Ficção, com a obra O cidadão de papel, em 1993
Com as empresas preparando-se para voltar ao trabalho de forma presencial, o Grupo Printer Comunicação lança o e-book Comunicação para o Retorno. São orientações para garantir a eficácia da comunicação com os diversos públicos, internos e externos. O conteúdo foi desenvolvido com base na expertise da agência e na análise das tendências de mercado referentes à comunicação corporativa, sobretudo neste cenário de pandemia, adoção de home office e até suspensão das atividades em alguns setores da economia. Confira!
A agência também realiza pesquisa para, a partir do período de isolamento social, saber como a comunicação corporativa está estruturada e se as empresas promoveram inovações para incrementar o diálogo com seus diversos públicos durante a pandemia. Para participar, acesse.
A FAS Advogados e o ProXXIma fazem nesta quinta-feira (28/5) uma live sobre o papel da Comunicação em meio à pandemia do coronavírus, com o objetivo de discutir e entender os novos desafios que o contexto atual traz e qual deve ser o posicionamento de marcas e agências, além de apresentar as tendências de mercado durante a pandemia. Inscreva-se!
Internacionais
A Fenaj convida para a premiação Espírito Indomável, organizada pela All-China Journalists Association (ACJA). A iniciativa busca microvídeos e fotografias que mostrem o cenário na luta contra a pandemia da Covid-19.
O autor da produção vitoriosa e a entidade organizadora mais ativa ganharão uma viagem à China. Interessados devem enviar as produções até 31/5 para fenaj@fenaj.org.br. Os microvídeos deverão estar em formato MP4, em versão horizontal ou vertical, e ter até um minuto, preferencialmente. As fotos devem estar em formato JPG, com uma breve descrição em inglês.
O projeto parte de uma parceria feita pela Fenaj, entre 2018 e 2019, ingressando na Plataforma de Cooperação de Jornalistas da Rota da Seda. A estrutura possibilita organizar a troca de informações e as atividades de intercâmbio. O concurso foi proposto para cooperar com o site da CRI − Rádio Intercontinental da China. (Veja+)
A plataforma de jornalismo colaborativo Host Writer criou uma ferramenta específica para a cobertura da pandemia. Denominada Covid-19 Collaboration Wire, busca a união de repórteres e editores de mais de 150 países, formando uma rede de geração de trabalho e conteúdo jornalístico sobre o tema.
Criada com apoio da nextMedia.Hamburg e do European Journalism Centre, a ferramenta não requer que editores e publishers tenham cadastro no Host Writer. Basta acessar editors.hostwriter.org e preencher o formulário que aparecer. A partir daí é possível fazer uma busca autônoma ou indicar o tipo de reportagem de interesse, em qual país e a quantia que está disposto a pagar.
Para repórteres, é necessário ter conta ativa no Host Writer. O cadastro é gratuito e dá acesso a uma rede de mais de cinco mil jornalistas. Mais informações pelo wire@hostwriter.org. (Com informações do Portal Imprensa)
Outras iniciativas
A Aberje promove na próxima segunda-feira (1º/6), das 18h30 às 19h30,o debate virtual Direitos individuais em tempos de pandemia, que discutirá o desrespeito à quarentena e ao isolamento social por pessoas que não acreditam nas orientações médicas no contexto atual. Para debater o assunto, o evento terá a participação de Renan Janine Ribeiro, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e membro do Conselheiro Consultivo da Aberje. O evento será realizado na plataforma Zoom.
A agência de fact-checkingLupa fez uma parceria com a plataforma Redes Cordiais para compartilhar conteúdo em vídeo com influenciadores digitais. O objetivo é esclarecer sobre as fake news que rondam a Covid-19 e o novo coronavírus. Os influenciadores têm milhões de seguidores em seus canais no Instagram e, assim, transformam-se em importante arma contra a desinformação.
