A prisão da jornalista australiana Cheng Lei na China, que veio a público nesta segunda-feira (8/2), mostra que o país segue sendo o pior carcereiro do mundo para jornalistas, segundo levantamentos publicados no final do ano passado por Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Cheng vinha sendo mantida desde agosto sob “vigilância residencial em local designado”, que poderia durar até seis meses sem acusação formal. Agora, autoridades chinesas declararam que ela é acusada de fornecer ou tentar fornecer ilegalmente segredos do Estado a uma organização ou indivíduo estrangeiro.
O caso mostra que a tensão diplomática entre China e Austrália atinge também o jornalismo. O governo australiano manifestou descontentamento com o ocorrido e preocupação com o bem-estar e condições de detenção de Cheng Lei.
Além disso, em 9/2, o magnata de mídia Jimmy Lai, de 73 anos, dono de um patrimônio superior a US$ 1 bilhão, teve o pedido de fiança negado por um tribunal de Hong Kong. Crítico feroz do governo chinês, ele foi preso em agosto do ano passado, libertado sobre fiança e preso novamente em dezembro. A decisão é apoiada na nova lei de segurança nacional introduzida pela China em Hong Kong a fim de sufocar os protestos. Outro caso que mostra a repressão a jornalistas no país.
Estreou nessa segunda-feira (8/2) o documentário Sergio Moro: a construção de um juiz acima da lei. Projeto comandado pelo site GGN, de Luis Nassif, em parceria com o repórter Marcelo Auler, o documentário denuncia uma série de violações a direitos e garantias constitucionais que acompanharam o magistrado ao longo de sua trajetória.
Ao longo de 74 minutos, o vídeo expõe alguns dos métodos usados pelo ex-juiz, considerados heterodoxos, a partir do depoimento de personagens que acompanharam alguns de seus casos de perto.
O posicionamento de Moro é colocado em xeque, principalmente em função dos julgamentos do ex-presidente Lula, mas também em outros casos considerados polêmicos, como as investigações do Escândalo do Banestado, no Paraná.
O documentário é fruto de uma campanha de financiamento coletivo que o GGN lançou no Catarse em meados de 2020. O material colhido ao longo de meses de apuração será publicado a partir deste mês em formato de texto nos sites do GGN e Blog do Marcelo Auler. Para marcar o lançamento, Nassif e Auler participaram de uma live, às 20h, no canal da TV GGN no Youtube.
O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês) está homenageando mais de 50 jornalistas, em cinco idiomas, por reportagens publicadas sobre a Covid-19. Os trabalhos escolhidos foram destacados por abordar a pandemia a partir de três frentes: Ciência e Saúde; Transparência, Crime e Corrupção; e Desigualdade, Negócios e Economia.
Na categoria destinada a trabalhos produzidos em português, todos os trabalhos reconhecidos são brasileiros.
Todos os homenageados integram o Fórum de Relato de Crise de Saúde Global do ICFJ, iniciativa que conecta especialistas e jornalistas que cobrem a crise, favorecendo a troca de recursos entre os membros. O júri da premiação selecionou os vencedores entre 672 inscrições e os avaliou com base no rigor do relatório, no uso de dados e multimídia e na narrativa geral. Os jornalistas vencedores receberão prêmios em dinheiro.
“Este concurso de reportagem nos mostrou a amplitude da cobertura que os jornalistas da rede do ICFJ estão oferecendo às suas comunidades sobre a pandemia, uma crise que afetou a todos nós”, destacou Stella Roque, diretora de Envolvimento da Comunidade do ICFJ. “Apesar da desinformação, do declínio da receita da redação e até mesmo de ataques a jornalistas, repórteres de todo o mundo estão fornecendo informações precisas e que salvam vidas no Covid-19. Parabenizamos nossos vencedores por sua excelente cobertura”.
Sandra Azedo retorna à David após um ano na AlmapBBDO / Crédito: Ricardo Barcellos
A David, rede de agências de publicidade do Grupo WPP, anunciou o retorno de Sandra Azedo como Global PR Director. Na nova função, terá a responsabilidade de trabalhar a área de relações públicas e comunicação da rede em todos os seus escritórios: São Paulo, Buenos Aires, Bogotá, Miami e Madri.
Esta é a segunda passagem dela pela agência. De 2011 a 2020, na época pelo Grupo Ogilvy, atuou como diretora de Comunicação das agências David e Ogilvy. Nesta nova fase, ficará baseada no escritório de Miami, respondendo diretamente ao sócio e fundador Fernando Musa, ao sócio e CCO Pancho Cassis e à CCO Global Sylvia Panico.
