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O Globo reformula e amplia sua equipe de colunistas

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro

Nessa segunda-feira (1/2), O Globo estreou novo painel de colunistas, movimentando os nomes tradicionais e acrescentado alguns. Segue a tendência, presente no mundo, de que os impressos, principalmente os diários, sejam veículos de opinião e interpretação dos fatos. As hot news estão na web, com múltiplas fontes, para onde, um dia, vão migrar todas as notícias.

Um dos objetivos do Globo, com essa mudança, é expandir sua base de assinantes – o que chama de nacionalização da marca –, por saber que 66% da audiência do site vêm de fora do Rio de Janeiro. São Paulo sozinho responde por 27%, enquanto cresce a participação de estados como Minas Gerais e Paraná. Entre as novas assinaturas digitais, em 2020, 54% vieram de outros estados. Para tanto, o jornal investe em diversidade, amplia o espaço ocupado por mulheres, negros e jovens, e procura assim dialogar com seu público espalhado pelo País.

Desta forma, a versão impressa passa por uma reorganização. Na ordem em que as editorias aparecem no jornal, temos a coluna de opinião na página 2, que continua com Merval Pereira, às terças, quintas e domingos; e o revezamento de Fernando Gabeira, Vera Magalhães e Carlos Alberto Sardenberg nos outros dias.

A página 3, toda de opinião, tem os novos Malu Gaspar;os publicitários Washington Olivetto e Marcelo Serpa; Pablo Ortellado, filósofo; Irapuã Santana, advogado com experiência na mídia; Edu Lyra, empreendedor social. E mantém Roberto DaMatta, Miguel de Almeida, Demétrio Magnoli, Eduardo Affonso, Carlos Andreazza, Zuenir Ventura, Bernardo Mello Franco, Elio Gaspari, Pedro Doria, Flávia Oliveira, Eurípedes Alcântara e Dorrit Harazim.

Em País, permanecem Lauro Jardim, aos domingos no impresso e durante a semana no site; Ascânio Seleme e Fernando Henrique Cardoso. Em Sociedade, Antônio Gois, como convém em tempos de pandemia, acompanhado pelos cientistas Margareth Dalcolmo, Roberto Lent e Natalia Pasternak.

Na Rio, a coluna de Ancelmo Gois ganha versão impressa especial aos sábados, com novas seções. Nos outros dias, em regime de 24/7, está no site.

Na Economia, Míriam Leitão passa também às terças, quintas e domingos. Nos demais dias da semana, alternam-se a economista Zeina Latif, o pesquisador Carlos Góes, o professor Cláudio Ferraz, a especialista no setor público Vilma Pinto, Fabio Giambiagi e Rogério Furquim Werneck.

Em Mundo, Esportes e Revista Ela, não houve acréscimos. Continuam Guga Chacra e Marcelo Ninio em Mundo; Carlos Eduardo Mansur, André Kouri, Martín Fernandez e Marcelo Barreto nos Esportes; e Martha Medeiros, Bruno Astuto e a ativista Luana Génot no Ela.

O segundo caderno recebe Luís Fernando Veríssimo, Nelson Motta e Cacá Diegues, que antes escreviam em Opinião. E mantém Patrícia Kogut diariamente, Arthur Xexéo, Cora Rónai, Joaquim Ferreira dos Santos, Ruth de Aquino, Leo Aversa, Martha Batalha, Ana Paula Lisboa e José Eduardo Agualusa.

Tino Marcos deixa a TV Globo

Após 35 anos, o repórter esportivo Tino Marcos anunciou nesta terça-feira (2/2) sua saída da TV Globo. O anúncio foi comunicado nas redes sociais pelo jornalista, e confirmado em seguida pela emissora, que destacou os momentos mais relevantes da trajetória do profissional em uma grande matéria publicada no GE.

“Aos 58 anos, Tino Marcos decidiu que essa história chegou ao fim. Fosse jogador de futebol, o desejo dele seria parar ainda no auge, depois de conquistar um grande título. Assim fará com a reportagem. Oito Copas do Mundo. Seis Olimpíadas. Incontáveis transmissões e reportagens. Viagens pelo mundo todo. A sensação do dever cumprido e o desejo de se dedicar mais à família nortearam a decisão”, destacou a reportagem.

Nova direção do Grupo RAC recusa-se a pagar salários atrasados, denuncia Sindicato

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo publicou um comunicado relatando a difícil situação vivida pelos profissionais que integravam a equipe do Correio Popular, de Campinas, e a decisão do Grupo RAC, que edita a publicação, de não pagar os atrasados aos profissionais.