O vírus versus nós
A partir desta edição, reproduziremos charges sobre a Covid-19 publicadas na exposição O vírus versus nós, em cartaz no site da Associação dos Cartunistas do Brasil. A primeira é de Fernandes, chargista do Diário do Grande ABC.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pediu a suspensão duas peças publicitárias da campanha A Gente Banca, do banco Santander, por depreciar jornais e bancas. Segundo a entidade, os vídeos divulgados na TV e nas redes sociais apresentam informações cuja veracidade precisa ser comprovada, além de irem contra o código de conduta do Conar.
As propagandas continham os dizeres como “nos últimos anos, mais gente comprava jornal para catar sujeira de bicho de estimação do que para ler” e “ninguém mais compra jornal em banca, todo mundo lê notícia pelo celular”. Segundo o Conar, tais peças apresentam potencial depreciativo, num período de aumento da audiência dos meios de comunicação.
A conselheira relatora Adriana Pinheiro Machado declarou que “é inegável constatar que, pelo menos, em duas peças – o filme intitulado A gente banca-manicure e o de nome A gente banca-assistência técnica – há a necessidade de se demonstrar a veracidade das informações apresentadas como fatos”. Marcelo Rech, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), disse há duas semanas, em entrevista a J&Cia, que os anúncios são “desinformação evidente, uma campanha depreciativa aos jornais, tanto na estética como no roteiro. Não entendemos a razão desse ataque ao defender o banco”.
O Santander declarou que retirou tais trechos do ar após receber diversas críticas, mesmo antes da ação do Conar. Em nota, o banco escreveu que “o projeto foi criado para oferecer aos donos de bancas de jornais “assessoramento, capacitação e apoio financeiro para fortalecer a sua atividade principal, nas cidades onde a legislação local permite a sua aplicação”.
Como último capítulo desta série sobre os impactos do coronavírus na imprensa esportiva, não poderia deixar de abordar o setor televisivo de esportes, que mudou drasticamente com a pandemia. A partir do momento em que os campeonatos foram suspensos, as tevês do País tiveram que revisar todo o seu conteúdo esportivo, uma vez que jogos e análise de resultados, que lhes davam muita audiência, não aconteciam. Consequentemente, uma queda no número de telespectadores foi inevitável.
Os espaços dos jogos foram substituídos por conteúdo produzido à distância, como lives, debates e especiais, mas talvez um dos diferenciais da TV esportiva neste momento seja o uso de reprises de jogos históricos, clássicos, conquista de títulos, entre outros. Sobre o assunto, J&Cia conversou com Renato Ribeiro, diretor de conteúdo do Esporte da Globo, que contou como foi esse processo de reformulação de conteúdo na emissora.
Renato Ribeiro (Crédito: Reprodução / TV Globo)
Em primeiro lugar, ele destacou que a equipe segue trabalhando na redação, mas com um número reduzido de pessoas, e tomando os devidos cuidados para evitar o contágio. A maior parte dos profissionais está em home office. Além disso, segundo ele, cerca de 80 profissionais foram cedidos a outras editorias para reforçar a cobertura do coronavírus: “Desde o início da pandemia, a Globo adotou medidas voltadas para a segurança de seus funcionários e isso, claro, incluiu a equipe do Esporte. Apesar de as competições esportivas estarem suspensas, mantivemos nosso compromisso de levar a emoção do esporte aos fãs de diferentes modalidades”.
Renato também explicou que alguns programas, como o Redação SporTV e o Seleção SporTV, passaram a ser produzidos de forma remota, com os apresentadores em suas casas e convidados entrando por vídeo. Já outras atrações, como o Bem, amigos e o Troca de Passes, seguem com equipes presenciais muito enxutas, trazendo as últimas notícias sobre esportes na atualidade.
No que se refere ao uso de reprises no horário de jogos, explica que, “graças ao nosso extenso acervo e a acordos firmados com diferentes entidades esportivas internacionais, estamos investindo em reprises de momentos históricos do esporte, seja em Copas do Mundo, Jogos Olímpicos e em outras competições importantes. Acreditamos que a história do esporte está repleta de exemplos de superação que podem ser inspiradores neste momento tão difícil”. Ele citou a Faixa Especial do SporTV, atração criada especialmente para esse período, que exibe jogos históricos com narrações e comentários inéditos. Já na TV aberta, a Globo segue investindo em conquistas da Seleção Brasileira de Futebol, corridas marcantes do ídolo de Fórmula1 Ayrton Senna e, mais recentemente, em conquistas relevantes dos times nacionais. No próximo fim de semana (domingo, 31/5), será exibida a conquista da Libertadores pelo Palmeiras contra o Deportivo Calli (Colômbia), em 1999. A audiência, segundo Ribeiro, tem sido alta: “Os resultados de audiência, engajamento e repercussão têm sido bastante positivos”.