“É uma honra para mim poder retornar à David, agência da qual participei do lançamento, em 2011, e que hoje se tornou uma das mais marcas mais reconhecidas do mundo pelo excelente trabalho de criação e efetividade”, destaca Sandra. “Trata-se de um novo desafio internacional, até então inédito na minha carreira, que me enche de orgulho e alegria”.
Com passagens anteriores pelas agências AlmapBBDO, onde atuou no último ano como Head de PR, e Africa, a executiva também teve destacada carreira em redações. Foi por nove anos editora de Mídia & Marketing da Gazeta Mercantil, e passou por Folha de S.Paulo e algumas revistas da Editoria Abril.
A Atelier de Imagem e Comunicação, com 15 anos de mercado, dirigida por Pedro Issa, mudou o nome para Pridea Comunicação e anuncia estar iniciando um processo de transformação nos processos internos, quadro de colaboradores e no perfil dos serviços prestados, que passam a contar mais intensivamente com tecnologia e inovação, mantendo o padrão na produção de conteúdo, marca que a agência considera sua grande expertise.
Issa diz que “buscou os principais desenvolvedores do País e iniciou, juntamente com os jornalistas da casa, a criação de um novo modelo de negócio, baseado na jornada do cliente e amparado em uma moderna metodologia de trabalho, com novos atributos, resultando na criação do content tech, que se baseia na análise de dados para a geração de insights e narrativas”
A agência tem hoje em carteira clientes como a Artesp – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, Detran-SP, Embrapii, Amigos da Arte e Movimento Recicla Sampa.
O New York Times anunciou em 5/2 a demissão de Donald McNeil Jr, renomado repórter de ciência, após falas racistas ditas durante uma viagem com estudantes ao Peru, organizada pelo próprio jornal. A decisão ocorreu após cerca de 150 funcionários do NYT enviarem carta à direção exigindo punição rigorosa para o repórter.
Mesmo sabendo da história, denunciada por pais de alunos que fizeram a viagem, o jornal alçou o profissional ao posto de principal nome de sua equipe durante a crise da Covid. E inscreveu seu trabalho para concorrer ao Prêmio Pulitzer. Mas na semana passada o The Daily Beast fez uma reportagem sobre o caso, baseada em relatos de alunos que participaram da excursão. Após a reportagem e pressão dos funcionários, o NYT optou por demitir Donald McNeil Jr.
Enrico Rodrigues de Freitas, procurador regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul, abriu nessa quinta-feira (4/2) investigação para contra o narrador Haroldo de Souza, da Rádio Grenal, pelo uso do termo racista “criolinho” no jogo entre Grêmio e Santos realizado em 3 de fevereiro.
Durante a partida, Haroldo perguntou a um repórter de campo: “Aquele crioulinho que está lá na ponta esquerda do time do Santos, quem é ele?”, referindo-se ao jogador Lucas Braga, atacante do time alvinegro. O MPF mandou ofícios à Rádio Grenal e ao narrador solicitando manifestação sobre o ocorrido.
Por meio de assessoria, Haroldo de Souza desculpou-se e reiterou que não houve intenção de racismo: “Minha vida pessoal e profissional é pautada pelo respeito a toda a sociedade, aos jogadores e torcedores que fazem desse esporte um grande espetáculo. Reitero minhas sinceras desculpas aos ouvintes que sempre nos acompanham e nos brindam com a sua audiência”.
A Rádio Grenal também se manifestou, dizendo que “não compactua com qualquer tipo de atitude discriminatória a quem quer que seja, pautando sua atuação através do respeito a todos, sem exceção. Salientamos nosso apreço à sociedade em geral, sem qualquer tipo de discriminação”.
A Austrália venceu a primeira batalha na guerra contra o Google. A gigante de tecnologia anunciou nesta sexta-feira (5/2) a implementação do News Showcase, plataforma que vai pagar pelo conteúdo jornalístico. O Facebook não mudou sua posição anterior, de que pode sair do país se a lei não for mudada.
A decisão veio dois dias depois de uma reunião entre o CEO do Google Sundar Pichai e o primeiro-ministro Scott Morrison. Segundo o The Sydney Herald, Morrison disse após o encontro que o Google entendeu que é a Austrália quem define as regras em relação à regulamentação do pagamento por conteúdo que tramita no Senado. Mas o projeto ainda não conseguiu a adesão das principais organizações de notícias, que preferiram aguardar a aprovação da nova lei.