Entenda o caso

Mergulhado em dívidas – principalmente trabalhistas –, o Correio vem enfrentando seguidas greves de jornalistas por atraso nos pagamentos. Em alguns casos, a dívida já supera 20 salários.

Ítalo Barioni

Em 18 de janeiro, dia em que teria início uma nova greve, a direção do grupo anunciou a troca no seu comando. O nome escolhido foi o do empresário Ítalo Hamilton Barioni, do Grupo Contém, tido como um especialista em recuperação de empresas. Apesar da mudança, Sylvino de Godoy Neto, que presidia do Grupo, permaneceu como presidente do Conselho Editorial.

Vale lembrar que ele já estava licenciado da Presidência da RAC desde que teve seu nome envolvido em investigação do Ministério Público sobre um escândalo no Hospital Municipal Ouro Verde, na qual chegou a ter a prisão decretada.

Comunicado

Confira a íntegra do comunicado emitido pela Diretoria do Sindicato dos Jornalistas:

A direção do Correio Popular comunicou ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, nesta quinta-feira, 28 de janeiro, que a empresa não vai pagar nenhuma quantia referente aos atrasados que, para alguns profissionais, já supera 20 salários. À noite, os jornalistas, em seu 11º dia de greve contra o atraso nos salários, realizaram assembleia e decidiram manter o seu movimento.

A situação dos 30 jornalistas agrava-se dia a dia, diante da criminosa indiferença da empresa: o último pagamento, de apenas 1/8 do valor do salário, foi feito em 8 de janeiro, e vários profissionais não têm dinheiro sequer para pagar as contas básicas, como alimentação e moradia.

A empresa havia levantado a perspectiva de um acordo. Em reunião com o Sindicato em 18 de janeiro, o administrador da RAC (Rede Anhanguera de Comunicação, que publica o jornal), Ítalo Barioni, apresentou uma proposta para resolver os débitos trabalhistas acumulados com os jornalistas em greve e os ex-funcionários da empresa. Por ela, um prédio do grupo no centro de Campinas seria oferecido para leilão judicial, destinando-se o resultado à quitação das dívidas trabalhistas.

Os jornalistas haviam aceitado avançar na negociação de um acordo, desde que a empresa pagasse ao menos dois salários atrasados para que a greve fosse encerrada. Os donos da empresa (acionistas), como se sabe em Campinas, têm patrimônio pessoal que permite atender a essa demanda – demanda parcial e até modesta, considerando-se que são os grandes responsáveis pela catástrofe que se abate sobre dezenas e dezenas de profissionais e suas famílias. Onze dias depois, a empresa comunica sua resposta negativa ao pagamento de qualquer quantia.

Neste período, apunhalou os grevistas, montando uma redação para furar a greve. A nova redação iniciou sua atividade no primeiro dia de paralisação, 18 de janeiro, tocando o jornal desde então. A nova administração começa sua gestão violando a lei, pois, pelo parágrafo único do artigo 7º da lei 7.783, “é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos (…)”. A legitimidade da greve é incontestável por qualquer pessoa dotada de um mínimo senso de Justiça, pois a empresa não paga os salários de seus funcionários. E as pessoas agora amealhadas para furar a greve já vêm ainda mais precarizadas, pois sequer se fala em contratá-las. Já se promete, desde logo, a fraude ao vínculo trabalhista de futuros funcionários.

Se falta alerta, este Sindicato avisa aos jornalistas que, neste momento, trabalham na redação fura-greve que elabora o Correio Popular, que estão violando abertamente o Código de Ética da profissão, além da solidariedade de classe com colegas em luta contra o não-pagamento de seus salários. Tal postura só auxilia a empresa a prosseguir no embuste que mantém há anos, abusando de profissionais que, a despeito de seu compromisso diário com o trabalho jornalístico, veem suas vidas serem tragadas pelo pesadelo do atraso crônico no pagamento de seus salários.

A assembleia dos jornalistas, nesta quinta (28), decidiu manter seu movimento, sua reivindicação – pagamento de todos os salários, 13ºs e depósitos de FGTS atrasados – e denunciar para a sociedade a vilania da forma de agir da direção e dos donos do Correio Popular, que fogem de sua obrigação social de pagar salários e recrutam gente de forma precária para montar uma equipe fura-greve.

Nesta sexta-feira (29), o Sindicato comunicou também ao Ministério Público do Trabalho as medidas antissindicais da empresa contra o legítimo direito de greve de seus trabalhadores. Em ação coletiva iniciada pelo Sindicato em dezembro de 2020 para cobrar o pagamento dos salários atrasados, a Justiça decidiu de forma liminar, também nesta sexta (29), arrestar os bens da empresa que possam garantir a quitação dos débitos.