No Globoesporte.com, ele explicou que o foco é na interação com o público, com quizzes, jogos de memória e enquetes históricas: “Foram criados também dois programas para o Digital: o Caioba Game Show, um talk show de Caio Ribeiro com jogadores e ex-jogadores, exibido ao vivo; e o GE Divide Tela, com entrevistas remotas”.
Outro projeto da Globo foi o FC: Futebol em Casa, torneio de PES 2020 (jogo de futebol virtual) entre jogadores de times brasileiros. O evento teve uma cobertura semanal do programa Globo Esporte e contou com os comentários do youtuber Muuh Pro. A final ocorre no domingo (31/5). O projeto foi realizado com o objetivo de, nas palavras de Renato Ribeiro, “reaproximar ídolos do futebol e torcedores”. É possível destacar também que o campeonato evidencia a alta nos e-Sports e no universo dos games como um todo durante a pandemia.
Para finalizar, Renato Ribeiro disse que a emissora está atenta à retomada dos eventos esportivos. Em 9/5, o UFC Combate, canal da Globo voltado a lutas, transmitiu o UFC 249. Vale lembrar que o campeonato alemão retornou em 16/5, e o Globoesporte.com está cobrindo os jogos e analisando os resultados.
O ditado “não há nada tão ruim que não possa piorar” aplica-se bem ao terremoto que sacudiu o Reino Unido nos últimos dias. A crise política disparada pela revelação de que Dominic Cummings, o principal assessor do primeiro-ministro Boris Johnson, quebrou as duras regras de isolamento social impostas desde março no país acirrou ainda mais a tensão entre Governo e imprensa. E a condução do caso não tem sido exatamente um exemplo de gestão de crises.
Cummings é um eficiente estrategista, responsável pelo sucesso da campanha do Brexit e por bloquear as tentativas da oposição de impedir a saída do país da União Europeia, levando Boris Johnson a uma esmagadora vitória nas eleições gerais de 2019. Ao mesmo tempo, conquistou desafetos na política por seu estilo outsider e ascendência sobre o primeiro-ministro sem ser parlamentar eleito, algo atípico na Grã-Bretanha. E esnoba solenemente a imprensa, sendo apontado como o mentor de iniciativas de bloqueio do acesso de jornalistas que cobrem o Governo.
O risco de não colecionar amigos cobrou seu preço quando The Guardian e Daily Mirror denunciaram na noite de 21/5 uma viagem do assessor a Durham, distante 260 milhas de Londres, para visitar os pais idosos junto com a mulher − jornalista do The Spectator − e o filho. Era um momento em que ninguém podia viajar, nem visitar parentes. Para piorar, ambos estavam com sintomas do vírus.
Passos incertos na crise − O episódio deixou o Governo sob artilharia pesada, obrigado a fazer as escolhas complexas que se apresentam em crises. Deixar o caso esfriar sozinho? Jogar o assessor ao mar? Organizar uma saída honrosa? Pedir desculpas e tentar o perdão do povo?
Quem milita em comunicação sabe que gestão de crises não é ciência exata. Mas há experiências demonstrando o que pode ou não dar certo.
A história mostra que esperar um escândalo evaporar por conta própria é arriscado. Ainda mais em um tema sensível por envolver saúde pública, famílias separadas por meses, gente que perdeu parentes para a doença. No entanto, foi o que o Governo tentou primeiro, sem sucesso.
Passou então à defesa incondicional do assessor pelo primeiro-ministro, que se expôs em um pronunciamento formal na TV na noite de domingo garantindo a permanência de Cummings no cargo. Manobra discutível, que acabou arrastando o líder do país para o epicentro da indignação, pelo desrespeito de um poderoso às regras que valiam para todos.
