Crédito: Portal Imprensa / Montagem com foto de Bruno Santos/Folhapress, foto Divulgação/TV Cultura e foto de Elisa de Paula
Em live realizada em 29/5, o Portal Imprensa anunciou as profissionais homenageadas no Troféu Mulher Imprensa 2020: Patrícia Campos Mello (Folha de S.Paulo) e Vera Magalhães (TV Cultura). Elas receberam o prêmio especial de Contribuição ao Jornalismo, que valoriza o trabalho da homenageada no que se refere ao desenvolvimento da comunicação no País.
Elas foram homenageadas por seus trabalhos de apuração e denúncia, servindo como inspiração para a profissão de jornalista, embora tenham sofrido diversos ataques nas redes sociais. Na live, Sinval de Itacarambi Leão, diretor do Portal Imprensa, conversou com ambas e afirmou que, “este ano, o prêmio tem uma aura muito especial. As profissionais homenageadas são experientes e respeitadas. Elas são uma inspiração para toda uma geração e, infelizmente, são exemplos de ataques que mulheres jornalistas estão sofrendo no exercício de sua profissão”.
Vão até 18/6 as inscrições para o Prêmio Alltech de Jornalismo 2020, iniciativa da empresa Alltech e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que valoriza reportagens sobre agronegócio. Em sua quinta edição, os vencedores serão anunciados em 13/8.
Os vencedores das duas categorias, Agricultura e Criação e Nutrição Animal, ganharão como prêmio a participação no ONE: Simpósio de Ideias Alltech, evento realizado em maio de 2021, em Kentucky, nos Estados Unidos, que terá palestras, festivais e visitas técnicas locais.
É possível inscrever até cinco trabalhos publicados em veículos brasileiros entre 26 de março de 2019 e 18 de junho de 2020. Inscreva-se!
A Agência Pública lançou nesta segunda-feira (1/6) uma ferramenta que disponibiliza em um só lugar todos os pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro enviados à Câmara dos Deputados. Os leitores têm acesso à integra dos pedidos, resumos de cada proposta e entrevistas exclusivas com alguns autores, como Joice Hasselmann, Gleisi Hoffmann, Renan Santos do MBL e Ciro Gomes.
O objetivo do projeto é facilitar o acesso aos pedidos que chegam ao Congresso e que nem sempre são facilmente acessíveis à população. Na ferramenta, eles são divididos por tema − no caso, qual é a justificativa para a abertura do processo de impeachment. O mais recorrente é a acusação de interferência na Polícia Federal por parte de Bolsonaro. Outros temas são, entre outros, apologia à ditadura militar, presença em manifestações antidemocráticas, ataques à imprensa e a postura diante da pandemia do coronavírus.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) está fazendo desde 28/5 um monitoramento sobre profissionais de imprensa que tenham sido bloqueados por agentes públicos nas redes sociais. Interessados em participar da pesquisa podem responder a um formulário, relatando algumas informações, como quais autoridades ou agentes públicos decidiram bloqueá-los, anexando também um print da tela com a mensagem de bloqueio.
O objetivo da iniciativa é mapear esses casos e estimular o debate sobre a legalidade dessas ações, uma vez que perfis de autoridades públicas nas redes sociais tornaram-se meios para divulgar decisões oficiais.
Natália Neris, coordenadora do InternatLab, explicou que existem diferentes interpretações para o bloqueio: de um lado, perfis de agentes públicos são, assim como os de cidadãos comuns, privados e pessoais. Porém, por tratar-se de um lugar onde informações oficiais são publicadas, o bloqueio poderia ser classificado como um ato que fere a liberdade de expressão e visa a impedir o direito de acesso à informação: “Por serem contas que são utilizadas, em geral, para anunciar políticas públicas e medidas governamentais, até se poderia considerá-las de interesse público. (…) O que todos os casos parecem revelar é que o uso de contas em redes sociais por autoridades políticas no Brasil possui caráter informativo de atos governamentais diversos. Privar cidadãos de seu acesso pode impedir uma arena pública mais plural e diversa, já que oculta informações e possibilidades de debates abertos. Isso certamente relativizaria a ideia de ‘minha conta, minhas regras’ para esses atores em específico”.
Vale lembrar que essa não foi a única demissão recente na Jovem Pan. Antes, rescindiu o contrato do comentarista Marco Antônio Villa, e o apresentador Edgard Picoli pediu para sair. Em contrapartida, a rádio contratou Guilherme Fiuza.
Segundo o site Teleguiado, fala-se no mercado que é muito difícil que um diretor de Jornalismo agrade a Tutinha, presidente da Jovem Pan.
Após aprovação em assembleia virtual deliberativa em 23/5, entrará em vigor na próxima segunda-feira (1º/6) o plano de redução de salários e jornadas dos jornalistas da Folha de S.Paulo, em decorrência dos impactos financeiros causados pela pandemia da Covid-19.
Segundo o acordo, que se estenderá até 31/8, os jornalistas sofrerão redução proporcional de jornada e salário em até 25%. Dentre as contrapartidas, a empresa garantiu a manutenção dos empregos dos signatários até o final do ano. A redução não afetará os valores referentes a férias e 13º salário, ou os salários de profissionais em licença-maternidade.
Apesar terem aprovado o acordo, os profissionais divulgaram nota em que criticam a “posição pouco conciliadora adotada pela empresa durante o processo de negociação”.