Sem ética não há jornalismo! Sem jornalismo quem perde é a sociedade e o direito à informação, que tem de ser garantido a todos os cidadãos.

Morre Antonio Carlos Godoy

Antonio Carlos Godoy

Morreu nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, em decorrência de leucemia, Antonio Carlos Godoy, profissional que foi por muitos anos da grande imprensa, tendo atuado por um período na Economia do Estadão, onde foi editor. Depois que deixou as redações, incorporou-se ao time da Printec, agência de comunicação dirigida pela esposa, Vanessa Giacometti Godoy.

Godoy teve também seu lado militante, ocupando uma das diretorias do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, às vésperas da democratização do País, entre 1983 e 1985, na gestão de Gabriel Romeiro. Ali esteve ao lado de nomes como Joelmir Beting, Luís Nassif, Juarez Soares, Sérgio Sister, Vicente Alessi, filho, Fátima Turci e Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal dos Jornalistas. O velório foi realizado com a presença praticamente só da família no Memorial Crematório de Embu das Artes, entre 15h e 17h, horário marcado para a cremação.

33º Troféu HQMIX abre inscrições

Estão abertas as inscrições para a 33ª edição do Troféu HQMIX, que valoriza as principais produções na área de quadrinhos em 34 categorias. Neste ano, uma delas será especial: Projeto Especial de Pandemia, que vai premiar a melhor ação feita para enfrentar um ano atípico e problemático como foi 2020.

O período de inscrições teve início em 30/1, Dia do Quadrinho Nacional, em homenagem à publicação de As aventuras de Nhô Quim (30/1/1869), do desenhista Angelo Agostini, na Revista Vida Fluminense.

Podem ser inscritas obras publicadas entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2020. A inscrição de cada item custa R$ 10 e pode ser feita tanto pelo autor como pela editora. As inscrições vão até 10 de março.

Assédio, ameaças e mortes por Covid: o drama na tevê estatal do Amazonas

Não bastasse terem que lidar com o trauma da cobertura dos casos de Covid-19 e a falta de equipamentos e leitos no Estado, funcionários e colaboradores da TV Encontro das Águas, antiga TV Cultura do Amazonas, vêm sofrendo com casos de assédio moral, ameaças e falta de condições de segurança no ambiente de trabalho.

O caso resultou em uma ação do Sindicato dos Jornalistas do AM junto aos Ministérios Públicos do Trabalho e do Estado, que solicitou a intermediação dos órgãos.

O principal alvo da ação é Oswaldo Lopes Filho, diretor-presidente da Fundação Rádio e Televisão Encontro das Águas (Funtea). Dentre as denúncias contra o executivo, estão uma série de casos de assédio moral, perseguição e ameaça a funcionários.

Diretor-presidente da Funtea, Oswaldo Lopes é alvo de acusações por parte de funcionários

Em um dos casos, um colaborador chegou a registrar boletim de ocorrência para tentar frear as reações e ameaças exageradas do gestor.

No caso mais recente, Lopes ameaçou não assinar a folha de pagamento de janeiro após os funcionários solicitarem à direção uma escala de trabalho mais racional em decorrência da pandemia.

O pedido foi uma resposta à explosão dos casos de coronavírus entre funcionários da estatal, que já registrou três mortes em 2021.

A primeira morte foi em 8 de janeiro, do motorista Jânio Cruz, que também já havia perdido mãe e esposa. Na última quinta-feira (28/1) morreram o repórter cinematográfico Antônio Freire Toga, de 67 anos, e Denison Marinho Diniz, de 56 anos, que integrava a equipe de operações da emissora.

Vale destacar que o próprio Oswaldo está travando batalha contra a doença e, segundo denunciaram alguns funcionários, mesmo contaminado seguia comparecendo ao local de trabalho e participando de reuniões em locais fechados.

Outra ação movida na justiça por funcionários informa que “as instalações da TV e Rádio Encontro das Águas se transformaram em verdadeiro foco do novo coronavírus nessa segunda onda da pandemia em Manaus”.

Procurada, a direção da Funtea não respondeu ao contato até o fechamento desta nota.

Casa do Jornalista é homenageada em canção de artista mineiro e faz sucesso no Spotify

Haroldo Bontempo (Foto: Elias Sadala)

Uma canção do músico e compositor Haroldo Bontempo em homenagem à Casa do Jornalista, sede do Sindicato dos Jornalistas de Minas, tornou-se um grande sucesso de execução no streaming Spotify. A música faz parte do primeiro álbum solo do autor, Músicas para Travessia, e desde março de 2020 já foi tocada mais de 133 mil vezes.