O Facebook não mudou sua posição anterior, de que se a lei não for mudada pode sair do país. Para complicar um pouco mais, a Microsoft anunciou pleno apoio à proposta do Governo. E sobre a possibilidade de saída do Google da Austrália, prometeu investir o que for necessário no Bing para torná-lo comparável ao concorrente. Vale lembrar que o Google é responsável por mais de 90% do mercado de buscas na Austrália.
A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) entregou nessa quinta-feira (4/2) petição à Petrobras pedindo a impugnação de licitação para contratação de serviços de comunicação corporativa pela estatal. No texto, a entidade aponta problemas estruturais no edital, que propõe a contratação pelo menor preço, sem exigência de qualificação técnica, de serviços que têm natureza intelectual e complexidade de entregas de produtos.
A Abracom aponta que o edital exige perfis de profissionais formados exclusivamente em jornalismo, o que contraria o caráter multidisciplinar da atividade de comunicação corporativa. Além disso, a Petrobras limita a participação de agências que pertençam a grupos internacionais, o que contraria a livre concorrência e impede que agências nacionais com parcerias em outros mercados possam apresentar suas propostas.
Carlos Henrique Carvalho, presidente-executivo da Abracom, declarou que espera da Petrobras “a compreensão de que ao fazer uma contratação no formato de leilão esteja sujeita a contar com serviços de baixa qualidade, com a participação de empresas meramente fornecedoras de mão de obra, o que contraria a necessidade de um serviço especializado e estratégico. Vamos trabalhar contra os pregões até que os órgãos públicos entendam que gastam recursos do orçamento com empresas aventureiras. São recorrentes, infelizmente, os casos em que empresas de limpeza, conservação e prestação de serviços gerais conquistam contas de comunicação com preços baixos, salários achatados e entrega de serviços sem qualidade”.
A General Motors promoveu neste início de mês uma série de mudanças em sua área de Comunicação Corporativa.
Equipe de Comunicação Externa da GM (Da esq. para a dir.: Felipe, Nelson, Isabel e Beatriz)
Na equipe de Comunicação Externa, sob o comando do diretor Nelson Silveira, Beatriz Matarazzo, atual responsável por eventos e ações com influenciadores digitais, passa a ocupar a posição de head de Digital e curadora de redes sociais. Ela será responsável pelo desenvolvimento e operacionalização de ações estratégicas das marcas GM e Chevrolet no ambiente digital e pela coordenação do relacionamento com novas mídias e influenciadores digitais.
Felipe Nóbrega Arado assume a posição de gerente das marcas Chevrolet e OnStar. No novo posto, ficará responsável por liderar o planejamento estratégico e a execução da comunicação do portfólio de produtos e serviços das marcas no Brasil, além de coordenar a estratégia de comunicação na América do Sul.
Já Isabel Faria assume a posição de gerente da marca GM, liderando as ações estratégicas de comunicação e gerenciando a reputação da General Motors e de seus executivos no Brasil, além de coordenar a estratégia de comunicação da marca corporativa na região.
“A equipe se reconfigura com o objetivo de fazer frente aos desafios impostos pela transformação digital e da indústria, contribuindo para posicionar GM e Chevrolet na liderança dessa transformação rumo a um futuro com zero acidente, zero emissão e zero congestionamento”, destaca Nelson.
“A GM e a indústria automotiva estão em um ponto de inflexão, com a aceleração da disrupção digital e a transformação da indústria rumo a um futuro onde o negócio vai passar a focar na oferta de serviços de mobilidade pessoal, processo que envolve eletrificação, conectividade e desenvolvimento de carros autônomos. Por consequência, a comunicação com nossos diversos públicos também vem se transformando continuamente. Nesse novo formato, estaremos melhor posicionados para elaborar estratégias de engajamento com os principais stakeholders do negócio através de ações estratégicas e customizadas com as mídias, novos canais, formadores de opinião e influenciadores digitais, completa”.
Na área de Comunicação Interna, sob os cuidados da gerente para América do Sul Selva Carbajal, Ariane Pereira assume a nova posição de supervisora de Comunicação Interna da América do Sul, sendo responsável pela coordenação e execução das estratégias de comunicação interna em todas as operações na região.
“A comunicação interna demonstra cada vez mais sua capacidade de agregar valor ao negócio, e a gestão estratégica e estruturas robustas nos aproximam desse objetivo”, complementa Carbajal, que, assim como Nelson, se reporta a Marina Willisch, vice-presidente de Comunicação e Relações Governamentais da GM América do Sul.