Transparência é recomendável nessas horas, dizem os manuais. Seja com defesa fundamentada, ou admitindo-se as falhas e assumindo compromisso de correção. Não foi o que aconteceu.
A coletiva que Cummings deu em 24/5 virou um tiro pela culatra. Foram 70 minutos de sabatina diante dos principais jornalistas do país, transmitida ao vivo, com o assessor solitário usando argumentos frágeis para justificar o motivo de ter quebrado o isolamento social.
E o principal risco assumido foi não usar aquela palavrinha mágica: “desculpe”. O resultado foi um massacre, com uma avalanche de posts nas redes sociais e capas dos jornais salientando justamente a falta de arrependimento.
Para não dizer que isso é coisa de jornalista implicante, vale observar o que pensa o povo. Uma pesquisa do Instituto YouGov apontou que 59% da população acham que ele deve renunciar, e apenas 27% pensam que deve ficar. E 57% acham que a imprensa foi muito justa ou justa, contra 33% que acham que foi injusta ou muito injusta.
Declaração de guerra − Mas quando a notícia é ruim, mate-se o mensageiro. O relacionamento com a mídia, que já não andava bem, piorou após a declaração do Governo de que não perderia tempo respondendo ao que classificou de campaigning newspapers. E que a culpa de a população estar enraivecida era da imprensa.
A postura motivou uma reação da Society of Editors, que enviou uma carta de protesto ao Governo, instando-o a responder a todos os veículos, mesmo os que considere hostis.
Independentemente do que aconteça com Cummings, o episódio proporciona reflexões sobre práticas de administração de crises. E mostra que equilíbrio em vez de combate na relação com a imprensa, mesmo quando a notícia não agrada, tem mais chances de funcionar. Além de ser melhor para a sociedade.
A TV Globo anunciou nesta quarta-feira (27/5) que não renovará o contrato de Zeca Camargo, que deixa a emissora após 24 anos de casa. Em nota, a emissora informou que a decisão foi em comum acordo e que “continuará de portas abertas para possíveis projetos, em todas as plataformas”.
Zeca chegou à Globo em 1996, como apresentador e coordenador de novos projetos do Fantástico. No programa, fez entrevistas com artistas internacionais como Paul McCartney, Mick Jagger, Madonna e Lady Gaga, além de reportagens e séries especiais sobre viagens. Em 2013, ingressou o setor de Entretenimento e comandou o Video Show. Era desde 2015 um dos apresentadores do É de Casa.
Morreu nesta quarta-feira (27/5) no Rio de Janeiro, aos 91 anos, o jornalista, escritor e advogado Murilo Melo Filho, vítima de falência múltipla de órgãos. O sepultamento será no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual era membro.
Em nota, o presidente da ABL Marco Lucchesi escreveu que Murilo “foi um dos grandes jornalistas brasileiros da segunda metade do século XX. Acompanhou de perto a política nacional, a construção de Brasília e a Guerra do Vietnã. Conheceu inúmeros chefes de Estado, a quem dedicou páginas antológicas, dos mais variados espectros políticos. Foi também um acadêmico exemplar, assíduo, com a disposição de emprestar seu talento aos mais diversos cargos e serviços na Academia. Guardo a imagem de um homem bom, de uma alta sensibilidade humana, voltada sobretudo para os mais vulneráveis e desprovidos. Um momento de tristeza”.
Nascido em Natal, Murilo iniciou a carreira aos 12 anos no Diário de Natal. Aos 18, foi para o Rio de Janeiro e ingressou no Correio da Noite. Trabalhou em Tribuna da Imprensa, O Estado de S. Paulo e Manchete. Formou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro. Entre seus trabalhos jornalísticos destacam-se as coberturas de viagens internacionais dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart, Ernesto Geisel e José Sarney; e as coberturas da Guerra do Vietnã e da Guerra do Camboja. Foi o sexto ocupante da Cadeira nº 20 da ABL.