Na Casa do Jornalista foi selecionada entre clássicos do gênero em uma playlist oficial de Bossa Nova do Spotify, resultando nesse número espetacular de ouvintes”, explica Haroldo. Ele conta que compôs a música em homenagem à série de encontros realizada entre 2016 e 2017 no espaço cultural da Casa do Jornalista pelo coletivo de artistas Geração Perdida. “Na Casa do Jornalista é uma homenagem a esses eventos, abordando músicas tristes para trabalhar a tristeza através da música”, diz.

O local sempre esteve aberto a movimentos sociais, outros sindicatos e à sociedade em geral, para encontros e atividades diversas, tudo isso de maneira gratuita. Haroldo contou sobre sua admiração pelo espaço, “pois é aberto para a diversidade cultural, abrangente e sem panelinha”.

Centro Knight lança curso sobre desinformação em tempos de Covid

Centro Knight lança curso sobre desinformação em tempos de Covid
Centro Knight

O Centro Knight realiza de 15 de fevereiro a 14 de março o curso Desinformação e fact-checking em tempos de Covid-19 na América Latina e no Caribe. Cristina Tardáguila, diretora adjunta da International Fact-Checking Network (IFCN) e fundadora da Agência Lupa, ministrará as aulas de forma online e gratuita.

O programa será dividido em quatro módulos semanais, que abordam as origens de fact-checking no jornalismo e as ferramentas necessárias para desmascarar informações falsas ou enganosas que oferecem perigo durante a pandemia. Inscreva-se!

Documentário da BBC mostra violência policial no Brasil

A BBC News, em parceria com a BBC Brasil, estreia nesta sexta-feira (29/1), às 19h30, o documentário Do Black Lives Matter in Brazil?, projeto multiplataforma que conta as histórias de três mães brasileiras que perderam seus filhos adolescentes para a brutalidade policial durante a pandemia.

A versão em português, A Vida dos negros importa no Brasil?, um pouco diferente, já está disponível no canal da BBC Brasil no YouTube. O filme começou a ser realizado em agosto. A ideia foi de Claire Press, jornalista sênior na BBC News, e a equipe responsável pela produção é composta por Ligia Guimarães, editora da BBC Brasil, Samira Bueno e Isadora Brant, esta responsável pela filmagem.

O projeto, baseado em dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), contou com o apoio de Melissa Cannabrava, coordenadora do Voz das Comunidades, nas gravações do Rio de Janeiro, e de Bruno Itan, fotógrafo e morador do Complexo do Alemão, entrevistado no filme.

Exame relança publicação especial para CEOs

Crédito: Revista Exame

A Exame relançou, com patrocínio da Salesforce Brasil, a publicação Exame CEO, criada originalmente em 2008. Ela terá distribuição exclusiva para três mil CEOs e diretores de grandes companhias brasileiras. Anteriormente, tinha três edições por ano, mas neste relançamento serão quatro: em fevereiro, abril, julho e outubro.

A revista tem a ambição de discutir temas relevantes da atualidade, com o objetivo de gerar insights para executivos de alta gestão, responsáveis pela tomada das decisões mais estratégicas nas empresas. A primeira edição da vai se aprofundar no tema da transformação digital. Em abril, abordará o chamado novo capitalismo. Em julho, o tema será propósito. E, em outubro, falará sobre igualdade de oportunidades.

Ernesto Yoshida, editor responsável pela Exame CEO, disse a este Portal dos Jornalistas que “a essência da revista não mudou, mas neste relançamento estamos abrindo espaço também para matérias que possam interessar ao CEO não somente como ‘pessoa jurídica’, mas também como ‘pessoa física’. Haverá um espaço na revista para dicas sobre cultura, moda, entretenimento e bem-estar. Contaremos também com muitos artigos de pensadores, acadêmicos e consultores, que poderão escrever sobre temas em que são especialistas”.

No que se refere à equipe da publicação, Ernesto divide o trabalho de edição com Ivan Padilla, editor de Casual da Exame, que vai cuidar mais da parte de “pessoa física”, ou seja, de matérias sobre cultura, entretenimento, bem-estar, entre outras. Ernesto contou que não haverá um grupo fixo de redatores e repórteres, mas toda a equipe editorial da revista Exame vai colaborar, dependendo do tema de cada edição. Além disso, a Exame CEO ganhou um novo projeto visual, elaborado pela diretora de arte Carolina Gehlen.

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