Confira a nota na íntegra:
“No último dia 23, em assembleia interestadual, os jornalistas dos jornais Folha de S.Paulo e Agora aprovaram, por maioria, a proposta da empresa de corte de 25% de jornada e salários enviada no dia anterior.
Registramos, no entanto, que discordamos de maneira coletiva da posição pouco conciliadora adotada pela empresa durante o processo de negociação.
Destacamos que foi formado um grupo de funcionários e membros do sindicato para acompanhar a implantação do corte de jornada da equipe, zelando por práticas justas.
Manteremos o espírito crítico e plural com que fazemos da Folha o que ela é.
Menos de um ano após sua saída para a CNN Brasil, Reinaldo Gottino está de volta à Record, reassumindo o comando do Balanço Geral SP. A data da reestreia, porém, ainda não está definida.
Pela CNN, Gottino apresentou os programas CNN Novo Dia e CNN 360º. Ele substituirá a Geraldo Luís, que assumiu o Balanço Geral SP após o próprio Gottino ir para a CNN Brasil, mas foi afastado por causa do coronavírus.
A Record TV confirmou para junho a estreia do JR Entrevista, programa multiplataforma transmitido diretamente de Brasília, que terá entrevistas com personalidades do mundo político. A atração irá ao ar das 22h às 23h, com estreia prevista para 10 de junho.
O programa será conduzido pelos próprios repórteres da emissora em Brasília, dois ou três por edição. Dependendo do convidado e do andamento da entrevista, haverá a participação de apresentadores titulares ou reservas do Jornal da Record. Portanto, não terá necessariamente a figura do âncora. O JR Entrevista será transmitido no canal Record News e no portal R7.
No texto O Livreiro, Monteiro Lobato nos ensina que “os ignorantes dão de ombros, porque é próprio da ignorância sentir-se feliz em si mesma”. E, ressalta ele, “a ignorância se perpetua e se perpetua”.
Eis a razão desse meu nariz de cera todo. Já senti algumas vezes à flor da pele o pavor de tamanhas estupidezes. Certo dia um empresário da cidade onde comecei no batente do jornalismo ameaçou-me por telefone sem sequer disfarçar a voz: “Você fica aí fazendo essas perguntas ‘descabidas’; vai embora para São Paulo aprender a ser repórter”. E eu fui, é claro.
Até pelo fato de nesses lugares o despotismo ser muito pior. Comenta-se que por aquelas bandas ainda quase todas “autoridades” frequentam as mesmas quermesses e colunas sociais.
Noutro “causo”, o saudoso cantor e compositor Belchior estava na cidade, para duas noites de show num final de semana. Apaixonado por música, entrevistei-o para uma FM local. Na segunda-feira, o diretor da emissora me chamou à sala dele para, raivosamente, me inquerir: “Como você ousa ir ao ar com um ‘artistazinho’ desses?”. Triste, não é? Parece que esse tal diretor seguiu fazendo a mesma coisa naquele antro de “jabás” e “permutas”. É, sim! Porque muitas vezes a “notícia” naquilo que eles dizem ser um veículo de comunicação vale um quilo de carne no açougue da esquina mais próxima. É submundo das almas mesmo.
Meu pai morreu quando tinha 48 anos. Era assistente social e lecionava Latim e Português. Da nossa curta convivência ficou cravada em mim uma frase dele solta no ar ante a minha percepção infantil: “Uma única palavra pode custar vidas, meu filho”.
E é exatamente o que está acontecendo no Planeta Terra. Nossos “líderes” são tiranos, “dinheiristas”, descarados e desalmados que seguem versando mal as palavras, populistas que dão aos fatos a versão que bem entendem e, o pior, exterminam assim toda a gente de bem. São ignorantes profissionais.
Relutei a escrever estas linhas, mas o fiz para não cair em desalento – “o pior dos sentimentos”, segundo Madre Teresa de Calcutá.
Então, meus caros colegas, para a frente e para cima! Não se intimidem. A ignorância, assim como a vaidade dos políticos, é a mãe de todas as violências.
Parafraseando o mestre Pasquale Cipro Neto: “É isso!”.
Paulo de Tarso Porrelli
A história desta semana é novamente uma colaboração de Paulo de Tarso Porrelli (tarsoporrelli@outlook.com), escritor e jornalista há quatro décadas, com trabalhos em rádios, TVs, comunicação corporativa e produção cultural.
Morreu nesta sexta-feira (29/5), em São Paulo, o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein, aos 63 anos, vítima de um câncer no pâncreas, que teve metástase no fígado, descoberto em 2019. Era responsável pelo site Catraca Livre.
Dimenstein formou-se pela Faculdade Cásper Líbero e iniciou a carreira em 1977, na revista Shalon, da comunidade judaica no Brasil. Trabalhou em diversos veículos, como Folha de S.Paulo, onde foi diretor e correspondente internacional; rádio CBN, como comentarista; O Globo; Jornal do Brasil; Correio Braziliense; Última Hora; e as revistas Educação, Visão e Veja.
Ganhou dois Prêmios Esso de Jornalismo: o primeiro em 1988, na categoria Principal, com a reportagem A lista da fisiologia; e o segundo no ano seguinte, na categoria Informação Política, com a reportagem O grande golpe. Também ganhou dois Líbero Badaró de Imprensa e um Jabuti de Melhor Livro de Não-Ficção, com a obra O cidadão de papel, em 1993